Morfologia da Paisagem e Imaginário Geográfico: Uma Encruzilhada Onto-Gnoseológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maciel, Caio
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Geographia (Niterói. Online)
Texto Completo: https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13412
Resumo: Resumo A experiência que os homens têm da natureza e do espaço, bem como a maneira pela qual eles os modelam de acordo com suas necessidades e desejos é cada vez mais mediada por um imaginário geográfico advindo da inundação de imagens na televisão, rede de computadores, viagens turísticas etc. Este artigo visa levantar um questionamento geral: como trabalhar empiricamente o simbólico de modo a enriquecer a análise geográfica da sociedade? Neste contexto, há um conceito-chave que necessita de permanente releitura, pois se a natureza do Espaço é ontologicamente o investimento último da geografia, sua apreensão via Paisagem é uma de nossas mais ricas tradições, e também mais profundas querelas. As reflexões aqui iniciadas levantam a possibilidade de chegarmos ao entendimento do concreto mediante a inclusão do Imaginário como processo fundamental de compreensão dos fenômenos materiais. Tal abordagem só é possível no contexto de uma hermenêutica re-instauradora do mito, onde trabalhar o simbólico não signifique o caminho oposto de abandonar o racional, mas sim de ampliar as possibilidades de enquadramento dos domínios explicativos da base material contemplando sua indelével transcendência evocativa. Palavras-chaves: Paisagem, morfologia, hermenêutica, imaginário geográfico.Abstract Man’s experience of nature and space, together with the way he models them according to his necessities and desires all seems to be more and more mediated by a geographic imagery that has its roots in an overflow of pictures from television, computer networks. tourism, etc. This article aims at posing a general question: how best to work empirically on the symbolic, in order to enrich the geographical analysis of society? In this context there is a key concept that must be permanently revised, for if the nature of Space is geographys ultimate investment, its apprehension via the Landscape comes to be one of our richest traditions, as well as one of our most profound disputes. The reflections here presented raise the possibility of reaching an understanding of the concrete by means of the inclusion of the Imaginaire as the fundamental process in the understanding of material phenomena. Such an approach is only feasible in the context of a hermeneutics that restores the myth, where working on the symbolic does not mean treading on a path that leads away from rationality, and where the possibilities of framing the phenomena of the material basis according to the model of scientific explanation are enhanced. Keywords: landscape, morphology, hermeneutics, geographical imaginaire.
id UFF-21_d5aa14edfe7085ba2ee615caa417cacd
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/13412
network_acronym_str UFF-21
network_name_str Revista Geographia (Niterói. Online)
repository_id_str
spelling Morfologia da Paisagem e Imaginário Geográfico: Uma Encruzilhada Onto-GnoseológicaPaisagemmorfologiahermenêuticaimaginário geográficoResumo A experiência que os homens têm da natureza e do espaço, bem como a maneira pela qual eles os modelam de acordo com suas necessidades e desejos é cada vez mais mediada por um imaginário geográfico advindo da inundação de imagens na televisão, rede de computadores, viagens turísticas etc. Este artigo visa levantar um questionamento geral: como trabalhar empiricamente o simbólico de modo a enriquecer a análise geográfica da sociedade? Neste contexto, há um conceito-chave que necessita de permanente releitura, pois se a natureza do Espaço é ontologicamente o investimento último da geografia, sua apreensão via Paisagem é uma de nossas mais ricas tradições, e também mais profundas querelas. As reflexões aqui iniciadas levantam a possibilidade de chegarmos ao entendimento do concreto mediante a inclusão do Imaginário como processo fundamental de compreensão dos fenômenos materiais. Tal abordagem só é possível no contexto de uma hermenêutica re-instauradora do mito, onde trabalhar o simbólico não signifique o caminho oposto de abandonar o racional, mas sim de ampliar as possibilidades de enquadramento dos domínios explicativos da base material contemplando sua indelével transcendência evocativa. Palavras-chaves: Paisagem, morfologia, hermenêutica, imaginário geográfico.Abstract Man’s experience of nature and space, together with the way he models them according to his necessities and desires all seems to be more and more mediated by a geographic imagery that has its roots in an overflow of pictures from television, computer networks. tourism, etc. This article aims at posing a general question: how best to work empirically on the symbolic, in order to enrich the geographical analysis of society? In this context there is a key concept that must be permanently revised, for if the nature of Space is geographys ultimate investment, its apprehension via the Landscape comes to be one of our richest traditions, as well as one of our most profound disputes. The reflections here presented raise the possibility of reaching an understanding of the concrete by means of the inclusion of the Imaginaire as the fundamental process in the understanding of material phenomena. Such an approach is only feasible in the context of a hermeneutics that restores the myth, where working on the symbolic does not mean treading on a path that leads away from rationality, and where the possibilities of framing the phenomena of the material basis according to the model of scientific explanation are enhanced. Keywords: landscape, morphology, hermeneutics, geographical imaginaire.ABEC2009-09-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://periodicos.uff.br/geographia/article/view/1341210.22409/GEOgraphia2001.v3i6.a13412GEOgraphia; Vol. 3 No. 6 (2001): GEOgraphia; 71-82GEOgraphia; Vol. 3 Núm. 6 (2001): GEOgraphia; 71-82GEOgraphia; v. 3 n. 6 (2001): GEOgraphia; 71-822674-81261517-779310.22409/GEOgraphia2001.v3i6reponame:Revista Geographia (Niterói. Online)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFFporhttps://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13412/8612Copyright (c) 2018 GEOgraphiainfo:eu-repo/semantics/openAccessMaciel, Caio2020-12-16T11:49:55Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/13412Revistahttps://periodicos.uff.br/geographia/indexPUBhttps://periodicos.uff.br/geographia/oaiperiodicos@proppi.uff.br ; revistageographia@gmail.com2674-81261517-7793opendoar:2023-01-12T16:42:48.911647Revista Geographia (Niterói. Online) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Morfologia da Paisagem e Imaginário Geográfico: Uma Encruzilhada Onto-Gnoseológica
title Morfologia da Paisagem e Imaginário Geográfico: Uma Encruzilhada Onto-Gnoseológica
spellingShingle Morfologia da Paisagem e Imaginário Geográfico: Uma Encruzilhada Onto-Gnoseológica
Maciel, Caio
Paisagem
morfologia
hermenêutica
imaginário geográfico
title_short Morfologia da Paisagem e Imaginário Geográfico: Uma Encruzilhada Onto-Gnoseológica
title_full Morfologia da Paisagem e Imaginário Geográfico: Uma Encruzilhada Onto-Gnoseológica
title_fullStr Morfologia da Paisagem e Imaginário Geográfico: Uma Encruzilhada Onto-Gnoseológica
title_full_unstemmed Morfologia da Paisagem e Imaginário Geográfico: Uma Encruzilhada Onto-Gnoseológica
title_sort Morfologia da Paisagem e Imaginário Geográfico: Uma Encruzilhada Onto-Gnoseológica
author Maciel, Caio
author_facet Maciel, Caio
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Maciel, Caio
dc.subject.por.fl_str_mv Paisagem
morfologia
hermenêutica
imaginário geográfico
topic Paisagem
morfologia
hermenêutica
imaginário geográfico
description Resumo A experiência que os homens têm da natureza e do espaço, bem como a maneira pela qual eles os modelam de acordo com suas necessidades e desejos é cada vez mais mediada por um imaginário geográfico advindo da inundação de imagens na televisão, rede de computadores, viagens turísticas etc. Este artigo visa levantar um questionamento geral: como trabalhar empiricamente o simbólico de modo a enriquecer a análise geográfica da sociedade? Neste contexto, há um conceito-chave que necessita de permanente releitura, pois se a natureza do Espaço é ontologicamente o investimento último da geografia, sua apreensão via Paisagem é uma de nossas mais ricas tradições, e também mais profundas querelas. As reflexões aqui iniciadas levantam a possibilidade de chegarmos ao entendimento do concreto mediante a inclusão do Imaginário como processo fundamental de compreensão dos fenômenos materiais. Tal abordagem só é possível no contexto de uma hermenêutica re-instauradora do mito, onde trabalhar o simbólico não signifique o caminho oposto de abandonar o racional, mas sim de ampliar as possibilidades de enquadramento dos domínios explicativos da base material contemplando sua indelével transcendência evocativa. Palavras-chaves: Paisagem, morfologia, hermenêutica, imaginário geográfico.Abstract Man’s experience of nature and space, together with the way he models them according to his necessities and desires all seems to be more and more mediated by a geographic imagery that has its roots in an overflow of pictures from television, computer networks. tourism, etc. This article aims at posing a general question: how best to work empirically on the symbolic, in order to enrich the geographical analysis of society? In this context there is a key concept that must be permanently revised, for if the nature of Space is geographys ultimate investment, its apprehension via the Landscape comes to be one of our richest traditions, as well as one of our most profound disputes. The reflections here presented raise the possibility of reaching an understanding of the concrete by means of the inclusion of the Imaginaire as the fundamental process in the understanding of material phenomena. Such an approach is only feasible in the context of a hermeneutics that restores the myth, where working on the symbolic does not mean treading on a path that leads away from rationality, and where the possibilities of framing the phenomena of the material basis according to the model of scientific explanation are enhanced. Keywords: landscape, morphology, hermeneutics, geographical imaginaire.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-09-21
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Artigo avaliado pelos Pares
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13412
10.22409/GEOgraphia2001.v3i6.a13412
url https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13412
identifier_str_mv 10.22409/GEOgraphia2001.v3i6.a13412
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13412/8612
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2018 GEOgraphia
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2018 GEOgraphia
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv ABEC
publisher.none.fl_str_mv ABEC
dc.source.none.fl_str_mv GEOgraphia; Vol. 3 No. 6 (2001): GEOgraphia; 71-82
GEOgraphia; Vol. 3 Núm. 6 (2001): GEOgraphia; 71-82
GEOgraphia; v. 3 n. 6 (2001): GEOgraphia; 71-82
2674-8126
1517-7793
10.22409/GEOgraphia2001.v3i6
reponame:Revista Geographia (Niterói. Online)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Revista Geographia (Niterói. Online)
collection Revista Geographia (Niterói. Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Geographia (Niterói. Online) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv periodicos@proppi.uff.br ; revistageographia@gmail.com
_version_ 1797051585928364032