Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/40137 |
Resumo: | O título da tese ora apresentada, qual seja, “Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial” revela o núcleo a ser trabalhado, bem como aponta para as irradiações das reflexões hermenêuticas que o desenvolvimento da temática pode levar. Para tanto, deve-se compreender a prestação jurisdicional, sobretudo o ato da decisão judicial, fenomenologicamente e epistemologicamente, sobre estes dois pilares indissociáveis: a linguagem e a pré-compreensão. O estudo da linguagem parte da premissa heideggeriana de que a linguagem é o locus privilegiado da compreensão e que constitui a morada do Ser. A fenomenologia da linguagem, neste aspecto, revela-se não somente como um instrumento de comunicação entre os interlocutores, mas como o único modo capaz de concretizar a justiça e corrigir o mal-entendido na esfera jurisdicional. Além de Husserl e Heidegger, faz-se necessário trazer à baila outros autores da Hermenêutica e da Fenomenologia. Em análise filosófica, a erística e a dialética são igualmente importantes para o campo do discurso e, para tanto, parte-se da ideia da maiêutica socrática, de modo que, o contexto judicial seja instrumento adequado para resolução das lides em conjunto com as partes. Neste liame, o diálogo com todos os envolvidos no processo judicial devem se dar de forma adequada, sem que haja silenciamentos em virtude de possíveis desvirtuamentos da linguagem que, porventura, venha a ser desprovida de hospitalidade e alteridade. Sobre a pré-compreensão, há que se pontuar a importância do cotejo do estudo jurídico com a neurociência. Isto porque, partindo do pressuposto de que o ser humano não é uma tábula rasa e que, dadas as vicissitudes humanas não há que se falar em neutralidade do indivíduo, é fundamental que se reflita sobre os fenômenos da conformidade, da autoridade, da ancoragem e da obediência hierárquica. Para tanto, várias pesquisas realizadas em universidades estrangeiras foram trazidas neste trabalho para a reflexão no contexto jurídico, sobretudo na forma como tais fenômenos podem influenciar na decisão judicial. A Neurociência, portanto, fornece os dados a serem analisados e, sob a ótica da Fenomenologia, sendo possível estabelecer uma relação com as causas intrínsecas que recaem sobre as decisões dos magistrados. Através dessa ponte, pode-se fazer uma reflexão acurada sobre a autenticidade, de modo que fique claro que é possível traçar uma imparcialidade dos julgadores, mas não é possível exigir neutralidade. Através deste mote, desdobram-se, na presente tese, os panoramas hermenêuticos da decisão judicial sob estes dois pilares (pré- compreensão e linguagem), levando em consideração a interpretação, os fundamentos da decisão no Estado Democrático de Direito, os riscos do ativismo judicial e, sobretudo, a ética e justiça no discurso jurídico. |
id |
UFMG_c344abb7ce5c18ef0ab810fb0ef5dd0b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/40137 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Maria Helena Damasceno e Silva Megalehttp://lattes.cnpq.br/1225689902769020Tereza Cristina Sorice Baracho ThibauRenato César CardosoRicardo Henrique Carvalho SalgadoAlfredo Emanuel Farias de OliveiraPaula Vilaça Bastoshttp://lattes.cnpq.br/3339946331952697Valéria Cássia Dell'Isola2022-03-16T10:47:05Z2022-03-16T10:47:05Z2019-02-27http://hdl.handle.net/1843/40137O título da tese ora apresentada, qual seja, “Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial” revela o núcleo a ser trabalhado, bem como aponta para as irradiações das reflexões hermenêuticas que o desenvolvimento da temática pode levar. Para tanto, deve-se compreender a prestação jurisdicional, sobretudo o ato da decisão judicial, fenomenologicamente e epistemologicamente, sobre estes dois pilares indissociáveis: a linguagem e a pré-compreensão. O estudo da linguagem parte da premissa heideggeriana de que a linguagem é o locus privilegiado da compreensão e que constitui a morada do Ser. A fenomenologia da linguagem, neste aspecto, revela-se não somente como um instrumento de comunicação entre os interlocutores, mas como o único modo capaz de concretizar a justiça e corrigir o mal-entendido na esfera jurisdicional. Além de Husserl e Heidegger, faz-se necessário trazer à baila outros autores da Hermenêutica e da Fenomenologia. Em análise filosófica, a erística e a dialética são igualmente importantes para o campo do discurso e, para tanto, parte-se da ideia da maiêutica socrática, de modo que, o contexto judicial seja instrumento adequado para resolução das lides em conjunto com as partes. Neste liame, o diálogo com todos os envolvidos no processo judicial devem se dar de forma adequada, sem que haja silenciamentos em virtude de possíveis desvirtuamentos da linguagem que, porventura, venha a ser desprovida de hospitalidade e alteridade. Sobre a pré-compreensão, há que se pontuar a importância do cotejo do estudo jurídico com a neurociência. Isto porque, partindo do pressuposto de que o ser humano não é uma tábula rasa e que, dadas as vicissitudes humanas não há que se falar em neutralidade do indivíduo, é fundamental que se reflita sobre os fenômenos da conformidade, da autoridade, da ancoragem e da obediência hierárquica. Para tanto, várias pesquisas realizadas em universidades estrangeiras foram trazidas neste trabalho para a reflexão no contexto jurídico, sobretudo na forma como tais fenômenos podem influenciar na decisão judicial. A Neurociência, portanto, fornece os dados a serem analisados e, sob a ótica da Fenomenologia, sendo possível estabelecer uma relação com as causas intrínsecas que recaem sobre as decisões dos magistrados. Através dessa ponte, pode-se fazer uma reflexão acurada sobre a autenticidade, de modo que fique claro que é possível traçar uma imparcialidade dos julgadores, mas não é possível exigir neutralidade. Através deste mote, desdobram-se, na presente tese, os panoramas hermenêuticos da decisão judicial sob estes dois pilares (pré- compreensão e linguagem), levando em consideração a interpretação, os fundamentos da decisão no Estado Democrático de Direito, os riscos do ativismo judicial e, sobretudo, a ética e justiça no discurso jurídico.The title of the thesis presented, namely "Pre-comprehension and language: hermeneutical horizons of judicial decision" reveals the nucleus to be worked, as well as points to the irradiations of the hermeneutical reflections that the development of the thematic can lead. In order to do so, one must understand the jurisdictional rendering, especially the act of judicial decision, phenomenologically and epistemologically, on these two inseparable pillars: language and pre-comprehension. The study of language is based on the Heideggerian premise that language is the privileged locus of understanding and that it constitutes the home of Being. The phenomenology of language, in this respect, reveals itself not only as an instrument of communication between the interlocutors, but as the only way to achieve justice and correct misunderstanding in the judicial sphere. Besides Husserl and Heidegger, it is necessary to bring to the fore other authors of Hermeneutics and Phenomenology. In philosophical analysis, the eristic and the dialectic are equally important for the field of discourse and, to this end, starts from the idea of Socratic maieutics, so that the judicial context is an adequate instrument for solving the lids together with the parties. In this connection, the dialogue with all those involved in the judicial process must take place in an appropriate manner, without there being any silencing due to possible distortions of language that may be devoid of hospitality and otherness. Regarding pre- comprehension, the importance of comparing the legal study with neuroscience must be emphasized. This is because, based on the assumption that the human being is not a blank slate and that, given human vicissitudes, it is not necessary to speak about the neutrality of the individual, it is fundamental to reflect on the phenomena of conformity, authority, anchoring and of hierarchical obedience. Therefore, several researches carried out in foreign universities were brought in this work for reflection in the legal context, mainly in the way in which such phenomena can influence the judicial decision. Neuroscience, therefore, provides the data to be analyzed and, from the perspective of the Phenomenology, it is possible to establish a relation with the intrinsic causes that fall on the decisions of the magistrates. Through this bridge an accurate reflection on authenticity can be made, so that it is clear that it is possible to trace the impartiality of the judges, but it is not possible to demand neutrality. Through this motto, the hermeneutical views of the judicial decision under these two pillars (pre-comprehension and language) are unfolded in this thesis, taking into account the interpretation, the grounds of the decision in the Democratic State of Law, the risks of judicial activism and, above all, ethics and justice in legal discourse.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DireitoUFMGBrasilDIREITO - FACULDADE DE DIREITODireito - FilosofiaHermenêutica (Direito)LinguagemDecisão judicial - BrasilPré-compreensãoLinguagemHermenêuticaFenomenologiaDecisão judicialPré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese final corrigida VALERIA CASSIA DELL ISOLA.pdfTese final corrigida VALERIA CASSIA DELL ISOLA.pdfPré-compreensão e Linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicialapplication/pdf3255637https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40137/1/Tese%20final%20corrigida%20VALERIA%20CASSIA%20%20DELL%20ISOLA.pdf7e4851e0a4a1178c14f790051f0e3cdaMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40137/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/401372022-03-16 07:47:05.914oai:repositorio.ufmg.br:1843/40137TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-03-16T10:47:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial |
title |
Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial |
spellingShingle |
Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial Valéria Cássia Dell'Isola Pré-compreensão Linguagem Hermenêutica Fenomenologia Decisão judicial Direito - Filosofia Hermenêutica (Direito) Linguagem Decisão judicial - Brasil |
title_short |
Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial |
title_full |
Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial |
title_fullStr |
Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial |
title_full_unstemmed |
Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial |
title_sort |
Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial |
author |
Valéria Cássia Dell'Isola |
author_facet |
Valéria Cássia Dell'Isola |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Maria Helena Damasceno e Silva Megale |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1225689902769020 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Tereza Cristina Sorice Baracho Thibau |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Renato César Cardoso |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Ricardo Henrique Carvalho Salgado |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Alfredo Emanuel Farias de Oliveira |
dc.contributor.referee5.fl_str_mv |
Paula Vilaça Bastos |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3339946331952697 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Valéria Cássia Dell'Isola |
contributor_str_mv |
Maria Helena Damasceno e Silva Megale Tereza Cristina Sorice Baracho Thibau Renato César Cardoso Ricardo Henrique Carvalho Salgado Alfredo Emanuel Farias de Oliveira Paula Vilaça Bastos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Pré-compreensão Linguagem Hermenêutica Fenomenologia Decisão judicial |
topic |
Pré-compreensão Linguagem Hermenêutica Fenomenologia Decisão judicial Direito - Filosofia Hermenêutica (Direito) Linguagem Decisão judicial - Brasil |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Direito - Filosofia Hermenêutica (Direito) Linguagem Decisão judicial - Brasil |
description |
O título da tese ora apresentada, qual seja, “Pré-compreensão e linguagem: horizontes hermenêuticos da decisão judicial” revela o núcleo a ser trabalhado, bem como aponta para as irradiações das reflexões hermenêuticas que o desenvolvimento da temática pode levar. Para tanto, deve-se compreender a prestação jurisdicional, sobretudo o ato da decisão judicial, fenomenologicamente e epistemologicamente, sobre estes dois pilares indissociáveis: a linguagem e a pré-compreensão. O estudo da linguagem parte da premissa heideggeriana de que a linguagem é o locus privilegiado da compreensão e que constitui a morada do Ser. A fenomenologia da linguagem, neste aspecto, revela-se não somente como um instrumento de comunicação entre os interlocutores, mas como o único modo capaz de concretizar a justiça e corrigir o mal-entendido na esfera jurisdicional. Além de Husserl e Heidegger, faz-se necessário trazer à baila outros autores da Hermenêutica e da Fenomenologia. Em análise filosófica, a erística e a dialética são igualmente importantes para o campo do discurso e, para tanto, parte-se da ideia da maiêutica socrática, de modo que, o contexto judicial seja instrumento adequado para resolução das lides em conjunto com as partes. Neste liame, o diálogo com todos os envolvidos no processo judicial devem se dar de forma adequada, sem que haja silenciamentos em virtude de possíveis desvirtuamentos da linguagem que, porventura, venha a ser desprovida de hospitalidade e alteridade. Sobre a pré-compreensão, há que se pontuar a importância do cotejo do estudo jurídico com a neurociência. Isto porque, partindo do pressuposto de que o ser humano não é uma tábula rasa e que, dadas as vicissitudes humanas não há que se falar em neutralidade do indivíduo, é fundamental que se reflita sobre os fenômenos da conformidade, da autoridade, da ancoragem e da obediência hierárquica. Para tanto, várias pesquisas realizadas em universidades estrangeiras foram trazidas neste trabalho para a reflexão no contexto jurídico, sobretudo na forma como tais fenômenos podem influenciar na decisão judicial. A Neurociência, portanto, fornece os dados a serem analisados e, sob a ótica da Fenomenologia, sendo possível estabelecer uma relação com as causas intrínsecas que recaem sobre as decisões dos magistrados. Através dessa ponte, pode-se fazer uma reflexão acurada sobre a autenticidade, de modo que fique claro que é possível traçar uma imparcialidade dos julgadores, mas não é possível exigir neutralidade. Através deste mote, desdobram-se, na presente tese, os panoramas hermenêuticos da decisão judicial sob estes dois pilares (pré- compreensão e linguagem), levando em consideração a interpretação, os fundamentos da decisão no Estado Democrático de Direito, os riscos do ativismo judicial e, sobretudo, a ética e justiça no discurso jurídico. |
publishDate |
2019 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-02-27 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-03-16T10:47:05Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-03-16T10:47:05Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/40137 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/40137 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Direito |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
DIREITO - FACULDADE DE DIREITO |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40137/1/Tese%20final%20corrigida%20VALERIA%20CASSIA%20%20DELL%20ISOLA.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40137/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
7e4851e0a4a1178c14f790051f0e3cda cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589473422802944 |