Pixinguinha e Dino Sete Cordas: reflexões sobre a improvisação no choro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GEUS, José Reis de
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFG
dARK ID: ark:/38995/0013000001v5b
Texto Completo: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/2717
Resumo: Choro consists of a musical movement expressing the popular culture of Rio de Janeiro city, originated around 1870, connected with a gradual process of brazilianization that is, an interpretation style of playing European genres with large use of syncope, played for dance. Choro turned into a musical genre on the first decades of the 20th century, until the Radio Era (here understood as the 1930-45 period), based on an instrumental formation called conjunto regional . Among many groups, there was the Regional de Benedito Lacerda (Lacerda´s Group), which had as its integrants, Pixinguinha and Dino Sete Cordas, the focus of this work. Through the transcription and analysis of the recordings played by Lacerda´s Group in the album entitled Benedicto Lacerda e Pixinguinha (released in 1966 with recordings made between 1946-1951) it was possible to verify the melodic lines and performance style of Pixinguinha´s saxophone and his influence on the seven-string-guitar player Dino Sete Cordas in the album entitled Choros Imortais (1964), recorded by Altamiro Carrilho with Regional do Canhoto (Canhoto´s Group). Pixinguinha s performance on the recordings was based on pre-established improvisations possibly due to recording limitations. Dino Sete Cordas was very close to Pixinguinha and also had him as a model. Because of this contact, among other factors, Dino Sete Cordas came up with a characteristic interpretation style, and individual performance concept and a performance school which influenced countless musicians and contributed for a systematization of seven-strings-guitar´s study
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Among many groups, there was the Regional de Benedito Lacerda (Lacerda´s Group), which had as its integrants, Pixinguinha and Dino Sete Cordas, the focus of this work. Through the transcription and analysis of the recordings played by Lacerda´s Group in the album entitled Benedicto Lacerda e Pixinguinha (released in 1966 with recordings made between 1946-1951) it was possible to verify the melodic lines and performance style of Pixinguinha´s saxophone and his influence on the seven-string-guitar player Dino Sete Cordas in the album entitled Choros Imortais (1964), recorded by Altamiro Carrilho with Regional do Canhoto (Canhoto´s Group). Pixinguinha s performance on the recordings was based on pre-established improvisations possibly due to recording limitations. Dino Sete Cordas was very close to Pixinguinha and also had him as a model. Because of this contact, among other factors, Dino Sete Cordas came up with a characteristic interpretation style, and individual performance concept and a performance school which influenced countless musicians and contributed for a systematization of seven-strings-guitar´s studyO choro consiste em um movimento de expressão musical da cultura popular carioca nascido ao final do século XIX, constituindo-se a partir de um processo gradativo de abrasileiramento de gêneros europeus executados de uma forma sincopada, destinados à prática da dança. Consolida-se enquanto gênero musical a partir das primeiras décadas do século XX, tendo ampla veiculação durante a chamada Era do Rádio (1930-1945) através de uma formação instrumental que ficou conhecida como conjunto regional. Dentre os principais conjuntos da época destaca-se o Regional de Benedito Lacerada, através da atuação de dois de seus integrantes, Pixinguinha e Dino Sete Cordas, que constituem o foco deste trabalho. Através da transcrição e análise das gravações executadas pelo Regional de Benedito Lacerda contidas no álbum Benedicto Lacerda e Pixinguinha (lançado em 1966 contendo gravações realizadas no período de 1946-1951), busca-se contextualizar a improvisação de Pixinguinha enquanto saxofonista. A influência de seu estilo interpretativo na performance violonística de Dino Sete Cordas pode ser constatada através das gravações junto ao Regional do Canhoto, contidas no álbum intitulado Choros Imortais (1964), tendo como solista o flautista Altamiro Carrilho, acompanhado pelo Regional do Canhoto. Constata-se em Pixinguinha um processo de improvisação fundamentado em uma prática pré-concebida, possivelmente em função das condições dos recursos tecnológicos dos estúdios da época. Devido entre outros fatores ao contato com Pixinguinha, Dino Sete Cordas consolidou ao longo de sua carreira um estilo interpretativo próprio, criando uma escola empírica baseada inicialmente na audição e imitação deste material fonográfico, que foi determinante tanto para a formação de novos instrumentistas como para o processo de sistematização do estudo do violão de sete cordasMade available in DSpace on 2014-07-29T16:25:14Z (GMT). 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