A docência como recurso de reconhecimento intergeracional: a tessitura da reprocidadeformativa entre as histórias de vida e projetos profissionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alvarenga, Juliana Godói de Miranda Perez
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29185
Resumo: A presente tese consolida a experiência de produção de espaços narrativos intergeracionais entre docentes da rede municipal de Niterói, cidade localizada na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, com o intuito de promover temporalidades outras nas quais as narrativas de formação dos atores sociais possam ecoar entre pares. A imersão no campo, embora de forma remota em decorrência da pandemia do coronavírus (Covid-19), se desdobrou em três ciclos: o primeiro ciclo voltado para os encontros individuais de entrevistasconversas, por meio das narrativas orais, com as denominadas narradoras-âncoras – tendo como critério de escolha a longevidade na profissão. No exercício de ir ao encontro de docentes aposentados e/ou docentes próximos da aposentadoria, que pelo ato de narrar constroem suas identidades narrativas por meio de suas histórias de vida e formação. O segundo ciclo, em que as narradoras- âncoras do 1o ciclo vão ao encontro das/dos docentes mais jovens da rede de ensino, possibilitando uma circulação de saberes sobre si e os outros que os habitam. Esse momento denominado por oficinas de investigaçãoformação, registrou a escuta sensível, de forma coletiva, com momentos de troca e reconhecimento da identidade docente entre pares como narradores/as da profissão e na narrativa escrita consolidada em projetos profissionais. O ciclo final, fechando o desenho do círculo mimético, experiencia o caminho de compreensão das narrativas em processo interpretativo. Nessa concepção circular, é possível observar, no cenário de constantes ataques à profissão docente, que essa ação se contrapõe às políticas de formações prescritivas e se constitui para evidenciar as existências na docência, ao mesmo tempo que se abre para outros movimentos de formação permanente. Com base nos estudos do movimento (auto)biográficos, com foco na pesquisa-formação e ancorados nas pesquisas narrativas, alimentamos um processo defendido como a reciprocidadeformativa vinculado à reciprocidade, à empatia, à escuta sensível, a pesquisavidaformação e à partilha de experiências que possam impulsionar espaços narrativos de formação, principalmente no interior das escolas, orientado pelas memórias, as histórias de vida, leituras de mundo e projetos de si dos docentes. Assim, vinculando a prática pedagógica e a dimensão do reconhecimento de si, este exercício mostra-se propício para pensar os espaços de encontro entre professores e ressignificar o legado profissional da profissão docente.
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A imersão no campo, embora de forma remota em decorrência da pandemia do coronavírus (Covid-19), se desdobrou em três ciclos: o primeiro ciclo voltado para os encontros individuais de entrevistasconversas, por meio das narrativas orais, com as denominadas narradoras-âncoras – tendo como critério de escolha a longevidade na profissão. No exercício de ir ao encontro de docentes aposentados e/ou docentes próximos da aposentadoria, que pelo ato de narrar constroem suas identidades narrativas por meio de suas histórias de vida e formação. O segundo ciclo, em que as narradoras- âncoras do 1o ciclo vão ao encontro das/dos docentes mais jovens da rede de ensino, possibilitando uma circulação de saberes sobre si e os outros que os habitam. Esse momento denominado por oficinas de investigaçãoformação, registrou a escuta sensível, de forma coletiva, com momentos de troca e reconhecimento da identidade docente entre pares como narradores/as da profissão e na narrativa escrita consolidada em projetos profissionais. O ciclo final, fechando o desenho do círculo mimético, experiencia o caminho de compreensão das narrativas em processo interpretativo. Nessa concepção circular, é possível observar, no cenário de constantes ataques à profissão docente, que essa ação se contrapõe às políticas de formações prescritivas e se constitui para evidenciar as existências na docência, ao mesmo tempo que se abre para outros movimentos de formação permanente. Com base nos estudos do movimento (auto)biográficos, com foco na pesquisa-formação e ancorados nas pesquisas narrativas, alimentamos um processo defendido como a reciprocidadeformativa vinculado à reciprocidade, à empatia, à escuta sensível, a pesquisavidaformação e à partilha de experiências que possam impulsionar espaços narrativos de formação, principalmente no interior das escolas, orientado pelas memórias, as histórias de vida, leituras de mundo e projetos de si dos docentes. Assim, vinculando a prática pedagógica e a dimensão do reconhecimento de si, este exercício mostra-se propício para pensar os espaços de encontro entre professores e ressignificar o legado profissional da profissão docente.This thesis consolidates the experience of producing intergenerational narrative spaces among teachers of the municipal network of Niterói, a city located in the metropolitan region of the state of Rio de Janeiro, with the purpose of promoting other temporalities in which the training narratives of social actors can echo among peers. The immersion in the field, although remotely as a result of the coronavirus (Covid-19) pandemic, unfolded in two cycles: the first cycle focused on individual meetings of interviews-conversations, through oral narratives, with anchor-narrators, having as a criterion of choice the longevity in the profession, meeting retired teachers and/or teachers close to retirement, who through the act of narrating build their narrative identities through their life and education stories. The second cycle, in which the anchor-narrators of the 1st cycle meet the younger teachers of the school network, enabling a circulation of knowledge about themselves and the others who inhabit them. The last moment, called research-training workshops, registered sensitive listening, collectively, with moments of exchange and recognition of the teaching identity among peers as narrators and narratees of the profession and in the written narrative of professional projects. In this perspective, it is possible to observe, in the scenario of constant attacks on the teaching profession, this action that counteracts the prescriptive training policies and moves to highlight existences in teaching, at the same time that it opens up to other permanent training movements. Based on (auto)biographical movement studies, with a focus on research-training and anchored in narrative research, we nurture a process defended as formative reciprocity, linked with empathy, sensitive listening, research-life-training and the sharing of experiences that can boost narrative space for training, especially within schools, guided by memories, life stories, world readings and teachers' self-projects, linking pedagogical practice and the dimension of self- recognition. In addition, this exercise is favorable to think about the meeting spaces between teachers and to give new meaning to the working hours of these professionals.323 p.Terra, Dinah VasconcellosBragança, Inês Ferreira de SouzaAbrahão, Maria Helena Menna BarretoAraujo, Mairce da SilvaSelles, Sandra Lucia EscovedoAndrade, Everardo de PaivaAntunes, Marina Ferreira de SouzaAlvarenga, Juliana Godói de Miranda Perez2023-06-21T17:12:14Z2023-06-21T17:12:14Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfALVARENGA, Juliana Godói de Miranda Perez. A docência como recurso de reconhecimento intergeracional: a tessitura da reprocidadeformativa entre as histórias de vida e projetos profissionais. 2022. 323 f. 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