Influência da preparação do licor de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell berg) no teor de compostos fenólicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrea Carrara Goecze
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/URMR-74SNGD
Resumo: Estudos epidemiológicos têm sugerido associações entre o consumo de alimentos e bebidas ricos em compostos fenólicos e a prevenção de certas doenças. O caráter medicinal destes compostos se deve às suas propriedades antioxidantes. A jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell.berg), fruta nativa brasileira, apresenta em sua casca altas concentrações de compostos fenólicos. A elaboração de licores possibilita a extração de compostos fenólicos de todas as partes da fruta. Os processos de preparação foram definidos de acordo com três diferentes formas de extração dos compostos solúveis das frutas. O licor A foi preparado por maceração alcoólica simples, enquanto que no licor B as frutas, antes da maceração, foram submetidas a um tratamento térmico de 60°C por 10 min. Após a maceração foi adicionado um xarope de sacarose. Napreparação do licor C foi usada a desidratação osmótica, o xarope foi obtido por pressão osmótica exercida pelo açúcar e, em seguida, ocorreu maceração alcoólica. Em todos os licores foi ajustado o teor de sólidos solúveis totais para 30 º Brix e o teor alcoólico para 18 % v/v. Os teores fenólicos variaram de 0,52 a 1,20 g/L, sendo menor para o licor A. Os valores de taninos variaram de 0,47 a 0,75 g/L. Houve diferença significativa entre os teores de taninos nos licores A, B e C. As concentrações de antocianinas variaram de 6,06 a 10,72 g/L, sendo menor para o licor B. O percentual de antocianinas poliméricas variou de 80,7 a 89,2 %, sendo maior para o licor B. Os valores de TEAC (capacidade antioxidante equivalente ao Trolox®) dos licores variaram de 1,88 a 2,88 mmol/L, no tempo de 2 min, e de 2,48 a 3,61 mmol/L, notempo de 15 min. O licor C apresentou maior poder antioxidante. A correlação entre fenólicos totais, taninos e a atividade antioxidante foi positiva e significativa para o método ABTS, nos tempos de dois e quinze minutos de análise. Os licores foram submetidos a um teste de ceitação e tiveram um índice de aceitabilidade superior a 80% para todos os atributos avaliados.
id UFMG_b32ceb339e60d89d2bb8250684b4fd9d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/URMR-74SNGD
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Evelyn de Souza OliveiraSilvana da MottaAccacia Julia Guimaraes PereiraHelmuth Guido Siebald LunaAndrea Carrara Goecze2019-08-13T16:40:40Z2019-08-13T16:40:40Z2007-04-20http://hdl.handle.net/1843/URMR-74SNGDEstudos epidemiológicos têm sugerido associações entre o consumo de alimentos e bebidas ricos em compostos fenólicos e a prevenção de certas doenças. O caráter medicinal destes compostos se deve às suas propriedades antioxidantes. A jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell.berg), fruta nativa brasileira, apresenta em sua casca altas concentrações de compostos fenólicos. A elaboração de licores possibilita a extração de compostos fenólicos de todas as partes da fruta. Os processos de preparação foram definidos de acordo com três diferentes formas de extração dos compostos solúveis das frutas. O licor A foi preparado por maceração alcoólica simples, enquanto que no licor B as frutas, antes da maceração, foram submetidas a um tratamento térmico de 60°C por 10 min. Após a maceração foi adicionado um xarope de sacarose. Napreparação do licor C foi usada a desidratação osmótica, o xarope foi obtido por pressão osmótica exercida pelo açúcar e, em seguida, ocorreu maceração alcoólica. Em todos os licores foi ajustado o teor de sólidos solúveis totais para 30 º Brix e o teor alcoólico para 18 % v/v. Os teores fenólicos variaram de 0,52 a 1,20 g/L, sendo menor para o licor A. Os valores de taninos variaram de 0,47 a 0,75 g/L. Houve diferença significativa entre os teores de taninos nos licores A, B e C. As concentrações de antocianinas variaram de 6,06 a 10,72 g/L, sendo menor para o licor B. O percentual de antocianinas poliméricas variou de 80,7 a 89,2 %, sendo maior para o licor B. Os valores de TEAC (capacidade antioxidante equivalente ao Trolox®) dos licores variaram de 1,88 a 2,88 mmol/L, no tempo de 2 min, e de 2,48 a 3,61 mmol/L, notempo de 15 min. O licor C apresentou maior poder antioxidante. A correlação entre fenólicos totais, taninos e a atividade antioxidante foi positiva e significativa para o método ABTS, nos tempos de dois e quinze minutos de análise. Os licores foram submetidos a um teste de ceitação e tiveram um índice de aceitabilidade superior a 80% para todos os atributos avaliados.Epidemologist researches suggest that an association with the consumption of foods and drinks with a great concentration of phenolic compounds and the prevention of some diseases is possible. The medicinal aspect of these compounds is due to their antioxidant substances. The jabuticaba ( Myrciaria jaboticaba Vell berg) a nativeBrazilian fruit has a great concentration of phenolic compounds in its peel. The liqueur elaboration makes possible the extraction of phenolic compounds from all parts of the fruit. The preparation processes were defined according to three different ways of extracting soluble compounds from the fruits. The liqueur A was prepared by simple alcoholic aceration while in the liqueur B before the maceration the fruits were submitted to a 60º C thermal treatment during ten minutes. After the maceration a sucrose syrup was added. In the liqueur C preparation an osmotic dehydration was used, the syrup was done by the sugar and the alcoholic maceration occurred. In all the liqueurs the level of total soluble solids was adjusted to 30º Brix and the alcoholic level to 18% v/v. The phenolic levels ranged from 0,52 to 1,20 g/L, in this case the liqueur A appeared with the lowest level. The tannis level ranged from 0,47 to 0,75 g/ and theliqueur B showed the low level. There was a significant difference on the tannis level in each liqueur (A, B and C). The polymeric anthocyanins percentage ranged from 80,7 to 89,2%, the liqueur B showed the highest level. The TEAC (Trolox Equivalent Antioxidant Capacity) levels ranged from 1,88 to 2,88 in an interval of 2 minutes and from 2,48 to 3,61 mmol/L in an interval of 15 minutes. The liqueur C showed the biggestantioxidant power. The correlation among total phenolic, tannis and the antioxidant activity was considered positive and significant to the ABTS method in the 2 and 15 minute intervals of analysis. The liqueurs were submitted to an acceptance test and they had an acceptability indicator superior to 80% in all the evaluated aspects.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGBebidasFenóisLicoresJabuticaba SubprodutosAlcoóisJabuticabacompostos fenólicoslicoratividade antioxidante e aceitabilidadeInfluência da preparação do licor de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell berg) no teor de compostos fenólicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALandrea_carrara.pdfapplication/pdf524861https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/URMR-74SNGD/1/andrea_carrara.pdf889bdfeebcf8eb2aa36debf4322112adMD511843/URMR-74SNGD2019-08-13 13:40:40.505oai:repositorio.ufmg.br:1843/URMR-74SNGDRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-08-13T16:40:40Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Influência da preparação do licor de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell berg) no teor de compostos fenólicos
title Influência da preparação do licor de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell berg) no teor de compostos fenólicos
spellingShingle Influência da preparação do licor de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell berg) no teor de compostos fenólicos
Andrea Carrara Goecze
Jabuticaba
compostos fenólicos
licor
atividade antioxidante e aceitabilidade
Bebidas
Fenóis
Licores
Jabuticaba Subprodutos
Alcoóis
title_short Influência da preparação do licor de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell berg) no teor de compostos fenólicos
title_full Influência da preparação do licor de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell berg) no teor de compostos fenólicos
title_fullStr Influência da preparação do licor de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell berg) no teor de compostos fenólicos
title_full_unstemmed Influência da preparação do licor de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell berg) no teor de compostos fenólicos
title_sort Influência da preparação do licor de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell berg) no teor de compostos fenólicos
author Andrea Carrara Goecze
author_facet Andrea Carrara Goecze
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Evelyn de Souza Oliveira
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Silvana da Motta
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Accacia Julia Guimaraes Pereira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Helmuth Guido Siebald Luna
dc.contributor.author.fl_str_mv Andrea Carrara Goecze
contributor_str_mv Evelyn de Souza Oliveira
Silvana da Motta
Accacia Julia Guimaraes Pereira
Helmuth Guido Siebald Luna
dc.subject.por.fl_str_mv Jabuticaba
compostos fenólicos
licor
atividade antioxidante e aceitabilidade
topic Jabuticaba
compostos fenólicos
licor
atividade antioxidante e aceitabilidade
Bebidas
Fenóis
Licores
Jabuticaba Subprodutos
Alcoóis
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Bebidas
Fenóis
Licores
Jabuticaba Subprodutos
Alcoóis
description Estudos epidemiológicos têm sugerido associações entre o consumo de alimentos e bebidas ricos em compostos fenólicos e a prevenção de certas doenças. O caráter medicinal destes compostos se deve às suas propriedades antioxidantes. A jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Vell.berg), fruta nativa brasileira, apresenta em sua casca altas concentrações de compostos fenólicos. A elaboração de licores possibilita a extração de compostos fenólicos de todas as partes da fruta. Os processos de preparação foram definidos de acordo com três diferentes formas de extração dos compostos solúveis das frutas. O licor A foi preparado por maceração alcoólica simples, enquanto que no licor B as frutas, antes da maceração, foram submetidas a um tratamento térmico de 60°C por 10 min. Após a maceração foi adicionado um xarope de sacarose. Napreparação do licor C foi usada a desidratação osmótica, o xarope foi obtido por pressão osmótica exercida pelo açúcar e, em seguida, ocorreu maceração alcoólica. Em todos os licores foi ajustado o teor de sólidos solúveis totais para 30 º Brix e o teor alcoólico para 18 % v/v. Os teores fenólicos variaram de 0,52 a 1,20 g/L, sendo menor para o licor A. Os valores de taninos variaram de 0,47 a 0,75 g/L. Houve diferença significativa entre os teores de taninos nos licores A, B e C. As concentrações de antocianinas variaram de 6,06 a 10,72 g/L, sendo menor para o licor B. O percentual de antocianinas poliméricas variou de 80,7 a 89,2 %, sendo maior para o licor B. Os valores de TEAC (capacidade antioxidante equivalente ao Trolox®) dos licores variaram de 1,88 a 2,88 mmol/L, no tempo de 2 min, e de 2,48 a 3,61 mmol/L, notempo de 15 min. O licor C apresentou maior poder antioxidante. A correlação entre fenólicos totais, taninos e a atividade antioxidante foi positiva e significativa para o método ABTS, nos tempos de dois e quinze minutos de análise. Os licores foram submetidos a um teste de ceitação e tiveram um índice de aceitabilidade superior a 80% para todos os atributos avaliados.
publishDate 2007
dc.date.issued.fl_str_mv 2007-04-20
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-13T16:40:40Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-13T16:40:40Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/URMR-74SNGD
url http://hdl.handle.net/1843/URMR-74SNGD
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/URMR-74SNGD/1/andrea_carrara.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 889bdfeebcf8eb2aa36debf4322112ad
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589453898317824