Ativação da via nNOS/H2O2 pela atorvastatina: implicações na disfunção endotelial induzida por lisofosfatidilcolina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gianne Paul Campos Mota
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A3YGCU
Resumo: A aterosclerose é uma doença crônica, iniciada com uma resposta inflamatória ao componente Lisofosfatidilcolina (LPC) presente na LDL oxidada (LDLox), sendo este o fator chave para geração de uma resposta inflamatória e desenvolvimento da disfunção endotelial no início e durante o desenvolvimento da doença. É reconhecido o papel das óxido nítrico sintases (NOS) na manutenção da homeostase vascular. Contudo, a participação da isoforma neuronal da NOS (nNOS) na disfunção endotelial relacionada à dislipidemia não é conhecido. Não se conhece também como a LPC presente na LDLox afeta a expressão e atividade da nNOS e nem as consequências diretas de sua modulação nas células endoteliais ativadas. Paralelo a isso, alguns trabalhos recentes na literatura sugerem efeitos benéficos das estatinas, inibidores da HMG-CoA redutase, sobre o sistema cardiovascular, independentes da redução dos níveis de colesterol. Há indícios de que algumas estatinas modulem positivamente a via das NOS, especificamente a nNOS. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar a contribuição da nNOS na disfunção endotelial induzida pela LPC e o seu papel na proteção mediada pela atorvastatina em modelo de órgão isolados e em cultura de células endoteliais. A avaliação das NOS foi realizada em experimentos de reatividade vascular. A medida dos subprodutos das NOS (NO e H2O2) em células endoteliais foi medida por citometria de fluxo. O inibidor seletivo da nNOS, TRIM, foi utilizado para avaliar a participação dessa isoforma na disfunção endotelial induzida pela LPC e sua participação nos efeitos mediados pela atorvastatina. O presente trabalho mostrou pela primeira vez que o tratamento de forma aguda com LPC foi capaz de promover disfunção endotelial e que o tratamento com atorvastatina foi capaz de prevenir a disfunção causada pela LPC, através de ativação das NOS. Estas respostas foram também verificadas por citometria de fluxo, onde observamos aumento na produção de NO e H2O2, através do tratamento com atorvastatina e uma redução destes produtos com uso de LPC. Além disso, mostramos uma alteração dessas respostas quando a nNOS foi inibida, indicando que o comprometimento da nNOS está intimamente associado ao processo de disfunção endotelial, e que a atorvastatina apresenta efeito protetor endotelial por modular positivamente a via nNOS/H2O2 e impedir a resposta disfuncional mediada pela LPC.
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Paralelo a isso, alguns trabalhos recentes na literatura sugerem efeitos benéficos das estatinas, inibidores da HMG-CoA redutase, sobre o sistema cardiovascular, independentes da redução dos níveis de colesterol. Há indícios de que algumas estatinas modulem positivamente a via das NOS, especificamente a nNOS. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar a contribuição da nNOS na disfunção endotelial induzida pela LPC e o seu papel na proteção mediada pela atorvastatina em modelo de órgão isolados e em cultura de células endoteliais. A avaliação das NOS foi realizada em experimentos de reatividade vascular. A medida dos subprodutos das NOS (NO e H2O2) em células endoteliais foi medida por citometria de fluxo. O inibidor seletivo da nNOS, TRIM, foi utilizado para avaliar a participação dessa isoforma na disfunção endotelial induzida pela LPC e sua participação nos efeitos mediados pela atorvastatina. O presente trabalho mostrou pela primeira vez que o tratamento de forma aguda com LPC foi capaz de promover disfunção endotelial e que o tratamento com atorvastatina foi capaz de prevenir a disfunção causada pela LPC, através de ativação das NOS. Estas respostas foram também verificadas por citometria de fluxo, onde observamos aumento na produção de NO e H2O2, através do tratamento com atorvastatina e uma redução destes produtos com uso de LPC. Além disso, mostramos uma alteração dessas respostas quando a nNOS foi inibida, indicando que o comprometimento da nNOS está intimamente associado ao processo de disfunção endotelial, e que a atorvastatina apresenta efeito protetor endotelial por modular positivamente a via nNOS/H2O2 e impedir a resposta disfuncional mediada pela LPC.Atherosclerosis is a chronic disease related to an inflammatory response caused by the increase of Lysophosphatidylcholine (LPC) - a component of oxidized LDL (oxLDL) - that is the key factor for the inflammatory response, endothelial dysfunction development and progression of atherosclerotic plaque. Nitric oxide synthases (NOS) present a well-established role in the maintenance of vascular homeostasis. NOS deficiency is commonly related to endothelial dysfunction that precedes plaque deposition. However, the contribution of neuronal NOS (nNOS) on endothelial dysfunction induced by dyslipidemia is not known. Moreover, the mechanisms involved in the modulation of nNOS expression and activity by oxLDL on endothelial cells are completely unknown. On the other hand, some works suggested that statins (HMG-CoA reductase inhibitors; inhibitors of endogenous cholesterol synthesis) present direct beneficial effects on cardiovascular system, independently of cholesterol reduction. Some statins could activate or increase the expression of NOS, specially nNOS. By these reasons, we aimed to evaluate the role of nNOS on endothelial dysfunction induced by LPC and its role on the protection mediated by atorvastatin in a model of organ bath and in cultures of immortalized human endothelial cells. Were evaluated NOS in experiments by vascular reactivity. NO and H2O2 production by endothelial cells were measured by flow citometry. The contribution of nNOS was evaluated by the pharmacological nNOS inhibition by TRIM. Our results suggested by the first time that acute treatment with LPC was able to induce endothelial dysfunction that was prevented by the use of atorvastatin by NOS stimuli. These findings were confirmed by flow citometry, that demonstrated an increase of NO and H2O2, by the treatment with atorvastatin and a reduction with LPC. Finally, we showed that atorvastatin presented a protective effect on endothelial cells by upregulate nNOS activity and, consequently, preventing endothelial dysfunction mediated by LPC.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFarmacologiaFisiologiaFisiologia e FarmacologiaAtivação da via nNOS/H2O2 pela atorvastatina: implicações na disfunção endotelial induzida por lisofosfatidilcolinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o___gianne_p_c_mota.pdfapplication/pdf2999714https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A3YGCU/1/disserta__o___gianne_p_c_mota.pdfee4f30ab23356f808f5e902874ca92d3MD51TEXTdisserta__o___gianne_p_c_mota.pdf.txtdisserta__o___gianne_p_c_mota.pdf.txtExtracted texttext/plain152516https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A3YGCU/2/disserta__o___gianne_p_c_mota.pdf.txt626f6898d69a479ae2adcbd6ec621bd3MD521843/BUBD-A3YGCU2019-11-14 10:09:28.433oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A3YGCURepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:09:28Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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