Percepções e ações de professoras diante das manifestações de agressividade das crianças em uma instituição de Educação Infantil

• Autor(a) principal: Walquíria de Souza Euzébio
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/33594
• topic: Relação professoras-crianças.; Educação Infantil; Agressividade; Professores e alunos; Agressividade nas crianças; Educação pre-escolar

Este trabalho apresenta resultados de uma pesquisa de mestrado que teve como objetivo principal investigar as ações de professoras diante de manifestações de agressividade de crianças com quatro e cinco anos, em uma Unidade Municipal de Educação Infantil – UMEI de Belo Horizonte. O referencial teórico articula às áreas da Educação Infantil e da Psicologia, tendo como principal aporte estudos de D. W. Winnicott, que analisa o comportamento agressivo por uma perspectiva psicanalítica, na qual a agressividade é vista como constitutiva, criativa e necessária ao desenvolvimento psíquico do sujeito. Realizou-se para isso uma investigação qualitativa, com análise de documentos, observação participante e entrevistas semiestruturadas com três professoras, as coordenadoras pedagógicas e a vice-diretora da instituição. Essas análises indicaram que, tanto nos documentos quanto na concepção das professoras, a temática da agressividade foi apresentada como sinônimo de violência. As professoras demonstraram dificuldades em diferenciar os termos violência e agressividade. Identificamos, ainda, uma visão do fenômeno à sua faceta negativa, o que, conforme nosso referencial teórico, dificulta a ação educativa das crianças. Fundamentados nessa análise, consideramos que ainda é preciso avançar com relação à compreensão da agressividade, não apenas no campo educacional, mas em todos aqueles em que se trabalha com a formação humana e que, para isso, os cursos de formação continuada devem ser constantemente oferecidos às docentes e contemplar as relações complexas que as professoras estabelecem com as crianças.