Territórios e territorialidades da Canastra: a produção de queijo Minas artesanal no município de São Roque de Minas - MG
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/16734 |
Resumo: | Produzir queijo artesanal no Brasil é um ato de resistência. A produção, que tem sua origem no século XVIII, possui importância cultural e econômica para quem a desempenha como ofício, mas desde a metade do século XX, vem sofrendo obstáculos relacionados à legislação de produção e comercialização. As leis e normas brasileiras acerca da produção de queijo artesanal são as mesmas aplicadas à de queijos industrializados e por isso particularidades da produção tradicional são desconsideradas, o que influencia para a descaracterização da produção e da cultura, acarretando o abandono da atividade por parte dos produtores. Assim, produzir queijo artesanal se torna um ato de resistência, é resistir para continuar existindo e preservando o modo de vida que se carrega ao longo das gerações. Tendo como foco a produção de queijo artesanal no município de São Roque de Minas, na Serra da Canastra, nosso objetivo é refletir sobre as relações desenvolvidas a partir da produção do queijo Canastra e se essas se configuram como um território queijeiro. Através de uma revisão bibliográfica e entrevistas com os produtores, buscamos compreender a importância cultural e econômica do queijo artesanal na Serra da Canastra e refletir sobre o modo de vida dos produtores tradicionais, sobre os saberes e significados intrínsecos na produção e sobre a preservação da cultura e da identidade de produtor queijeiro. No contexto da legislação, normas de produção, cultura e saber local, são desenvolvidas relações de poder, sendo criadas estratégias pelos produtores na tentativa de garantir sua sobrevivência e permanência no espaço e como resultado a construção de múltiplos territórios e territorialidades |
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Produzir queijo artesanal no Brasil é um ato de resistência. A produção, que tem sua origem no século XVIII, possui importância cultural e econômica para quem a desempenha como ofício, mas desde a metade do século XX, vem sofrendo obstáculos relacionados à legislação de produção e comercialização. As leis e normas brasileiras acerca da produção de queijo artesanal são as mesmas aplicadas à de queijos industrializados e por isso particularidades da produção tradicional são desconsideradas, o que influencia para a descaracterização da produção e da cultura, acarretando o abandono da atividade por parte dos produtores. Assim, produzir queijo artesanal se torna um ato de resistência, é resistir para continuar existindo e preservando o modo de vida que se carrega ao longo das gerações. Tendo como foco a produção de queijo artesanal no município de São Roque de Minas, na Serra da Canastra, nosso objetivo é refletir sobre as relações desenvolvidas a partir da produção do queijo Canastra e se essas se configuram como um território queijeiro. Através de uma revisão bibliográfica e entrevistas com os produtores, buscamos compreender a importância cultural e econômica do queijo artesanal na Serra da Canastra e refletir sobre o modo de vida dos produtores tradicionais, sobre os saberes e significados intrínsecos na produção e sobre a preservação da cultura e da identidade de produtor queijeiro. No contexto da legislação, normas de produção, cultura e saber local, são desenvolvidas relações de poder, sendo criadas estratégias pelos produtores na tentativa de garantir sua sobrevivência e permanência no espaço e como resultado a construção de múltiplos territórios e territorialidades |
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