Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/34466 |
Resumo: | Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis pela maior parte das mortes no mundo. Essas doenças são determinadas por um conjunto de fatores de risco comportamentais, como consumo de álcool e tabaco, prática insuficiente de atividade física e especialmente pela alimentação inadequada. O consumo alimentar é influenciado por questões individuais e ambientais, como o preço e a publicidade dos alimentos. De fato, a publicidade de alimentos é um importante determinante ambiental do consumo alimentar. Sabe-se que essa está essencialmente voltada à promoção de alimentos ultraprocessados em veículos de comunicação de massa, especialmente nas emissoras de televisão. A exposição à publicidade de alimentos não saudáveis influencia as escolhas alimentares da população por meio de estratégias persuasivas de marketing. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o monitoramento da exposição e da prevalência das técnicas de persuasão utilizadas na publicidade, assim como sua regulamentação, para melhoria do padrão de alimentação das populações. Objetivo: Analisar o uso de estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos no Brasil. Métodos: A programação dos três principais canais da TV aberta foi gravada em oito dias não consecutivos de abril de 2018, das 06:00 às 00:00. Por meio de um questionário eletrônico, baseado no protocolo da INFORMAS, as informações de cada peça publicitária foram coletadas. Após a extração dos dados, as peças de alimentos e bebidas foram classificadas de acordo com o sistema NOVA de classificação de alimentos, considerando o grau de processamento. Foram investigadas 27 estratégias de marketing nos anúncios de alimentos ultraprocessados (AUP), estratificadas em três grupos de estratégias (poder das estratégias de publicidade, oferta de prêmios e alegações de benefícios da marca). Estimou-se a frequência de anúncios de alimentos na publicidade, a proporção de anúncios de alimentos ultraprocessados, e a utilização de estratégias nestes anúncios. A Análise de Componentes Principais foi empregada para identificação dos padrões de estratégias utilizados na publicidade de alimentos e uma Regressão Linear para analisar a associação dos padrões de estratégias aos subgrupos de alimentos ultraprocessados. Resultados: Foram identificados 7991 anúncios publicitários, sendo 1156 (14,16%) específicos de alimentos ou bebidas. A maioria (90,77%) dos anúncios relacionados a alimentos se remetiam a AUP, sendo refrigerantes (28,90%), bebidas alcóolicas (14,23%) e restaurantes de fast food (13,80%) os tipos os mais anunciados. Mais de 96% dos anúncios de AUP incluíram pelo menos uma das estratégias de publicidade persuasivas investigadas (poder da publicidade- 54,77%, ofertas de prêmio -27,65% e alegações de benefícios da marca- 77,38%). Cinco padrões de publicidade foram identificados a partir da análise de componentes principais, sendo nomeados de acordo com suas principais características e associados aos grupos de AUP. O primeiro, descrito como "Distinto", correlacionado com edição limitada, personagem licenciado, brindes ou colecionáveis e lançamentos da marca, associou-se positivamente aos fast foods. O segundo padrão, "Para crianças", marcado pelo uso de mensagens "para crianças", usuários sugeridos, eventos não esportivos e personagens próprios da marca, relacionou ao consumo de bebidas açucaradas, fast foods, biscoito doces, nuggets e outras carnes ultraprocessadas. O terceiro, “Preço e Desconto”, correlacionado com baixos preços e descontos e o quarto padrão, “Esportivo”, caracterizado pelo uso de eventos esportivos e concursos, foram associados positivamente aos anúncios de fast foods e refrigerantes. O último padrão, “Inovador” demonstrou boa correlação com características sensoriais, inovação e lançamentos da marca, associado à promoção de molhos, bebidas açucaradas, biscoitos e salgadinhos, carnes ultraprocessadas e fast foods. Conclusão: A publicidade de alimentos na TV aberta brasileira é marcada por alimentos AUP, com predominante emprego de estratégias persuasivas nos anúncios, demonstrando uma falta de aplicação da legislação reguladora atual no país. |
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Conclusão: A publicidade de alimentos na TV aberta brasileira é marcada por alimentos AUP, com predominante emprego de estratégias persuasivas nos anúncios, demonstrando uma falta de aplicação da legislação reguladora atual no país.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Nutrição e SaúdeUFMGBrasilENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEMPublicidade de AlimentosTelevisãoControle da Publicidade de ProdutosDoença CrônicaDoenças não TransmissíveisAlimentos IndustrializadosPublicidade de AlimentosTelevisãoDoença CrônicaControle da Publicidade de ProdutosEstratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil- versão final.pdfDissertação_Estratégias de marketing na publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados no Brasil- versão final.pdfapplication/pdf931189https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34466/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Estrat%c3%a9gias%20de%20marketing%20na%20publicidade%20televisiva%20de%20alimentos%20ultraprocessados%20no%20Brasil-%20vers%c3%a3o%20final.pdf6c49a91f3868dc9f896b69683a32a191MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34466/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/344662020-12-03 13:54:07.299oai:repositorio.ufmg.br:1843/34466TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-12-03T16:54:07Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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