Efeito de uma intervenção focada em estratégias de regulação emocional de crianças sobre aspectos do comportamento, habilidades sociais e competência acadêmica no contexto escolar

• Autor(a) principal: Nathalia Santos da Costa
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9WMUMV
• topic: Regulação Emocional; Desempenho Acadêmico; Intervenção; Comportamento Problemático; Habilidades Sociais; Habilidades sociais; Regulação emocional; Rendimento escolar; Intervenção

A Regulação Emocional (RE) é importante para interação social e interfere em diversos contextos. No ambiente educacional pode se relacionar com a qualidade das interações e o desempenho escolar. O trabalho avaliou o efeito de intervenção em RE de alunos de 2ª série do ensino fundamental e eventuais impactos sobre indicadores comportamentais, habilidades sociais e desempenho acadêmico. Participaram 56 alunos e respectivas professoras de 1º e 2º ano de duas escolas municipais de Belo Horizonte. Dados socioeconômicos e avaliação de inteligência geral (Raven) demonstraram equivalência entre Grupo Intervenção (GI) e Grupo Controle (GC). Os dois grupos foram submetidos a avaliação pré-intervenção por meio de instrumentos: a) administrados às crianças: Teste de Desempenho Escolar (TDE), Sistema de Avaliação de Habilidades Sociais (SSRS-BR) e Entrevista e Pranchas para avaliação da Regulação Emocional (EPRE); b) respondido pelos professores: SSRS-BR, Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) e MTA-SNAP-IV para sintomas de desatenção, hiperatividade/impulsividade. Os alunos GI passaram por 9 encontros semanais de 60min para estimular identificação e regulação das emoções. Após dois meses os dois grupos foram reavaliados. Resultados mostraram, na avaliação dos professores: a) melhoria significativa, em relação a todas as subescalas de habilidades sociais (HS) e no comportamento pró-social em GI; b) piora significativa dos comportamentos problemáticos e do autocontrole em GC; c) redução de sintomas de hiperatividade/impulsividade e desatenção em GI. Na avaliação do EPRE observou-se: a) aumento na identificação correta da representação do medo em GI; b) aumento da vivência, percepção e uso de estratégias no caso da alegria; c) ausência de diferenças significativas no desempenho escolar e na autoavaliação das HS em ambos os grupos. Os resultados sugerem efeitos da intervenção focada em RE na avaliação de habilidades sociais pelos professores, na sintomatologia de desatenção e hiperatividade, e como fator protetivo no desenvolvimento de problemas comportamentais, sem efeitos sobre o desempenho escolar.