Avaliação do óleo de coco extravirgem no controle da adiposidade e suas comorbidades.

• Autor(a) principal: Marina Campos Zicker
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/52064
• topic: Óleo de coco extravirgem; Obesidade; Alterações metabólicas

A obesidade, doença caracterizada pelo excessivo acúmulo de gordura corporal, por ser associada à inflamação crônica e à importante estresse oxidativo, está envolvida no desenvolvimento de comorbidades metabólicas e ósseas. Estudos demonstram que determinados alimentos podem promover efeitos benéficos na obesidade e alterações associadas, por induzirem redução do ganho de peso e da inflamação, além de promoverem aumento da defesa antioxidante. Dentre esses alimentos, apesar de incipiente grau de evidência científica, cita-se o óleo de coco extravirgem (OCEV). A esse produto têm sido atribuídas ações benéficas à saúde devido ao seu conteúdo significativo de compostos antioxidantes (compostos fenólicos e vitaminas) e de ácidos graxos de cadeia média, lipídios com potencial efeito na redução da adiposidade e no estabelecimento de homeostase metabólica. O objetivo desse estudo foi realizar uma criteriosa análise de qualidade e identidade do OCEV e posteriormente, avaliar o potencial desse produto em controlar a obesidade e as alterações metabólicas, inflamatórias e ósseas associadas, induzidas por dieta rica em carboidratos refinados (HC), em camundongos. A suplementação de OCEV resultou em menor adiposidade associada a menor área de adipócitos, efeito atribuído à menor expressão da enzima acetil coa carboxilase (ACC). O consumo de OCEV ocasionou ainda manutenção de homeostase glicêmica, menor concentração sérica de lípides (colesterol e triglicérides), ácidos graxos livres e leptina, aumento da concentração de adiponectina no soro, redução de lipídios totais e colesterol no fígado, menor rolamento de leucócitos no endotélio vascular do tecido adiposo epididimal, menores concentrações de citocinas próinflamatórias (IL-6 e TNF-α) nos tecidos adiposos epididimal e inguinal, assim como menor contagem de leucócitos totais e células mononucleares e polimorfonucleares no sangue. Uma das alterações decorrentes do consumo de dieta HC é o prejuízo na saúde óssea. Entretanto, o consumo de OCEV reverteu tal efeito, uma vez que promoveu aumento no percentual de osso trabecular em diferentes sítios ósseos (tíbia, fêmur, vértebras lombares e maxila), assim como, maior densidade mineral óssea do fêmur e do osso alveolar. Conclui-se que a suplementação de OCEV foi efetiva para controlar o excesso de adiposidade e as alterações metabólicas, inflamatórias e ósseas associadas, em modelo experimental de obesidade