Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marina Oliveira Santana
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34466
Resumo: Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis pela maior parte das mortes no mundo. Essas doenças são determinadas por um conjunto de fatores de risco comportamentais, como consumo de álcool e tabaco, prática insuficiente de atividade física e especialmente pela alimentação inadequada. O consumo alimentar é influenciado por questões individuais e ambientais, como o preço e a publicidade dos alimentos. De fato, a publicidade de alimentos é um importante determinante ambiental do consumo alimentar. Sabe-se que essa está essencialmente voltada à promoção de alimentos ultraprocessados em veículos de comunicação de massa, especialmente nas emissoras de televisão. A exposição à publicidade de alimentos não saudáveis influencia as escolhas alimentares da população por meio de estratégias persuasivas de marketing. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o monitoramento da exposição e da prevalência das técnicas de persuasão utilizadas na publicidade, assim como sua regulamentação, para melhoria do padrão de alimentação das populações. Objetivo: Analisar o uso de estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos no Brasil. Métodos: A programação dos três principais canais da TV aberta foi gravada em oito dias não consecutivos de abril de 2018, das 06:00 às 00:00. Por meio de um questionário eletrônico, baseado no protocolo da INFORMAS, as informações de cada peça publicitária foram coletadas. Após a extração dos dados, as peças de alimentos e bebidas foram classificadas de acordo com o sistema NOVA de classificação de alimentos, considerando o grau de processamento. Foram investigadas 27 estratégias de marketing nos anúncios de alimentos ultraprocessados (AUP), estratificadas em três grupos de estratégias (poder das estratégias de publicidade, oferta de prêmios e alegações de benefícios da marca). Estimou-se a frequência de anúncios de alimentos na publicidade, a proporção de anúncios de alimentos ultraprocessados, e a utilização de estratégias nestes anúncios. A Análise de Componentes Principais foi empregada para identificação dos padrões de estratégias utilizados na publicidade de alimentos e uma Regressão Linear para analisar a associação dos padrões de estratégias aos subgrupos de alimentos ultraprocessados. Resultados: Foram identificados 7991 anúncios publicitários, sendo 1156 (14,16%) específicos de alimentos ou bebidas. A maioria (90,77%) dos anúncios relacionados a alimentos se remetiam a AUP, sendo refrigerantes (28,90%), bebidas alcóolicas (14,23%) e restaurantes de fast food (13,80%) os tipos os mais anunciados. Mais de 96% dos anúncios de AUP incluíram pelo menos uma das estratégias de publicidade persuasivas investigadas (poder da publicidade- 54,77%, ofertas de prêmio -27,65% e alegações de benefícios da marca- 77,38%). Cinco padrões de publicidade foram identificados a partir da análise de componentes principais, sendo nomeados de acordo com suas principais características e associados aos grupos de AUP. O primeiro, descrito como "Distinto", correlacionado com edição limitada, personagem licenciado, brindes ou colecionáveis e lançamentos da marca, associou-se positivamente aos fast foods. O segundo padrão, "Para crianças", marcado pelo uso de mensagens "para crianças", usuários sugeridos, eventos não esportivos e personagens próprios da marca, relacionou ao consumo de bebidas açucaradas, fast foods, biscoito doces, nuggets e outras carnes ultraprocessadas. O terceiro, “Preço e Desconto”, correlacionado com baixos preços e descontos e o quarto padrão, “Esportivo”, caracterizado pelo uso de eventos esportivos e concursos, foram associados positivamente aos anúncios de fast foods e refrigerantes. O último padrão, “Inovador” demonstrou boa correlação com características sensoriais, inovação e lançamentos da marca, associado à promoção de molhos, bebidas açucaradas, biscoitos e salgadinhos, carnes ultraprocessadas e fast foods. Conclusão: A publicidade de alimentos na TV aberta brasileira é marcada por alimentos AUP, com predominante emprego de estratégias persuasivas nos anúncios, demonstrando uma falta de aplicação da legislação reguladora atual no país.
id UFMG_b2e2f78d69238b8d3b6929fd943ce644
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/34466
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Rafael Moreira Clarohttp://lattes.cnpq.br/7590790556493001Adriana Lúcia MeirelesLarissa Loures Mendeshttp://lattes.cnpq.br/1470446681099988Marina Oliveira Santana2020-12-03T16:54:07Z2020-12-03T16:54:07Z2020-02-17http://hdl.handle.net/1843/34466Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis pela maior parte das mortes no mundo. Essas doenças são determinadas por um conjunto de fatores de risco comportamentais, como consumo de álcool e tabaco, prática insuficiente de atividade física e especialmente pela alimentação inadequada. O consumo alimentar é influenciado por questões individuais e ambientais, como o preço e a publicidade dos alimentos. De fato, a publicidade de alimentos é um importante determinante ambiental do consumo alimentar. Sabe-se que essa está essencialmente voltada à promoção de alimentos ultraprocessados em veículos de comunicação de massa, especialmente nas emissoras de televisão. A exposição à publicidade de alimentos não saudáveis influencia as escolhas alimentares da população por meio de estratégias persuasivas de marketing. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o monitoramento da exposição e da prevalência das técnicas de persuasão utilizadas na publicidade, assim como sua regulamentação, para melhoria do padrão de alimentação das populações. Objetivo: Analisar o uso de estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos no Brasil. Métodos: A programação dos três principais canais da TV aberta foi gravada em oito dias não consecutivos de abril de 2018, das 06:00 às 00:00. Por meio de um questionário eletrônico, baseado no protocolo da INFORMAS, as informações de cada peça publicitária foram coletadas. Após a extração dos dados, as peças de alimentos e bebidas foram classificadas de acordo com o sistema NOVA de classificação de alimentos, considerando o grau de processamento. Foram investigadas 27 estratégias de marketing nos anúncios de alimentos ultraprocessados (AUP), estratificadas em três grupos de estratégias (poder das estratégias de publicidade, oferta de prêmios e alegações de benefícios da marca). Estimou-se a frequência de anúncios de alimentos na publicidade, a proporção de anúncios de alimentos ultraprocessados, e a utilização de estratégias nestes anúncios. A Análise de Componentes Principais foi empregada para identificação dos padrões de estratégias utilizados na publicidade de alimentos e uma Regressão Linear para analisar a associação dos padrões de estratégias aos subgrupos de alimentos ultraprocessados. Resultados: Foram identificados 7991 anúncios publicitários, sendo 1156 (14,16%) específicos de alimentos ou bebidas. A maioria (90,77%) dos anúncios relacionados a alimentos se remetiam a AUP, sendo refrigerantes (28,90%), bebidas alcóolicas (14,23%) e restaurantes de fast food (13,80%) os tipos os mais anunciados. Mais de 96% dos anúncios de AUP incluíram pelo menos uma das estratégias de publicidade persuasivas investigadas (poder da publicidade- 54,77%, ofertas de prêmio -27,65% e alegações de benefícios da marca- 77,38%). Cinco padrões de publicidade foram identificados a partir da análise de componentes principais, sendo nomeados de acordo com suas principais características e associados aos grupos de AUP. O primeiro, descrito como "Distinto", correlacionado com edição limitada, personagem licenciado, brindes ou colecionáveis e lançamentos da marca, associou-se positivamente aos fast foods. O segundo padrão, "Para crianças", marcado pelo uso de mensagens "para crianças", usuários sugeridos, eventos não esportivos e personagens próprios da marca, relacionou ao consumo de bebidas açucaradas, fast foods, biscoito doces, nuggets e outras carnes ultraprocessadas. O terceiro, “Preço e Desconto”, correlacionado com baixos preços e descontos e o quarto padrão, “Esportivo”, caracterizado pelo uso de eventos esportivos e concursos, foram associados positivamente aos anúncios de fast foods e refrigerantes. O último padrão, “Inovador” demonstrou boa correlação com características sensoriais, inovação e lançamentos da marca, associado à promoção de molhos, bebidas açucaradas, biscoitos e salgadinhos, carnes ultraprocessadas e fast foods. Conclusão: A publicidade de alimentos na TV aberta brasileira é marcada por alimentos AUP, com predominante emprego de estratégias persuasivas nos anúncios, demonstrando uma falta de aplicação da legislação reguladora atual no país.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Nutrição e SaúdeUFMGBrasilENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEMPublicidade de AlimentosTelevisãoControle da Publicidade de ProdutosDoença CrônicaDoenças não TransmissíveisAlimentos IndustrializadosPublicidade de AlimentosTelevisãoDoença CrônicaControle da Publicidade de ProdutosEstratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil- versão final.pdfDissertação_Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil- versão final.pdfapplication/pdf931189https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34466/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Estrat%c3%a9gias%20de%20marketing%20na%20publicidade%20televisiva%20de%20alimentos%20ultraprocessados%20no%20Brasil-%20vers%c3%a3o%20final.pdf6c49a91f3868dc9f896b69683a32a191MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34466/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/344662020-12-03 13:54:07.299oai:repositorio.ufmg.br:1843/34466TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-12-03T16:54:07Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil
title Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil
spellingShingle Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil
Marina Oliveira Santana
Publicidade de Alimentos
Televisão
Doença Crônica
Controle da Publicidade de Produtos
Publicidade de Alimentos
Televisão
Controle da Publicidade de Produtos
Doença Crônica
Doenças não Transmissíveis
Alimentos Industrializados
title_short Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil
title_full Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil
title_fullStr Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil
title_full_unstemmed Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil
title_sort Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil
author Marina Oliveira Santana
author_facet Marina Oliveira Santana
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Rafael Moreira Claro
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7590790556493001
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Adriana Lúcia Meireles
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Larissa Loures Mendes
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1470446681099988
dc.contributor.author.fl_str_mv Marina Oliveira Santana
contributor_str_mv Rafael Moreira Claro
Adriana Lúcia Meireles
Larissa Loures Mendes
dc.subject.por.fl_str_mv Publicidade de Alimentos
Televisão
Doença Crônica
Controle da Publicidade de Produtos
topic Publicidade de Alimentos
Televisão
Doença Crônica
Controle da Publicidade de Produtos
Publicidade de Alimentos
Televisão
Controle da Publicidade de Produtos
Doença Crônica
Doenças não Transmissíveis
Alimentos Industrializados
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Publicidade de Alimentos
Televisão
Controle da Publicidade de Produtos
Doença Crônica
Doenças não Transmissíveis
Alimentos Industrializados
description Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis pela maior parte das mortes no mundo. Essas doenças são determinadas por um conjunto de fatores de risco comportamentais, como consumo de álcool e tabaco, prática insuficiente de atividade física e especialmente pela alimentação inadequada. O consumo alimentar é influenciado por questões individuais e ambientais, como o preço e a publicidade dos alimentos. De fato, a publicidade de alimentos é um importante determinante ambiental do consumo alimentar. Sabe-se que essa está essencialmente voltada à promoção de alimentos ultraprocessados em veículos de comunicação de massa, especialmente nas emissoras de televisão. A exposição à publicidade de alimentos não saudáveis influencia as escolhas alimentares da população por meio de estratégias persuasivas de marketing. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o monitoramento da exposição e da prevalência das técnicas de persuasão utilizadas na publicidade, assim como sua regulamentação, para melhoria do padrão de alimentação das populações. Objetivo: Analisar o uso de estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos no Brasil. Métodos: A programação dos três principais canais da TV aberta foi gravada em oito dias não consecutivos de abril de 2018, das 06:00 às 00:00. Por meio de um questionário eletrônico, baseado no protocolo da INFORMAS, as informações de cada peça publicitária foram coletadas. Após a extração dos dados, as peças de alimentos e bebidas foram classificadas de acordo com o sistema NOVA de classificação de alimentos, considerando o grau de processamento. Foram investigadas 27 estratégias de marketing nos anúncios de alimentos ultraprocessados (AUP), estratificadas em três grupos de estratégias (poder das estratégias de publicidade, oferta de prêmios e alegações de benefícios da marca). Estimou-se a frequência de anúncios de alimentos na publicidade, a proporção de anúncios de alimentos ultraprocessados, e a utilização de estratégias nestes anúncios. A Análise de Componentes Principais foi empregada para identificação dos padrões de estratégias utilizados na publicidade de alimentos e uma Regressão Linear para analisar a associação dos padrões de estratégias aos subgrupos de alimentos ultraprocessados. Resultados: Foram identificados 7991 anúncios publicitários, sendo 1156 (14,16%) específicos de alimentos ou bebidas. A maioria (90,77%) dos anúncios relacionados a alimentos se remetiam a AUP, sendo refrigerantes (28,90%), bebidas alcóolicas (14,23%) e restaurantes de fast food (13,80%) os tipos os mais anunciados. Mais de 96% dos anúncios de AUP incluíram pelo menos uma das estratégias de publicidade persuasivas investigadas (poder da publicidade- 54,77%, ofertas de prêmio -27,65% e alegações de benefícios da marca- 77,38%). Cinco padrões de publicidade foram identificados a partir da análise de componentes principais, sendo nomeados de acordo com suas principais características e associados aos grupos de AUP. O primeiro, descrito como "Distinto", correlacionado com edição limitada, personagem licenciado, brindes ou colecionáveis e lançamentos da marca, associou-se positivamente aos fast foods. O segundo padrão, "Para crianças", marcado pelo uso de mensagens "para crianças", usuários sugeridos, eventos não esportivos e personagens próprios da marca, relacionou ao consumo de bebidas açucaradas, fast foods, biscoito doces, nuggets e outras carnes ultraprocessadas. O terceiro, “Preço e Desconto”, correlacionado com baixos preços e descontos e o quarto padrão, “Esportivo”, caracterizado pelo uso de eventos esportivos e concursos, foram associados positivamente aos anúncios de fast foods e refrigerantes. O último padrão, “Inovador” demonstrou boa correlação com características sensoriais, inovação e lançamentos da marca, associado à promoção de molhos, bebidas açucaradas, biscoitos e salgadinhos, carnes ultraprocessadas e fast foods. Conclusão: A publicidade de alimentos na TV aberta brasileira é marcada por alimentos AUP, com predominante emprego de estratégias persuasivas nos anúncios, demonstrando uma falta de aplicação da legislação reguladora atual no país.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-12-03T16:54:07Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-12-03T16:54:07Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-02-17
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/34466
url http://hdl.handle.net/1843/34466
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34466/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Estrat%c3%a9gias%20de%20marketing%20na%20publicidade%20televisiva%20de%20alimentos%20ultraprocessados%20no%20Brasil-%20vers%c3%a3o%20final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34466/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6c49a91f3868dc9f896b69683a32a191
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801677003159502848