A migração de venezuelanos para o Brasil: representações sociais e imaginários (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalísticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maíra Ferreira Sant'Ana
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/44920
https://orcid.org/0000-0002-3612-9485
Resumo: Os números de deslocamento no mundo são os maiores já registrados na contemporaneidade. Em 2019, 79,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar seus lares, devido a perseguições, conflitos, violência ou violações dos direitos humanos. Nesse cenário, é notório o crescimento dos fluxos migratórios da população da Venezuela, caracterizando, conforme a Agência da ONU para Refugiados (2020), o maior êxodo na história recente da América Latina e uma das maiores crises de deslocamento do mundo. Em 2018, no Brasil, os venezuelanos representaram 77% dos pedidos de refúgio feitos. Diante desses dados, buscamos, em um primeiro momento, analisar narrativas de vida de migrantes venezuelanos interiorizados para Belo Horizonte-MG, que foram coletadas por meio de entrevistas semiestruturadas, a fim de dar a palavra a esses sujeitos que, via de regra, são reduzidos a números e porcentagens e/ou são “contados” por outrem (políticos, jornalistas, especialistas etc.). Considerando que a referida temática, além de ser da maior relevância do ponto de vista humano e social, é um fenômeno que, frequentemente, ganha o foco das mídias, procuramos, em um segundo momento, analisar as representações sociais e os imaginários sociodiscursivos que circulam em notícias que tratam da migração de venezuelanos para o Brasil em dois jornais que julgamos mais representativos para esta pesquisa: Folha de Boa Vista, já que é pelo Estado de Roraima que os venezuelanos, geralmente, entram no país, e O Tempo, publicado em Belo Horizonte-MG, uma vez que os venezuelanos, na época em que foram feitas as entrevistas, viviam na capital mineira. Nosso objetivo, nesse caso, consistiu em comparar as representações e os imaginários que apreendemos nos relatos dos venezuelanos entrevistados com aqueles manifestados nos jornais selecionados, em busca de semelhanças e diferenças. Para a análise do corpus (narrativas de vida e notícias), utilizamos alguns planos da semântica global de D. Maingueneau (2008). Os resultados obtidos mostram que a abordagem do jornal O Tempo, no que tange às representações em análise, se aproxima mais de como os próprios migrantes venezuelanos se representam do que a abordagem do jornal roraimense, sobretudo porque o jornal mineiro opta por focalizar os sujeitos migrantes a partir das questões que eles vivenciam em seu processo migratório, e não os problemas (sociais, econômicos etc.) que eles representam para a sociedade de acolhida, como faz a Folha de Boa Vista.
id UFMG_3d7d50321e224f418b172c24ad5beeba
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/44920
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Glaucia Muniz Proença Larahttp://lattes.cnpq.br/6241629537689679Marluza Terezinha da RosaEliane Righi de AndradeAriana de CarvalhoIda Lucia Machadohttp://lattes.cnpq.br/1792594276285816Maíra Ferreira Sant'Ana2022-09-05T18:01:30Z2022-09-05T18:01:30Z2022-05-02http://hdl.handle.net/1843/44920https://orcid.org/0000-0002-3612-9485Os números de deslocamento no mundo são os maiores já registrados na contemporaneidade. Em 2019, 79,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar seus lares, devido a perseguições, conflitos, violência ou violações dos direitos humanos. Nesse cenário, é notório o crescimento dos fluxos migratórios da população da Venezuela, caracterizando, conforme a Agência da ONU para Refugiados (2020), o maior êxodo na história recente da América Latina e uma das maiores crises de deslocamento do mundo. Em 2018, no Brasil, os venezuelanos representaram 77% dos pedidos de refúgio feitos. Diante desses dados, buscamos, em um primeiro momento, analisar narrativas de vida de migrantes venezuelanos interiorizados para Belo Horizonte-MG, que foram coletadas por meio de entrevistas semiestruturadas, a fim de dar a palavra a esses sujeitos que, via de regra, são reduzidos a números e porcentagens e/ou são “contados” por outrem (políticos, jornalistas, especialistas etc.). Considerando que a referida temática, além de ser da maior relevância do ponto de vista humano e social, é um fenômeno que, frequentemente, ganha o foco das mídias, procuramos, em um segundo momento, analisar as representações sociais e os imaginários sociodiscursivos que circulam em notícias que tratam da migração de venezuelanos para o Brasil em dois jornais que julgamos mais representativos para esta pesquisa: Folha de Boa Vista, já que é pelo Estado de Roraima que os venezuelanos, geralmente, entram no país, e O Tempo, publicado em Belo Horizonte-MG, uma vez que os venezuelanos, na época em que foram feitas as entrevistas, viviam na capital mineira. Nosso objetivo, nesse caso, consistiu em comparar as representações e os imaginários que apreendemos nos relatos dos venezuelanos entrevistados com aqueles manifestados nos jornais selecionados, em busca de semelhanças e diferenças. Para a análise do corpus (narrativas de vida e notícias), utilizamos alguns planos da semântica global de D. Maingueneau (2008). Os resultados obtidos mostram que a abordagem do jornal O Tempo, no que tange às representações em análise, se aproxima mais de como os próprios migrantes venezuelanos se representam do que a abordagem do jornal roraimense, sobretudo porque o jornal mineiro opta por focalizar os sujeitos migrantes a partir das questões que eles vivenciam em seu processo migratório, e não os problemas (sociais, econômicos etc.) que eles representam para a sociedade de acolhida, como faz a Folha de Boa Vista.The numbers of displacement in the world are the largest ever recorded in contemporary times. In 2019, 79.5 million people were forced to leave their homes due to persecution, conflict, violence, or human rights violations. In this scenario, the growth of migration flows of the population of Venezuela is notorious, characterizing, according to the UN Refugee Agency (2020), the largest exodus in the recent history of Latin America and one of the largest displacement crises in the world. In 2018, in Brazil, Venezuelans represented 77% of the refugee requests made. Given these data, we sought, in a first moment, to analyze life narratives of Venezuelan migrants internalized to Belo Horizonte-MG, which were collected through semi-structured interviews, in order to give the word to these subjects that, as a rule, are reduced to numbers and percentages and/or are “told” by others (politicians, journalists, experts etc.). Considering that this theme, besides being of the utmost relevance from the human and social point of view, is a phenomenon that frequently gains the focus of the media, we sought, in a second moment, to analyze the social representations and the sociodiscursive imaginaries that circulate in news that deal with the migration of Venezuelans to Brazil in two newspapers that we considered more representative for this research: Folha de Boa Vista, since it is through the state of Roraima that Venezuelans generally enter the country, and O Tempo, published in Belo Horizonte-MG, since Venezuelans, at the time the interviews were conducted, lived in the capital of Minas Gerais. Our goal, in this case, was to compare the representations and imaginaries that we apprehended in the reports of the Venezuelans interviewed with those manifested in the selected newspapers, in search of similarities and differences. For the corpus analysis (life narratives and news), we used some planes of the global semantics of D. Maingueneau (2008). The results obtained show that the approach of the newspaper O Tempo, regarding the representations under analysis, is closer to how the Venezuelan migrants represent themselves than the approach of the newspaper from Roraima, especially because the newspaper from Minas Gerais chooses to focus on the migrant subjects from the issues they experience in their migratory process, and not the problems (social, economic, etc.) that they represent to the host society, as Folha de Boa Vista does.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASAnálise do discursoDiscurso jornalísticoVenezuela – MigraçãoMigração de venezuelanosRepresentações sociaisImaginários sociodiscursivosNotíciasNarrativas de vidaA migração de venezuelanos para o Brasil: representações sociais e imaginários (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalísticosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA migracao de venezuelanos para o Brasil representacoes sociais e imaginarios (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalisticos.pdfA migracao de venezuelanos para o Brasil representacoes sociais e imaginarios (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalisticos.pdfapplication/pdf3604348https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44920/1/A%20migracao%20de%20venezuelanos%20para%20o%20Brasil%20representacoes%20sociais%20e%20imaginarios%20%28socio%29discursivos%20em%20narrativas%20de%20vida%20e%20textos%20jornalisticos.pdf27dc09c4c6a442a661df7bcc0a262f3dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44920/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/449202022-09-05 15:01:31.286oai:repositorio.ufmg.br:1843/44920TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-09-05T18:01:31Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A migração de venezuelanos para o Brasil: representações sociais e imaginários (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalísticos
title A migração de venezuelanos para o Brasil: representações sociais e imaginários (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalísticos
spellingShingle A migração de venezuelanos para o Brasil: representações sociais e imaginários (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalísticos
Maíra Ferreira Sant'Ana
Migração de venezuelanos
Representações sociais
Imaginários sociodiscursivos
Notícias
Narrativas de vida
Análise do discurso
Discurso jornalístico
Venezuela – Migração
title_short A migração de venezuelanos para o Brasil: representações sociais e imaginários (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalísticos
title_full A migração de venezuelanos para o Brasil: representações sociais e imaginários (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalísticos
title_fullStr A migração de venezuelanos para o Brasil: representações sociais e imaginários (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalísticos
title_full_unstemmed A migração de venezuelanos para o Brasil: representações sociais e imaginários (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalísticos
title_sort A migração de venezuelanos para o Brasil: representações sociais e imaginários (socio)discursivos em narrativas de vida e textos jornalísticos
author Maíra Ferreira Sant'Ana
author_facet Maíra Ferreira Sant'Ana
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Glaucia Muniz Proença Lara
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6241629537689679
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Marluza Terezinha da Rosa
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Eliane Righi de Andrade
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Ariana de Carvalho
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Ida Lucia Machado
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1792594276285816
dc.contributor.author.fl_str_mv Maíra Ferreira Sant'Ana
contributor_str_mv Glaucia Muniz Proença Lara
Marluza Terezinha da Rosa
Eliane Righi de Andrade
Ariana de Carvalho
Ida Lucia Machado
dc.subject.por.fl_str_mv Migração de venezuelanos
Representações sociais
Imaginários sociodiscursivos
Notícias
Narrativas de vida
topic Migração de venezuelanos
Representações sociais
Imaginários sociodiscursivos
Notícias
Narrativas de vida
Análise do discurso
Discurso jornalístico
Venezuela – Migração
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Análise do discurso
Discurso jornalístico
Venezuela – Migração
description Os números de deslocamento no mundo são os maiores já registrados na contemporaneidade. Em 2019, 79,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar seus lares, devido a perseguições, conflitos, violência ou violações dos direitos humanos. Nesse cenário, é notório o crescimento dos fluxos migratórios da população da Venezuela, caracterizando, conforme a Agência da ONU para Refugiados (2020), o maior êxodo na história recente da América Latina e uma das maiores crises de deslocamento do mundo. Em 2018, no Brasil, os venezuelanos representaram 77% dos pedidos de refúgio feitos. Diante desses dados, buscamos, em um primeiro momento, analisar narrativas de vida de migrantes venezuelanos interiorizados para Belo Horizonte-MG, que foram coletadas por meio de entrevistas semiestruturadas, a fim de dar a palavra a esses sujeitos que, via de regra, são reduzidos a números e porcentagens e/ou são “contados” por outrem (políticos, jornalistas, especialistas etc.). Considerando que a referida temática, além de ser da maior relevância do ponto de vista humano e social, é um fenômeno que, frequentemente, ganha o foco das mídias, procuramos, em um segundo momento, analisar as representações sociais e os imaginários sociodiscursivos que circulam em notícias que tratam da migração de venezuelanos para o Brasil em dois jornais que julgamos mais representativos para esta pesquisa: Folha de Boa Vista, já que é pelo Estado de Roraima que os venezuelanos, geralmente, entram no país, e O Tempo, publicado em Belo Horizonte-MG, uma vez que os venezuelanos, na época em que foram feitas as entrevistas, viviam na capital mineira. Nosso objetivo, nesse caso, consistiu em comparar as representações e os imaginários que apreendemos nos relatos dos venezuelanos entrevistados com aqueles manifestados nos jornais selecionados, em busca de semelhanças e diferenças. Para a análise do corpus (narrativas de vida e notícias), utilizamos alguns planos da semântica global de D. Maingueneau (2008). Os resultados obtidos mostram que a abordagem do jornal O Tempo, no que tange às representações em análise, se aproxima mais de como os próprios migrantes venezuelanos se representam do que a abordagem do jornal roraimense, sobretudo porque o jornal mineiro opta por focalizar os sujeitos migrantes a partir das questões que eles vivenciam em seu processo migratório, e não os problemas (sociais, econômicos etc.) que eles representam para a sociedade de acolhida, como faz a Folha de Boa Vista.
publishDate 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-09-05T18:01:30Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-09-05T18:01:30Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-05-02
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/44920
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-3612-9485
url http://hdl.handle.net/1843/44920
https://orcid.org/0000-0002-3612-9485
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FALE - FACULDADE DE LETRAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44920/1/A%20migracao%20de%20venezuelanos%20para%20o%20Brasil%20representacoes%20sociais%20e%20imaginarios%20%28socio%29discursivos%20em%20narrativas%20de%20vida%20e%20textos%20jornalisticos.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44920/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 27dc09c4c6a442a661df7bcc0a262f3d
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676892156198912