Uma análise dos efeitos da violência municipal sobre os resultados do referendo do Estatuto do Desarmamento de 2005

• Autor(a) principal: Mendes, Núbia Machado
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12717
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA; Violência municipal; Estatuto do Desarmamento; Desenho de Regressões Descontínuas; Municipal violence; Regressions Discontinuity Design

Este trabalho teve por objetivo verificar a existência de uma relação entre a proporção de votos NÃO no Referendo do Estatuto do Desarmamento de 2005 e o nível de violência municipal. Utilizou-se o método de Desenho de Regressões Descontínuas para uma amostra de 5591 municípios brasileiros, cujas variáveis foram definidas para os anos 2000, 2004 e 2005, obtidas no Repositório de Dados Eleitorais, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), DATASUS/Ministério da Saúde, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). Os grupos de tratamento e de controle foram compostos, respectivamente, por municípios com menos de 10 homicídios em 100 mil habitantes, e por aqueles definidos como violentos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo índice supracitado apresentou valor acima de 10. Foram estimados dois modelos, com margem de votação entre as duas alternativas possíveis no pleito – SIM e NÃO – inferiores a 3% e 5%. De uma forma geral, as estimativas do efeito local médio do tratamento sobre os tratados não apresentaram significância estatística em níveis tradicionais de significância. Apenas o coeficiente estimado para o Modelo com margem de votação de 3% apresentou valor estatisticamente diferente de zero, indicando um aumento 0,43 na proporção de votos no NÃO em municípios mais violentos, quando não inseridas covariadas. Assim, não há evidências robustas que permitam concluir uma relação de causalidade entre violência municipal e os resultados do Referendo de 200