Extensão e natureza da publicidade de alimentos na televisão aberta brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Julia Soares Guimarães
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/31321
Resumo: Introdução: No Brasil tem-se observado elevado consumo de alimentos ultra processados (AUP), associado ao ganho excessivo de peso, à obesidade e às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). A publicidade, principalmente de AUP, tem sido considerada como uma das causas centrais dessa mudança no padrão alimentar brasileiro. A vigilância e regulação dessa publicidade, especialmente na televisão (TV), é fundamental para melhora da qualidade da dieta da população. Objetivo: Analisar a extensão e natureza da publicidade de alimentos e bebidas nos três principais canais da televisão aberta brasileira. Métodos: Para a coleta de dados, foi utilizado um protocolo internacional de monitoramento da publicidade de alimentos, elaborado pela Rede Internacional para Pesquisa, Monitoramento e Suporte a Ações em Alimentação e Obesidade/Doenças Crônicas Não Transmissíveis (INFORMAS). A programação dos três canais mais populares da TV aberta brasileira foi gravada das 6h às 24h, em oito dias selecionados de forma aleatória (quatro dias de semana e quatro de final de semana, excluindo feriados), durante abril de 2018. Todos os anúncios publicitários transmitidos foram selecionados e os relacionados a alimentos e bebidas foram identificados e classificados de acordo com o sistema de classificação NOVA. Além disso, os Modelos de Perfis Nutricionais (MPN) da Organização Mundial de Saúde – Regional da União Europeia (OMS-UE) e da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) foram aplicados nos anúncios classificados pelo sistema NOVA. Frequências absolutas e relativas e intervalo de confiança de 95% foram usados para descrever o número e tipos de anúncios, o total de produtos e as categorias de alimentos. Resultados: Um total de 432h de programação foi analisado. 7.991 anúncios foram identificados, sendo 1.156 (14,16%) anúncios relacionados a alimentos e bebidas. Entre os anúncios classificados pelo sistema NOVA (n=858), 7,63% foram classificados como não processados ou minimamente processados, 0,98% como ingredientes culinários, 0,61% como alimentos processados e 90,77% como AUP, os alimentos mais anunciados foram refrigerantes (28,90%), bebidas alcoólicas (14,23%) e restaurantes/refeições de fast-food (13,80%). O grupo de AUP teve distribuição constante entre dias de semana e finais de semana. Quando considerados os períodos do dia, houve diferença apenas para bebidas alcóolicas, que foram mais anunciadas durante a noite (21,60%). De acordo com os MPN, 84,43% dos anúncios de alimentos não foram permitidos pela OPAS e 68,26% pela OMS-UE. Dentro do grupo de AUP mais de 90% dos anúncios não foram permitidos por nenhum dos modelos internacionais. Conclusão: A grande maioria dos anúncios de alimentos ou bebidas da TV aberta brasileira, durante o período analisado, foi de AUP, transmitidos durante dias de semana e finais de semana, e durante todos os horários do dia. A maioria dos anúncios de alimentos não é permitida de acordo com modelos internacionais de perfis nutricionais. Tais fatores devem ser considerados como uma preocupação em saúde pública devido a elevada exposição da população brasileira à promoção de alimentos de baixo valor nutricional.
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Métodos: Para a coleta de dados, foi utilizado um protocolo internacional de monitoramento da publicidade de alimentos, elaborado pela Rede Internacional para Pesquisa, Monitoramento e Suporte a Ações em Alimentação e Obesidade/Doenças Crônicas Não Transmissíveis (INFORMAS). A programação dos três canais mais populares da TV aberta brasileira foi gravada das 6h às 24h, em oito dias selecionados de forma aleatória (quatro dias de semana e quatro de final de semana, excluindo feriados), durante abril de 2018. Todos os anúncios publicitários transmitidos foram selecionados e os relacionados a alimentos e bebidas foram identificados e classificados de acordo com o sistema de classificação NOVA. Além disso, os Modelos de Perfis Nutricionais (MPN) da Organização Mundial de Saúde – Regional da União Europeia (OMS-UE) e da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) foram aplicados nos anúncios classificados pelo sistema NOVA. Frequências absolutas e relativas e intervalo de confiança de 95% foram usados para descrever o número e tipos de anúncios, o total de produtos e as categorias de alimentos. Resultados: Um total de 432h de programação foi analisado. 7.991 anúncios foram identificados, sendo 1.156 (14,16%) anúncios relacionados a alimentos e bebidas. Entre os anúncios classificados pelo sistema NOVA (n=858), 7,63% foram classificados como não processados ou minimamente processados, 0,98% como ingredientes culinários, 0,61% como alimentos processados e 90,77% como AUP, os alimentos mais anunciados foram refrigerantes (28,90%), bebidas alcoólicas (14,23%) e restaurantes/refeições de fast-food (13,80%). O grupo de AUP teve distribuição constante entre dias de semana e finais de semana. Quando considerados os períodos do dia, houve diferença apenas para bebidas alcóolicas, que foram mais anunciadas durante a noite (21,60%). De acordo com os MPN, 84,43% dos anúncios de alimentos não foram permitidos pela OPAS e 68,26% pela OMS-UE. Dentro do grupo de AUP mais de 90% dos anúncios não foram permitidos por nenhum dos modelos internacionais. Conclusão: A grande maioria dos anúncios de alimentos ou bebidas da TV aberta brasileira, durante o período analisado, foi de AUP, transmitidos durante dias de semana e finais de semana, e durante todos os horários do dia. A maioria dos anúncios de alimentos não é permitida de acordo com modelos internacionais de perfis nutricionais. Tais fatores devem ser considerados como uma preocupação em saúde pública devido a elevada exposição da população brasileira à promoção de alimentos de baixo valor nutricional.Introduction: Brazil has experienced a large shift in the food pattern, through high consumption of ultra-processed food products (UPP) (high in sodium, fats and sugar). This pattern of consumption is associated to excessive weight gain, obesity and NonCommunicable Diseases (NCDs). The advertising of UPP is considered one of the central causes of this change in the Brazilian food pattern. Thus, the regulation of food advertisements (ads) becomes an important action to combat obesity. Food marketing surveillance, especially television (TV), is imperative for the establishment of appropriate measures. Objective: To analyze the extent and nature of food and beverage advertising on the three most popular free-to-air channels on the Brazilian TV. Methods: The food marketing – television monitoring protocol created by the International Network for Food and Obesity/NCDs Research, Monitoring and Action Support (INFORMAS) was applied for the data collection. Three free-to-air channels (most popular networks) programming was recorded from 6am to 12am, for eight days (four weekdays and four weekend days, excluding holidays), randomly spread during April 2018. All commercial ads broadcasted were selected and those related to food and beverages were identified and classified based on the NOVA classification system. Furthermore, the World Health Organization Regional Office for Europe (WHO-EU)’ and the Pan American Health Organization (PAHO)’ Nutrient Profile were applied for all food-related ads classified by the NOVA. Absolute and relative frequencies, and 95% confidence interval were used to describe the number and type of ads, the total number of food products, and the types of food categories advertised. Results: A total of 432 hours of Brazilian television programming was analyzed. A total of 7,991 ads were identified, 1,156 food-related ads (14.16%). From the ads classified into the NOVA system (n=858), 7.63% were classified as unprocessed and minimally processed foods, 0.98% as processed culinary ingredients, 0.61% as processed foods and 90.77% as UPP, the top three most announced products were soft drinks (28.90%), alcoholic beverages (14.23%) and fast-food restaurants/meals (13,80%). The UPP group had a steady distribution between weekdays and weekends. When considering the period of the day, alcoholic beverages were more frequent during the evening (21.60%). Analyzing the ads according to the international Nutrient Profile Models, 84.43% were not permitted by PAHO and 68.26% by WHO-EU. Among the UPP group over 90% ads were considered not permitted by one of the Nutrient Profile Models. Conclusion: Most of the food-related ads aired on Brazilian TV, during the selected period, were for UPP, which were broadcasted during weekdays as well as weekends and during the whole day. Most of the food-related ads were not permitted by International Nutrient Profile Models. Such factors should be considered a public health concern given the high exposure of the Brazilian population to the promotion of low nutritional quality products.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Nutrição e SaúdeUFMGBrasilENF - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃOPublicidade de AlimentosTelevisãoDoenças Não TransmissíveisObesidadePublicidadeTelevisãoDCNTINFORMASExtensão e natureza da publicidade de alimentos na televisão aberta brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertacao UFMG Julia Soares Guimaraes.pdfDissertacao UFMG Julia Soares Guimaraes.pdfapplication/pdf2114141https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31321/1/Dissertacao%20UFMG%20Julia%20Soares%20Guimaraes.pdf6613f2388ad2e7b373749f5dd0178c7eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31321/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTDissertacao UFMG Julia Soares Guimaraes.pdf.txtDissertacao UFMG Julia Soares Guimaraes.pdf.txtExtracted texttext/plain181156https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31321/3/Dissertacao%20UFMG%20Julia%20Soares%20Guimaraes.pdf.txtc831f9f70020035fd363271bf3547e05MD531843/313212019-11-29 03:25:39.247oai:repositorio.ufmg.br:1843/31321TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-29T06:25:39Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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