Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Ivi Côgo do
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16994
http://dx.doi.org/10.22409/PPGEQ.2021.m.12767089717
Resumo: Aplicando-se o método de aferição de amargor utilizando espectrometria e absorção da luz UV, foi realizada medição do amargor transferido pelo lúpulo à cerveja. Tal aspecto, obtido através de uma reação de isomerização na etapa de fervura, teve sua intensidade observada em mostos de densidades diferentes e com pH estabilizado. A reação de isomerização representa parte importante no processo cervejeiro pois é através dela que os α-ácidos, presentes no lúpulo, são transformados em iso-α-ácidos, substâncias responsáveis pelo sabor amargo da bebida. A reação ocorreu em três processos diferentes. A primeira bateria de experimentos ocorreu em minirreatores de vidro e mostrou que o armazenamento da cerveja, mesmo em ambientes refrigerados, interfere negativamente na qualidade da bebida. A segunda isomerização ocorreu em um balão de três vias e pode ser observado que a densidade da cerveja interfere no amargor da mesma. A terceira isomerização, a qual ocorreu em minirreatores de alumínio e constitui a parte mais importante deste trabalho, envolveu a coleta de triplicatas para cada tempo de reação (1, 3, 5, 10, 25, 40 e 60 minutos) em meios reacionais com densidades de 1.000, 1.030, 1.040 e 1.050. As amostras foram armazenadas durante 15 dias para que a extração pudesse ser realizada em dois momentos diferentes, uma imediatamente após a isomerização e outra após os 15 dias de armazenamento. A análise consistiu na acidificação das amostras e na extração pelo solvente orgânico iso-octano. Da fase orgânica composta pelo solvente e pelas substâncias que foram extraídos pelo iso-octano, incluindo iso-α-ácidos, uma alíquota foi colocada em uma célula de quartzo e então teve a absorbância a 275nm medida pelo espectrofotômetro. O resultado foi multiplicado por 50 e obteve-se o valor relacionado a Unidade Internacional de Amargor (IBU – International Bitterness Units) que a cerveja apresentaria se fosse feita nas condições do experimento. Os dados experimentais mostraram um comportamento não linear do valor do IBU, que aumenta rapidamente nos primeiros minutos até atingir um patamar assintótico. Com esses resultados foi desenvolvido um modelo empírico de regressão não linear com variância de 7.84, baseado no critério estatístico da Máxima Verossimilhança, para avaliar a evolução do IBU em função do tempo de ebulição e da densidade do mosto
id UFF-2_279711fda65c1c3f39db24773866e1ed
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/16994
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejasLúpuloAmargorIso-α-ácidosEspectrofotômetroIBUEstimação de parâmetrosEngenharia QuímicaIndústria cervejeiraHopBitternessIso-α-acidsSpectrophotometerParameter estimationAplicando-se o método de aferição de amargor utilizando espectrometria e absorção da luz UV, foi realizada medição do amargor transferido pelo lúpulo à cerveja. Tal aspecto, obtido através de uma reação de isomerização na etapa de fervura, teve sua intensidade observada em mostos de densidades diferentes e com pH estabilizado. A reação de isomerização representa parte importante no processo cervejeiro pois é através dela que os α-ácidos, presentes no lúpulo, são transformados em iso-α-ácidos, substâncias responsáveis pelo sabor amargo da bebida. A reação ocorreu em três processos diferentes. A primeira bateria de experimentos ocorreu em minirreatores de vidro e mostrou que o armazenamento da cerveja, mesmo em ambientes refrigerados, interfere negativamente na qualidade da bebida. A segunda isomerização ocorreu em um balão de três vias e pode ser observado que a densidade da cerveja interfere no amargor da mesma. A terceira isomerização, a qual ocorreu em minirreatores de alumínio e constitui a parte mais importante deste trabalho, envolveu a coleta de triplicatas para cada tempo de reação (1, 3, 5, 10, 25, 40 e 60 minutos) em meios reacionais com densidades de 1.000, 1.030, 1.040 e 1.050. As amostras foram armazenadas durante 15 dias para que a extração pudesse ser realizada em dois momentos diferentes, uma imediatamente após a isomerização e outra após os 15 dias de armazenamento. A análise consistiu na acidificação das amostras e na extração pelo solvente orgânico iso-octano. Da fase orgânica composta pelo solvente e pelas substâncias que foram extraídos pelo iso-octano, incluindo iso-α-ácidos, uma alíquota foi colocada em uma célula de quartzo e então teve a absorbância a 275nm medida pelo espectrofotômetro. O resultado foi multiplicado por 50 e obteve-se o valor relacionado a Unidade Internacional de Amargor (IBU – International Bitterness Units) que a cerveja apresentaria se fosse feita nas condições do experimento. Os dados experimentais mostraram um comportamento não linear do valor do IBU, que aumenta rapidamente nos primeiros minutos até atingir um patamar assintótico. Com esses resultados foi desenvolvido um modelo empírico de regressão não linear com variância de 7.84, baseado no critério estatístico da Máxima Verossimilhança, para avaliar a evolução do IBU em função do tempo de ebulição e da densidade do mostoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESThrough the bitterness measurement method using spectrometry and UV light absorption, the bitterness imparted by the hops to beer was measured. This aspect, obtained through an isomerization reaction in the boiling stage, had its intensity observed in musts of different densities and with stabilized pH. The isomerization reaction represents an important part of the brewing process because it is through it that the α-acids, present in the hops, are transformed into iso-α-acids, substances responsible for the bitter taste of the drink. The reaction took place in three different processes. The first battery of experiments occurred in glass mini reactors and showed that beer storage, even in refrigerated environments, negatively interferes with the quality of the drink. The second isomerization occurred in a three-way balloon and it can be seen that the density of the beer interferes with its bitterness. The third isomerization, which occurred in aluminum mini-reactors and constitutes the most important part of this work, involved the collection of triplicates for each reaction time (1, 3, 5, 10, 25, 40 and 60 minutes) in reaction medium with densities of 1.000, 1.030, 1.040 and 1.050. The samples were stored for 15 days so that the extraction could be performed at two different times, one immediately after isomerization and the other after 15 days of storage. The analysis consisted of acidifying the samples and extracting them with the iso-octane organic solvent. From the organic phase composed of the solvent and the substances that were extracted by iso-octane, including iso-α-acids, an aliquot was placed in a quartz cell and then had the absorbance at 275 nm measured by the spectrophotometer. The result was multiplied by 50 and the value related to the International Bitterness Units (IBU) that the beer would present if made under the conditions of the experiment was obtained. The experimental data showed a behavior of the non-linear IBU value, which increases rapidly in the first minutes until reaching a continuity. With these results an empirical model of nonlinear regression was developed with a 7.4 variance, based on the Maximum Likelihood statistical criterion, to evaluate the evolution of the IBU as a function of the boiling time and the wort density113 f.Ramírez, Ninoska Isabel BojorgeSilva, Vinicius Nunes HenriqueFreitas, Suely PereiraPeixoto, Fernando CunhaNascimento, Ivi Côgo do2021-03-01T14:59:40Z2021-03-01T14:59:40Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfNASCIMENTO, Ivi Côgo do. Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas. 2021. 113 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.https://app.uff.br/riuff/handle/1/16994Aluno de mestradohttp://dx.doi.org/10.22409/PPGEQ.2021.m.12767089717http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-12-08T19:15:46Zoai:app.uff.br:1/16994Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:59:56.706618Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas
title Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas
spellingShingle Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas
Nascimento, Ivi Côgo do
Lúpulo
Amargor
Iso-α-ácidos
Espectrofotômetro
IBU
Estimação de parâmetros
Engenharia Química
Indústria cervejeira
Hop
Bitterness
Iso-α-acids
Spectrophotometer
Parameter estimation
title_short Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas
title_full Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas
title_fullStr Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas
title_full_unstemmed Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas
title_sort Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas
author Nascimento, Ivi Côgo do
author_facet Nascimento, Ivi Côgo do
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Ramírez, Ninoska Isabel Bojorge
Silva, Vinicius Nunes Henrique
Freitas, Suely Pereira
Peixoto, Fernando Cunha
dc.contributor.author.fl_str_mv Nascimento, Ivi Côgo do
dc.subject.por.fl_str_mv Lúpulo
Amargor
Iso-α-ácidos
Espectrofotômetro
IBU
Estimação de parâmetros
Engenharia Química
Indústria cervejeira
Hop
Bitterness
Iso-α-acids
Spectrophotometer
Parameter estimation
topic Lúpulo
Amargor
Iso-α-ácidos
Espectrofotômetro
IBU
Estimação de parâmetros
Engenharia Química
Indústria cervejeira
Hop
Bitterness
Iso-α-acids
Spectrophotometer
Parameter estimation
description Aplicando-se o método de aferição de amargor utilizando espectrometria e absorção da luz UV, foi realizada medição do amargor transferido pelo lúpulo à cerveja. Tal aspecto, obtido através de uma reação de isomerização na etapa de fervura, teve sua intensidade observada em mostos de densidades diferentes e com pH estabilizado. A reação de isomerização representa parte importante no processo cervejeiro pois é através dela que os α-ácidos, presentes no lúpulo, são transformados em iso-α-ácidos, substâncias responsáveis pelo sabor amargo da bebida. A reação ocorreu em três processos diferentes. A primeira bateria de experimentos ocorreu em minirreatores de vidro e mostrou que o armazenamento da cerveja, mesmo em ambientes refrigerados, interfere negativamente na qualidade da bebida. A segunda isomerização ocorreu em um balão de três vias e pode ser observado que a densidade da cerveja interfere no amargor da mesma. A terceira isomerização, a qual ocorreu em minirreatores de alumínio e constitui a parte mais importante deste trabalho, envolveu a coleta de triplicatas para cada tempo de reação (1, 3, 5, 10, 25, 40 e 60 minutos) em meios reacionais com densidades de 1.000, 1.030, 1.040 e 1.050. As amostras foram armazenadas durante 15 dias para que a extração pudesse ser realizada em dois momentos diferentes, uma imediatamente após a isomerização e outra após os 15 dias de armazenamento. A análise consistiu na acidificação das amostras e na extração pelo solvente orgânico iso-octano. Da fase orgânica composta pelo solvente e pelas substâncias que foram extraídos pelo iso-octano, incluindo iso-α-ácidos, uma alíquota foi colocada em uma célula de quartzo e então teve a absorbância a 275nm medida pelo espectrofotômetro. O resultado foi multiplicado por 50 e obteve-se o valor relacionado a Unidade Internacional de Amargor (IBU – International Bitterness Units) que a cerveja apresentaria se fosse feita nas condições do experimento. Os dados experimentais mostraram um comportamento não linear do valor do IBU, que aumenta rapidamente nos primeiros minutos até atingir um patamar assintótico. Com esses resultados foi desenvolvido um modelo empírico de regressão não linear com variância de 7.84, baseado no critério estatístico da Máxima Verossimilhança, para avaliar a evolução do IBU em função do tempo de ebulição e da densidade do mosto
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-03-01T14:59:40Z
2021-03-01T14:59:40Z
2021
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv NASCIMENTO, Ivi Côgo do. Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas. 2021. 113 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.
https://app.uff.br/riuff/handle/1/16994
Aluno de mestrado
http://dx.doi.org/10.22409/PPGEQ.2021.m.12767089717
identifier_str_mv NASCIMENTO, Ivi Côgo do. Desenvolvimento de unidades de amargor (IBU) em cervejas. 2021. 113 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.
Aluno de mestrado
url https://app.uff.br/riuff/handle/1/16994
http://dx.doi.org/10.22409/PPGEQ.2021.m.12767089717
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1811823631311831040