O gerenciamento de impressões em empresas públicas brasileiras: o caso PETROBRAS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/41245 |
Resumo: | Introdução Comunicar-se com seu público é um desafio para as organizações, diante do que a teoria do gerenciamento de impressões (GI) contribui para que se compreendam as ações de indivíduos e empresas para construir determinada imagem. Contemporaneamente, a tecnologia trouxe novos elementos para essas interações. A web 2.0 fomentou uma cultura de participação, em que as pessoas opinam e são ouvidas, rompendo o vínculo com a mídia e estabelecendo diálogos diretos. Isso aumenta a relevância de construções simbólicas e representações feitas sobre as empresas, já que não há mediação entre esses atores. Problema de Pesquisa e Objetivo Diante disso, este estudo busca analisar as ações de GI empreendidas pela Petrobras por meio de suas publicações no blog Fatos e Dados, de 2013 a 2016. Este blog é o veículo oficial da instituição, escolhida para a pesquisa pela sua força simbólica ao ocupar, no imaginário dos brasileiros, o lugar de uma grande empresa voltada para o bem-estar do povo e o cuidado com as riquezas nacionais. Além disso, a estatal encontra-se envolvida em escândalos de corrupção e má gestão que acarretaram prejuízos bilionários, que aumentaram a necessidade de cuidar da sua comunicação. Fundamentação Teórica O GI consiste na tentativa de estabelecer um significado ou um propósito de interações sociais que irão nortear as ações dos indivíduos, auxiliando na projeção de expectativas (GOFFMAN,1985). Este modelo usa elementos teatrais para analisar ações humanas e foi apropriado por cientistas sociais como forma de influência social, com ações intencionais que podem ser assertivas ou defensivas, cínicas ou sinceras. Na administração, estudos já usaram a GI para entender como empresas usam estratégias (ações com objetivos de longo prazo) ou táticas (de curto) de GI para relacionar-se com seus públicos. Metodologia Neste estudo de caso qualitativo e descritivo, uma pesquisa documental envolveu a seleção de publicações do blog da empresa, em que ela divulga informações e se posiciona quanto a matérias da imprensa. 39 reportagens da mídia que geraram publicações tiveram papel de suporte na análise de conteúdo realizada. Esta, no entanto, focou 101 textos do blog que trataram de assuntos mais diretamente relacionados à crise que a empresa busca superar, em especial: Operação Lava Jato, CPI, Pasadena e Pré-sal. Daí retiraram-se trechos em se demonstra o uso das estratégias ou táticas de GI mais evidentes. Análise dos Resultados O texto apresenta os achados para cada um dos 4 temas analisados mas, de modo geral, os resultados apontam que a estratégia mais usada pela empresa foi a autopromoção, evidenciando o intuito da estatal de se projetar como uma companhia que ainda apresenta resultados positivos. A segunda estratégia mais frequente foi a suplicação, quando se mostrou como vítima nas situações de corrupção em que se envolveu. As táticas mais utilizadas foram a de justificativas e explicações (minimizando a severidade das denúncias para reduzir impactos negativos e esclarecendo informações ao ser quesitonada). Conclusão A pesquisa evidenciou que o GI é uma ferramenta usada pela organização para construir uma imagem institucional positiva: a Petrobras fez intenso uso do GI, com 43 estratégias e 58 táticas diversas que a análise permitiu identificar e classificar. Contudo, é importante para as empresas que suas práticas sejam compatíveis com a imagem que buscam transmitir. O artigo provoca uma discussão quanto a isso, no caso da Petrobras. Outra contribuição do estudo reside em permitir que, conhecendo melhor essa teoria, empresas e profissionais possam se beneficiar de seu uso e identificá-lo em terceiros. |
id |
UFMG_5904b4c9e1a289466409cb720025638f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/41245 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
2022-04-29T12:13:03Z2022-04-29T12:13:03Z2018-11XXI SEMEAD - Seminários em Administração da USP21773866http://hdl.handle.net/1843/41245Introdução Comunicar-se com seu público é um desafio para as organizações, diante do que a teoria do gerenciamento de impressões (GI) contribui para que se compreendam as ações de indivíduos e empresas para construir determinada imagem. Contemporaneamente, a tecnologia trouxe novos elementos para essas interações. A web 2.0 fomentou uma cultura de participação, em que as pessoas opinam e são ouvidas, rompendo o vínculo com a mídia e estabelecendo diálogos diretos. Isso aumenta a relevância de construções simbólicas e representações feitas sobre as empresas, já que não há mediação entre esses atores. Problema de Pesquisa e Objetivo Diante disso, este estudo busca analisar as ações de GI empreendidas pela Petrobras por meio de suas publicações no blog Fatos e Dados, de 2013 a 2016. Este blog é o veículo oficial da instituição, escolhida para a pesquisa pela sua força simbólica ao ocupar, no imaginário dos brasileiros, o lugar de uma grande empresa voltada para o bem-estar do povo e o cuidado com as riquezas nacionais. Além disso, a estatal encontra-se envolvida em escândalos de corrupção e má gestão que acarretaram prejuízos bilionários, que aumentaram a necessidade de cuidar da sua comunicação. Fundamentação Teórica O GI consiste na tentativa de estabelecer um significado ou um propósito de interações sociais que irão nortear as ações dos indivíduos, auxiliando na projeção de expectativas (GOFFMAN,1985). Este modelo usa elementos teatrais para analisar ações humanas e foi apropriado por cientistas sociais como forma de influência social, com ações intencionais que podem ser assertivas ou defensivas, cínicas ou sinceras. Na administração, estudos já usaram a GI para entender como empresas usam estratégias (ações com objetivos de longo prazo) ou táticas (de curto) de GI para relacionar-se com seus públicos. Metodologia Neste estudo de caso qualitativo e descritivo, uma pesquisa documental envolveu a seleção de publicações do blog da empresa, em que ela divulga informações e se posiciona quanto a matérias da imprensa. 39 reportagens da mídia que geraram publicações tiveram papel de suporte na análise de conteúdo realizada. Esta, no entanto, focou 101 textos do blog que trataram de assuntos mais diretamente relacionados à crise que a empresa busca superar, em especial: Operação Lava Jato, CPI, Pasadena e Pré-sal. Daí retiraram-se trechos em se demonstra o uso das estratégias ou táticas de GI mais evidentes. Análise dos Resultados O texto apresenta os achados para cada um dos 4 temas analisados mas, de modo geral, os resultados apontam que a estratégia mais usada pela empresa foi a autopromoção, evidenciando o intuito da estatal de se projetar como uma companhia que ainda apresenta resultados positivos. A segunda estratégia mais frequente foi a suplicação, quando se mostrou como vítima nas situações de corrupção em que se envolveu. As táticas mais utilizadas foram a de justificativas e explicações (minimizando a severidade das denúncias para reduzir impactos negativos e esclarecendo informações ao ser quesitonada). Conclusão A pesquisa evidenciou que o GI é uma ferramenta usada pela organização para construir uma imagem institucional positiva: a Petrobras fez intenso uso do GI, com 43 estratégias e 58 táticas diversas que a análise permitiu identificar e classificar. Contudo, é importante para as empresas que suas práticas sejam compatíveis com a imagem que buscam transmitir. O artigo provoca uma discussão quanto a isso, no caso da Petrobras. Outra contribuição do estudo reside em permitir que, conhecendo melhor essa teoria, empresas e profissionais possam se beneficiar de seu uso e identificá-lo em terceiros.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilFCE - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVASAnais do XXI SEMEAD - Seminários em Administração da USPEmpresas públicas.AdministraçãoGerenciamento de impressõesPETROBRASCriseO gerenciamento de impressões em empresas públicas brasileiras: o caso PETROBRASinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectAdriano Henrique Fontoura de FariaCristiana Trindade ItuassuGustavo Quiroga Soukiinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41245/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALO GERENCIAMENTO DE IMPRESSOES EM EMPRESAS PUBLICAS BRASILEIRAS (1).pdfO GERENCIAMENTO DE IMPRESSOES EM EMPRESAS PUBLICAS BRASILEIRAS (1).pdfapplication/pdf15423947https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41245/2/O%20GERENCIAMENTO%20DE%20IMPRESSOES%20EM%20EMPRESAS%20PUBLICAS%20BRASILEIRAS%20%281%29.pdf446ea7c57ef6c3a8c64f12d6528fb213MD521843/412452022-04-29 09:13:03.408oai:repositorio.ufmg.br:1843/41245TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-04-29T12:13:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O gerenciamento de impressões em empresas públicas brasileiras: o caso PETROBRAS |
title |
O gerenciamento de impressões em empresas públicas brasileiras: o caso PETROBRAS |
spellingShingle |
O gerenciamento de impressões em empresas públicas brasileiras: o caso PETROBRAS Adriano Henrique Fontoura de Faria Gerenciamento de impressões PETROBRAS Crise Empresas públicas. Administração |
title_short |
O gerenciamento de impressões em empresas públicas brasileiras: o caso PETROBRAS |
title_full |
O gerenciamento de impressões em empresas públicas brasileiras: o caso PETROBRAS |
title_fullStr |
O gerenciamento de impressões em empresas públicas brasileiras: o caso PETROBRAS |
title_full_unstemmed |
O gerenciamento de impressões em empresas públicas brasileiras: o caso PETROBRAS |
title_sort |
O gerenciamento de impressões em empresas públicas brasileiras: o caso PETROBRAS |
author |
Adriano Henrique Fontoura de Faria |
author_facet |
Adriano Henrique Fontoura de Faria Cristiana Trindade Ituassu Gustavo Quiroga Souki |
author_role |
author |
author2 |
Cristiana Trindade Ituassu Gustavo Quiroga Souki |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Adriano Henrique Fontoura de Faria Cristiana Trindade Ituassu Gustavo Quiroga Souki |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Gerenciamento de impressões PETROBRAS Crise |
topic |
Gerenciamento de impressões PETROBRAS Crise Empresas públicas. Administração |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Empresas públicas. Administração |
description |
Introdução Comunicar-se com seu público é um desafio para as organizações, diante do que a teoria do gerenciamento de impressões (GI) contribui para que se compreendam as ações de indivíduos e empresas para construir determinada imagem. Contemporaneamente, a tecnologia trouxe novos elementos para essas interações. A web 2.0 fomentou uma cultura de participação, em que as pessoas opinam e são ouvidas, rompendo o vínculo com a mídia e estabelecendo diálogos diretos. Isso aumenta a relevância de construções simbólicas e representações feitas sobre as empresas, já que não há mediação entre esses atores. Problema de Pesquisa e Objetivo Diante disso, este estudo busca analisar as ações de GI empreendidas pela Petrobras por meio de suas publicações no blog Fatos e Dados, de 2013 a 2016. Este blog é o veículo oficial da instituição, escolhida para a pesquisa pela sua força simbólica ao ocupar, no imaginário dos brasileiros, o lugar de uma grande empresa voltada para o bem-estar do povo e o cuidado com as riquezas nacionais. Além disso, a estatal encontra-se envolvida em escândalos de corrupção e má gestão que acarretaram prejuízos bilionários, que aumentaram a necessidade de cuidar da sua comunicação. Fundamentação Teórica O GI consiste na tentativa de estabelecer um significado ou um propósito de interações sociais que irão nortear as ações dos indivíduos, auxiliando na projeção de expectativas (GOFFMAN,1985). Este modelo usa elementos teatrais para analisar ações humanas e foi apropriado por cientistas sociais como forma de influência social, com ações intencionais que podem ser assertivas ou defensivas, cínicas ou sinceras. Na administração, estudos já usaram a GI para entender como empresas usam estratégias (ações com objetivos de longo prazo) ou táticas (de curto) de GI para relacionar-se com seus públicos. Metodologia Neste estudo de caso qualitativo e descritivo, uma pesquisa documental envolveu a seleção de publicações do blog da empresa, em que ela divulga informações e se posiciona quanto a matérias da imprensa. 39 reportagens da mídia que geraram publicações tiveram papel de suporte na análise de conteúdo realizada. Esta, no entanto, focou 101 textos do blog que trataram de assuntos mais diretamente relacionados à crise que a empresa busca superar, em especial: Operação Lava Jato, CPI, Pasadena e Pré-sal. Daí retiraram-se trechos em se demonstra o uso das estratégias ou táticas de GI mais evidentes. Análise dos Resultados O texto apresenta os achados para cada um dos 4 temas analisados mas, de modo geral, os resultados apontam que a estratégia mais usada pela empresa foi a autopromoção, evidenciando o intuito da estatal de se projetar como uma companhia que ainda apresenta resultados positivos. A segunda estratégia mais frequente foi a suplicação, quando se mostrou como vítima nas situações de corrupção em que se envolveu. As táticas mais utilizadas foram a de justificativas e explicações (minimizando a severidade das denúncias para reduzir impactos negativos e esclarecendo informações ao ser quesitonada). Conclusão A pesquisa evidenciou que o GI é uma ferramenta usada pela organização para construir uma imagem institucional positiva: a Petrobras fez intenso uso do GI, com 43 estratégias e 58 táticas diversas que a análise permitiu identificar e classificar. Contudo, é importante para as empresas que suas práticas sejam compatíveis com a imagem que buscam transmitir. O artigo provoca uma discussão quanto a isso, no caso da Petrobras. Outra contribuição do estudo reside em permitir que, conhecendo melhor essa teoria, empresas e profissionais possam se beneficiar de seu uso e identificá-lo em terceiros. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-11 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-04-29T12:13:03Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-04-29T12:13:03Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/41245 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
21773866 |
identifier_str_mv |
21773866 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/41245 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Anais do XXI SEMEAD - Seminários em Administração da USP |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FCE - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41245/1/License.txt https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41245/2/O%20GERENCIAMENTO%20DE%20IMPRESSOES%20EM%20EMPRESAS%20PUBLICAS%20BRASILEIRAS%20%281%29.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
fa505098d172de0bc8864fc1287ffe22 446ea7c57ef6c3a8c64f12d6528fb213 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589508174708736 |