Compostos de discurso direto no português do Brasil
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2606 |
Resumo: | O objetivo desta dissertação é identificar, descrever e analisar Compostos de Discurso Direto (CDDs) no Português do Brasil. Essa construção lexical se caracteriza por apresentar, prototipicamente, um nome e um modificador de interação fictiva, este manifesto pelo discurso direto, instanciando-se em exemplos como “A turma do eu me acho”, “A postura do eu concordo, mas não sei como fazer” e “maquiagem nasci linda”. O arcabouço teórico utilizado reúne autores de Linguística Cognitiva (LANGACKER, 2008; TALMY, 2000; FAUCONNIER e TURNER, 2002; LAKOFF e JOHNSON 1980, 1999), baseando-se mais especificamente nos estudos de Pascual (2002, 2006, 2014) sobre Interação Fictiva e Compostos de Discurso Direto. Metodologicamente, realizou-se uma pesquisa qualitativa na internet e uma pesquisa mista (qualitativa e quantitativa) no C-Oral (RASO e MELLO, 2012). A pesquisa na internet visava a estudar a manifestação dos CDDs e seu ambiente discursivo em diversos gêneros escritos ou orais. A pesquisa no corpus C-Oral visava prioritariamente a quantificar a ocorrência dos CDDs e o ambiente discursivo desses compostos em fala espontânea. Na pesquisa do referido corpus, utilizou-se o Corpuseye para a primeira verificação dos dados no C-Oral. Posteriormente, o C-Oral foi ouvido e lido em toda sua extensão. Em ambas as etapas da pesquisa, na internet e no referido corpus, a busca foi baseada em 92 núcleos nominais, sendo 50 deles sugeridos por Pascual (2014) e 42 propostos nesta dissertação, como comumente modificados por discurso direto. A análise dos dados revelou quatro tipos de padrões de CDD: (I) (S)N + MODIFICADOR DE DISCURSO DIRETO, (II) S(N) + PREPOSIÇÃO “DE” + MODIFICADOR DE DISCURSO DIRETO, (III), S(N) + (PREPOSIÇÃO “DE’’) + ANGULADOR (TIPO) ASSIM + DISCURSO DIRETO e (IV) NOME+ MORFEMA DE DISCURSO DIRETO (em uma mesma palavra). Foram encontrados 44 exemplos de ocorrências de CDD na pesquisa da internet e 1 em toda a extensão do corpus C-Oral. O padrões mais produtivos foram II, I, III e IV, nessa ordem. Defende-se que um CDD é entendido de forma não composicional, mas cada uma de suas partes possui um potencial metonímico e complexidade conceptuais diferentes, sendo o modificador de discurso direto o mais metonímico e complexo. Nesse sentido, o modificador do CDD funciona como trajetor ao invés de marco, ou seja, o oposto da formação SN + modificador comum. O modificador de discurso direto funciona como um adjetivo e, sintaticamente, como adjunto adnominal, independente de seu tamanho. Em geral, o uso de CDDs é uma forma de veicular um conteúdo não disponível de outra forma no léxico, em forma de adjetivos, com efeitos discursivos tais como síntese, humor, generalização e crítica social. O fato de usar um discurso direto como modificador nominal também reforça a hipótese de que o léxico não é estático, e que a gramática é moldada pelo uso, neste caso, pela capacidade dos seres humanos de abstraírem de suas interações cotidianas formas inovadoras de utilizar a linguagem. |
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O arcabouço teórico utilizado reúne autores de Linguística Cognitiva (LANGACKER, 2008; TALMY, 2000; FAUCONNIER e TURNER, 2002; LAKOFF e JOHNSON 1980, 1999), baseando-se mais especificamente nos estudos de Pascual (2002, 2006, 2014) sobre Interação Fictiva e Compostos de Discurso Direto. Metodologicamente, realizou-se uma pesquisa qualitativa na internet e uma pesquisa mista (qualitativa e quantitativa) no C-Oral (RASO e MELLO, 2012). A pesquisa na internet visava a estudar a manifestação dos CDDs e seu ambiente discursivo em diversos gêneros escritos ou orais. A pesquisa no corpus C-Oral visava prioritariamente a quantificar a ocorrência dos CDDs e o ambiente discursivo desses compostos em fala espontânea. Na pesquisa do referido corpus, utilizou-se o Corpuseye para a primeira verificação dos dados no C-Oral. Posteriormente, o C-Oral foi ouvido e lido em toda sua extensão. Em ambas as etapas da pesquisa, na internet e no referido corpus, a busca foi baseada em 92 núcleos nominais, sendo 50 deles sugeridos por Pascual (2014) e 42 propostos nesta dissertação, como comumente modificados por discurso direto. A análise dos dados revelou quatro tipos de padrões de CDD: (I) (S)N + MODIFICADOR DE DISCURSO DIRETO, (II) S(N) + PREPOSIÇÃO “DE” + MODIFICADOR DE DISCURSO DIRETO, (III), S(N) + (PREPOSIÇÃO “DE’’) + ANGULADOR (TIPO) ASSIM + DISCURSO DIRETO e (IV) NOME+ MORFEMA DE DISCURSO DIRETO (em uma mesma palavra). Foram encontrados 44 exemplos de ocorrências de CDD na pesquisa da internet e 1 em toda a extensão do corpus C-Oral. O padrões mais produtivos foram II, I, III e IV, nessa ordem. Defende-se que um CDD é entendido de forma não composicional, mas cada uma de suas partes possui um potencial metonímico e complexidade conceptuais diferentes, sendo o modificador de discurso direto o mais metonímico e complexo. Nesse sentido, o modificador do CDD funciona como trajetor ao invés de marco, ou seja, o oposto da formação SN + modificador comum. O modificador de discurso direto funciona como um adjetivo e, sintaticamente, como adjunto adnominal, independente de seu tamanho. Em geral, o uso de CDDs é uma forma de veicular um conteúdo não disponível de outra forma no léxico, em forma de adjetivos, com efeitos discursivos tais como síntese, humor, generalização e crítica social. O fato de usar um discurso direto como modificador nominal também reforça a hipótese de que o léxico não é estático, e que a gramática é moldada pelo uso, neste caso, pela capacidade dos seres humanos de abstraírem de suas interações cotidianas formas inovadoras de utilizar a linguagem.The aim of this dissertation is to identify, describe and analyze Direct Speech compounds (DSC) in Brazilian Portuguese. This construction is characterized by prototypically presenting a head noun and a fictive interaction modifier in a form of a direct speech. Nominal compounds like “A turma do eu me acho"; “A postura do eu concordo, mas não sei como fazer” e “maquiagem nasci linda” are examples of this construction. As theoretical framework we based our research on Cognitive Linguistics (Langacker, 2008; Talmy 2000; FAUCONNIER and TURNER 2002; Lakoff and Johnson 1980 1999) and Pascual’s Fictive Interaction and Direct Speech Compounds studies (2002, 2006, 2014) Methodologically, we used a qualitative approach in the internet research and a mixed approach, in the C-Oral (RASO e MELLO, 2012) research. The internet research aimed to study the manifestation of DSC and its discursive environment in different oral and written discursive genres. The C-Oral research aimed mainly to quantify DSC tokens and its discursive environment in spontaneous speech. In this second part, we used an online corpora searcher-Corpuseye- in order to make an initial search for DSC in C-Oral Brazil corpus. After this procedure, we listened and we read all C-Oral corpus. In both stages of the research on internet and on the corpus, our search was based on 92 head nouns, 50 of them suggested by Pascual (2014) and 42 by the linguist of this dissertation as commonly modified by direct speech. The data analysis revealed four types of DSC patterns: (I) N(P) + DIRECT SPEECH MODIFIER (II) N (P) + PREPOSITION "DE" + DIRECT SPEECH MODIFIER, (III), N (P ) + (PREPOSITION “DE’’) + HEDGE (TIPO) ASSIM + DIRECT SPEECH and (IV) NOUN + DIRECT SPEECH MORPHEME (in the same word). We found 44 DSC occurrences on the internet search and 1 throughout C-Oral corpus. The most productive patterns were II, I III, IV, in this order. We claim that a DSC is understood not in a compositional way, though each of its parts has a metonymic potential and different conceptual complexity. In this sense, the DSC modifier works as a trajector rather than landmark, that is, the opposite of NP + common modifier compounds. Direct speech modifier usually acts as an adjective and syntactically as an adnominal, regardless of its size. In general, the use of DSC is a way to express a conceptual content not available in the lexicon in the form of an adjective. The use of DSC has discursive effects such as synthesis, humor, generalization and social criticism. The fact of using a direct speech as a nominal modifier also reinforces the hypothesis that the lexicon is not static, and that grammar is shaped by the use, in this case, the ability of human beings to draw of their daily interactions innovative ways to use a languageCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICACompostos de discurso diretoFictividadeLinguística cognitivaDirect speech compoundsFictivityCognitive linguisticsCompostos de discurso direto no português do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTjosecarlosdacostajunior.pdf.txtjosecarlosdacostajunior.pdf.txtExtracted texttext/plain237521https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2606/3/josecarlosdacostajunior.pdf.txtdf7a6697db069140ccd4275d9f65a11aMD53THUMBNAILjosecarlosdacostajunior.pdf.jpgjosecarlosdacostajunior.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1132https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2606/4/josecarlosdacostajunior.pdf.jpg76bf26db52283542395b893b6ef29105MD54ORIGINALjosecarlosdacostajunior.pdfjosecarlosdacostajunior.pdfapplication/pdf1641731https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2606/1/josecarlosdacostajunior.pdfe0adf536eee713478e3b184f76c8dac3MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2606/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/26062019-11-07 11:51:21.451oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2606TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:51:21Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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