Nomes gerais e outras formas de indeterminação do sujeito: um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de Coimbra
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/46459 |
Resumo: | A indeterminação do sujeito, em sua vertente variacionaista, já foi estudada por autores como Milanez (1982), Menon (1994), Setti (1997), Godoy (1999), Carvalho (2010), Souza (2014), Barbosa (2016) e outros. Todos eles demonstraram que as formas previstas pelas gramáticas tradicionais não são as únicas que servem como recurso de indeterminação no português. Assim, por meio deste estudo, busca-se, a partir de uma comparação entre o português brasileiro (PB) e o português europeu (PE), observar a relevância dos nomes gerais no conjunto das variantes indeterminadoras, verificando a influência de fatores linguísticos e extralinguísticos na realização do fenômeno. Salienta-se que os nomes gerais são definidos por Halliday e Hasan (1995 [1976]) como um caso limítrofe entre um item lexical e um item gramatical, por conterem traços semânticos mínimos e foram selecionados para este trabalho porque pesquisas, como as de Oliveira (2018) e de Amaral e Oliveira (2019), mostram que esses itens são capazes de indeterminar. Os dados analisados pertencem a 48 gravações sociolinguísticas coletadas no Brasil, na cidade de Bambuí, localizada no centro-oeste do estado de Minas Gerais, e na cidade de Coimbra, localizada da região central de Portugal, na província Beira Litoral. Os nomes gerais encontrados no corpus são pessoa, pessoal, pessoas, cara, homem, povo, fulano, gente e ser humano. As demais formas estudadas referem-se àquelas que já foram discutidas em trabalhos anteriores, isto é, a gente, você(s)/ocê/cê, nós/nóis/-mos, eles/ês, verbo na terceira pessoa do singular sem sujeito explícito (Ø+V3PS), verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito explícito (Ø+V3PP), verbo no infinitivo sem sujeito explícito (Ø+VINF), se e tu. Os fatores extralinguísticos analisados são sexo e faixa etária e os fatores linguísticos testados são presença ou ausência de locativo, presença ou ausência de anáfora, grau de indeterminação e mais ou menos coletivo. O programa utilizado para a análise de dados é o GoldVarb X. Constata-se que o PB e o PE demonstram panoramas diferentes quanto aos recursos de indeterminação utilizados pelos falantes, pois, enquanto os informantes de Bambuí escolhem formas como a gente e você/ocê/cê, preferencialmente, para indeterminar o sujeito, os informantes de Coimbra utilizam, preferencialmente, a forma nós e as formas de indeterminação previstas pelas gramáticas, isto é, verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito explícito (Ø+V3PP) e se. Quanto aos nomes gerais, eles são usados com frequência semelhante pelos informantes brasileiros e portugueses. Em Bambuí, os fatores sexo, presença ou ausência de anáfora e grau de indeterminação favorecem a indeterminação por meio dos nomes gerais. Em Coimbra, foram selecionados como estatisticamente relevantes a presença ou ausência de locativo, a faixa etária, o grau de indeterminação e mais ou menos coletivo. Conclui-se que os informantes do PB e do PE utilizam os nomes gerais, entretanto a distribuição dessas formas dentro do conjunto desses nomes se dá diferentemente nos dois. Ademais, os fatores linguísticos e extralinguísticos que influenciam tal variante também se mostram distintos nas duas localidades. Observa-se também que a indeterminação do sujeito, analisada por meio de graus (total ou parcial), é capaz de sanar a confusão entre os termos indefinição e indeterminação. Em síntese, esta pesquisa demonstra como os nomes gerais são relevantes no conjunto dessas variantes e como a comparação entre duas cidades em países distintos traz resultados significativos para pesquisas na área. |
id |
UFMG_ffd4bd81dcf8d78cc334fe7a50a1080a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/46459 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Eduardo Tadeu Roque Amaralhttp://lattes.cnpq.br/1729968377186756Aléxia Teles DuchownyJanayna Maria da Rocha CarvalhoJanayna Maria da Rocha CarvalhoClézio Roberto Gonçalveshttp://lattes.cnpq.br/5830460313843882Fernanda Carla de Oliveira2022-10-20T19:31:16Z2022-10-20T19:31:16Z2022-07-20http://hdl.handle.net/1843/46459A indeterminação do sujeito, em sua vertente variacionaista, já foi estudada por autores como Milanez (1982), Menon (1994), Setti (1997), Godoy (1999), Carvalho (2010), Souza (2014), Barbosa (2016) e outros. Todos eles demonstraram que as formas previstas pelas gramáticas tradicionais não são as únicas que servem como recurso de indeterminação no português. Assim, por meio deste estudo, busca-se, a partir de uma comparação entre o português brasileiro (PB) e o português europeu (PE), observar a relevância dos nomes gerais no conjunto das variantes indeterminadoras, verificando a influência de fatores linguísticos e extralinguísticos na realização do fenômeno. Salienta-se que os nomes gerais são definidos por Halliday e Hasan (1995 [1976]) como um caso limítrofe entre um item lexical e um item gramatical, por conterem traços semânticos mínimos e foram selecionados para este trabalho porque pesquisas, como as de Oliveira (2018) e de Amaral e Oliveira (2019), mostram que esses itens são capazes de indeterminar. Os dados analisados pertencem a 48 gravações sociolinguísticas coletadas no Brasil, na cidade de Bambuí, localizada no centro-oeste do estado de Minas Gerais, e na cidade de Coimbra, localizada da região central de Portugal, na província Beira Litoral. Os nomes gerais encontrados no corpus são pessoa, pessoal, pessoas, cara, homem, povo, fulano, gente e ser humano. As demais formas estudadas referem-se àquelas que já foram discutidas em trabalhos anteriores, isto é, a gente, você(s)/ocê/cê, nós/nóis/-mos, eles/ês, verbo na terceira pessoa do singular sem sujeito explícito (Ø+V3PS), verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito explícito (Ø+V3PP), verbo no infinitivo sem sujeito explícito (Ø+VINF), se e tu. Os fatores extralinguísticos analisados são sexo e faixa etária e os fatores linguísticos testados são presença ou ausência de locativo, presença ou ausência de anáfora, grau de indeterminação e mais ou menos coletivo. O programa utilizado para a análise de dados é o GoldVarb X. Constata-se que o PB e o PE demonstram panoramas diferentes quanto aos recursos de indeterminação utilizados pelos falantes, pois, enquanto os informantes de Bambuí escolhem formas como a gente e você/ocê/cê, preferencialmente, para indeterminar o sujeito, os informantes de Coimbra utilizam, preferencialmente, a forma nós e as formas de indeterminação previstas pelas gramáticas, isto é, verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito explícito (Ø+V3PP) e se. Quanto aos nomes gerais, eles são usados com frequência semelhante pelos informantes brasileiros e portugueses. Em Bambuí, os fatores sexo, presença ou ausência de anáfora e grau de indeterminação favorecem a indeterminação por meio dos nomes gerais. Em Coimbra, foram selecionados como estatisticamente relevantes a presença ou ausência de locativo, a faixa etária, o grau de indeterminação e mais ou menos coletivo. Conclui-se que os informantes do PB e do PE utilizam os nomes gerais, entretanto a distribuição dessas formas dentro do conjunto desses nomes se dá diferentemente nos dois. Ademais, os fatores linguísticos e extralinguísticos que influenciam tal variante também se mostram distintos nas duas localidades. Observa-se também que a indeterminação do sujeito, analisada por meio de graus (total ou parcial), é capaz de sanar a confusão entre os termos indefinição e indeterminação. Em síntese, esta pesquisa demonstra como os nomes gerais são relevantes no conjunto dessas variantes e como a comparação entre duas cidades em países distintos traz resultados significativos para pesquisas na área.Subject indetermination, in a variationist framework, has already been studied by authors such as Milanez (1982), Menon (1994), Setti (1997), Godoy (1999), Carvalho (2010), Souza (2014), Barbosa (2016) among others. All of them demonstrated that the forms provided by traditional grammars are not the only ones that serve as a source of indetermination in Portuguese. Thus, this study seeks to draw a comparison between Brazilian Portuguese (BP) and European Portuguese (EP) to observe the relevance of general nouns in the set of indeterminate variants, verifying the influence of linguistic and extralinguistic factors in the realization of the phenomenon. It should be noted that general nouns are defined by Halliday and Hasan (1995 [1976]) as a borderline case between a lexical item and a grammatical item, as they contain minimal semantic features, and they were selected for this study because some studies, such as those by Oliveira (2018) and Amaral and Oliveira (2019), show that these items are able to indeterminate. The analyzed data belong to 48 sociolinguistic recordings collected in Brazil, in Bambuí city, located in the center-west of the state of Minas Gerais, and in Coimbra city, located in central region of Portugal, in the Beira Litoral province. The general nouns found in the corpus are pessoa, pessoal, pessoas, cara, homem, povo, fulano, gente and ser humano. The other forms studied refer to those that have already been discussed in previous researches, that is, a gente, você/ocê/cê, nós/nóis, eles/ês, a verb in third-person singular form without an explicit subject (Ø+V3PS), ês, a verb in third-person plural form without an explicit subject (Ø+V3PP), a verb in infinitive form without an explicit subject (Ø+VINF), and se. The extralinguistic factors analyzed are sex and age group, and the linguistic factors tested are presence or absence of locative, presence or absence of anaphora, degree of indetermination, and more or less collective. The program used for data analysis is GoldVarb X. It seems that BP and EP demonstrate different panoramas regarding the indetermination resources used by the speakers, because, while the informants from Bambuí choose ways such as a gente and você/ocê /cê, preferably, to indeterminate the subject, the informants from Coimbra use, preferably, the form nós and the indetermination forms foreseen by the grammars, that is, a verb in the third-person plural without an explicit subject (Ø+V3PP) and se. As far as general nouns are concerned, they are used with similar frequency by Brazilian and Portuguese informants. In Bambuí, the factors sex, presence or absence of anaphora, and degree of indetermination favor indetermination through general nouns. In Coimbra, the presence or absence of locative, age group, degree of indetermination, and more or less collective were selected as statistically relevant. It is concluded that informants from BP and EP use general nouns; however, the distribution of these forms within the set of these nouns occurs differently in the two. Furthermore, the linguistic and extralinguistic factors which influence this variant are also different in the two locations. It is also observed that the subject's indeterminacy, analyzed through degrees (total or partial), can solve the confusion between the indefiniteness and indetermination of the term. In summary, this research demonstrates how the general nouns are relevant in the set of these variants and how the comparison between two cities in different countries brings significant results for research in the area.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLíngua portuguesa – Variação – Bambuí (MG)Língua portuguesa – Variação – Coimbra (Portugal)Mudanças linguísticasLíngua portuguesa – Etimologia – NomesLíngua portuguesa – LexicologiaSociolinguística VariacionistaIndeterminação do sujeitoPortuguês de Bambuí e português de CoimbraNomes geraisNomes gerais e outras formas de indeterminação do sujeito: um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de CoimbraGeneral nouns and other forms of subject indetermination: a variationist study on Brazilian Portuguese from Bambuí (BP) and European Portuguese (EP) from Coimbrainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALNOMES GERAIS E OUTRAS FORMAS DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de Coimbra.pdfNOMES GERAIS E OUTRAS FORMAS DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de Coimbra.pdfapplication/pdf1732088https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46459/1/NOMES%20GERAIS%20E%20OUTRAS%20FORMAS%20DE%20INDETERMINA%c3%87%c3%83O%20DO%20SUJEITO%20um%20estudo%20variacionista%20sobre%20o%20portugu%c3%aas%20brasileiro%20%28PB%29%20de%20Bambu%c3%ad%20e%20sobre%20o%20portugu%c3%aas%20europeu%20%28PE%29%20de%20Coimbra.pdf4262fe294ea87911a1ef98c81085b001MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46459/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/464592022-10-20 16:31:16.851oai:repositorio.ufmg.br:1843/46459TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-10-20T19:31:16Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Nomes gerais e outras formas de indeterminação do sujeito: um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de Coimbra |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
General nouns and other forms of subject indetermination: a variationist study on Brazilian Portuguese from Bambuí (BP) and European Portuguese (EP) from Coimbra |
title |
Nomes gerais e outras formas de indeterminação do sujeito: um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de Coimbra |
spellingShingle |
Nomes gerais e outras formas de indeterminação do sujeito: um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de Coimbra Fernanda Carla de Oliveira Sociolinguística Variacionista Indeterminação do sujeito Português de Bambuí e português de Coimbra Nomes gerais Língua portuguesa – Variação – Bambuí (MG) Língua portuguesa – Variação – Coimbra (Portugal) Mudanças linguísticas Língua portuguesa – Etimologia – Nomes Língua portuguesa – Lexicologia |
title_short |
Nomes gerais e outras formas de indeterminação do sujeito: um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de Coimbra |
title_full |
Nomes gerais e outras formas de indeterminação do sujeito: um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de Coimbra |
title_fullStr |
Nomes gerais e outras formas de indeterminação do sujeito: um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de Coimbra |
title_full_unstemmed |
Nomes gerais e outras formas de indeterminação do sujeito: um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de Coimbra |
title_sort |
Nomes gerais e outras formas de indeterminação do sujeito: um estudo variacionista sobre o português brasileiro (PB) de Bambuí e sobre o português europeu (PE) de Coimbra |
author |
Fernanda Carla de Oliveira |
author_facet |
Fernanda Carla de Oliveira |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Eduardo Tadeu Roque Amaral |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1729968377186756 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Aléxia Teles Duchowny |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Janayna Maria da Rocha Carvalho |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Janayna Maria da Rocha Carvalho |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Clézio Roberto Gonçalves |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5830460313843882 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fernanda Carla de Oliveira |
contributor_str_mv |
Eduardo Tadeu Roque Amaral Aléxia Teles Duchowny Janayna Maria da Rocha Carvalho Janayna Maria da Rocha Carvalho Clézio Roberto Gonçalves |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Sociolinguística Variacionista Indeterminação do sujeito Português de Bambuí e português de Coimbra Nomes gerais |
topic |
Sociolinguística Variacionista Indeterminação do sujeito Português de Bambuí e português de Coimbra Nomes gerais Língua portuguesa – Variação – Bambuí (MG) Língua portuguesa – Variação – Coimbra (Portugal) Mudanças linguísticas Língua portuguesa – Etimologia – Nomes Língua portuguesa – Lexicologia |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Língua portuguesa – Variação – Bambuí (MG) Língua portuguesa – Variação – Coimbra (Portugal) Mudanças linguísticas Língua portuguesa – Etimologia – Nomes Língua portuguesa – Lexicologia |
description |
A indeterminação do sujeito, em sua vertente variacionaista, já foi estudada por autores como Milanez (1982), Menon (1994), Setti (1997), Godoy (1999), Carvalho (2010), Souza (2014), Barbosa (2016) e outros. Todos eles demonstraram que as formas previstas pelas gramáticas tradicionais não são as únicas que servem como recurso de indeterminação no português. Assim, por meio deste estudo, busca-se, a partir de uma comparação entre o português brasileiro (PB) e o português europeu (PE), observar a relevância dos nomes gerais no conjunto das variantes indeterminadoras, verificando a influência de fatores linguísticos e extralinguísticos na realização do fenômeno. Salienta-se que os nomes gerais são definidos por Halliday e Hasan (1995 [1976]) como um caso limítrofe entre um item lexical e um item gramatical, por conterem traços semânticos mínimos e foram selecionados para este trabalho porque pesquisas, como as de Oliveira (2018) e de Amaral e Oliveira (2019), mostram que esses itens são capazes de indeterminar. Os dados analisados pertencem a 48 gravações sociolinguísticas coletadas no Brasil, na cidade de Bambuí, localizada no centro-oeste do estado de Minas Gerais, e na cidade de Coimbra, localizada da região central de Portugal, na província Beira Litoral. Os nomes gerais encontrados no corpus são pessoa, pessoal, pessoas, cara, homem, povo, fulano, gente e ser humano. As demais formas estudadas referem-se àquelas que já foram discutidas em trabalhos anteriores, isto é, a gente, você(s)/ocê/cê, nós/nóis/-mos, eles/ês, verbo na terceira pessoa do singular sem sujeito explícito (Ø+V3PS), verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito explícito (Ø+V3PP), verbo no infinitivo sem sujeito explícito (Ø+VINF), se e tu. Os fatores extralinguísticos analisados são sexo e faixa etária e os fatores linguísticos testados são presença ou ausência de locativo, presença ou ausência de anáfora, grau de indeterminação e mais ou menos coletivo. O programa utilizado para a análise de dados é o GoldVarb X. Constata-se que o PB e o PE demonstram panoramas diferentes quanto aos recursos de indeterminação utilizados pelos falantes, pois, enquanto os informantes de Bambuí escolhem formas como a gente e você/ocê/cê, preferencialmente, para indeterminar o sujeito, os informantes de Coimbra utilizam, preferencialmente, a forma nós e as formas de indeterminação previstas pelas gramáticas, isto é, verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito explícito (Ø+V3PP) e se. Quanto aos nomes gerais, eles são usados com frequência semelhante pelos informantes brasileiros e portugueses. Em Bambuí, os fatores sexo, presença ou ausência de anáfora e grau de indeterminação favorecem a indeterminação por meio dos nomes gerais. Em Coimbra, foram selecionados como estatisticamente relevantes a presença ou ausência de locativo, a faixa etária, o grau de indeterminação e mais ou menos coletivo. Conclui-se que os informantes do PB e do PE utilizam os nomes gerais, entretanto a distribuição dessas formas dentro do conjunto desses nomes se dá diferentemente nos dois. Ademais, os fatores linguísticos e extralinguísticos que influenciam tal variante também se mostram distintos nas duas localidades. Observa-se também que a indeterminação do sujeito, analisada por meio de graus (total ou parcial), é capaz de sanar a confusão entre os termos indefinição e indeterminação. Em síntese, esta pesquisa demonstra como os nomes gerais são relevantes no conjunto dessas variantes e como a comparação entre duas cidades em países distintos traz resultados significativos para pesquisas na área. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-10-20T19:31:16Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-10-20T19:31:16Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-07-20 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/46459 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/46459 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FALE - FACULDADE DE LETRAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46459/1/NOMES%20GERAIS%20E%20OUTRAS%20FORMAS%20DE%20INDETERMINA%c3%87%c3%83O%20DO%20SUJEITO%20um%20estudo%20variacionista%20sobre%20o%20portugu%c3%aas%20brasileiro%20%28PB%29%20de%20Bambu%c3%ad%20e%20sobre%20o%20portugu%c3%aas%20europeu%20%28PE%29%20de%20Coimbra.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46459/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
4262fe294ea87911a1ef98c81085b001 cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589268428292096 |