Letramentos críticos e o uso da língua alvo no ensino de língua inglesa: um olhar autoetnográfico
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/RMSA-ALYSQ2 |
Resumo: | A presente pesquisa investigou as possíveis contribuições dos letramentos críticos para o uso da língua alvo em aulas de língua inglesa da rede privada de Belo Horizonte. Objetivou-se, com esse trabalho, analisar o possível impacto da prática pedagógica crítica em duas salas de aula de ensino médio, através da realização de atividades elaboradas com base nas teorias do letramento crítico, buscando-se observar possíveis resultados desse processo na aprendizagem da língua inglesa pelos alunos e também em sua formação enquanto cidadãos crítico-reflexivos. A pesquisa, de cunho qualitativo, contou com olhar autoetnográfico de uma pesquisa-ação realizada em duas turmas de 1º ano do ensino médio em uma escola regular da rede privada de Belo Horizonte. As informações geradas foram co-construídas baseando-se em meus relatos enquanto professora participante e nas percepções de meus alunos e de uma participante convidada, por meio de um diário auto-reflexivo, questionários, um grupo focal de cinco alunos e notas de campo. Considerando que o presente trabalho foi construído em cima de conceitos inacabados ou passíveis de diversas nuances e interpretações, foi adotada uma conceituação de abordagem comunicativa, cultura, sala de aula enquanto cultura, cristalização enquanto abordagem metodológica, autoetnografia e pesquisa-ação (vide glossário) baseada em escolhas subjetivas dentro da literatura existente, considerando-se o contexto desse trabalho. Além disso, como o conceito de letramento crítico contou com várias correntes de pensamento, se apropriando tanto dos letramentos em língua materna quanto em língua estrangeira, o termo assumiu a forma plural, letramentos críticos. O componente de inovação na presente pesquisa consiste no entendimento da sala de aula enquanto uma comunidade, permeada por culturas e discursos a ela inerentes (DIXON; FRANK; GREEN, 1999). Nesse contexto, foi proposto um olhar autoetnográfico sobre a pesquisa-ação realizada por mim, a própria professora pesquisadora, o que contribuiu para fortalecer os laços estabelecidos dentro de minha pequena comunidade escolar, composta de duas turmas do primeiro ano do ensino médio. Esse olhar autoetnográfico representou, ao longo dessa jornada, um olhar mais cuidadoso a essa intensa caminhada, em que a pesquisa-ação foi adotada como metodologia norteadora para a geração dos dados que deram vida a esse estudo. Os resultados mostraram que, embora os letramentos críticos tenham constituído uma estratégia de engajamento dos alunos e uma ferramenta para o ensino de língua inglesa pautado na agência e transformação social, com uso da língua inglesa como principal meio de instrução, é necessário ao professor criar oportunidades para que os aprendizes utilizem a língua alvo de forma prática e contextualizada, em ambientes externos à escola. Só assim será garantido a eles a chance à aprendizagem autônoma e a consequente busca por sua formação ética, humana e cidadã. |
id |
UFMG_c310fa362da7c17c126334705f9ada01 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/RMSA-ALYSQ2 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Miriam Lucia dos Santos JorgeAndrea Machado de Almeida MattosDaniel de Mello FerrazValdeni da Silva ReisErika Amancio Caetano Soares2019-08-12T18:05:40Z2019-08-12T18:05:40Z2017-03-17http://hdl.handle.net/1843/RMSA-ALYSQ2A presente pesquisa investigou as possíveis contribuições dos letramentos críticos para o uso da língua alvo em aulas de língua inglesa da rede privada de Belo Horizonte. Objetivou-se, com esse trabalho, analisar o possível impacto da prática pedagógica crítica em duas salas de aula de ensino médio, através da realização de atividades elaboradas com base nas teorias do letramento crítico, buscando-se observar possíveis resultados desse processo na aprendizagem da língua inglesa pelos alunos e também em sua formação enquanto cidadãos crítico-reflexivos. A pesquisa, de cunho qualitativo, contou com olhar autoetnográfico de uma pesquisa-ação realizada em duas turmas de 1º ano do ensino médio em uma escola regular da rede privada de Belo Horizonte. As informações geradas foram co-construídas baseando-se em meus relatos enquanto professora participante e nas percepções de meus alunos e de uma participante convidada, por meio de um diário auto-reflexivo, questionários, um grupo focal de cinco alunos e notas de campo. Considerando que o presente trabalho foi construído em cima de conceitos inacabados ou passíveis de diversas nuances e interpretações, foi adotada uma conceituação de abordagem comunicativa, cultura, sala de aula enquanto cultura, cristalização enquanto abordagem metodológica, autoetnografia e pesquisa-ação (vide glossário) baseada em escolhas subjetivas dentro da literatura existente, considerando-se o contexto desse trabalho. Além disso, como o conceito de letramento crítico contou com várias correntes de pensamento, se apropriando tanto dos letramentos em língua materna quanto em língua estrangeira, o termo assumiu a forma plural, letramentos críticos. O componente de inovação na presente pesquisa consiste no entendimento da sala de aula enquanto uma comunidade, permeada por culturas e discursos a ela inerentes (DIXON; FRANK; GREEN, 1999). Nesse contexto, foi proposto um olhar autoetnográfico sobre a pesquisa-ação realizada por mim, a própria professora pesquisadora, o que contribuiu para fortalecer os laços estabelecidos dentro de minha pequena comunidade escolar, composta de duas turmas do primeiro ano do ensino médio. Esse olhar autoetnográfico representou, ao longo dessa jornada, um olhar mais cuidadoso a essa intensa caminhada, em que a pesquisa-ação foi adotada como metodologia norteadora para a geração dos dados que deram vida a esse estudo. Os resultados mostraram que, embora os letramentos críticos tenham constituído uma estratégia de engajamento dos alunos e uma ferramenta para o ensino de língua inglesa pautado na agência e transformação social, com uso da língua inglesa como principal meio de instrução, é necessário ao professor criar oportunidades para que os aprendizes utilizem a língua alvo de forma prática e contextualizada, em ambientes externos à escola. Só assim será garantido a eles a chance à aprendizagem autônoma e a consequente busca por sua formação ética, humana e cidadã.The present study has investigated possible contributions of critical literacies for the use of the target language in English classes at private regular schools in Belo Horizonte. This study aimed at analyzing the possible impact of the critical pedagogical approach in two high school classrooms, by the development and application of critically based activities, so as to observe possible outcomes of such process concerning their language learning as well as their formation as critical and reflexive citizens. The research, qualitatively oriented, counted on an autoethnographic perspective of an action-research performed in two junior high classes at a private regular school in Belo Horizonte. The information generated in this study was co-constructed based on information from me as the participant teacher, my students and a guest participant, through the use of a self-reflexive diary, questionnaires, a focus group of five students and field notes. Given that the current study was constructed over unfinished concepts or definitions open to different nuances and interpretations, a specific perception of the concepts of communicative approach, culture, classroom as culture, crystallization as a methodological approach, autoethnography and action-research (vide glossary) was provided, based on subjective choices within the existing literature, considering the scope of this research. Besides, since the concept of critical literacy has counted on various strings of thought which encompassed both literacies in L1 and L2, the term has assumed a plural form critical literacies. The originality component of this study consisted of understanding the classroom as a community, permeated by inherent cultures and discourses (DIXON; FRANK; GREEN, 1999). In this context, an autoethnographic view of the action-research conducted by me, the researcher, was proposed. Such approach has contributed significantly to strengthen the bonds within my small school community. The autoethnographic perspective represented, along this journey, a more careful look at this intense experience, in which action-research has been adopted as the leading methodology for the generation of the data which gave life to this study. The results have shown that, although critical literacies have been considered a strategy for students engagement and a tool for ELT based on agency and social transformation, as well as a for using the target language as the main means of instruction, it remains necessary for the teacher to create opportunities for students to use the target language in a practical and contextualized way, in environments other than the school settings. Only then will students be provided with chances for autonomous learning and the consequent quest for their ethical, human and citizen education.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLingüística aplicadaLíngua inglesa Estudo e ensino (Ensino médio)LetramentoAquisição da segunda linguagemProfessores de línguas FormaçãoEnsino MédioEscola RegularLetramentos CríticosPesquisa-açãoAutoetnografiaLinguística AplicadaUso da língua alvoLetramentos críticos e o uso da língua alvo no ensino de língua inglesa: um olhar autoetnográficoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_de_doutorado_erika_amancio_caetano_vers_o_para_poslin.pdfapplication/pdf4006538https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/RMSA-ALYSQ2/1/tese_de_doutorado_erika_amancio_caetano_vers_o_para_poslin.pdfb63f5e63ef2473818b995238d8536484MD51TEXTtese_de_doutorado_erika_amancio_caetano_vers_o_para_poslin.pdf.txttese_de_doutorado_erika_amancio_caetano_vers_o_para_poslin.pdf.txtExtracted texttext/plain639773https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/RMSA-ALYSQ2/2/tese_de_doutorado_erika_amancio_caetano_vers_o_para_poslin.pdf.txt4356a08d1953b27c60b2abc3615cc199MD521843/RMSA-ALYSQ22019-11-14 19:07:23.789oai:repositorio.ufmg.br:1843/RMSA-ALYSQ2Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T22:07:23Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Letramentos críticos e o uso da língua alvo no ensino de língua inglesa: um olhar autoetnográfico |
title |
Letramentos críticos e o uso da língua alvo no ensino de língua inglesa: um olhar autoetnográfico |
spellingShingle |
Letramentos críticos e o uso da língua alvo no ensino de língua inglesa: um olhar autoetnográfico Erika Amancio Caetano Soares Ensino Médio Escola Regular Letramentos Críticos Pesquisa-ação Autoetnografia Linguística Aplicada Uso da língua alvo Lingüística aplicada Língua inglesa Estudo e ensino (Ensino médio) Letramento Aquisição da segunda linguagem Professores de línguas Formação |
title_short |
Letramentos críticos e o uso da língua alvo no ensino de língua inglesa: um olhar autoetnográfico |
title_full |
Letramentos críticos e o uso da língua alvo no ensino de língua inglesa: um olhar autoetnográfico |
title_fullStr |
Letramentos críticos e o uso da língua alvo no ensino de língua inglesa: um olhar autoetnográfico |
title_full_unstemmed |
Letramentos críticos e o uso da língua alvo no ensino de língua inglesa: um olhar autoetnográfico |
title_sort |
Letramentos críticos e o uso da língua alvo no ensino de língua inglesa: um olhar autoetnográfico |
author |
Erika Amancio Caetano Soares |
author_facet |
Erika Amancio Caetano Soares |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Miriam Lucia dos Santos Jorge |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Andrea Machado de Almeida Mattos |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Daniel de Mello Ferraz |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Valdeni da Silva Reis |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Erika Amancio Caetano Soares |
contributor_str_mv |
Miriam Lucia dos Santos Jorge Andrea Machado de Almeida Mattos Daniel de Mello Ferraz Valdeni da Silva Reis |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ensino Médio Escola Regular Letramentos Críticos Pesquisa-ação Autoetnografia Linguística Aplicada Uso da língua alvo |
topic |
Ensino Médio Escola Regular Letramentos Críticos Pesquisa-ação Autoetnografia Linguística Aplicada Uso da língua alvo Lingüística aplicada Língua inglesa Estudo e ensino (Ensino médio) Letramento Aquisição da segunda linguagem Professores de línguas Formação |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Lingüística aplicada Língua inglesa Estudo e ensino (Ensino médio) Letramento Aquisição da segunda linguagem Professores de línguas Formação |
description |
A presente pesquisa investigou as possíveis contribuições dos letramentos críticos para o uso da língua alvo em aulas de língua inglesa da rede privada de Belo Horizonte. Objetivou-se, com esse trabalho, analisar o possível impacto da prática pedagógica crítica em duas salas de aula de ensino médio, através da realização de atividades elaboradas com base nas teorias do letramento crítico, buscando-se observar possíveis resultados desse processo na aprendizagem da língua inglesa pelos alunos e também em sua formação enquanto cidadãos crítico-reflexivos. A pesquisa, de cunho qualitativo, contou com olhar autoetnográfico de uma pesquisa-ação realizada em duas turmas de 1º ano do ensino médio em uma escola regular da rede privada de Belo Horizonte. As informações geradas foram co-construídas baseando-se em meus relatos enquanto professora participante e nas percepções de meus alunos e de uma participante convidada, por meio de um diário auto-reflexivo, questionários, um grupo focal de cinco alunos e notas de campo. Considerando que o presente trabalho foi construído em cima de conceitos inacabados ou passíveis de diversas nuances e interpretações, foi adotada uma conceituação de abordagem comunicativa, cultura, sala de aula enquanto cultura, cristalização enquanto abordagem metodológica, autoetnografia e pesquisa-ação (vide glossário) baseada em escolhas subjetivas dentro da literatura existente, considerando-se o contexto desse trabalho. Além disso, como o conceito de letramento crítico contou com várias correntes de pensamento, se apropriando tanto dos letramentos em língua materna quanto em língua estrangeira, o termo assumiu a forma plural, letramentos críticos. O componente de inovação na presente pesquisa consiste no entendimento da sala de aula enquanto uma comunidade, permeada por culturas e discursos a ela inerentes (DIXON; FRANK; GREEN, 1999). Nesse contexto, foi proposto um olhar autoetnográfico sobre a pesquisa-ação realizada por mim, a própria professora pesquisadora, o que contribuiu para fortalecer os laços estabelecidos dentro de minha pequena comunidade escolar, composta de duas turmas do primeiro ano do ensino médio. Esse olhar autoetnográfico representou, ao longo dessa jornada, um olhar mais cuidadoso a essa intensa caminhada, em que a pesquisa-ação foi adotada como metodologia norteadora para a geração dos dados que deram vida a esse estudo. Os resultados mostraram que, embora os letramentos críticos tenham constituído uma estratégia de engajamento dos alunos e uma ferramenta para o ensino de língua inglesa pautado na agência e transformação social, com uso da língua inglesa como principal meio de instrução, é necessário ao professor criar oportunidades para que os aprendizes utilizem a língua alvo de forma prática e contextualizada, em ambientes externos à escola. Só assim será garantido a eles a chance à aprendizagem autônoma e a consequente busca por sua formação ética, humana e cidadã. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-03-17 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-12T18:05:40Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-12T18:05:40Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/RMSA-ALYSQ2 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/RMSA-ALYSQ2 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/RMSA-ALYSQ2/1/tese_de_doutorado_erika_amancio_caetano_vers_o_para_poslin.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/RMSA-ALYSQ2/2/tese_de_doutorado_erika_amancio_caetano_vers_o_para_poslin.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
b63f5e63ef2473818b995238d8536484 4356a08d1953b27c60b2abc3615cc199 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589345621311488 |