A produção e a percepção prosódica dos sinais de pontuação na leitura e compreensão do texto
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6956 |
Resumo: | O presente trabalho buscou investigar a produção e a percepção dos sinais de pontuação na leitura em voz alta e sua influência na compreensão de textos. Para essa pesquisa, consideramos relevantes a hipótese de que sinais de pontuação seriam marcadores prosódicos gráficos da escrita (CAGLIARI,1989) que facilitariam a compreensão do texto; a teoria da Fonologia Prosódica de Nespor e Vogel (1986/2007) de que temos uma organização prosódica mental da fala e a Hipótese da Prosódia Implícita de Janet Fodor (2002), segundo a qual uma prosódia implícita da organização da fala se projeta na leitura. Os objetivos gerais foram investigar: (i) se a ausência de marcas gráficas influencia a leitura em voz alta e a compreensão do texto (ii) se durante a escuta de um texto gravado, o participante percebe as variações melódicas do estímulo e correlacionaas com as marcações gráficas convencionais de pontuação; (iii) se há uma relação entre a organização prosódica percebida durante a escuta, organização prosódica marcada na escrita e a compreensão do texto. As hipóteses que norteiam essa pesquisa são: (i) há uma prosódia implícita da fala que se projeta na leitura, guiando a segmentação e a organização dos constituintes prosódicos e sintáticos, facilitando o processamento linguístico e a compreensão do texto (nesse sentido, mesmo que não haja marca gráfica, se for necessária uma pausa, por exemplo, ela será produzida oralmente, já que representamos mentalmente a fala em constituintes prosódicos e essa representação se projeta na leitura e guia o processamento); (ii) a percepção prosódica dos sinais de pontuação ocorre de forma mais eficiente se a leitura for mais concatenada, ou seja, menos fragmentada por pausas de hesitação, o que facilita o processamento do texto. Para a realização dos objetivos, conduzimos experimentos de leitura (produção) e compreensão e de escuta (percepção) e compreensão. Participaram dos experimentos de produção e compreensão alunos do Ensino Médio e dois professores graduados em letras (cada professor serviu de parâmetro de leitura para um grupo). Como queríamos investigar a influência da presença /ausência da pontuação na leitura e na compreensão, os participantes foram divididos em dois grupos: Com Pontuação (CP) e Sem pontuação (SP). Os participantes do grupo CP liam um texto com a pontuação original para gravação e os participantes do grupo SP liam o mesmo texto, porém, apresentado sem pontuação, com todas as palavras sem diferenciação entre letras maiúsculas e minúsculas. Os participantes do grupos SP deveriam pontuar o texto e depois lê-lo para a gravação. Após a leitura, os participantes de ambos os grupos respondiam questões de compreensão de nível lexical e inferencial. Nos experimentos de percepção, os participantes eram alunos de graduação. Divididos em 4 grupos, ouviam 4 diferentes gravações das leituras realizadas na tarefa de produção anterior, de acordo com o textoestímulo com ou sem pontuação (CP ou SP) e de acordo com a velocidade de leitura (leitura rápida e leitura lenta). Os resultados desta pesquisa sugerem que: a) a presença das marcas gráficas que incitam variações melódicas durante a leitura em voz alta facilitam a compreensão; b) o leitor, através do seu conhecimento linguístico internalizado reconhece o final de uma unidade prosódica, sintática, semântica e discursiva, e representa essa fronteira oralmente, através de pausas e/ou atribuição de tons de fronteira L% ou H%, porém, muitas vezes, não sabe fazer a correlação dessas fronteiras com os sinais de pontuação; c) a leitura mais rápida (menos fragmentada por pausas) facilita a fluidez da leitura e a compreensão; d) há alunos terminando o ensino médio e o curso de graduação sem o devido conhecimento gramatical dos usos dos sinais de pontuação; e) o leitor mais maduro não faz qualquer correlação entre variações melódicas ou pausas e sinais de pontuação, e sim aquelas correlações que realmente são importantes para a organização prosódica, sintática e semântica do texto; f) as fronteiras de L% , que geralmente correspondem às marcações de ponto, por serem mais robustas, são mais percebidas ( 93%), enquanto as fronteiras de H%, que costumam correspoder às vírgulas, por serem menos robustas, são menos percebidas e marcadas (45%); g) o insucesso dos aprendizes em relação ao uso dos sinais de pontuação pode estar relacionado à forma ou até mesmo à falta de abordagem do conteúdo. |
id |
UFJF_586e19a4961f3740e7a28aca9ec8abc2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/6956 |
network_acronym_str |
UFJF |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFJF |
repository_id_str |
|
spelling |
Fonseca, Aline Alveshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4710291Z7Leite, Camila Tavareshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4750821E0Teixeira, Lucianahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4750271P4http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8920245Z9Almeida, Simone Aparecida de2018-07-25T15:05:54Z2018-07-242018-07-25T15:05:54Z2018-04-06https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6956O presente trabalho buscou investigar a produção e a percepção dos sinais de pontuação na leitura em voz alta e sua influência na compreensão de textos. Para essa pesquisa, consideramos relevantes a hipótese de que sinais de pontuação seriam marcadores prosódicos gráficos da escrita (CAGLIARI,1989) que facilitariam a compreensão do texto; a teoria da Fonologia Prosódica de Nespor e Vogel (1986/2007) de que temos uma organização prosódica mental da fala e a Hipótese da Prosódia Implícita de Janet Fodor (2002), segundo a qual uma prosódia implícita da organização da fala se projeta na leitura. Os objetivos gerais foram investigar: (i) se a ausência de marcas gráficas influencia a leitura em voz alta e a compreensão do texto (ii) se durante a escuta de um texto gravado, o participante percebe as variações melódicas do estímulo e correlacionaas com as marcações gráficas convencionais de pontuação; (iii) se há uma relação entre a organização prosódica percebida durante a escuta, organização prosódica marcada na escrita e a compreensão do texto. As hipóteses que norteiam essa pesquisa são: (i) há uma prosódia implícita da fala que se projeta na leitura, guiando a segmentação e a organização dos constituintes prosódicos e sintáticos, facilitando o processamento linguístico e a compreensão do texto (nesse sentido, mesmo que não haja marca gráfica, se for necessária uma pausa, por exemplo, ela será produzida oralmente, já que representamos mentalmente a fala em constituintes prosódicos e essa representação se projeta na leitura e guia o processamento); (ii) a percepção prosódica dos sinais de pontuação ocorre de forma mais eficiente se a leitura for mais concatenada, ou seja, menos fragmentada por pausas de hesitação, o que facilita o processamento do texto. Para a realização dos objetivos, conduzimos experimentos de leitura (produção) e compreensão e de escuta (percepção) e compreensão. Participaram dos experimentos de produção e compreensão alunos do Ensino Médio e dois professores graduados em letras (cada professor serviu de parâmetro de leitura para um grupo). Como queríamos investigar a influência da presença /ausência da pontuação na leitura e na compreensão, os participantes foram divididos em dois grupos: Com Pontuação (CP) e Sem pontuação (SP). Os participantes do grupo CP liam um texto com a pontuação original para gravação e os participantes do grupo SP liam o mesmo texto, porém, apresentado sem pontuação, com todas as palavras sem diferenciação entre letras maiúsculas e minúsculas. Os participantes do grupos SP deveriam pontuar o texto e depois lê-lo para a gravação. Após a leitura, os participantes de ambos os grupos respondiam questões de compreensão de nível lexical e inferencial. Nos experimentos de percepção, os participantes eram alunos de graduação. Divididos em 4 grupos, ouviam 4 diferentes gravações das leituras realizadas na tarefa de produção anterior, de acordo com o textoestímulo com ou sem pontuação (CP ou SP) e de acordo com a velocidade de leitura (leitura rápida e leitura lenta). Os resultados desta pesquisa sugerem que: a) a presença das marcas gráficas que incitam variações melódicas durante a leitura em voz alta facilitam a compreensão; b) o leitor, através do seu conhecimento linguístico internalizado reconhece o final de uma unidade prosódica, sintática, semântica e discursiva, e representa essa fronteira oralmente, através de pausas e/ou atribuição de tons de fronteira L% ou H%, porém, muitas vezes, não sabe fazer a correlação dessas fronteiras com os sinais de pontuação; c) a leitura mais rápida (menos fragmentada por pausas) facilita a fluidez da leitura e a compreensão; d) há alunos terminando o ensino médio e o curso de graduação sem o devido conhecimento gramatical dos usos dos sinais de pontuação; e) o leitor mais maduro não faz qualquer correlação entre variações melódicas ou pausas e sinais de pontuação, e sim aquelas correlações que realmente são importantes para a organização prosódica, sintática e semântica do texto; f) as fronteiras de L% , que geralmente correspondem às marcações de ponto, por serem mais robustas, são mais percebidas ( 93%), enquanto as fronteiras de H%, que costumam correspoder às vírgulas, por serem menos robustas, são menos percebidas e marcadas (45%); g) o insucesso dos aprendizes em relação ao uso dos sinais de pontuação pode estar relacionado à forma ou até mesmo à falta de abordagem do conteúdo.This work aimed to investigate the production and the perception of punctuation marks in reading aloud and its influence on the comprehension of texts. This research considers relevant Cagliari’s Hypothesis (1989), which predicts that punctuation marks are graphical prosodic markers of writing that facilitates the comprehension of texts; the Prosodic Phonology Theory (NESPOR & VOGEL, 1986/2007), which claims that we have a prosodic mental organization of speech; and Janet Fodor’s (2002) Hypothesis of Implicit Prosody, which predicts that an implicit prosody of the organization of speech projects into reading. The general objectives were to investigate: (i) if the absence of graphic marks influences the reading aloud and the comprehension of the text; (ii) if during the listening of a recorded text, the participant notices the melodic variations of the stimulus and correlates them with the conventional graphic markings of punctuation; (iii) if there is a relation between the perceived prosodic organization during listening, the marked prosodic organization in writing and the understanding of the text. This research was guided by the following hypotheses: (i) there is an implicit prosody of speech projected into reading, guiding the segmentation and organization of prosodic and syntactic constituents, facilitating linguistic processing and text comprehension (in this sense, even though there is no graphic mark, if a pause is needed, for example, it will be produced orally, since we mentally represent the speech in prosodic constituents and this representation is projected into reading and guides the processing); (ii) the prosodic perception of punctuation marks occurs more efficiently if the reading is more concatenated, that is, less fragmented by hesitation pauses, which facilitates the processing of the text. In order to achieve the aim of the research, reading (production) and comprehension experiments and listening (perception) and comprehension experiments were conducted. For production and comprehension experiments, the participants were High School students and two teachers, both had a licentiate degree in Portuguese (each teacher served as a reading parameter for a group). As we aimed to investigate the influence of presence/absence of punctuation marks in reading and comprehension, participants were divided into two groups: Presence of Punctuation (PP) and Absence of Punctuation (AP). The participants in PP group read a text with the original punctuation marks preserved in the recording, and the participants in AP group read the same text, however, presented without punctuation marks, with all the words without differentiation between uppercase and lowercase letters. Participants in AP groups should punctuate the text and then read it aloud for recording. After reading, participants from both groups answered lexical and inferential comprehension questions. In perception experiments, the participants were undergraduate students. They were divided into 4 groups, they heard 4 different recordings of the readings performed in the previous production task, according to the stimulus text with or without punctuation (PP or AP) and according to the speed of reading (fast reading and slow reading). The results of this research suggest that: a) the presence of graphic punctuation marks that incite melodic variations during reading aloud facilitates understanding; b) the readers, using their internalized linguistic knowledge, recognize the end of a prosodic, syntactic, semantic and discursive unit, and represent a boundary orally, through pauses and/or assignment of boundary tones L% or H%, however, oftentimes, they do not know how to correlate these boundaries with punctuation marks; c) faster reading (less fragmented by pauses) facilitates reading fluency and comprehension; d) there are students finishing High School and the undergraduate course without having proper grammar knowledge of the uses of punctuation marks; e) the more experienced reader does not make any correlation between melodic variations or pauses and punctuation marks, they only do those correlations that are really important for the prosodic, syntactic and semantic organization of the text; f) the L% boundaries, which generally correspond to the dot markings, being more robust, are more perceived (93%), whereas the H% boundaries, which usually correspond to the commas, because they are less robust, are less perceived and marked (45%); g) apprentices' failure to use punctuation marks may be related to the form or even the lack of approach to the content.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICAPontuaçãoLeituraPercepçãoCompreensãoPunctuationReadingPerceptionComprehensionA produção e a percepção prosódica dos sinais de pontuação na leitura e compreensão do textoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTsimoneaparecidadealmeida.pdf.txtsimoneaparecidadealmeida.pdf.txtExtracted texttext/plain380298https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6956/3/simoneaparecidadealmeida.pdf.txtfb8e9e2be9f4712010c63cf6757c5908MD53THUMBNAILsimoneaparecidadealmeida.pdf.jpgsimoneaparecidadealmeida.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1150https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6956/4/simoneaparecidadealmeida.pdf.jpge93e5c25fabfd019511cc6ea70c82be1MD54ORIGINALsimoneaparecidadealmeida.pdfsimoneaparecidadealmeida.pdfapplication/pdf3870234https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6956/1/simoneaparecidadealmeida.pdfd332aaa47d8b1d57ef3a9f9f3880ae96MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6956/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/69562019-06-16 10:27:35.715oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/6956TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T13:27:35Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A produção e a percepção prosódica dos sinais de pontuação na leitura e compreensão do texto |
title |
A produção e a percepção prosódica dos sinais de pontuação na leitura e compreensão do texto |
spellingShingle |
A produção e a percepção prosódica dos sinais de pontuação na leitura e compreensão do texto Almeida, Simone Aparecida de CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA Pontuação Leitura Percepção Compreensão Punctuation Reading Perception Comprehension |
title_short |
A produção e a percepção prosódica dos sinais de pontuação na leitura e compreensão do texto |
title_full |
A produção e a percepção prosódica dos sinais de pontuação na leitura e compreensão do texto |
title_fullStr |
A produção e a percepção prosódica dos sinais de pontuação na leitura e compreensão do texto |
title_full_unstemmed |
A produção e a percepção prosódica dos sinais de pontuação na leitura e compreensão do texto |
title_sort |
A produção e a percepção prosódica dos sinais de pontuação na leitura e compreensão do texto |
author |
Almeida, Simone Aparecida de |
author_facet |
Almeida, Simone Aparecida de |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Fonseca, Aline Alves |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4710291Z7 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Leite, Camila Tavares |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4750821E0 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Teixeira, Luciana |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4750271P4 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8920245Z9 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Almeida, Simone Aparecida de |
contributor_str_mv |
Fonseca, Aline Alves Leite, Camila Tavares Teixeira, Luciana |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA |
topic |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA Pontuação Leitura Percepção Compreensão Punctuation Reading Perception Comprehension |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Pontuação Leitura Percepção Compreensão Punctuation Reading Perception Comprehension |
description |
O presente trabalho buscou investigar a produção e a percepção dos sinais de pontuação na leitura em voz alta e sua influência na compreensão de textos. Para essa pesquisa, consideramos relevantes a hipótese de que sinais de pontuação seriam marcadores prosódicos gráficos da escrita (CAGLIARI,1989) que facilitariam a compreensão do texto; a teoria da Fonologia Prosódica de Nespor e Vogel (1986/2007) de que temos uma organização prosódica mental da fala e a Hipótese da Prosódia Implícita de Janet Fodor (2002), segundo a qual uma prosódia implícita da organização da fala se projeta na leitura. Os objetivos gerais foram investigar: (i) se a ausência de marcas gráficas influencia a leitura em voz alta e a compreensão do texto (ii) se durante a escuta de um texto gravado, o participante percebe as variações melódicas do estímulo e correlacionaas com as marcações gráficas convencionais de pontuação; (iii) se há uma relação entre a organização prosódica percebida durante a escuta, organização prosódica marcada na escrita e a compreensão do texto. As hipóteses que norteiam essa pesquisa são: (i) há uma prosódia implícita da fala que se projeta na leitura, guiando a segmentação e a organização dos constituintes prosódicos e sintáticos, facilitando o processamento linguístico e a compreensão do texto (nesse sentido, mesmo que não haja marca gráfica, se for necessária uma pausa, por exemplo, ela será produzida oralmente, já que representamos mentalmente a fala em constituintes prosódicos e essa representação se projeta na leitura e guia o processamento); (ii) a percepção prosódica dos sinais de pontuação ocorre de forma mais eficiente se a leitura for mais concatenada, ou seja, menos fragmentada por pausas de hesitação, o que facilita o processamento do texto. Para a realização dos objetivos, conduzimos experimentos de leitura (produção) e compreensão e de escuta (percepção) e compreensão. Participaram dos experimentos de produção e compreensão alunos do Ensino Médio e dois professores graduados em letras (cada professor serviu de parâmetro de leitura para um grupo). Como queríamos investigar a influência da presença /ausência da pontuação na leitura e na compreensão, os participantes foram divididos em dois grupos: Com Pontuação (CP) e Sem pontuação (SP). Os participantes do grupo CP liam um texto com a pontuação original para gravação e os participantes do grupo SP liam o mesmo texto, porém, apresentado sem pontuação, com todas as palavras sem diferenciação entre letras maiúsculas e minúsculas. Os participantes do grupos SP deveriam pontuar o texto e depois lê-lo para a gravação. Após a leitura, os participantes de ambos os grupos respondiam questões de compreensão de nível lexical e inferencial. Nos experimentos de percepção, os participantes eram alunos de graduação. Divididos em 4 grupos, ouviam 4 diferentes gravações das leituras realizadas na tarefa de produção anterior, de acordo com o textoestímulo com ou sem pontuação (CP ou SP) e de acordo com a velocidade de leitura (leitura rápida e leitura lenta). Os resultados desta pesquisa sugerem que: a) a presença das marcas gráficas que incitam variações melódicas durante a leitura em voz alta facilitam a compreensão; b) o leitor, através do seu conhecimento linguístico internalizado reconhece o final de uma unidade prosódica, sintática, semântica e discursiva, e representa essa fronteira oralmente, através de pausas e/ou atribuição de tons de fronteira L% ou H%, porém, muitas vezes, não sabe fazer a correlação dessas fronteiras com os sinais de pontuação; c) a leitura mais rápida (menos fragmentada por pausas) facilita a fluidez da leitura e a compreensão; d) há alunos terminando o ensino médio e o curso de graduação sem o devido conhecimento gramatical dos usos dos sinais de pontuação; e) o leitor mais maduro não faz qualquer correlação entre variações melódicas ou pausas e sinais de pontuação, e sim aquelas correlações que realmente são importantes para a organização prosódica, sintática e semântica do texto; f) as fronteiras de L% , que geralmente correspondem às marcações de ponto, por serem mais robustas, são mais percebidas ( 93%), enquanto as fronteiras de H%, que costumam correspoder às vírgulas, por serem menos robustas, são menos percebidas e marcadas (45%); g) o insucesso dos aprendizes em relação ao uso dos sinais de pontuação pode estar relacionado à forma ou até mesmo à falta de abordagem do conteúdo. |
publishDate |
2018 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-07-25T15:05:54Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-07-24 2018-07-25T15:05:54Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-04-06 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6956 |
url |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6956 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFJF |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Letras |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFJF instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) instacron:UFJF |
instname_str |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
instacron_str |
UFJF |
institution |
UFJF |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFJF |
collection |
Repositório Institucional da UFJF |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6956/3/simoneaparecidadealmeida.pdf.txt https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6956/4/simoneaparecidadealmeida.pdf.jpg https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6956/1/simoneaparecidadealmeida.pdf https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6956/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
fb8e9e2be9f4712010c63cf6757c5908 e93e5c25fabfd019511cc6ea70c82be1 d332aaa47d8b1d57ef3a9f9f3880ae96 000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1813193996368871424 |