Manutenção dos padrões de reatividade imunológica durante o processo de senescência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Elaine Speziali de Faria
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/41598
Resumo: Tolerância oral é definida como um estado de hipo-reactividade sistémica frente a um antigénio que foi previamente administrado por via oral. Muitos fatores afetam a indução de tolerância oral, alguns deles relacionados com o antígeno, alguns relacionada com o animal. A idade do animal é um dos fatores mais importantes que afetam a indução de tolerância oral como o envelhecimento, que induz muitas alterações na resposta imune. A tolerância oral é mantida durante um longo período de tempo. Nosso estudo mostrou que tanto a tolerância oral, bem como a reatividade imune é mantida até um ano e meio e que essa manutenção pode ser visto em muitos aspectos da resposta imune em camundongos idosos que tiveram contato prévio com o antígeno quando jovem. Observou-se a manutenção da tolerância oral por meio da resposta humoral, após vários desafios com a Ova (p<0.001) e que, animais idosos previamente imunizados continuaram susceptíveis à indução de imunização sistêmica, pois o título de anticorpos destes animais apresentou-se mais alto após as imunizações intraperitoneais. Além disso, as células do baço e linfonodos inguinais dos animais normais (desafiados somente quando idosos) apresentaram baixa capacidade proliferativa quando comparado com os animais tolerantes e imunes que obtiveram um índice de proliferação maior, semelhante ao observado na produção de anticorpos anti-Ova por animais imunes, tolerantes e normais senis que foram tratados quando jovens . Com relação ao grupo tolerante, este apresentou uma capacidade proliferativa menor que a do grupo imune, indicando que na senescência tanto a persistência da tolerância oral quanto a diferença no padrão de resposta imunológica apresentado por animais normais (tratados somente quando idosos) e animais tolerantes e imunes previamente tratados são observados in vitro. Também foi demonstrado que a resposta celular dos camundongos normais (desafiados somente quando idosos) 24h depois do desafio, medida através da reação de DTH, foi maior do que a reação apresentada nos camundongos que foram imunizados quando jovens. No entanto, a reação de DTH nos animais idosos tornados tolerantes quando jovens foi significativamente menor que dos camundongos imunes (p<0.025), mostrando mais uma vez que a tolerância oral pode ser mantida por um longo período. Nossos resultados confirmam novamente os dados da literatura de que ocorre um aumento do estado geral de ativação do sistema imune na senescência. Este aumento global está refletido numa elevação nos títulos de 14 imunoglobulinas séricas, do número total de células produzindo anticorpos e também da atividade proliferativa dos linfócitos T quando comparados com os mesmos parâmetros do animal jovem. Essa hiperatividade imunológica provavelmente representa a memória de interações com antígenos internos e externos acumulados ao longo da vida do animal. o aumento dessas interações torna o sistema imune do velho menos flexível e, portanto, relativamente refratário à incorporação de novas reatividades à sua dinâmica de funcionamento. O sistema imune do jovem, ao contrário, reflete a precariedade das suas experiências prévias e, ao mesmo tempo, sua enorme plasticidade para mudanças, para novas interações. No caso dos animais normais desafiados somente quando idosos, a Ova representa uma novidade para o seu sistema imune, para qual ele é menos susceptível, justamente por seu sistema imune já se encontrar ativado e envolvido em outras interações da quais a Ova não faz parte. No entanto, os animais imunes e tolerantes, por terem interagido com a Ova quando jovens, são capazes de evocar uma reatividade a este antígeno. Nesses animais, a reatividade à Ova não representa a incorporação de uma novidade, mas apenas a reativação de interações já presentes, a recuperação da memória de circuitos que agora são parte da atividade normal do sistema imune do velho. Essa memória imunológica se refere não somente à quantidade de anticorpos e atividade proliferativa, mas também ao padrão da resposta que pode evocada. O padrão de uma reatividade adquirida na juventude aparentemente é mantido por circuitos de memória imunológica que podem ser recuperados na velhice. Interessantemente, mesmo estímulos fortes como outros adjuvantes são incapazes de modificar esse padrão indicando que a memória de ativações anteriores é fortemente entrelaçada em circuitos provavelmente muito estáveis.
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spelling Ana Maria Caetano de Fariahttp://lattes.cnpq.br/2268635568464108http://lattes.cnpq.br/0681093750508024Elaine Speziali de Faria2022-05-12T11:49:44Z2022-05-12T11:49:44Z1999-09-20http://hdl.handle.net/1843/41598Tolerância oral é definida como um estado de hipo-reactividade sistémica frente a um antigénio que foi previamente administrado por via oral. Muitos fatores afetam a indução de tolerância oral, alguns deles relacionados com o antígeno, alguns relacionada com o animal. A idade do animal é um dos fatores mais importantes que afetam a indução de tolerância oral como o envelhecimento, que induz muitas alterações na resposta imune. A tolerância oral é mantida durante um longo período de tempo. Nosso estudo mostrou que tanto a tolerância oral, bem como a reatividade imune é mantida até um ano e meio e que essa manutenção pode ser visto em muitos aspectos da resposta imune em camundongos idosos que tiveram contato prévio com o antígeno quando jovem. Observou-se a manutenção da tolerância oral por meio da resposta humoral, após vários desafios com a Ova (p<0.001) e que, animais idosos previamente imunizados continuaram susceptíveis à indução de imunização sistêmica, pois o título de anticorpos destes animais apresentou-se mais alto após as imunizações intraperitoneais. Além disso, as células do baço e linfonodos inguinais dos animais normais (desafiados somente quando idosos) apresentaram baixa capacidade proliferativa quando comparado com os animais tolerantes e imunes que obtiveram um índice de proliferação maior, semelhante ao observado na produção de anticorpos anti-Ova por animais imunes, tolerantes e normais senis que foram tratados quando jovens . Com relação ao grupo tolerante, este apresentou uma capacidade proliferativa menor que a do grupo imune, indicando que na senescência tanto a persistência da tolerância oral quanto a diferença no padrão de resposta imunológica apresentado por animais normais (tratados somente quando idosos) e animais tolerantes e imunes previamente tratados são observados in vitro. Também foi demonstrado que a resposta celular dos camundongos normais (desafiados somente quando idosos) 24h depois do desafio, medida através da reação de DTH, foi maior do que a reação apresentada nos camundongos que foram imunizados quando jovens. No entanto, a reação de DTH nos animais idosos tornados tolerantes quando jovens foi significativamente menor que dos camundongos imunes (p<0.025), mostrando mais uma vez que a tolerância oral pode ser mantida por um longo período. Nossos resultados confirmam novamente os dados da literatura de que ocorre um aumento do estado geral de ativação do sistema imune na senescência. 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No caso dos animais normais desafiados somente quando idosos, a Ova representa uma novidade para o seu sistema imune, para qual ele é menos susceptível, justamente por seu sistema imune já se encontrar ativado e envolvido em outras interações da quais a Ova não faz parte. No entanto, os animais imunes e tolerantes, por terem interagido com a Ova quando jovens, são capazes de evocar uma reatividade a este antígeno. Nesses animais, a reatividade à Ova não representa a incorporação de uma novidade, mas apenas a reativação de interações já presentes, a recuperação da memória de circuitos que agora são parte da atividade normal do sistema imune do velho. Essa memória imunológica se refere não somente à quantidade de anticorpos e atividade proliferativa, mas também ao padrão da resposta que pode evocada. O padrão de uma reatividade adquirida na juventude aparentemente é mantido por circuitos de memória imunológica que podem ser recuperados na velhice. Interessantemente, mesmo estímulos fortes como outros adjuvantes são incapazes de modificar esse padrão indicando que a memória de ativações anteriores é fortemente entrelaçada em circuitos provavelmente muito estáveis.The oral tolerance is defined as a sytemic hipo-reactivitiy state against an antigen that was previously orally administrated. Many factors affect the induction of oral tolerance, some of them antigen-related, others are related to the animal. The animal age is one of factors more important that affect the induction of oral tolerance, as the aging process that induces many changes on the immune response. The oral tolerance is maintained during a long period of time. Our study showed that both oral tolerance and immune reactivity is maintained up to a year and a half and that this maintenance can be seen in many aspects of the immune response in older mice that have had previous contact with the antigen when young. It was observed the maintenance of oral tolerance through the humoral response after multiple challenges with OVA (p <0.001) and old animals previously immunized remained susceptible to induction of systemic immunization, because the antibody titers of this these animals presented higher after intraperitoneal immunizations. Moreover, the splenic cells and inguinal lymph nodes of normal animals (challenged only in old age) presents low proliferative potential when compared to the tolerant animals and immune animals that obtained a greater proliferation score, similar to the observed on the anti-OVA antibodies production by the immune animals, tolerant animals and normal old animals treated when young. Regarding to the tolerant group, it presented a lower proliferative ability than immune group, indicating that in senescence both the persistence of oral tolerance and the difference in the immune response pattern presented by normal animals (treated only in old age) and by tolerant animals and immune animals previously treated are observed in vitro. It was also demonstrated that the cellular response of normal mice (challenged only in old age) 24 hours after the challenge, measured through the DTH reaction, was higher than the reaction presented in the mice that were immunized in young age. However, the DTH reaction in old animals tolerized in young age was significantly lower than immune mice (p<0.025), showing once more that the oral tolerance can be maintained for a long period. Our results confirmed again the data of literature that occurs an increase of the general state of immune system activation in senescence. This global increase is reflected on the rising on the seric immunoglobulin titer, the increase of the total numbers of cells producing antibody and also the increase of the proliferative activity of the T cells when compared to 16 the same parameters in the young animals. This immunological hyperactivity probably represents the memory of the interaction with intern and extern antigens cumulated in the animal lifetime. The increase of this interactions makes the immune system of elderly less flexible and, therefore relatively refractory to incorporation of new reactivity to its dynamic operation. The immune system of young, on the other hand, reflects the precarity of its previous experiences, and, at the same time, the great plasticity of this group to changes to news interactions. In the case of normal animals challenged only in old age, the OVA represents news to your immune system, to which it is less susceptible, because its immune system is already activated and involved in other interactions which OVA is not a part. However, the immune animals and the tolerant animals, because they had interacted with Ova in young age, they are able to evoke a reactivity to this antigen. In these animals, the reactivity to OVA does not represent the incorporation of a novelty, but only the reactivation of interactions already present, the recovery of the memory circuits that are now part of the normal activity of the immune system of elderly. This immunological memory refers not only to the quantity of antibodies and proliferative activity, but also to the pattern of response that can be evoked. The pattern of reactivity acquired in youth is apparently maintained by immune memory circuits that can be recovered in old age. Interestingly, even strong stimuli like other adjuvants are unable to modify this pattern indicating that the memory of previous activations is strongly interlaced in probably very stable circuits.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Bioquímica e ImunologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIABioquímica e imunologiaEnvelhecimentoSistema ImunitárioTolerância ImunológicaTolerância oralReatividade imuneSenescênciaOvaManutenção dos padrões de reatividade imunológica durante o processo de senescênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação para diploma final PDF.pdfDissertação para diploma final PDF.pdfapplication/pdf554078https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41598/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20para%20diploma%20final%20PDF.pdf8e7b5a05b937f81dc18c23185ba7a0a6MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41598/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/415982022-05-12 08:49:45.116oai:repositorio.ufmg.br:1843/41598TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-05-12T11:49:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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