Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/38298 |
Resumo: | Esta dissertação de mestrado, intitulada Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional, investigou as conexões entre os processos educativos e de sociabilidade vivenciados por juízes(as) negros(as), em diferentes espaços e tempos, assim como as concepções acerca das relações raciais e as repercussões no modo como afirmam julgar processos no âmbito da 1ª Instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, da Comarca de Belo Horizonte - TJMG. Nesse sentido, a atuação de juízes(as) negros(as), em processos de causas que envolvem questões vinculadas ao campo das relações étnico-raciais, e a respectiva interface com os seus processos formativos narrados – junto aos seus possíveis reflexos no modo como julgam suas sentenças -, tornou-se o ponto de partida para esta pesquisa. Em questão, o objetivo proposto foi compreender como se constrói a identidade dos juízes e juízas negras entrevistadas, bem como a existência de uma relação com o modo como afirmam desempenhar o julgamento. O método de pesquisa adotado foi a entrevista semiestruturada, cujas análises feitas, em diálogo constante com os referenciais teóricos, levaram-nos às considerações finais, abrindo uma nova porta em lugar de finalização da pesquisa. Notamos, com evidência, que a vida pregressa dos(as) juízes(as) é fator condicionante para as decisões, assim como a assimilação da cultura jurídica colonial e racializada. Desse modo, considerando o pertencimento racial dos(as) juízes(as) negros(as), nesse quadro atual de composição do Poder Judiciário brasileiro, qual se caracteriza e se estrutura pela composição de homens e brancos, há uma tendência de que os primeiros(as) julguem conforme o costume já vigente e colonizado neste tipo de Poder. É o que nomeamos de engrenagem institucional a favor do apagamento das diferenças. |
id |
UFMG_5478659d1c7fc5c05b162ff30600ac26 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/38298 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Rodrigo Ednilson de Jesushttp://lattes.cnpq.br/4007632372889566Marcelo Andrade Cattoni de OliveiraPollyanna Alves Nicodemoshttp://lattes.cnpq.br/8186209477525886Eduardo Levi de Souza2021-10-06T13:15:59Z2021-10-06T13:15:59Z2019-07-05http://hdl.handle.net/1843/38298Esta dissertação de mestrado, intitulada Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional, investigou as conexões entre os processos educativos e de sociabilidade vivenciados por juízes(as) negros(as), em diferentes espaços e tempos, assim como as concepções acerca das relações raciais e as repercussões no modo como afirmam julgar processos no âmbito da 1ª Instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, da Comarca de Belo Horizonte - TJMG. Nesse sentido, a atuação de juízes(as) negros(as), em processos de causas que envolvem questões vinculadas ao campo das relações étnico-raciais, e a respectiva interface com os seus processos formativos narrados – junto aos seus possíveis reflexos no modo como julgam suas sentenças -, tornou-se o ponto de partida para esta pesquisa. Em questão, o objetivo proposto foi compreender como se constrói a identidade dos juízes e juízas negras entrevistadas, bem como a existência de uma relação com o modo como afirmam desempenhar o julgamento. O método de pesquisa adotado foi a entrevista semiestruturada, cujas análises feitas, em diálogo constante com os referenciais teóricos, levaram-nos às considerações finais, abrindo uma nova porta em lugar de finalização da pesquisa. Notamos, com evidência, que a vida pregressa dos(as) juízes(as) é fator condicionante para as decisões, assim como a assimilação da cultura jurídica colonial e racializada. Desse modo, considerando o pertencimento racial dos(as) juízes(as) negros(as), nesse quadro atual de composição do Poder Judiciário brasileiro, qual se caracteriza e se estrutura pela composição de homens e brancos, há uma tendência de que os primeiros(as) julguem conforme o costume já vigente e colonizado neste tipo de Poder. É o que nomeamos de engrenagem institucional a favor do apagamento das diferenças.This Master's Dissertation, titled: Black Judges and Their Modes to Judge: educational processes, place of speech and institutional change, investigated the connections between the educational processes and of sociability experienced by black judges, in different spaces and times, and the conceptions about racial relations and the repercussions in the way they claim to judge cases in the scope of the First Instance of Minas Gerais Court of the district court of Belo Horizonte. In this sense, the performance of black judges in processes involving issues related to the field of ethnic-racial relations, and their interface with the formative processes through which they have passed and the possible reflexes in the way they judge in their final decisions, in which there is a debate on the merits of the demand brought to the judiciary - became the starting point for this research. To achieve the objective proposed by the research: to understand how the identity of the interviewed black judges is constructed, and if there is any connection with the way they claim to judge. The research method adopted was the semistructured interview. From the analyzes made and based on the interviews with the subjects of research, in constant dialogue with theoretical references, we came to final considerations, which in true open a door and do not end the research, whow the past os the judges are decisive factors to the decisions, as well as the assimilation of the colonial and racialized legal culture. Thus, considering the racial belonging of black judges, in this current frame of the composition of the Brazilian Legal Court, which it is characterized and structured / composed of the men white, there is a tendency that those can judge according to the custom already in force and colonized by the Judiciary. This is what I call institutional change in favor of erasing differences.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessMinas Gerais - Tribunal de Justiça - Juízes - Relações raciaisEducaçãoJuizesJuízes - Relações raciaisJuízes - Relações étnicasJuízes - Aspectos sociaisSentenças (Direito processual) - Relações raciaisPrática forense - Relações raciaisRacismoAssimilação (Sociologia)Juízes(as) negros(as)RacismoEngrenagem InstitucionalAssimilaçãoProcessos EducativosJuízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucionalBlack Judges and Their Modes to Judge: educational processes, place of speech and institutional changeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52ORIGINALTexto Dissertação Eduardo Levi de Souza.pdfTexto Dissertação Eduardo Levi de Souza.pdfapplication/pdf1187928https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/6/Texto%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Eduardo%20Levi%20de%20Souza.pdfca5e8f1364c9b213ce04d6317b71d4c8MD56LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/7/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD571843/382982021-10-06 10:15:59.939oai:repositorio.ufmg.br:1843/38298TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-10-06T13:15:59Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Black Judges and Their Modes to Judge: educational processes, place of speech and institutional change |
title |
Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional |
spellingShingle |
Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional Eduardo Levi de Souza Juízes(as) negros(as) Racismo Engrenagem Institucional Assimilação Processos Educativos Minas Gerais - Tribunal de Justiça - Juízes - Relações raciais Educação Juizes Juízes - Relações raciais Juízes - Relações étnicas Juízes - Aspectos sociais Sentenças (Direito processual) - Relações raciais Prática forense - Relações raciais Racismo Assimilação (Sociologia) |
title_short |
Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional |
title_full |
Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional |
title_fullStr |
Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional |
title_full_unstemmed |
Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional |
title_sort |
Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional |
author |
Eduardo Levi de Souza |
author_facet |
Eduardo Levi de Souza |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Rodrigo Ednilson de Jesus |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4007632372889566 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Pollyanna Alves Nicodemos |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8186209477525886 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Eduardo Levi de Souza |
contributor_str_mv |
Rodrigo Ednilson de Jesus Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira Pollyanna Alves Nicodemos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Juízes(as) negros(as) Racismo Engrenagem Institucional Assimilação Processos Educativos |
topic |
Juízes(as) negros(as) Racismo Engrenagem Institucional Assimilação Processos Educativos Minas Gerais - Tribunal de Justiça - Juízes - Relações raciais Educação Juizes Juízes - Relações raciais Juízes - Relações étnicas Juízes - Aspectos sociais Sentenças (Direito processual) - Relações raciais Prática forense - Relações raciais Racismo Assimilação (Sociologia) |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Minas Gerais - Tribunal de Justiça - Juízes - Relações raciais Educação Juizes Juízes - Relações raciais Juízes - Relações étnicas Juízes - Aspectos sociais Sentenças (Direito processual) - Relações raciais Prática forense - Relações raciais Racismo Assimilação (Sociologia) |
description |
Esta dissertação de mestrado, intitulada Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional, investigou as conexões entre os processos educativos e de sociabilidade vivenciados por juízes(as) negros(as), em diferentes espaços e tempos, assim como as concepções acerca das relações raciais e as repercussões no modo como afirmam julgar processos no âmbito da 1ª Instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, da Comarca de Belo Horizonte - TJMG. Nesse sentido, a atuação de juízes(as) negros(as), em processos de causas que envolvem questões vinculadas ao campo das relações étnico-raciais, e a respectiva interface com os seus processos formativos narrados – junto aos seus possíveis reflexos no modo como julgam suas sentenças -, tornou-se o ponto de partida para esta pesquisa. Em questão, o objetivo proposto foi compreender como se constrói a identidade dos juízes e juízas negras entrevistadas, bem como a existência de uma relação com o modo como afirmam desempenhar o julgamento. O método de pesquisa adotado foi a entrevista semiestruturada, cujas análises feitas, em diálogo constante com os referenciais teóricos, levaram-nos às considerações finais, abrindo uma nova porta em lugar de finalização da pesquisa. Notamos, com evidência, que a vida pregressa dos(as) juízes(as) é fator condicionante para as decisões, assim como a assimilação da cultura jurídica colonial e racializada. Desse modo, considerando o pertencimento racial dos(as) juízes(as) negros(as), nesse quadro atual de composição do Poder Judiciário brasileiro, qual se caracteriza e se estrutura pela composição de homens e brancos, há uma tendência de que os primeiros(as) julguem conforme o costume já vigente e colonizado neste tipo de Poder. É o que nomeamos de engrenagem institucional a favor do apagamento das diferenças. |
publishDate |
2019 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-07-05 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-10-06T13:15:59Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-10-06T13:15:59Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/38298 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/38298 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/2/license_rdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/6/Texto%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Eduardo%20Levi%20de%20Souza.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/7/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab ca5e8f1364c9b213ce04d6317b71d4c8 cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589478225281024 |