Cuidar e educar no espaço do berçário: expectativas das famílias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luci Vania Goncalves Nunes
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9FSFR6
Resumo: O presente estudo investigou quais são as expectativas dos familiares das crianças do berçário sobre o atendimento oferecido nesse espaço. Trata-se de conhecer as expectativas das famílias, que buscam um atendimento numa instituição de educação infantil, para seus filhos, no primeiro ano de vida. A fim de responder minha questão, realizei uma investigação, fazendo entrevistas exploratórias com as famílias, intervenção com as professoras das crianças atendidas, bem como intervenção com as famílias para demonstrar o trabalho pedagógico que é realizado naquele espaço. Os achados foram analisados na perspectiva de considerar a criança do berçário como sujeito social, histórico e cultural. Como respaldo teórico, busquei as contribuições de autores como Pino, Barbosa, Rech e Rosemberg, além de documentos e leis que normatizam o atendimento de crianças em instituições de educação infantil. Rech nos apresenta alguns teóricos que abordaram visões sobre homem e educação, visões estas que contribuíram para o entendimento de algumas posturas educativas, no período situado entre os séculos XVI e XX, mas que ainda deixaram suas marcas nos dias de hoje. Já Pino vai dizer que o desenvolvimento da criança deve ser tratado na perspectiva da relação que existe entre ela e o meio e que o desenvolvimento não é apenas natural ou biológico, mas, também social, histórico e cultural. É esse autor quem me auxilia na percepção de que as famílias ainda não enxergam seus filhos como dotados de capacidades de aprender, que interagem e aprendem com o meio. As expectativas das famílias, quanto ao trabalho na UMEI, está de acordo com a concepção que elas têm de criança e infância. Os achados me levaram a concluir que as famílias trazem ainda a concepção de que a UMEI é um espaço para deixar seus filhos enquanto trabalham, que nesse espaço esperam que seus filhos sejam atendidos em suas necessidades de sono, alimentação e higiene. Tal concepção vem desde o surgimento das primeiras instituições para atendimento de crianças pequenas. Inclusive, a instituição pesquisada, por sua vez, contribui e, às vezes até reforça essa concepção pela falta de mecanismo de informação sistemática das atividades pedagógicas realizadas no espaço do berçário.
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Como respaldo teórico, busquei as contribuições de autores como Pino, Barbosa, Rech e Rosemberg, além de documentos e leis que normatizam o atendimento de crianças em instituições de educação infantil. Rech nos apresenta alguns teóricos que abordaram visões sobre homem e educação, visões estas que contribuíram para o entendimento de algumas posturas educativas, no período situado entre os séculos XVI e XX, mas que ainda deixaram suas marcas nos dias de hoje. Já Pino vai dizer que o desenvolvimento da criança deve ser tratado na perspectiva da relação que existe entre ela e o meio e que o desenvolvimento não é apenas natural ou biológico, mas, também social, histórico e cultural. É esse autor quem me auxilia na percepção de que as famílias ainda não enxergam seus filhos como dotados de capacidades de aprender, que interagem e aprendem com o meio. As expectativas das famílias, quanto ao trabalho na UMEI, está de acordo com a concepção que elas têm de criança e infância. Os achados me levaram a concluir que as famílias trazem ainda a concepção de que a UMEI é um espaço para deixar seus filhos enquanto trabalham, que nesse espaço esperam que seus filhos sejam atendidos em suas necessidades de sono, alimentação e higiene. Tal concepção vem desde o surgimento das primeiras instituições para atendimento de crianças pequenas. Inclusive, a instituição pesquisada, por sua vez, contribui e, às vezes até reforça essa concepção pela falta de mecanismo de informação sistemática das atividades pedagógicas realizadas no espaço do berçário.The present study has investigated what are the expectations of the families of the nursery children on the care that was offered in this space. The objective was knowing families expectations who seek care in an institution of early childhood education for their children in the first year of life. To answer my question, Ive conducted an investigation through exploratory interviews with families, intervention with teachers as well as intervention with families in order to demonstrate the pedagogical work that is done in that space. The findings were analyzed from the perspective of considering the child's nursery as a social, historical and cultural subject. As theoretical support, Ive sought the contributions of authors such as Pino, Barbosa, Rech and Rosemberg, plus documents and laws that regulate the attendance of children in early childhood institutions. Rech presents us some theoretical views about man and education that have contributed to the understanding of some educational attitudes in the period between the sixteenth and twentieth centuries but that still have left their mark today. Pino will tell us that childs development should be treated in the perspective of the relationship between it and the middle and that development is not only natural or biological but also social, cultural and historical. It is this author who helps me in the sense that families still do not see their children as having the capacity to learn, and learn to interact with the environment. Families' expectations about the work on Umei, is consistent with the conception that they have about child and childhood. The findings have led me to conclude that families still carry the idea that the Umei is a space to leave their children while they work and in this space they expect that their children to be cared for their needs for sleep, food and hygiene. This conception comes from the appearance of the first institutions to care for small children. The research institution, at its turn, contributes, and sometimes even reinforces this view by the lack of a mechanism for more systematic information of pedagogical activities within the nursery.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEducação pre-escolarEducação de criançasBerçáriosRelação família-escolaBerçárioCuidar e educarCuidar e educar no espaço do berçário: expectativas das famíliasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmonografia_luci_2.pdfapplication/pdf416038https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9FSFR6/1/monografia_luci_2.pdfbd78b5556d4d5b53a6797a90894ec8f7MD51TEXTmonografia_luci_2.pdf.txtmonografia_luci_2.pdf.txtExtracted texttext/plain79908https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9FSFR6/2/monografia_luci_2.pdf.txt9c75986f2772ff8a2f41c52325c7b9e6MD521843/BUBD-9FSFR62019-11-14 15:49:32.635oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9FSFR6Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T18:49:32Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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