Avaliação nutricional de fenos de resíduos da bananicultura submetidos a diferentes métodos de secagem

• Autor(a) principal: Sarah Silva Santos
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/42016
• topic: Coproduto; Digestibilidade; Energia; Musa spp.; Ovinos; Respirometria; Nutrição -- Avaliação; Feno como ração; Ovino

Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito da inclusão dos resíduos da bananicultura submetidos a diferentes processos de secagem sobre o consumo, digestibilidade aparente dos nutrientes e parâmetros respirométricos em dietas de cordeiros em crescimento. Foram utilizados 20 cordeiros, com peso corporal médio de 20 kg, alojados em gaiolas metabólicas em delineamento de blocos casualizados, com cinco tratamentos: Feno Cynodon spp. como tratamento controle, fenos de pseudocaule de bananeira seco à sombra ou ao sol, e fenos de folha de bananeira seco à sombra ou ao sol. Foram avaliados o consumo e a digestibilidade aparente dos nutrientes em gaiolas metabólicas e na sequência os animais foram transferidos para uma câmara respirométrica onde realizou-se a avaliação do consumo de oxigênio e produção de gás carbônico e metano (CH4) dos animais mantidos na mantença e ad libitum em sistema de respirometria de circuito aberto. Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste Scott- Knott ao nível de 5% de probabilidade. Os consumos de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta e fibra em detergente neutro não foram influenciados pelos tratamentos (P>0,05). Os fenos de pseudocaule em ambos métodos de secagem apresentaram maiores coeficientes de digestibilidade da matéria seca (76,00%), matéria orgânica (76,75%) e fibra em detergente neutro (59,75%), possivelmente devido a presença de taninos nas folhas, já a digestibilidade aparente da proteína bruta não foi influenciada pelo tipo de feno ou método de secagem (P>0,05). Os consumos de energia digestível, metabolizável e líquida não foram influenciados pelo tipo de feno ou método de secagem. Para os parâmetros respirométricos os diferentes fenos e os métodos de secagem não influenciaram nas trocas gasosas e produção de calor dos animais alimentados ad libitum (P>0,05). Já para os animais alimentados na mantença houve variação na produção de CH4 e coeficiente respiratório (CR). A perda de energia na forma de metano foi inferior para os animais alimentados com os fenos de folhas (P<0,05), possivelmente o tanino presente nas folhas tenha reduzido a produção de metano ruminal. O mesmo comportamento foi observado para o CR, sendo os menores valores observados para os fenos de folhas (P<0,05), reflexo, possivelmente, do menor teor de carboidratos não fibrosos nas dietas a base desses coprodutos.