Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Eduardo Levi de Souza
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/38298
Resumo: Esta dissertação de mestrado, intitulada Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional, investigou as conexões entre os processos educativos e de sociabilidade vivenciados por juízes(as) negros(as), em diferentes espaços e tempos, assim como as concepções acerca das relações raciais e as repercussões no modo como afirmam julgar processos no âmbito da 1ª Instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, da Comarca de Belo Horizonte - TJMG. Nesse sentido, a atuação de juízes(as) negros(as), em processos de causas que envolvem questões vinculadas ao campo das relações étnico-raciais, e a respectiva interface com os seus processos formativos narrados – junto aos seus possíveis reflexos no modo como julgam suas sentenças -, tornou-se o ponto de partida para esta pesquisa. Em questão, o objetivo proposto foi compreender como se constrói a identidade dos juízes e juízas negras entrevistadas, bem como a existência de uma relação com o modo como afirmam desempenhar o julgamento. O método de pesquisa adotado foi a entrevista semiestruturada, cujas análises feitas, em diálogo constante com os referenciais teóricos, levaram-nos às considerações finais, abrindo uma nova porta em lugar de finalização da pesquisa. Notamos, com evidência, que a vida pregressa dos(as) juízes(as) é fator condicionante para as decisões, assim como a assimilação da cultura jurídica colonial e racializada. Desse modo, considerando o pertencimento racial dos(as) juízes(as) negros(as), nesse quadro atual de composição do Poder Judiciário brasileiro, qual se caracteriza e se estrutura pela composição de homens e brancos, há uma tendência de que os primeiros(as) julguem conforme o costume já vigente e colonizado neste tipo de Poder. É o que nomeamos de engrenagem institucional a favor do apagamento das diferenças.
id UFMG_5478659d1c7fc5c05b162ff30600ac26
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/38298
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Rodrigo Ednilson de Jesushttp://lattes.cnpq.br/4007632372889566Marcelo Andrade Cattoni de OliveiraPollyanna Alves Nicodemoshttp://lattes.cnpq.br/8186209477525886Eduardo Levi de Souza2021-10-06T13:15:59Z2021-10-06T13:15:59Z2019-07-05http://hdl.handle.net/1843/38298Esta dissertação de mestrado, intitulada Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional, investigou as conexões entre os processos educativos e de sociabilidade vivenciados por juízes(as) negros(as), em diferentes espaços e tempos, assim como as concepções acerca das relações raciais e as repercussões no modo como afirmam julgar processos no âmbito da 1ª Instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, da Comarca de Belo Horizonte - TJMG. Nesse sentido, a atuação de juízes(as) negros(as), em processos de causas que envolvem questões vinculadas ao campo das relações étnico-raciais, e a respectiva interface com os seus processos formativos narrados – junto aos seus possíveis reflexos no modo como julgam suas sentenças -, tornou-se o ponto de partida para esta pesquisa. Em questão, o objetivo proposto foi compreender como se constrói a identidade dos juízes e juízas negras entrevistadas, bem como a existência de uma relação com o modo como afirmam desempenhar o julgamento. O método de pesquisa adotado foi a entrevista semiestruturada, cujas análises feitas, em diálogo constante com os referenciais teóricos, levaram-nos às considerações finais, abrindo uma nova porta em lugar de finalização da pesquisa. Notamos, com evidência, que a vida pregressa dos(as) juízes(as) é fator condicionante para as decisões, assim como a assimilação da cultura jurídica colonial e racializada. Desse modo, considerando o pertencimento racial dos(as) juízes(as) negros(as), nesse quadro atual de composição do Poder Judiciário brasileiro, qual se caracteriza e se estrutura pela composição de homens e brancos, há uma tendência de que os primeiros(as) julguem conforme o costume já vigente e colonizado neste tipo de Poder. É o que nomeamos de engrenagem institucional a favor do apagamento das diferenças.This Master's Dissertation, titled: Black Judges and Their Modes to Judge: educational processes, place of speech and institutional change, investigated the connections between the educational processes and of sociability experienced by black judges, in different spaces and times, and the conceptions about racial relations and the repercussions in the way they claim to judge cases in the scope of the First Instance of Minas Gerais Court of the district court of Belo Horizonte. In this sense, the performance of black judges in processes involving issues related to the field of ethnic-racial relations, and their interface with the formative processes through which they have passed and the possible reflexes in the way they judge in their final decisions, in which there is a debate on the merits of the demand brought to the judiciary - became the starting point for this research. To achieve the objective proposed by the research: to understand how the identity of the interviewed black judges is constructed, and if there is any connection with the way they claim to judge. The research method adopted was the semistructured interview. From the analyzes made and based on the interviews with the subjects of research, in constant dialogue with theoretical references, we came to final considerations, which in true open a door and do not end the research, whow the past os the judges are decisive factors to the decisions, as well as the assimilation of the colonial and racialized legal culture. Thus, considering the racial belonging of black judges, in this current frame of the composition of the Brazilian Legal Court, which it is characterized and structured / composed of the men white, there is a tendency that those can judge according to the custom already in force and colonized by the Judiciary. This is what I call institutional change in favor of erasing differences.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessMinas Gerais - Tribunal de Justiça - Juízes - Relações raciaisEducaçãoJuizesJuízes - Relações raciaisJuízes - Relações étnicasJuízes - Aspectos sociaisSentenças (Direito processual) - Relações raciaisPrática forense - Relações raciaisRacismoAssimilação (Sociologia)Juízes(as) negros(as)RacismoEngrenagem InstitucionalAssimilaçãoProcessos EducativosJuízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucionalBlack Judges and Their Modes to Judge: educational processes, place of speech and institutional changeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52ORIGINALTexto Dissertação Eduardo Levi de Souza.pdfTexto Dissertação Eduardo Levi de Souza.pdfapplication/pdf1187928https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/6/Texto%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Eduardo%20Levi%20de%20Souza.pdfca5e8f1364c9b213ce04d6317b71d4c8MD56LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/7/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD571843/382982021-10-06 10:15:59.939oai:repositorio.ufmg.br:1843/38298TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-10-06T13:15:59Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Black Judges and Their Modes to Judge: educational processes, place of speech and institutional change
title Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional
spellingShingle Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional
Eduardo Levi de Souza
Juízes(as) negros(as)
Racismo
Engrenagem Institucional
Assimilação
Processos Educativos
Minas Gerais - Tribunal de Justiça - Juízes - Relações raciais
Educação
Juizes
Juízes - Relações raciais
Juízes - Relações étnicas
Juízes - Aspectos sociais
Sentenças (Direito processual) - Relações raciais
Prática forense - Relações raciais
Racismo
Assimilação (Sociologia)
title_short Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional
title_full Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional
title_fullStr Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional
title_full_unstemmed Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional
title_sort Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional
author Eduardo Levi de Souza
author_facet Eduardo Levi de Souza
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Rodrigo Ednilson de Jesus
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4007632372889566
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Pollyanna Alves Nicodemos
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8186209477525886
dc.contributor.author.fl_str_mv Eduardo Levi de Souza
contributor_str_mv Rodrigo Ednilson de Jesus
Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira
Pollyanna Alves Nicodemos
dc.subject.por.fl_str_mv Juízes(as) negros(as)
Racismo
Engrenagem Institucional
Assimilação
Processos Educativos
topic Juízes(as) negros(as)
Racismo
Engrenagem Institucional
Assimilação
Processos Educativos
Minas Gerais - Tribunal de Justiça - Juízes - Relações raciais
Educação
Juizes
Juízes - Relações raciais
Juízes - Relações étnicas
Juízes - Aspectos sociais
Sentenças (Direito processual) - Relações raciais
Prática forense - Relações raciais
Racismo
Assimilação (Sociologia)
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Minas Gerais - Tribunal de Justiça - Juízes - Relações raciais
Educação
Juizes
Juízes - Relações raciais
Juízes - Relações étnicas
Juízes - Aspectos sociais
Sentenças (Direito processual) - Relações raciais
Prática forense - Relações raciais
Racismo
Assimilação (Sociologia)
description Esta dissertação de mestrado, intitulada Juízes(as) negros(as) e seus modos de julgar: processos educativos, lugar de fala e engrenagem institucional, investigou as conexões entre os processos educativos e de sociabilidade vivenciados por juízes(as) negros(as), em diferentes espaços e tempos, assim como as concepções acerca das relações raciais e as repercussões no modo como afirmam julgar processos no âmbito da 1ª Instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, da Comarca de Belo Horizonte - TJMG. Nesse sentido, a atuação de juízes(as) negros(as), em processos de causas que envolvem questões vinculadas ao campo das relações étnico-raciais, e a respectiva interface com os seus processos formativos narrados – junto aos seus possíveis reflexos no modo como julgam suas sentenças -, tornou-se o ponto de partida para esta pesquisa. Em questão, o objetivo proposto foi compreender como se constrói a identidade dos juízes e juízas negras entrevistadas, bem como a existência de uma relação com o modo como afirmam desempenhar o julgamento. O método de pesquisa adotado foi a entrevista semiestruturada, cujas análises feitas, em diálogo constante com os referenciais teóricos, levaram-nos às considerações finais, abrindo uma nova porta em lugar de finalização da pesquisa. Notamos, com evidência, que a vida pregressa dos(as) juízes(as) é fator condicionante para as decisões, assim como a assimilação da cultura jurídica colonial e racializada. Desse modo, considerando o pertencimento racial dos(as) juízes(as) negros(as), nesse quadro atual de composição do Poder Judiciário brasileiro, qual se caracteriza e se estrutura pela composição de homens e brancos, há uma tendência de que os primeiros(as) julguem conforme o costume já vigente e colonizado neste tipo de Poder. É o que nomeamos de engrenagem institucional a favor do apagamento das diferenças.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-07-05
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-10-06T13:15:59Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-10-06T13:15:59Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/38298
url http://hdl.handle.net/1843/38298
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/6/Texto%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Eduardo%20Levi%20de%20Souza.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38298/7/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
ca5e8f1364c9b213ce04d6317b71d4c8
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589478225281024