Avaliação do risco cardiovascular e sua associação com marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/34624 |
Resumo: | Introdução: As doenças cardiovasculares (DCVs) são uma das principais causas de mortalidade precoce nos pacientes com esquizofrenia. Mais de dois terços dos pacientes com esquizofrenia morrem devido à DCVs em comparação com metade da população em geral. A alta mortalidade cardiovascular nesse grupo de pacientes pode ser associada à alta prevalência de fatores de risco cardiovascular associados ao uso de antipsicóticos. Contudo, parece incerto que as DCVs na esquizofrenia é mediada apenas pelos fatores de risco, sendo que um volume considerável de evidências mostram um perfil pró-inflamatório que a esquizofrenia apresenta, não apenas no sistema nervoso central (SNC), mas também na periferia. O processo inflamatório pode envolver o sistema cardiovascular e o sistema cerebrovascular, os quais devem ser considerados durante a investigação da associação entre a inflamação e o risco de doenças cardiovasculares na esquizofrenia. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre risco cardiovascular e marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia e controles saudáveis. Método: Pacientes e controles foram submetidos à avaliação clínica e laboratorial, a avaliação dos fatores de risco cardiovascular, bem como do perfil de risco metabólico apresentado pela medicação utilizada pelos pacientes. O risco cardiovascular foi medido por meio do Escore de Framingham e os níveis dos marcadores inflamatórios foram avaliados por cytometric beads array (CBA) e ELISA. Resultados e discussão: Nosso estudo demonstrou que o risco de desenvolver DCVs nos próximos10 anos foi maior nos pacientes com esquizofrenia em comparação aos controles saudáveis. Nossos resultados sugerem que os níveis de adiponectina e de sTNFR2 estão aumentados nos pacientes com esquizofrenia. A regressão logística binária demonstrou que níveis aumentados de adiponectina nos pacientes com esquizofrenia foi independentemente associado à presença de síndrome metabólica. Por outro lado, também foi observado que os níveis de adiponectina bem como os níveis de sTNFR2, apresentaram relação com o risco cardiovascular nos pacientes com esquizofrenia, sugerindo que níveis aumentados desses marcadores inflamatórios associados ao risco cardiovascular explicaria a maior morbimortalidade nos pacientes com esquizofrenia. Conclusões: De forma geral, este conjunto de dados sugere que mecanismos inflamatórios estariam associados a maior morbimortalidade cardiovascular nos pacientes com esquizofrenia. |
id |
UFMG_18c4e0c0ea8360a13ace889e9d14dfea |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/34624 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
João Vinícius Salgadohttp://lattes.cnpq.br/7801177341327346Antônio Lúcio Teixeira Juniorhttp://lattes.cnpq.br/4844509027943603Ingrid Caroline Silva Dias2021-01-05T11:25:43Z2021-01-05T11:25:43Z2018-11-23http://hdl.handle.net/1843/34624Introdução: As doenças cardiovasculares (DCVs) são uma das principais causas de mortalidade precoce nos pacientes com esquizofrenia. Mais de dois terços dos pacientes com esquizofrenia morrem devido à DCVs em comparação com metade da população em geral. A alta mortalidade cardiovascular nesse grupo de pacientes pode ser associada à alta prevalência de fatores de risco cardiovascular associados ao uso de antipsicóticos. Contudo, parece incerto que as DCVs na esquizofrenia é mediada apenas pelos fatores de risco, sendo que um volume considerável de evidências mostram um perfil pró-inflamatório que a esquizofrenia apresenta, não apenas no sistema nervoso central (SNC), mas também na periferia. O processo inflamatório pode envolver o sistema cardiovascular e o sistema cerebrovascular, os quais devem ser considerados durante a investigação da associação entre a inflamação e o risco de doenças cardiovasculares na esquizofrenia. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre risco cardiovascular e marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia e controles saudáveis. Método: Pacientes e controles foram submetidos à avaliação clínica e laboratorial, a avaliação dos fatores de risco cardiovascular, bem como do perfil de risco metabólico apresentado pela medicação utilizada pelos pacientes. O risco cardiovascular foi medido por meio do Escore de Framingham e os níveis dos marcadores inflamatórios foram avaliados por cytometric beads array (CBA) e ELISA. Resultados e discussão: Nosso estudo demonstrou que o risco de desenvolver DCVs nos próximos10 anos foi maior nos pacientes com esquizofrenia em comparação aos controles saudáveis. Nossos resultados sugerem que os níveis de adiponectina e de sTNFR2 estão aumentados nos pacientes com esquizofrenia. A regressão logística binária demonstrou que níveis aumentados de adiponectina nos pacientes com esquizofrenia foi independentemente associado à presença de síndrome metabólica. Por outro lado, também foi observado que os níveis de adiponectina bem como os níveis de sTNFR2, apresentaram relação com o risco cardiovascular nos pacientes com esquizofrenia, sugerindo que níveis aumentados desses marcadores inflamatórios associados ao risco cardiovascular explicaria a maior morbimortalidade nos pacientes com esquizofrenia. Conclusões: De forma geral, este conjunto de dados sugere que mecanismos inflamatórios estariam associados a maior morbimortalidade cardiovascular nos pacientes com esquizofrenia.Introduction: Cardiovascular diseases (CVDs) are one of the leading causes of early mortality in patients with schizophrenia. More than two-thirds of patients with schizophrenia die from CVDs compared to half the general population. The high cardiovascular mortality in this group of patients may be associated with the high prevalence of cardiovascular risk factors associated with the use of antipsychotics. However, it seems uncertain that CVDs in schizophrenia are mediated only by risk factors, and a considerable amount of evidence shows a proinflammatory profile that schizophrenia presents not only in the central nervous system (CNS) but also in the periphery. The inflammatory process may involve the cardiovascular system and the cerebrovascular system, which should be considered during the investigation of the association between inflammation and the risk of cardiovascular disease in schizophrenia. Objective: The objective of this study was to evaluate the association between cardiovascular risk and inflammatory markers in patients with schizophrenia and healthy controls. Method: Patients and controls underwent clinical and laboratory evaluation, evaluation of cardiovascular risk factors, as well as the metabolic risk profile presented by the medication used by the patients. Cardiovascular risk was measured using the Framingham Score and the levels of inflammatory mediators were evaluated by cytometric beads array (CBA) and ELISA. Results and Discussion: Our study demonstrated that the risk of developing CVDs in the next 10 years was greater in patients with schizophrenia compared to healthy controls. Our results suggest that adiponectin and sTNFR2 levels are increased in patients with schizophrenia. Binary logistic regression demonstrated that increased adiponectin levels in patients with schizophrenia were independently associated with the presence of metabolic syndrome. On the other hand, it was also observed that adiponectin levels as well as sTNFR2 levels were related to cardiovascular risk in patients with schizophrenia, suggesting that increased levels of these inflammatory mediators associated with cardiovascular risk would explain higher morbidity and mortality in patients with schizophrenia. Conclusions: Overall, this data set suggests that inflammatory mechanisms would be associated with increased cardiovascular morbidity and mortality in patients with schizophrenia.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em NeurociênciasUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessNeurociênciasEsquizofreniaDoenças cardiovascularesSíndrome metabólicaInflamaçãoEsquizofreniaRisco cardiovascularInflamaçãoSíndrome metabólicaAvaliação do risco cardiovascular e sua associação com marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofreniainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALUniversidade Federal de Minas Gerais.pdfUniversidade Federal de Minas Gerais.pdfapplication/pdf1959147https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34624/1/Universidade%20Federal%20de%20Minas%20Gerais.pdfd091b5158675b24ea8c997aeaa6b445cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34624/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34624/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/346242021-01-05 08:25:43.08oai:repositorio.ufmg.br:1843/34624TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-01-05T11:25:43Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Avaliação do risco cardiovascular e sua associação com marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia |
title |
Avaliação do risco cardiovascular e sua associação com marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia |
spellingShingle |
Avaliação do risco cardiovascular e sua associação com marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia Ingrid Caroline Silva Dias Esquizofrenia Risco cardiovascular Inflamação Síndrome metabólica Neurociências Esquizofrenia Doenças cardiovasculares Síndrome metabólica Inflamação |
title_short |
Avaliação do risco cardiovascular e sua associação com marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia |
title_full |
Avaliação do risco cardiovascular e sua associação com marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia |
title_fullStr |
Avaliação do risco cardiovascular e sua associação com marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia |
title_full_unstemmed |
Avaliação do risco cardiovascular e sua associação com marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia |
title_sort |
Avaliação do risco cardiovascular e sua associação com marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia |
author |
Ingrid Caroline Silva Dias |
author_facet |
Ingrid Caroline Silva Dias |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
João Vinícius Salgado |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7801177341327346 |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Antônio Lúcio Teixeira Junior |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4844509027943603 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ingrid Caroline Silva Dias |
contributor_str_mv |
João Vinícius Salgado Antônio Lúcio Teixeira Junior |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Esquizofrenia Risco cardiovascular Inflamação Síndrome metabólica |
topic |
Esquizofrenia Risco cardiovascular Inflamação Síndrome metabólica Neurociências Esquizofrenia Doenças cardiovasculares Síndrome metabólica Inflamação |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Neurociências Esquizofrenia Doenças cardiovasculares Síndrome metabólica Inflamação |
description |
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCVs) são uma das principais causas de mortalidade precoce nos pacientes com esquizofrenia. Mais de dois terços dos pacientes com esquizofrenia morrem devido à DCVs em comparação com metade da população em geral. A alta mortalidade cardiovascular nesse grupo de pacientes pode ser associada à alta prevalência de fatores de risco cardiovascular associados ao uso de antipsicóticos. Contudo, parece incerto que as DCVs na esquizofrenia é mediada apenas pelos fatores de risco, sendo que um volume considerável de evidências mostram um perfil pró-inflamatório que a esquizofrenia apresenta, não apenas no sistema nervoso central (SNC), mas também na periferia. O processo inflamatório pode envolver o sistema cardiovascular e o sistema cerebrovascular, os quais devem ser considerados durante a investigação da associação entre a inflamação e o risco de doenças cardiovasculares na esquizofrenia. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre risco cardiovascular e marcadores inflamatórios em pacientes com esquizofrenia e controles saudáveis. Método: Pacientes e controles foram submetidos à avaliação clínica e laboratorial, a avaliação dos fatores de risco cardiovascular, bem como do perfil de risco metabólico apresentado pela medicação utilizada pelos pacientes. O risco cardiovascular foi medido por meio do Escore de Framingham e os níveis dos marcadores inflamatórios foram avaliados por cytometric beads array (CBA) e ELISA. Resultados e discussão: Nosso estudo demonstrou que o risco de desenvolver DCVs nos próximos10 anos foi maior nos pacientes com esquizofrenia em comparação aos controles saudáveis. Nossos resultados sugerem que os níveis de adiponectina e de sTNFR2 estão aumentados nos pacientes com esquizofrenia. A regressão logística binária demonstrou que níveis aumentados de adiponectina nos pacientes com esquizofrenia foi independentemente associado à presença de síndrome metabólica. Por outro lado, também foi observado que os níveis de adiponectina bem como os níveis de sTNFR2, apresentaram relação com o risco cardiovascular nos pacientes com esquizofrenia, sugerindo que níveis aumentados desses marcadores inflamatórios associados ao risco cardiovascular explicaria a maior morbimortalidade nos pacientes com esquizofrenia. Conclusões: De forma geral, este conjunto de dados sugere que mecanismos inflamatórios estariam associados a maior morbimortalidade cardiovascular nos pacientes com esquizofrenia. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-11-23 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-01-05T11:25:43Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-01-05T11:25:43Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/34624 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/34624 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Neurociências |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34624/1/Universidade%20Federal%20de%20Minas%20Gerais.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34624/2/license_rdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34624/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
d091b5158675b24ea8c997aeaa6b445c cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589482827481088 |