O papel do consumo no desenvolvimento e consolidação da economia solidária no Brasil: o caso da cesta sabores da terra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Katarina Ribeiro da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7778
Resumo: A economia solidária é profundamente marcada pela sua capacidade adaptativa e preocupação com o bem-estar dos seus participantes. Diferente de outros sistemas, o indivíduo é integrado a prática solidária de uma forma espontânea, sem uma obrigatoriedade de seguir um padrão pré-definido. Esta economia que vem cativando o mundo, encontrou espaço no Brasil em práticas desenvolvimentistas, estimulando empreendimentos econômicos baseados em cooperação, autogestão e solidariedade. Na sociedade contemporânea o consumo é um dos catalisadores mais dinâmicos de mudança social e integração econômica, sendo assim uma ferramenta fundamental de interação entre economia convencional e prática solidária. Partindo desta ideia, o trabalho objetiva compreender o relacionamento entre a economia solidária e o sistema capitalista, tendo o consumo como principal catalizador desta relação. Isso posto, a metodologia escolhida foi realizar um debate teórico sobre consumo e economia solidaria, montar um panorama de economia solidária no Brasil, observar grupos de consumo responsável buscando a interação entre as economias. Também realizou-se, um estudo de caso, com dados coletados a partir de um questionário aplicado aos consumidores de um projeto de consumo alternativo, que contribuiu para uma análise minuciosa da integração existente entre posição social e consumo. A revisão bibliografia mostrou que dentre os três autores escolhidos dois defendem a existência de um modo de produção solidário distinto do capitalismo, enquanto o outro julga que não existe uma real transformação nas características fundamentais capitalista, para que seja considerada a existência de um novo modo de produção. Ao mesmo tempo, que um dos autores acredita na capacidade adaptativa da economia solidária, outro argumenta que é uma tentativa de melhoria do sistema capitalista sem nenhum impacto transacional e o demais julga ser um modelo completo, capaz de se desenvolver em uma sociedade pós capitalista, sendo o consumo solidário o caminho para a transição. Nos resultados obtidos notou-se uma forte participação da economia solidária no Brasil, principalmente um forte e conciso desdobramento no âmbito governamental, com uma participação simplória do Estado do Rio de Janeiro, que quando vista para microrregiões é inexpressiva. Ao mesmo tempo, observou-se com os grupos de consumo responsável um interesse da sociedade civil em participar das economias alternativas, assim como uma preocupação em contribuir a partir do consumo consciente e responsável. Remetendo a Cesta Sabores da Terra, verificou-se a existência de grupos socioeconômicos distintos entre os consumidores, tendo hábitos de consumo responsável e consciente marcados entre eles. Nos resultados finais identificou-se que a principal contribuição da Cesta foi a popularização do acesso aos produtos produzidos de forma sustentável, com menor teor de agrotóxicos, princípios da prática agroecologia e com relações humanas justas e sadias, que representam as práticas de economia solidária. Tornando claro que através do contato e participação em experiências reais de consumo consciente e responsável, a economia solidária é capaz de atrair, cativar e manter novos e antigos participantes
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