A inteligibilidade do português brasileiro cantado na canção de câmara brasileira: uma investigação analítica perceptivo-auditiva e acústica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cristina de Souza Gusmão
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/67262
https://orcid.org/0000-0002-7162-991X
Resumo: O presente trabalho investigou a inteligibilidade do português cantado de uma canção de câmara brasileira na visão dos cantores, da acústica-fonética e dos ouvintes. Para isso, foram realizados cinco Estudos independentes, sendo quatro relacionados diretamente ao tema. O Estudo 1 constitui uma revisão de literatura sobre o português brasileiro erudito cantado entre 2007 e 2018 e teve como objetivo observar o estado da arte das pesquisas sobre a canção no Brasil neste contexto temporal. A partir deste estudo, optamos por estudar a inteligibilidade do texto pelo viés da prática, por isso, os demais artigos se referem à inteligibilidade do texto cantado. O Estudo 2 investigou as possíveis causas de ininteligibilidade do texto cantado na canção de câmara brasileira na opinião dos próprios cantores. Inicialmente, foi realizada uma revisão de literatura sobre a temática e, em seguida, 110 cantores líricos responderam a um formulário online contendo perguntas objetivas e discursivas sobre a inteligibilidade. Concluiu-se que a tessitura aguda da canção é o principal fator para a ininteligibilidade na canção, sobretudo em vozes de cantores sopranos. Além disso, a dicção ruim, o excesso de impostação vocal e o excesso de vibrato também foram destacados como fatores influenciadores neste quesito. No Estudo 3, foram investigadas as diferenças sonoras entre as emissões vocais de dez sopranos que cantaram uma mesma canção em uma performance destinada à Câmara e outra para um Grande teatro, a fim de verificar a relação do ambiente de performance com a inteligibilidade. Após análise perceptivo-auditiva, acústica e fonética, concluiu-se que os aspectos vibrato e intensidade se diferem em ambas as performances e que o vibrato é um fator que interferiu na medida dos formantes, influenciando, portanto, na identificação das vogais. No Estudo 4, foi pesquisada a inteligibilidade do texto cantado sob a ótica de músicos instrumentistas e não músicos. Para isso, três professores de canto ouviram o áudio de dez sopranos interpretando uma canção de câmara. Após a escuta, foram selecionadas uma cantora menos e uma mais inteligível. De posse dessas duas gravações, foram convidados 40 ouvintes, sendo 20 músicos instrumentistas e 20 não músicos. A divisão da escuta foi feita da seguinte forma: dez músicos e dez não músicos ouviram a cantora menos inteligível e dez músicos e dez não músicos ouviram a cantora mais inteligível. Foi constatado, portanto, que ser ou não músico não impactou a compreensão do texto. O que realmente influenciou a compreensão do ouvinte foi a interpretação, a musicalidade e, principalmente, a habilidade técnica vocal de cada cantora. Por fim, o Estudo 5 investigou se ambientes distintos de performance influenciam na duração das consoantes plosivas surdas /p/, /t/ e /k/ no contexto da voz cantada. Além disso, foram comparados os valores de Voice Onset Time - VOT de duas cantoras, uma considerada menos e a outra a mais inteligível. Os resultados apontaram que não houve diferença estatisticamente significativa no valor do VOT quando comparados os ambientes de performance. Contudo, ao comparar o valor de VOT da cantora menos e da mais inteligível, percebeu-se que a cantora considerada mais inteligível obteve um valor de VOT menor. Esse dado nos fez considerar que ter uma duração menor das consoantes surdas pode ter influenciado positivamente para uma melhor inteligibilidade do texto cantado. A partir dos Estudos conduzidos a priori, foram realizadas uma discussão e uma conclusão que os relacionam à inteligibilidade do texto na canção de câmara brasileira.
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A partir deste estudo, optamos por estudar a inteligibilidade do texto pelo viés da prática, por isso, os demais artigos se referem à inteligibilidade do texto cantado. O Estudo 2 investigou as possíveis causas de ininteligibilidade do texto cantado na canção de câmara brasileira na opinião dos próprios cantores. Inicialmente, foi realizada uma revisão de literatura sobre a temática e, em seguida, 110 cantores líricos responderam a um formulário online contendo perguntas objetivas e discursivas sobre a inteligibilidade. Concluiu-se que a tessitura aguda da canção é o principal fator para a ininteligibilidade na canção, sobretudo em vozes de cantores sopranos. Além disso, a dicção ruim, o excesso de impostação vocal e o excesso de vibrato também foram destacados como fatores influenciadores neste quesito. No Estudo 3, foram investigadas as diferenças sonoras entre as emissões vocais de dez sopranos que cantaram uma mesma canção em uma performance destinada à Câmara e outra para um Grande teatro, a fim de verificar a relação do ambiente de performance com a inteligibilidade. Após análise perceptivo-auditiva, acústica e fonética, concluiu-se que os aspectos vibrato e intensidade se diferem em ambas as performances e que o vibrato é um fator que interferiu na medida dos formantes, influenciando, portanto, na identificação das vogais. No Estudo 4, foi pesquisada a inteligibilidade do texto cantado sob a ótica de músicos instrumentistas e não músicos. Para isso, três professores de canto ouviram o áudio de dez sopranos interpretando uma canção de câmara. Após a escuta, foram selecionadas uma cantora menos e uma mais inteligível. De posse dessas duas gravações, foram convidados 40 ouvintes, sendo 20 músicos instrumentistas e 20 não músicos. A divisão da escuta foi feita da seguinte forma: dez músicos e dez não músicos ouviram a cantora menos inteligível e dez músicos e dez não músicos ouviram a cantora mais inteligível. Foi constatado, portanto, que ser ou não músico não impactou a compreensão do texto. O que realmente influenciou a compreensão do ouvinte foi a interpretação, a musicalidade e, principalmente, a habilidade técnica vocal de cada cantora. Por fim, o Estudo 5 investigou se ambientes distintos de performance influenciam na duração das consoantes plosivas surdas /p/, /t/ e /k/ no contexto da voz cantada. Além disso, foram comparados os valores de Voice Onset Time - VOT de duas cantoras, uma considerada menos e a outra a mais inteligível. Os resultados apontaram que não houve diferença estatisticamente significativa no valor do VOT quando comparados os ambientes de performance. Contudo, ao comparar o valor de VOT da cantora menos e da mais inteligível, percebeu-se que a cantora considerada mais inteligível obteve um valor de VOT menor. Esse dado nos fez considerar que ter uma duração menor das consoantes surdas pode ter influenciado positivamente para uma melhor inteligibilidade do texto cantado. A partir dos Estudos conduzidos a priori, foram realizadas uma discussão e uma conclusão que os relacionam à inteligibilidade do texto na canção de câmara brasileira.This work investigated the intelligibility of a Brazilian Art Song from the perspective of singers, acoustic-phonetics and listeners. For this end, five independent studies were conducted, four of which were directly related to the theme. Study 1 constitutes a literature review on Brazilian Portuguese classical sung music between 2007 and 2018, and aimed to observe the state of the art of research on song in Brazil in this time context. From this study, we decided to study the intelligibility of the text through practice, therefore, the other articles refer to the intelligibility of the sung text. Study 2 investigated the possible causes of unintelligibility of the sung text in Brazilian Art songs in the opinion of the singers themselves. Initially, a literature review was carried out on the topic and then 110 opera singers responded to an online form containing objective and discursive questions about intelligibility. It was concluded that the high pitch of the song is the main factor for unintelligibility in the song, especially in the voices of soprano singers. Furthermore, poor diction, excessive vocal imposition and excessive vibrato were also highlighted as influencing factors in this regard. In Study 3, the sound differences between the vocal emissions of ten sopranos who sang the same song in a performance for a chamber and another for a Grand theater were investigated, in order to verify the relationship between the location of performance and intelligibility. After perceptual-auditory, acoustic and phonetic analysis, it was concluded that the vibrato and intensity aspects differ in both performances and that vibrato is a factor that interfered in the measurement of formants, therefore influencing the identification of vowels. In Study 4, the intelligibility of the sung text was researched from the perspective of instrumental musicians and non-musicians. To do this, three singing teachers listened to the audio of ten sopranos performing an Art song. After listening, they selected a less intelligible singer and a more intelligible one. With these two recordings in hand, 40 listeners were invited, 20 instrumental musicians and 20 non-musicians. The division of listening was done as follows: ten musicians and ten non-musicians listened to the least intelligible singer and ten musicians and ten non-musicians listened to the most intelligible singer. It was, therefore, found that being a musician or not had no impact on the understanding of the text. What really influenced the listener's understanding was the interpretation, musicality and, mainly, the vocal technical ability of each singer. Finally, Study 5 investigated whether different environments of performance influence the duration of the voiceless plosive consonants /p/, /t/ and /k/ in the context of the sung voice. Furthermore, the Voice Onset Time -VOT values of two singers were compared, one considered the least and the other the most intelligible. The results showed that there was no statistically significant difference in the VOT value when comparing the environments of performance. However, when comparing the VOT value of the least intelligible singer and the most intelligible one, it was noticed that the singer considered more intelligible had a lower VOT value. This data made us consider that having a shorter duration of the voiceless consonants may have positively influenced the better intelligibility of the sung text. Based on the studies carried out a priori, a discussion and a general conclusion were made that relate them to the intelligibility of the text in Brazilian Art Song.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MúsicaUFMGBrasilMUSICA - ESCOLA DE MUSICAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessTécnica vocalMúsica de câmaraPercepção auditivaPerformance musicalInteligibilidade do texto cantadoCanção de câmara brasileiraAcústica e fonética vocalA inteligibilidade do português brasileiro cantado na canção de câmara brasileira: uma investigação analítica perceptivo-auditiva e acústicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE Cristina de Souza Gusmão - Finalizada .pdfTESE Cristina de Souza Gusmão - Finalizada .pdfapplication/pdf8390803https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/67262/1/TESE%20Cristina%20de%20Souza%20Gusma%cc%83o%20-%20Finalizada%20.pdf5fdc95665fe3ae150e8e2929796976cdMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/67262/2/license_rdf00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/67262/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/672622024-04-16 18:34:09.73oai:repositorio.ufmg.br:1843/67262TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2024-04-16T21:34:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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