Maternidade: (im)possibilidades e dilemas em 'Eu, Tituba, bruxa negra de Salem', de Maryse Condé
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/34252 |
Resumo: | A presente dissertação tem como objetivo analisar o livro Eu, Tituba, bruxa negra de Salem ([1986]2019) da escritora guadalupense Maryse Condé (1934-2024) com enfoque nas diferentes formas de concepção e vivência da (não)maternidade no romance. A obra analisada retrata de maneira ficcional a vida da figura histórica Tituba Indien, mulher negra e escravizada, julgada por cometer atos de bruxaria no célebre julgamento de Salem em 1692. A romancista caribenha, matriarca das letras antilhanas francófonas, laureada com o Nobel alternativo (2018), assume em sua narrativa a perspectiva da própria Tituba, com quem teria travado intermináveis conversas, como explicita na nota de abertura do texto. Busca-se refletir sobre os vínculos entre escravização e maternidade da mulher negra no período colonial, a experiência da maternidade post-mortem, a vivência da adoção em dupla perspectiva (adotar e ser adotado), os imaginários da maternidade da mulher branca e os dilemas do aborto e da relação incestuosa. Esta nova perspectiva teórico-crítica de análise pretende contribuir para os estudos acerca deste que é o romance mais estudado da autora no país, tendo sido traduzido pela primeira vez em 1997 e retraduzido em 2019. Acolhe-se como fundamentação teórica central as reflexões de mulheres intelectuais como Julia Kristeva, Fatima Py, Françoise Vergès, Stéphanie Mulot, bell hooks, Elisabeth Badinter e Nubia Hanciau. Valoriza-se as interfaces literárias acerca da maternidade entre Maryse Condé e os romancistas caribenhos Joseph Zobel, Simone Schwarz-Bart, André Schwarz-Bart, Patrick Chamoiseau e Gisèle Pineau. |
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