“Foi na raça”: histórias de professores de português para estrangeiros
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15065 |
Resumo: | Esta pesquisa trata de experiências narradas e crenças compartilhadas por docentes a respeito de seus processos de formação na área de português para estudantes de outros países. Partiu-se da informação de que a formação específica para se atuar como professor de português para não-nativos não é, ainda hoje, frequente entre os profissionais que atuam na área. O objetivo geral do presente estudo é analisar as experiências e crenças de nove docentes, a fim de compreender como eles aprenderam (e aprendem) a educar linguisticamente os discentes e investigar o modo como quem já atua na docência se insere e se apresenta no mundo do português para estudantes não brasileiros. Com base na perspectiva socioconstrucionista de narrativa (BASTOS, 2005; BRUNER, 1997; LINDE, 1993); nos conceitos de identidade (HALL, 2006; ALVES, 2019) e de crença (BARCELOS, 2006); em construtos da Sociolinguística Interacional - como o conceito de Face de Goffman (1967) – e no conceito de Dêixis (LEVINSON, 1983) como ferramentas analíticas, analisaremos como essas crenças a respeito da formação docente são construídas ao longo de entrevistas. Esse trabalho está inserido na tradição de pesquisa qualitativa de cunho interpretativo (MASON, 1996). A geração de dados ocorreu a partir de dois movimentos. Inicialmente, enviamos um questionário para um grupo de professores e professoras de português para não brasileiros que atuam na coordenação da aplicação do exame CELPE-Bras em instituições do Brasil e de outros países. Em uma segunda etapa, realizamos entrevistas não estruturadas (FONTANA; FREY, 1994) com esses mesmos professores da área de português para estrangeiros. Pudemos notar, a partir das histórias narradas: a força do acaso nas trilhas de formação e a superação das adversidades, já que grande parte dos entrevistados teve uma formação em serviço, na prática; a defesa por uma educação linguística intercultural (MENDES, 2022). Sob o ponto de vista da construção das narrativas, observamos a recorrência de avaliações a respeito das formações dos professores e as tentativas de preservação de face durante as conversas. As falas dos docentes apontam a necessidade de uma maior institucionalização da área e sugerem princípios para percursos formativos de professoras e professores de português para não brasileiros. |
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O objetivo geral do presente estudo é analisar as experiências e crenças de nove docentes, a fim de compreender como eles aprenderam (e aprendem) a educar linguisticamente os discentes e investigar o modo como quem já atua na docência se insere e se apresenta no mundo do português para estudantes não brasileiros. Com base na perspectiva socioconstrucionista de narrativa (BASTOS, 2005; BRUNER, 1997; LINDE, 1993); nos conceitos de identidade (HALL, 2006; ALVES, 2019) e de crença (BARCELOS, 2006); em construtos da Sociolinguística Interacional - como o conceito de Face de Goffman (1967) – e no conceito de Dêixis (LEVINSON, 1983) como ferramentas analíticas, analisaremos como essas crenças a respeito da formação docente são construídas ao longo de entrevistas. Esse trabalho está inserido na tradição de pesquisa qualitativa de cunho interpretativo (MASON, 1996). A geração de dados ocorreu a partir de dois movimentos. Inicialmente, enviamos um questionário para um grupo de professores e professoras de português para não brasileiros que atuam na coordenação da aplicação do exame CELPE-Bras em instituições do Brasil e de outros países. Em uma segunda etapa, realizamos entrevistas não estruturadas (FONTANA; FREY, 1994) com esses mesmos professores da área de português para estrangeiros. Pudemos notar, a partir das histórias narradas: a força do acaso nas trilhas de formação e a superação das adversidades, já que grande parte dos entrevistados teve uma formação em serviço, na prática; a defesa por uma educação linguística intercultural (MENDES, 2022). Sob o ponto de vista da construção das narrativas, observamos a recorrência de avaliações a respeito das formações dos professores e as tentativas de preservação de face durante as conversas. As falas dos docentes apontam a necessidade de uma maior institucionalização da área e sugerem princípios para percursos formativos de professoras e professores de português para não brasileiros.The theme of this research refers to the beliefs and experiences of teachers of Portuguese as a Foreign Language regarding their role in the process of teaching. Assuming that most teachers of Portuguese for non-Brazilians did not have specific formal instruction in the area, we aim to analyse the experiences and beliefs of ten teachers, in order to understand how these teachers learned (and are learning) to educate students linguistically and to investigate the way in which those who already work in teaching insert themselves and present themselves in the world of Portuguese as a Foreign Language. Based on the socio-constructionist perspective of narrative (BASTOS, 2005; BRUNER, 1997; LINDE, 1993); in the concepts of identity (HALL, 2006; ALVES, 2019) and belief (BARCELOS, 2006); in Interactional Sociolinguistics constructs - such as Goffman's concept of Face (1967) - and in the concept of Deixis (LEVINSON, 1983) as analytical tools, we will analyze how these beliefs about teacher education are constructed through interviews. This work is part of the qualitative research tradition of an interpretive nature (MASON, 1996). The data generation occurred from two movements. At first, we sent a questionnaire to a group of professors of Portuguese for non-Brazilians who work in the coordination of the application of the CELPE-Bras exam in institutions in Brazil and in other countries. Secondly, we carried out unstructured interviews (FONTANA; FREY, 1994) with these teachers in the area of Portuguese for foreigners. From the stories narrated, we could notice: the force of chance in the training paths and the overcoming of adversities, since most of the teachers interviewed had in-service training, in practice; the defense of an intercultural linguistic education (MENDES, 2022). From the point of view of the construction of the narratives, we observed the recurrence of evaluations regarding their formations and the attempts to preserve the face during the conversations. The speeches of professors point out the need for greater institutionalization of the area and suggest ways to develop a training of professionals in the area of Portuguese as a Foreign Language.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICAFormação docentePortuguês para estrangeirosCrençasSaberes docentesNarrativaTeacher formationPortuguese as a foreign languageBeliefsTeacher knowledgesNarrative“Foi na raça”: histórias de professores de português para estrangeirosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALmarianadecamargobessademarchi.pdfmarianadecamargobessademarchi.pdfapplication/pdf1934467https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15065/1/marianadecamargobessademarchi.pdf97077e1bc88678916013b4f275496b1cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15065/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15065/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTmarianadecamargobessademarchi.pdf.txtmarianadecamargobessademarchi.pdf.txtExtracted texttext/plain350561https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15065/4/marianadecamargobessademarchi.pdf.txt1f80540bc9801e823e0dc845cbe3a867MD54THUMBNAILmarianadecamargobessademarchi.pdf.jpgmarianadecamargobessademarchi.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1198https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15065/5/marianadecamargobessademarchi.pdf.jpge2b5a5d54df9a0e86527c655be4018b3MD55ufjf/150652023-02-11 04:15:40.709oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/15065Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2023-02-11T06:15:40Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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