Um olhar surdo sobre políticas linguísticas na Universidade Federal do Tocantins

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Felipe de Almeida Coura
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35420
https://orcid.org/0000-0002-2696-7055
Resumo: As discussões sobre políticas linguísticas, envolvendo línguas de sinais, é algo pouco familiar àqueles que pesquisam e elaboram políticas linguísticas de maneira geral (REAGAN, 2010). Na Universidade Federal do Tocantins (UFT) não acontece de forma diferente. Dessa maneira, em muitos casos, a relação de poder que a língua portuguesa exerce sobre a Libras pode prejudicar a garantia de direitos linguísticos dos surdos. No entanto, as experiências que os surdos já trazem ao longo dos anos e um novo olhar sobre as políticas linguísticas na educação superior, podem apontar possibilidades significativas para essa situação. Esta pesquisa busca analisar as políticas linguísticas da UFT que se relacionam com os surdos. Nesse sentido, utilizando-se de características da Etnografia de Política Linguística e da Entrevista Narrativa, este estudo ainda pretende (1) identificar as políticas linguísticas para surdos a nível nacional e local; (2) apresentar e interpretar as narrativas de alunos e professores surdos da UFT acerca de suas experiências com a Língua Portuguesa e a Libras na instituição e (3) propor reflexões e sugestões de implementações de políticas linguísticas na UFT a partir das experiências dos participantes. O referencial teórico contempla a compreensão de políticas linguísticas a partir de McCarty (2011) e Tollefson (1991; 2013), além de abordar discussões da relação entre políticas linguísticas e línguas de sinais embasadas em De Meulder (2015a; 2015b), De Meulder et al (2019), De Meulder e Murray (2017), dentre outros. A pesquisa aponta, dentre outros resultados, que (i) as construções de políticas linguísticas explícitas e implícitas no curso de Letras-Libras e no Programa de Pós-graduação em Letras do campus de Porto Nacional podem apontar alternativas de modificações e implementações para toda a UFT; (ii) os surdos participantes da pesquisa possuem consciência de seus direitos, sabem como alguns pontos podem ser modificados visando a favorecer políticas linguísticas que adotem uma perspectiva surda, todavia percebem os desafios de uma “educação do seu entorno para o respeito à diferença” (MAHER, 2007, p. 257). Aparentemente esse é um desafio maior do que aqueles que se referem à leitura e a escrita da língua portuguesa, por exemplo; além disso percebe-se que (iii) a Etnografia de Política Linguística pode continuar a contribuir com pesquisas na UFT que favoreçam modos diversos de criações, interpretações e apropriações de políticas linguísticas.
id UFMG_c0230495e7fab2ae3a1afcddb26a5167
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/35420
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Andréa Machado de Almeida Mattoshttp://lattes.cnpq.br/7749222257907067Ana Cláudia Balieiro LodiBruno Gonçalves CarneiroGiselli Mara da SilvaSônia Marta de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/4852539378181217Felipe de Almeida Coura2021-03-25T19:31:57Z2021-03-25T19:31:57Z2021-02-23http://hdl.handle.net/1843/35420https://orcid.org/0000-0002-2696-7055As discussões sobre políticas linguísticas, envolvendo línguas de sinais, é algo pouco familiar àqueles que pesquisam e elaboram políticas linguísticas de maneira geral (REAGAN, 2010). Na Universidade Federal do Tocantins (UFT) não acontece de forma diferente. Dessa maneira, em muitos casos, a relação de poder que a língua portuguesa exerce sobre a Libras pode prejudicar a garantia de direitos linguísticos dos surdos. No entanto, as experiências que os surdos já trazem ao longo dos anos e um novo olhar sobre as políticas linguísticas na educação superior, podem apontar possibilidades significativas para essa situação. Esta pesquisa busca analisar as políticas linguísticas da UFT que se relacionam com os surdos. Nesse sentido, utilizando-se de características da Etnografia de Política Linguística e da Entrevista Narrativa, este estudo ainda pretende (1) identificar as políticas linguísticas para surdos a nível nacional e local; (2) apresentar e interpretar as narrativas de alunos e professores surdos da UFT acerca de suas experiências com a Língua Portuguesa e a Libras na instituição e (3) propor reflexões e sugestões de implementações de políticas linguísticas na UFT a partir das experiências dos participantes. O referencial teórico contempla a compreensão de políticas linguísticas a partir de McCarty (2011) e Tollefson (1991; 2013), além de abordar discussões da relação entre políticas linguísticas e línguas de sinais embasadas em De Meulder (2015a; 2015b), De Meulder et al (2019), De Meulder e Murray (2017), dentre outros. A pesquisa aponta, dentre outros resultados, que (i) as construções de políticas linguísticas explícitas e implícitas no curso de Letras-Libras e no Programa de Pós-graduação em Letras do campus de Porto Nacional podem apontar alternativas de modificações e implementações para toda a UFT; (ii) os surdos participantes da pesquisa possuem consciência de seus direitos, sabem como alguns pontos podem ser modificados visando a favorecer políticas linguísticas que adotem uma perspectiva surda, todavia percebem os desafios de uma “educação do seu entorno para o respeito à diferença” (MAHER, 2007, p. 257). Aparentemente esse é um desafio maior do que aqueles que se referem à leitura e a escrita da língua portuguesa, por exemplo; além disso percebe-se que (iii) a Etnografia de Política Linguística pode continuar a contribuir com pesquisas na UFT que favoreçam modos diversos de criações, interpretações e apropriações de políticas linguísticas.Discussions about language policies, involving sign languages, are somewhat unfamiliar to those who research and develop language policies in general (REAGAN, 2010). At the Federal University of Tocantins (UFT) it does not happen any differently. In this way, in many cases, the power relationship that the Portuguese language exercises over Libras may undermine the guarantee of linguistic rights for the deaf. However, the experiences that the deaf have brought over the years and a new look at language policies in higher education, may point to significant possibilities for this situation. This research aims to analyze the language policies of the UFT that relate to the deaf. In this sense, using characteristics of the Ethnography of Language Planning and Policy and the Narrative Interview, this study also intends (1) to identify the language policies for the deaf at national and local level; (2) to present and interpret the narratives of deaf students and professors at UFT about their experiences with the Portuguese Language and Libras at the institution and (3) to propose reflections and suggestions for implementing language policies at UFT based on the experiences of the participants. The theoretical framework contemplates the understanding of language policies from McCarty (2011) and Tollefson (1991; 2013), in addition to addressing discussions of the relationship between linguistic policies and sign languages based on De Meulder (2015a; 2015b), De Meulder et al (2019), De Meulder and Murray (2017), and others. The research points out, among other results, that (i) the construction of explicit and implicit language policies in the Letras-Libras undergraduate course and in the Graduate Program in Letters at the Porto Nacional campus may point out alternatives for modifications and implementations for the entire UFT; (ii) the deaf participants in the research are aware of their rights, they know how some points may be modified in order to favor language policies that adopt a deaf perspective, however they perceive the challenges of an “education of their surroundings to respect the difference” (MAHER, 2007, p. 257). Apparently, this is a greater challenge than those that refer to the reading and writing of the Portuguese language, for example; moreover, it is clear that (iii) Ethnography of Language Planning Policy may continue to contribute to research at UFT that favors different ways of creating, interpreting and appropriating language policies.Outra AgênciaporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLínguas – Aspectos sociaisLíngua portuguesa – Estudo e ensinoAquisição de segunda linguagemSurdos – EducaçãoLíngua de sinaispolíticas linguísticaseducação superiorUFTcomunidades de língua de sinaissurdosLibraslíngua portuguesa como segunda línguaUm olhar surdo sobre políticas linguísticas na Universidade Federal do TocantinsA deaf perspective about language policies at the Federal University of Tocantinsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese_Um olhar surdo_Felipe Coura.pdfTese_Um olhar surdo_Felipe Coura.pdfapplication/pdf1488791https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35420/1/Tese_Um%20olhar%20surdo_Felipe%20Coura.pdf7f654b8704da87c1a473e98b77d58c79MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35420/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/354202021-03-25 16:31:57.738oai:repositorio.ufmg.br:1843/35420TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-25T19:31:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Um olhar surdo sobre políticas linguísticas na Universidade Federal do Tocantins
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv A deaf perspective about language policies at the Federal University of Tocantins
title Um olhar surdo sobre políticas linguísticas na Universidade Federal do Tocantins
spellingShingle Um olhar surdo sobre políticas linguísticas na Universidade Federal do Tocantins
Felipe de Almeida Coura
políticas linguísticas
educação superior
UFT
comunidades de língua de sinais
surdos
Libras
língua portuguesa como segunda língua
Línguas – Aspectos sociais
Língua portuguesa – Estudo e ensino
Aquisição de segunda linguagem
Surdos – Educação
Língua de sinais
title_short Um olhar surdo sobre políticas linguísticas na Universidade Federal do Tocantins
title_full Um olhar surdo sobre políticas linguísticas na Universidade Federal do Tocantins
title_fullStr Um olhar surdo sobre políticas linguísticas na Universidade Federal do Tocantins
title_full_unstemmed Um olhar surdo sobre políticas linguísticas na Universidade Federal do Tocantins
title_sort Um olhar surdo sobre políticas linguísticas na Universidade Federal do Tocantins
author Felipe de Almeida Coura
author_facet Felipe de Almeida Coura
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Andréa Machado de Almeida Mattos
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7749222257907067
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ana Cláudia Balieiro Lodi
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Bruno Gonçalves Carneiro
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Giselli Mara da Silva
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Sônia Marta de Oliveira
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4852539378181217
dc.contributor.author.fl_str_mv Felipe de Almeida Coura
contributor_str_mv Andréa Machado de Almeida Mattos
Ana Cláudia Balieiro Lodi
Bruno Gonçalves Carneiro
Giselli Mara da Silva
Sônia Marta de Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv políticas linguísticas
educação superior
UFT
comunidades de língua de sinais
surdos
Libras
língua portuguesa como segunda língua
topic políticas linguísticas
educação superior
UFT
comunidades de língua de sinais
surdos
Libras
língua portuguesa como segunda língua
Línguas – Aspectos sociais
Língua portuguesa – Estudo e ensino
Aquisição de segunda linguagem
Surdos – Educação
Língua de sinais
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Línguas – Aspectos sociais
Língua portuguesa – Estudo e ensino
Aquisição de segunda linguagem
Surdos – Educação
Língua de sinais
description As discussões sobre políticas linguísticas, envolvendo línguas de sinais, é algo pouco familiar àqueles que pesquisam e elaboram políticas linguísticas de maneira geral (REAGAN, 2010). Na Universidade Federal do Tocantins (UFT) não acontece de forma diferente. Dessa maneira, em muitos casos, a relação de poder que a língua portuguesa exerce sobre a Libras pode prejudicar a garantia de direitos linguísticos dos surdos. No entanto, as experiências que os surdos já trazem ao longo dos anos e um novo olhar sobre as políticas linguísticas na educação superior, podem apontar possibilidades significativas para essa situação. Esta pesquisa busca analisar as políticas linguísticas da UFT que se relacionam com os surdos. Nesse sentido, utilizando-se de características da Etnografia de Política Linguística e da Entrevista Narrativa, este estudo ainda pretende (1) identificar as políticas linguísticas para surdos a nível nacional e local; (2) apresentar e interpretar as narrativas de alunos e professores surdos da UFT acerca de suas experiências com a Língua Portuguesa e a Libras na instituição e (3) propor reflexões e sugestões de implementações de políticas linguísticas na UFT a partir das experiências dos participantes. O referencial teórico contempla a compreensão de políticas linguísticas a partir de McCarty (2011) e Tollefson (1991; 2013), além de abordar discussões da relação entre políticas linguísticas e línguas de sinais embasadas em De Meulder (2015a; 2015b), De Meulder et al (2019), De Meulder e Murray (2017), dentre outros. A pesquisa aponta, dentre outros resultados, que (i) as construções de políticas linguísticas explícitas e implícitas no curso de Letras-Libras e no Programa de Pós-graduação em Letras do campus de Porto Nacional podem apontar alternativas de modificações e implementações para toda a UFT; (ii) os surdos participantes da pesquisa possuem consciência de seus direitos, sabem como alguns pontos podem ser modificados visando a favorecer políticas linguísticas que adotem uma perspectiva surda, todavia percebem os desafios de uma “educação do seu entorno para o respeito à diferença” (MAHER, 2007, p. 257). Aparentemente esse é um desafio maior do que aqueles que se referem à leitura e a escrita da língua portuguesa, por exemplo; além disso percebe-se que (iii) a Etnografia de Política Linguística pode continuar a contribuir com pesquisas na UFT que favoreçam modos diversos de criações, interpretações e apropriações de políticas linguísticas.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-03-25T19:31:57Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-03-25T19:31:57Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-02-23
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/35420
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-2696-7055
url http://hdl.handle.net/1843/35420
https://orcid.org/0000-0002-2696-7055
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FALE - FACULDADE DE LETRAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35420/1/Tese_Um%20olhar%20surdo_Felipe%20Coura.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35420/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 7f654b8704da87c1a473e98b77d58c79
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589187022094336