Escolarização de alunos com TEA: práticas educativas em uma rede pública de ensino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luiza Pinheiro Leão Vicari
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/31971
Resumo: Este estudo tem como objetivo analisar as práticas educativas adotadas no cotidiano escolar de dois alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), matriculados em uma escola da rede municipal de ensino de Belo Horizonte, Minas Gerais. O TEA é um transtorno que compromete o processo de desenvolvimento, gerando alterações significativas em duas áreas: comunicação social e comportamento, onde a criança possui um repertório restrito de interesses e atividades, padrões de comportamento repetitivos e estereotipados. Atualmente, observa-se que o número de matrículas desses alunos está aumentando e, junto a esse movimento, questões sobre o processo de inclusão são cada vez mais frequentes. Com a Conferência Mundial sobre Educação Especial, em 1994, o movimento em prol da Educação Inclusiva se fortaleceu, gerando uma crescente discussão sobre a qualidade da educação para crianças com deficiência. Nesse contexto, a legislação brasileira também contribuiu para ampliar o direito à educação a esses alunos, com o estabelecimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (2008), a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (2012), na qual a pessoa com TEA tem garantidos todos os direitos aplicados às pessoas com deficiência, além da Lei Brasileira de Inclusão (2015). Dessa forma, as funções de profissional de apoio, como o Auxiliar de Apoio à Inclusão (AAI) e o professor do Atendimento Educacional Especializado (AEE), ganham destaque, pois os mesmos podem atuar como mediadores nas situações de aprendizagem, desenvolvimento e socialização dessas crianças. Assim, o presente trabalho, por meio de uma abordagem qualitativa, discute as possibilidades e os limites do processo de inclusão escolar dos alunos com TEA no ensino comum. Para o desenvolvimento da pesquisa de campo foram utilizados como instrumentos de coleta de dados a observação sistemática em duas salas de aula e a realização de entrevistas semiestruturadas com seis professoras e duas auxiliares. As profissionais preencheram, ainda, a escala CARS de avaliação comportamental sobre os dois alunos diagnosticados com TEA. Para aprofundamento da leitura dos dados utilizou-se a análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa indicam que as profissionais reconhecem um avanço no processo de inclusão no contexto da rede municipal, entretanto, ainda demonstram insegurança e dúvidas quanto às estratégias de ensino que devem ser adotadas, uma vez que não identificam um apoio efetivo da rede no processo de inclusão. Os alunos passam a maior parte do tempo em sala de aula, mas poucas atividades são direcionadas para as suas especificidades. Quando essas atividades são oferecidas, muitas vezes estão descontextualizadas da proposta da turma. Os alunos passam a maior parte do tempo com as auxiliares de apoio à inclusão, e suas atuações variam conforme o grau de envolvimento com o trabalho, já que não pertencem ao quadro do magistério e recebem poucas orientações. Das seis professoras participantes da investigação, apenas duas evidenciaram práticas educativas inclusivas durante o período da pesquisa, ainda que com baixa frequência.
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Com a Conferência Mundial sobre Educação Especial, em 1994, o movimento em prol da Educação Inclusiva se fortaleceu, gerando uma crescente discussão sobre a qualidade da educação para crianças com deficiência. Nesse contexto, a legislação brasileira também contribuiu para ampliar o direito à educação a esses alunos, com o estabelecimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (2008), a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (2012), na qual a pessoa com TEA tem garantidos todos os direitos aplicados às pessoas com deficiência, além da Lei Brasileira de Inclusão (2015). Dessa forma, as funções de profissional de apoio, como o Auxiliar de Apoio à Inclusão (AAI) e o professor do Atendimento Educacional Especializado (AEE), ganham destaque, pois os mesmos podem atuar como mediadores nas situações de aprendizagem, desenvolvimento e socialização dessas crianças. Assim, o presente trabalho, por meio de uma abordagem qualitativa, discute as possibilidades e os limites do processo de inclusão escolar dos alunos com TEA no ensino comum. Para o desenvolvimento da pesquisa de campo foram utilizados como instrumentos de coleta de dados a observação sistemática em duas salas de aula e a realização de entrevistas semiestruturadas com seis professoras e duas auxiliares. As profissionais preencheram, ainda, a escala CARS de avaliação comportamental sobre os dois alunos diagnosticados com TEA. Para aprofundamento da leitura dos dados utilizou-se a análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa indicam que as profissionais reconhecem um avanço no processo de inclusão no contexto da rede municipal, entretanto, ainda demonstram insegurança e dúvidas quanto às estratégias de ensino que devem ser adotadas, uma vez que não identificam um apoio efetivo da rede no processo de inclusão. Os alunos passam a maior parte do tempo em sala de aula, mas poucas atividades são direcionadas para as suas especificidades. Quando essas atividades são oferecidas, muitas vezes estão descontextualizadas da proposta da turma. Os alunos passam a maior parte do tempo com as auxiliares de apoio à inclusão, e suas atuações variam conforme o grau de envolvimento com o trabalho, já que não pertencem ao quadro do magistério e recebem poucas orientações. Das seis professoras participantes da investigação, apenas duas evidenciaram práticas educativas inclusivas durante o período da pesquisa, ainda que com baixa frequência.This study aims to analyze the educational practices in everyday school life of two students with Autism Spectrum Disorder (ASD), enrolled in a municipal school in Belo Horizonte, Minas Gerais. The ASD is a developmental disorder that affects the development, generating significant changes in two areas: social comunication and behavior, with a restricted repertoire of activities and interests, repetitive and stereotyped behavior. Currently, the enrollment of these students is increasing and, along with this movement, questions about the inclusion process are increasingly frequent. With the World Conference on Special Education in 1994, the movement for Inclusive Education strengthened, generating a growing discussion on the quality of education for children with disabilities. In this context, Brazilian legislation contributed to broadening the right to education for these students, with the establishment of the Law on Guidelines and Bases of National Education (1996), the National Policy for Special Education in the Inclusive Perspective (2008), the National Policy on Protection of the Rights of Persons with Autism Spectrum Disorder (2012), which guarantees the person with ASD all the rights applied to persons with disabilities, and the Brazilian Inclusion Law (2015).In this way, the professional support functions, such as the Auxiliary Support of Inclusion (AAI), and Teacher Educational Service Specialist (ESA) are highlighted because they can act as mediators in situations of learning, development and socialization of these children. Therefore, the present work, through a qualitative approach, discusses the limits and possibilities of the process of school inclusion of students with ASD in common education. For the development of the field research, systematic observation in two classrooms and semi-structured interviews with six female teachers and two assistants were used as instruments of data collection. The professionals also completed the CARS behavioral assessment scale on the two students diagnosed with ASD. It was used content analysis to deepen the reading of data. The survey results indicate that professionals recognize a breakthrough in the process of inclusion in the context of municipal education, however they still show uncertainty and doubts about the teaching strategies to be adopted, since it doesn`t identify an effective support network in the inclusion process. Students spend most of their time in the classroom, but few activities are focused on their specifics. When these activities are offered, they are often decontextualized from the class proposal. The students spend most of their time with support assistants, and their activities vary according to the degree of involvement with the work, since they do not belong to the teaching profession and receive few orientations. Six teachers participating in the research, only two showed inclusive educational practices during the research period, although with very low frequency.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessCrianças autistas -- EducaçãoEducação especialEducação inclusivaInclusão em educaçãoTranstorno do espectro autistaEducação inclusivaEnsino fundamentalPráticas educativasEscolarização de alunos com TEA: práticas educativas em uma rede pública de ensinoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALLuiza_Vicari_Dissertação_Mestrado.pdfLuiza_Vicari_Dissertação_Mestrado.pdfapplication/pdf1441532https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31971/1/Luiza_Vicari_Disserta%c3%a7%c3%a3o_Mestrado.pdf9d4e2c3d7115c45c2b9d3cae045f1e88MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31971/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31971/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTLuiza_Vicari_Dissertação_Mestrado.pdf.txtLuiza_Vicari_Dissertação_Mestrado.pdf.txtExtracted texttext/plain423044https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31971/4/Luiza_Vicari_Disserta%c3%a7%c3%a3o_Mestrado.pdf.txt473e1c2bb03987c1c7de791f998a1c2bMD541843/319712020-01-18 03:37:41.823oai:repositorio.ufmg.br:1843/31971TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-18T06:37:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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