Subsídios para o planejamento de cursos de português como língua de acolhimento para imigrantes deslocados forçados no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Paula de Araújo Lopez
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/RMSA-AJTNHQ
Resumo: Este trabalho apresenta os resultados da pesquisa que, inscrita na posição epistemológica da Linguística Aplicada Indisciplinar (MOITA LOPES, 2006), buscou propor princípios que dessem subsídio para o planejamento de cursos de Português como Língua de Acolhimento (AMADO, 2013; CABETE, 2010; GROSSO, 2010; LOPEZ & DINIZ, 2016, no prelo; SÃO BERNARDO, 2016) para imigrantes deslocados forçados no Brasil. Na conjuntura internacional, em que existem mais de 65 milhões de pessoas deslocadas forçadamente (ACNUR, 2016) vítimas de diferentes processos de deslocamento forçado ou de crise (AYDOS, 2010; CLOCHARD, 2007), o Brasil destaca-se como país signatário dos principais tratados relacionados a esses migrantes e como receptor de um número crescente de deslocados forçados (CONARE, 2016; MJC, 2016). Partindo do princípio que o português tem um papel essencial no processo de apropriação do território (material e simbolicamente) do processo de (re)territorialização (BIZON, 2013) por parte desses imigrantes, este trabalho objetiva contribuir para a organização de cursos de PLAc, com vistas ao fortalecimento da área. Adotamos a metodologia da pesquisa qualitativa (SOUZA, 2014), de cunho etnográfico e interpretativista (BIZON, 2013), gerando registros a partir da observação-participante no contexto de ensino-aprendizagem de PLAc e da aplicação de questionários para dois grupos principais: o primeiro composto por coordenadores, professores e alunos do curso de PLAc do Centro Zanmi e do curso de Português como Língua Estrangeira para Imigrantes em Regime Especial de Permanência, do Centro de Extensão da Faculdade de Letras da UFMG; o segundo, por coordenadores e professores de outras iniciativas em PLAc no Brasil. Os resultados apontam para uma tendência de os profissionais da área em totalizar (MAHER, 2007) os deslocados forçados, significando-os principalmente pelas suas perdas e faltas, colaborando para a construção de uma imagem de desamparo desses imigrantes (AYDOS, 2010). Além disso, grande parte dos imigrantes entende a língua portuguesa como uma necessidade ou uma ferramenta de defesa pessoal, o que indica que seus processos de (re)territorialização (BIZON, 2013) estão, frequentemente, se desenvolvendo precariamente. Por fim, destacamos que alguns desafios no planejamento de cursos de PLAc envolvem: a falta de material didático especializado, a precariedade na formação docente, a falta de assiduidade dos alunos e a flexibilização da carga horária. Assim, os dados apontam que a prática em PLAc têm especificidades que impossibilitam que a entendamos como uma simples adaptação de saberes apriorísticos. Sugerimos que os cursos de PLAc sejam planejados tendo pelo viés da Interculturalidade (MAHER, 2007) e que envolva duas dimensões de ação: o fortalecimento político dos deslocados forçados e a educação do entorno, de modo a contribuir para processos de (re)territorialização (BIZON, 2013) socialmente mais justos e dignos para essa população.
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spelling Rosane de Sá AmadoMiriam Lucia dos Santos JorgeAna Paula de Araújo Lopez2019-08-09T16:10:26Z2019-08-09T16:10:26Z2016-12-12http://hdl.handle.net/1843/RMSA-AJTNHQEste trabalho apresenta os resultados da pesquisa que, inscrita na posição epistemológica da Linguística Aplicada Indisciplinar (MOITA LOPES, 2006), buscou propor princípios que dessem subsídio para o planejamento de cursos de Português como Língua de Acolhimento (AMADO, 2013; CABETE, 2010; GROSSO, 2010; LOPEZ & DINIZ, 2016, no prelo; SÃO BERNARDO, 2016) para imigrantes deslocados forçados no Brasil. Na conjuntura internacional, em que existem mais de 65 milhões de pessoas deslocadas forçadamente (ACNUR, 2016) vítimas de diferentes processos de deslocamento forçado ou de crise (AYDOS, 2010; CLOCHARD, 2007), o Brasil destaca-se como país signatário dos principais tratados relacionados a esses migrantes e como receptor de um número crescente de deslocados forçados (CONARE, 2016; MJC, 2016). Partindo do princípio que o português tem um papel essencial no processo de apropriação do território (material e simbolicamente) do processo de (re)territorialização (BIZON, 2013) por parte desses imigrantes, este trabalho objetiva contribuir para a organização de cursos de PLAc, com vistas ao fortalecimento da área. Adotamos a metodologia da pesquisa qualitativa (SOUZA, 2014), de cunho etnográfico e interpretativista (BIZON, 2013), gerando registros a partir da observação-participante no contexto de ensino-aprendizagem de PLAc e da aplicação de questionários para dois grupos principais: o primeiro composto por coordenadores, professores e alunos do curso de PLAc do Centro Zanmi e do curso de Português como Língua Estrangeira para Imigrantes em Regime Especial de Permanência, do Centro de Extensão da Faculdade de Letras da UFMG; o segundo, por coordenadores e professores de outras iniciativas em PLAc no Brasil. Os resultados apontam para uma tendência de os profissionais da área em totalizar (MAHER, 2007) os deslocados forçados, significando-os principalmente pelas suas perdas e faltas, colaborando para a construção de uma imagem de desamparo desses imigrantes (AYDOS, 2010). Além disso, grande parte dos imigrantes entende a língua portuguesa como uma necessidade ou uma ferramenta de defesa pessoal, o que indica que seus processos de (re)territorialização (BIZON, 2013) estão, frequentemente, se desenvolvendo precariamente. Por fim, destacamos que alguns desafios no planejamento de cursos de PLAc envolvem: a falta de material didático especializado, a precariedade na formação docente, a falta de assiduidade dos alunos e a flexibilização da carga horária. Assim, os dados apontam que a prática em PLAc têm especificidades que impossibilitam que a entendamos como uma simples adaptação de saberes apriorísticos. Sugerimos que os cursos de PLAc sejam planejados tendo pelo viés da Interculturalidade (MAHER, 2007) e que envolva duas dimensões de ação: o fortalecimento político dos deslocados forçados e a educação do entorno, de modo a contribuir para processos de (re)territorialização (BIZON, 2013) socialmente mais justos e dignos para essa população.Affiliated with the epistemological position of Indisciplinary Applied Linguistics (MOITA LOPES, 2006), this study presents the results of a research that proposed guidelines designed to work as a subsidy for planning courses of Portuguese as a Welcoming Language (AMADO, 2013; CABETE, 2010; GROSSO, 2010; LOPEZ & DINIZ, 2016, no prelo; SÃO BERNARDO, 2016) for forced displaced immigrants in Brazil. In the international context, where there are over 65 million forcibly displaced people (UNHCR, 2016) victims of different processes of Forced or Crisis Migration (AYDOS, 2010; CLOCHARD, 2007), Brazil stands out as a country signatory of the most relevant international treaties concerning these migrants, and also as a receiver of a growing number of forcibly displaced people (CONARE, 2016; MJC, 2016). Based on the premise that the Portuguese has an essential role in the process of appropriation of the territory (material and symbolically) by these immigrants the process of (re)territorialization (BIZON, 2013) , this work seeks to contribute for the formulation of courses of Portuguese as a Welcoming Language, aiming at the strengthening of this field of study. The adopted methodology was qualitative (SOUZA, 2014), with an ethnographic and interpretive perspective (BIZON, 2013), with a corpus comprehending participant observation in the context of teaching and learning Portuguese as a Welcoming Language, as well as the application of questionnaires for two groups of interest: the first composed by coordinators, teachers, and students from both the course offered by Centro Zanmi, and the course of Portuguese as a Foreign Language for Immigrants with Special Residence Status, offered by the Center of Language Outreach Programs at UFMG; while the second group was composed by coordinators and teachers of other similar initiatives in the country. The results point out to a tendency of the professionals of the area for a totalization (MAHER, 2007) of the forced displaced immigrants, identifying them mainly by their losses and faults, contributing to the construction of a helpless image of these immigrants (AYDOS, 2010). Additionally, we found out that a great number of immigrants understands the knowledge of Portuguese as a need or a self-defense tool, which can indicate that their processes of (re)territorialization (BIZON, 2013) are often held precariously. Finally, we point out that some challenges in planning courses of Portuguese as a Welcoming Language involve: the lack of specialized teaching materials, precariousness in teacher training, lack of student attendance, and flexibilization of the workload. Thus, the data indicate that the practice of Portuguese as a Welcoming Language has particularities that distinguish it from a simple adaptation of priori knowledge. Therefore, we suggest that these courses are planned within the perspective of the Interculturalism (MAHER, 2007), and involve two dimensions of action: the political strengthening of the forcibly displaced immigrants and the surrounding education, in order to foster worthy and more socially just processes of (re)territorialization (BIZON, 2013) for this population.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLingüística aplicadaAquisição da segunda linguagemLíngua portuguesa Estudo e ensino Falantes estrangeirosLíngua portuguesa Métodos de ensinoMinoritarizadosPortuguês como Língua de AcolhimentoLínguistica Aplica IndisciplinarEducação de Grupos(Re)territorializaçãoImigrantes Deslocados ForçadosSubsídios para o planejamento de cursos de português como língua de acolhimento para imigrantes deslocados forçados no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_poslin_ana_lopez_2016.pdfapplication/pdf2825205https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/RMSA-AJTNHQ/1/disserta__o_poslin_ana_lopez_2016.pdf13711cfe733ba3bf498e09b53e432a6cMD51TEXTdisserta__o_poslin_ana_lopez_2016.pdf.txtdisserta__o_poslin_ana_lopez_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain594040https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/RMSA-AJTNHQ/2/disserta__o_poslin_ana_lopez_2016.pdf.txt2495cbb9a2eb6095eae7a2a44c62b7c1MD521843/RMSA-AJTNHQ2019-11-14 07:20:26.287oai:repositorio.ufmg.br:1843/RMSA-AJTNHQRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:20:26Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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