O ensino da língua inglesa e o trabalho remoto emergencial docente em tempo de pandemia: um estudo na perspectiva da complexidade

• Autor(a) principal: Leonardo Rodrigo Soares
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/52143; https://orcid.org/0000-0002-8289-7215
• topic: Ensino remoto emergencial. Novas habilidades. Práticas pedagógicas. Suportes digitais. Condições de emergência complexas.; Língua inglesa – Estudo e ensino; Professores de inglês – Aspectos sociais; COVID, Pandemia de, 2020-; Tecnologia educacional; Língua inglesa – Ensino auxiliado por computador

Essa pesquisa tem como objetivo verificar como as Condições de Emergência Complexas se estabeleceram no trabalho docente de seis professoras da língua inglesa no contexto pandêmico. Para isso, foram observadas como as práticas mediadas pelos suportes digitais de seis professoras dos ensinos fundamental e médio, de escolas públicas estaduais de São João Del Rei, Minas Gerais, foram afetadas pelo Ensino Remoto Emergencial (ERE). Para tanto, utilizou-se como método de levantamento de dados um questionário semiestruturado on-line e uma entrevista semiestruturada via plataforma Zoom, a fim de se observar a realidade das docentes e explorar o seu trabalho frente à pandemia. Os dados foram analisados e interpretados à luz das Condições de Emergência Complexas de um sistema complexo, isto é, Diversidade Interna, Redundância, Interações entre os Vizinhos, Controle Descentralizado e Restrições Possibilitadoras, propostas por Davis e Simmt (2003) e Davis e Sumara (2006). Verificou-se que essas condições trouxeram contribuições para compreender os possíveis padrões que emergiram a partir das variadas relações que ocorreram entre os diversos agentes mediados pelos suportes digitais, ou seja, parceria entre professoras na elaboração de materiais; esclarecimento de dúvidas entre professoras e alunos; contribuição de estagiários, monitores e supervisão escolar; auxílio dos filhos das professoras na utilização das tecnologias digitais; entre outras, que vão além dos limites da sala de aula. No que diz respeito ao controle do sistema, verificou-se que durante o ERE houve uma repetição de uma arquitetura centralizada e não se pode dizer que o controle foi descentralizado totalmente, pois as professoras não puderam contribuir com as suas opiniões e colaborar nas decisões do funcionamento do ERE, pois tiveram que seguir orientações e diretrizes da Secretaria de Educação de Minas Gerais e utilizar compulsoriamente os Planos de Estudo Tutorados (PETs) mediados pelos suportes digitais - elementos redundantes e importantes no sistema analisado. Ademais, as restrições estabelecidas no ERE foram importantes para garantir às professoras e alunos a continuidade das atividades escolares. Contudo, as professoras tiveram que adequar o seu trabalho às regras estabelecidas, replanejando suas disciplinas com a mediação das tecnologias digitais; e improvisar soluções rápidas em um curto espaço de tempo, a fim do sistema se adaptar às necessidades emergentes do contexto pandêmico de distanciamento físico e restrições impostas durante a pandemia.