Estudo fitoquímico da fração acetato de etila, avaliação da atividade antiinflamatória in vitro e in vivo da toxicidade em camundongos de Lychnophora trichocarpha spreng.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferrari, Fernanda Cristina
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3089
Resumo: As Lychnophoras(Asteraceae) são espécies nativas do Brasil, popularmente conhecidas como “arnica” e utilizadas na medicina popular em tratamentos de inflamação, dor, contusões, reumatismos e picadas de inseto. A espécie Lychnophora trichocarphafoi escolhida para um estudo fitoquímico biomonitorado e avaliação da atividade antiinflamatória in vivoe in vitropor ter se mostrado ativa em estudos prévios (FERRAZ FILHA et al., 2006, GUZZO et al., 2008) . A avaliação da toxicidadeaguda do extrato etanólico bruto também foi realizada. No estudo fitoquímico foram analisadas as partes aéreas de L. trichocarphacoletadas nos meses de agosto e outubro. Os extratos etanólicos (LT1 e LT2) foram submetidos à coluna cromatográfica de filtração originando asfrações hexânica (LTH1), acetato de etila (LTA1 e 2) e metanólica (LTM1 e 2). Das frações LTA1 e LTA2 foram isoladas as lactonas sesquiterpênicas, licnofolida e ermantolida C, o esteróide β-sitosterol, e a mistura de triterpenos pentacíclicos, lupeol, αe β-amirinas. Com o objetivo de determinar o mecanismo de ação da atividade antiinflamatória foram utilizadas metodologias in vitro.Através da metodologia do DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazila) foram observadas atividades antioxidantes de 94% para os extratos etanólicos brutos de ambas as coletas e de 69% para LTA1 na concentração de 100 µg/mL. As substâncias isoladas não apresentaram atividade antioxidante significativa pelo método avaliado. Os extratos LT1 e LT2 inibiram a xantina oxidase em 64 e 58% e as frações LTA1 e LTA2 de 77 e 41%, respectivamente, na concentração de 100 µg/mL. As substâncias isoladas não apresentaram atividade relevante quando avaliadas separadamente, sugerindo a existência de um sinergismo entre elas. Os extratos LT1 e LT2 e as frações apresentaram inibiçãoda ciclooxigenase-1 de até 100% na concentração de 200 µg/mL. Entre as substâncias isoladas, β-sitosterol e licnofolida apresentaram inibição de 69% e 56%, respectivamente, ambos na concentração de 100µg/mL. Eremantolida C, lupeol e a mistura de lupeol, αe β-amirinas não inibiram significativamente a COX-1. No método do edema de pata induzido pelacarragenina em camundongos, os extratos e frações (10%) e substâncias isoladas (1%)apresentaram atividades comparáveis ao Diclofenaco gel e à Arnica montanagel. A variação do edema no grupo controle foi de 22,4 ± 1,5 % (média ± e.p.m). Nos grupos em que foram aplicadas pomadas com as substâncias isoladas, as variações foram significativamente menores: lupeol, αe β-amirinas (6,9 ± 2,6 %), β-sitosterol (9,6 ± 4,3 %), licnofolida (5,3 ± 2,5) e eremantolida C (7,2 ± 1,7 %) e comparáveis ao Diclofenaco (5,30 ± 1,56 %) e à A. montana(5,73 ± 2,10 %). Para avaliação da toxicidade aguda, o extrato etanólico (LT2) foi administrado a camundongos albinos, machos e fêmeas. Foram observados óbitos até o décimo primeiro dia entre os animais que receberam a dose de 0,750 g/kg e até e o sétimo e oitavo dia entre os animais que receberam as doses de 1,125 e 1,500 g/kg respectivamente. Foram detectadas alterações na atividade locomotora e na capacidade exploratória dos animais que receberam a dose de 0,750 g/kg, 1 e 4 horas após a administração do extrato e alteração na força muscular 1 hora após a administração do extrato. A capacidade exploratória também foi reduzida significativamente no grupoque recebeu a dose de 0,50 g/kg 1 e 4 horas após a administração do extrato. Os animais que receberam as doses de0,25; 0,50 e 0,75 g/kg não apresentaram alterações nas dosagens bioquímicas em relação ao grupo controle e apresentaram modificações histopatológicas sutis, como congestão e inflamação renal e hepática A dose de 1,5 g/kg causou sinais de toxicidade mais graves, sendo observadas alterações histopatológicas como hemorragia em 62,5% e congestão pulmonar em 100% dos animais. No cérebro e fígado foi verificada congestão em 62,5% dos animais. O trabalho realizado mostrou que as partes aéreas de L. trichocarphacoletadas nos meses de agosto e outubro e suas frações possuematividades antiinflamatórias equivalentes e, assim como as substâncias isoladas possuem atividades comparáveis ao Diclofenaco gel e à Arnica Montanagel. A espécie mostrou possuir mais de um mecanismo de ação para a atividade antiinflamatória e as análises de toxicidade mostraram que a via oral não é indicada para o uso, sendo a via tópica adequadapara garantir tal atividade.
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No estudo fitoquímico foram analisadas as partes aéreas de L. trichocarphacoletadas nos meses de agosto e outubro. Os extratos etanólicos (LT1 e LT2) foram submetidos à coluna cromatográfica de filtração originando asfrações hexânica (LTH1), acetato de etila (LTA1 e 2) e metanólica (LTM1 e 2). Das frações LTA1 e LTA2 foram isoladas as lactonas sesquiterpênicas, licnofolida e ermantolida C, o esteróide β-sitosterol, e a mistura de triterpenos pentacíclicos, lupeol, αe β-amirinas. Com o objetivo de determinar o mecanismo de ação da atividade antiinflamatória foram utilizadas metodologias in vitro.Através da metodologia do DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazila) foram observadas atividades antioxidantes de 94% para os extratos etanólicos brutos de ambas as coletas e de 69% para LTA1 na concentração de 100 µg/mL. As substâncias isoladas não apresentaram atividade antioxidante significativa pelo método avaliado. Os extratos LT1 e LT2 inibiram a xantina oxidase em 64 e 58% e as frações LTA1 e LTA2 de 77 e 41%, respectivamente, na concentração de 100 µg/mL. As substâncias isoladas não apresentaram atividade relevante quando avaliadas separadamente, sugerindo a existência de um sinergismo entre elas. Os extratos LT1 e LT2 e as frações apresentaram inibiçãoda ciclooxigenase-1 de até 100% na concentração de 200 µg/mL. Entre as substâncias isoladas, β-sitosterol e licnofolida apresentaram inibição de 69% e 56%, respectivamente, ambos na concentração de 100µg/mL. Eremantolida C, lupeol e a mistura de lupeol, αe β-amirinas não inibiram significativamente a COX-1. No método do edema de pata induzido pelacarragenina em camundongos, os extratos e frações (10%) e substâncias isoladas (1%)apresentaram atividades comparáveis ao Diclofenaco gel e à Arnica montanagel. A variação do edema no grupo controle foi de 22,4 ± 1,5 % (média ± e.p.m). Nos grupos em que foram aplicadas pomadas com as substâncias isoladas, as variações foram significativamente menores: lupeol, αe β-amirinas (6,9 ± 2,6 %), β-sitosterol (9,6 ± 4,3 %), licnofolida (5,3 ± 2,5) e eremantolida C (7,2 ± 1,7 %) e comparáveis ao Diclofenaco (5,30 ± 1,56 %) e à A. montana(5,73 ± 2,10 %). Para avaliação da toxicidade aguda, o extrato etanólico (LT2) foi administrado a camundongos albinos, machos e fêmeas. Foram observados óbitos até o décimo primeiro dia entre os animais que receberam a dose de 0,750 g/kg e até e o sétimo e oitavo dia entre os animais que receberam as doses de 1,125 e 1,500 g/kg respectivamente. Foram detectadas alterações na atividade locomotora e na capacidade exploratória dos animais que receberam a dose de 0,750 g/kg, 1 e 4 horas após a administração do extrato e alteração na força muscular 1 hora após a administração do extrato. A capacidade exploratória também foi reduzida significativamente no grupoque recebeu a dose de 0,50 g/kg 1 e 4 horas após a administração do extrato. Os animais que receberam as doses de0,25; 0,50 e 0,75 g/kg não apresentaram alterações nas dosagens bioquímicas em relação ao grupo controle e apresentaram modificações histopatológicas sutis, como congestão e inflamação renal e hepática A dose de 1,5 g/kg causou sinais de toxicidade mais graves, sendo observadas alterações histopatológicas como hemorragia em 62,5% e congestão pulmonar em 100% dos animais. No cérebro e fígado foi verificada congestão em 62,5% dos animais. O trabalho realizado mostrou que as partes aéreas de L. trichocarphacoletadas nos meses de agosto e outubro e suas frações possuematividades antiinflamatórias equivalentes e, assim como as substâncias isoladas possuem atividades comparáveis ao Diclofenaco gel e à Arnica Montanagel. A espécie mostrou possuir mais de um mecanismo de ação para a atividade antiinflamatória e as análises de toxicidade mostraram que a via oral não é indicada para o uso, sendo a via tópica adequadapara garantir tal atividade.The species of the genus Lychnophora(Asteraceae) are popularly known as “arnica” and are native from Brazilian “cerrado”. They are widely used in Brazilian folk medicine as anti-inflammatory, to treat bruise, pain, rheumatism and for insect bites. As the activity of Lychnophora trichocarphaspecies was shown in previousstudies (FERRAZ FILHA et al., 2006, GUZZO et al., 2008), it was chosen for phytochemical study and for evaluation of in vitroand in vivoanti-inflammatory activity. The acute toxicity evaluation of crude ethanolic extract was also held. In phytochemical study, the aerial parts of L. trichocarphacollected in August and October were analyzed. Ethanolicextracts (LT1 and LT2) were subjected to filtration column afforded hexanic fraction (LTH1), ethyl acetate fraction (LTA1 and 2) and methanolic fraction (LTM1 and 2). The sesquiterpene lactones, lychnopholide e eremantholide C, the steroid β-sitosterol, and the mixture of pentacyclics triterpenes, lupeol, αand β-amyrins were purified from fractions LTA1 and LTA2. In vitromethodologies were used todeterminate the mechanisms of anti-inflammatory activity. The DPPH (2,2-diphenyl-2- picrylhydrazyl) methodology showed antioxidant activity of 94% for crude ethanolic extracts and 69% for LTA1 at 100 µg/mL. The isolated compounds did not show significant antioxidant activity in this methodology. The extracts LT1 and LT2 exhibited inhibitoryactivity for xanthine oxidase of 64 and 58% and the fractions LTA1 and LTA2 of 77 e 41%, respectively at 100 µg/mL. The isolated compounds did not show significant activity, suggesting a synergic mechanism. The extracts LT1 and LT2 and fractionsexhibited inhibitory activity for cyclooxigenase-1 of 100% at 200 µg/mL. Among the isolated compounds, β-sitosterol and lychnopholide showed inhibitory activities of 69% and 56%, respectively at 100 µg/mL. Eremantholide C, lupeol and mixture of lupeol, αand β-amyrins did not show significant inhibitory activity of COX-1. The extracts and fractions (10%) and isolated compounds (1%) showed activities comparable to Diclofenaco gel and Arnica montanagel in carrageenan-induced paw oedema test in mice. The variation of swelling in control group was 22.4 ± 1.5 % (meam ± s.e.m.) and in groups that receivedointment with isolated compounds it was significantlylower: lupeol, α and β-amyrins (6.9 ± 2.6 %), β-sitosterol (9.6 ± 4.3 %), lychnopholide (5.3 ± 2.5 %) e eremantholide C (7.2 ± 1.7 %). The activity was comparable to Diclofenac gel (5.30 ± 1.56 %) and A. montanagel (5.73 ± 2.10 %). For evaluation of acute toxicity, the ethanolic extract (LT2) was given to albino mice of either female and male. Deaths occurreduntil the eleventh day among the animals that received the dose of 0.750 g/kg and until seventh and eighth days among the animals that received the doses of 1.125 e 1.500 g/kg respectively. In open-field test, the extract of L. trichocarpha(0.750 g/kg) induced a significant inhibition of the spontaneous locomotor activity and exploratory behavior of the animals were observed 1 and 4 hours after administration. In traction test, this dose reduced the muscular force 1 hour after administration. The exploratory behavior reduced significantly in the group that received 0.50 g/kg, 1 and 4 hours after administration of the extract. The animals that received the doses of 0.25; 0.50 and 0.75 g/kg did not show any change in biochemical parameters comparing to control group and showed subtle histopathological changes such as congestion and inflammation in kidney and liver. The dose of 1.5 g/kg caused the most serious signs of toxicity. Histopathological changes were observed, such as hemorrhage in62.5% and pulmonary congestion in 100% of the animals. Brain and liver congestion were found in 62.5% of the animals This work showed that the aerial parts of L. trichocarphacollected in August and October and its fractions have similar anti-inflammatory activities which are comparable to Diclofenac gel and Arnica montanagel, as well as the isolated substances. The species has shown more than one action mechanism for the anti-inflammatory activity and the toxicity analysis showed that the oral route is not appropriate for use, and the best way to ensure such activity is the topical route.Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.Agentes antiinflamatóriosArnica - uso terapêuticoToxicidadeSubstâncias ativasEstudo fitoquímico da fração acetato de etila, avaliação da atividade antiinflamatória in vitro e in vivo da toxicidade em camundongos de Lychnophora trichocarpha spreng.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPinfo:eu-repo/semantics/openAccessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82636http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3089/2/license.txtc2ffdd99e58acf69202dff00d361f23aMD52ORIGINALDISSERTAÇÃO_EstudoFitoquímicoFração.pdfDISSERTAÇÃO_EstudoFitoquímicoFração.pdfapplication/pdf7521014http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3089/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_EstudoFitoqu%c3%admicoFra%c3%a7%c3%a3o.pdfcf5b979a84da24759018c274fdd48f98MD51123456789/30892019-04-23 12:02:13.161oai:localhost:123456789/3089PGh0bWw+Cjxib2R5Pgo8ZGl2IGFsaWduPSJqdXN0aWZ5Ij48c3Ryb25nPkxpY2VuJmNjZWRpbDthIGRvIFJlcG9zaXQmb2FjdXRlO3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIE91cm8gUHJldG88L3N0cm9uZz4KICA8YnI+CiAgPGJyPgogIEFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbiZjY2VkaWw7YSwgdm9jJmVjaXJjOyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgdGl0dWxhcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIG9icmEgYXF1aSBkZXNjcml0YSBjb25jZWRlKG0pICZhZ3JhdmU7CiAgPGJyPgogIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIE91cm8gUHJldG8gKFVGT1ApIGdlc3RvcmEgZG8gUmVwb3NpdCZvYWN1dGU7cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgT3VybyBQcmV0bwogIDxicj4KICAoUkktVUZPUCksIG8gZGlyZWl0byBuJmF0aWxkZTtvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCBjb252ZXJ0ZXIgKGNvbW8gZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZGVwb3NpdGFkbwogIDxicj4KICBlbSBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvLCBlbGV0ciZvY2lyYztuaWNvIG91IGVtIHF1YWxxdWVyIG91dHJvIG1laW8uCiAgPGJyPgogIDxicj4KICBWb2MmZWNpcmM7KHMpIGNvbmNvcmRhKG0pIHF1ZSBhIFVGT1AsIGdlc3RvcmEgZG8gUkktVUZPUCwgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZSZ1YWN1dGU7ZG8sIGNvbnZlcnRlciBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBhCiAgPGJyPgogIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBjb20gZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YSZjY2VkaWw7JmF0aWxkZTtvLiBWb2MmZWNpcmM7KHMpIHRhbWImZWFjdXRlO20gY29uY29yZGEobSkgcXVlIGEgVUZPUCwgZ2VzdG9yYSBkbyBSSS1VRk9QLCBwb2RlCiAgPGJyPgogIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjJm9hY3V0ZTtwaWEgZGVzdGUgZGVwJm9hY3V0ZTtzaXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuJmNjZWRpbDthLCA8ZW0+YmFjay11cDwvZW0+IGUvb3UgcHJlc2VydmEmY2NlZGlsOyZhdGlsZGU7by4KICA8YnI+CiAgPGJyPgogIFZvYyZlY2lyYzsocykgZGVjbGFyYShtKSBxdWUgYSBhcHJlc2VudGEmY2NlZGlsOyZhdGlsZGU7byBkbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gJmVhY3V0ZTsgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jJmVjaXJjOyhzKSBwb2RlKG0pIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zCiAgPGJyPgogIG5lc3RhIGxpY2VuJmNjZWRpbDthLiBWb2MmZWNpcmM7KHMpIHRhbWImZWFjdXRlO20gZGVjbGFyYShtKSBxdWUgbyBlbnZpbyAmZWFjdXRlOyBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvIGUgbiZhdGlsZGU7byBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBvdXRyYQogIDxicj4KICBwZXNzb2Egb3UgaW5zdGl0dWkmY2NlZGlsOyZhdGlsZGU7by4gQ2FzbyBvIGRvY3VtZW50byBhIHNlciBkZXBvc2l0YWRvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHBhcmEgbyBxdWFsIHZvYyZlY2lyYzsocykgbiZhdGlsZGU7byBkZXQmZWFjdXRlO20gYSB0aXR1bGFyaWRhZGUKICA8YnI+CiAgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2MmZWNpcmM7KHMpIGRlY2xhcmEobSkgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3MmYXRpbGRlO28gaXJyZXN0cml0YSBkbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBjb25jZWRlciAmYWdyYXZlOwogIDxicj4KICBVRk9QLCBnZXN0b3JhIGRvIFJJLVVGT1Agb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbiZjY2VkaWw7YSBlIHF1ZSBvcyBtYXRlcmlhaXMgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zLCBlc3QmYXRpbGRlO28KICA8YnI+CiAgZGV2aWRhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvcyBlIHJlY29uaGVjaWRvcyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZSZ1YWN1dGU7ZG8gZGEgYXByZXNlbnRhJmNjZWRpbDsmYXRpbGRlO28uCiAgPGJyPgogIDxicj4KICBDQVNPIE8gVFJBQkFMSE8gREVQT1NJVEFETyBURU5IQSBTSURPIEZJTkFOQ0lBRE8gT1UgQVBPSUFETyBQT1IgVU0gJk9hY3V0ZTtSRyZBdGlsZGU7TywgUVVFIE4mQXRpbGRlO08gQSBJTlNUSVRVSSZDY2VkaWw7JkF0aWxkZTtPIERFU1RFCiAgPGJyPgogIFJFU1BPU0lUJk9hY3V0ZTtSSU86IFZPQyZFY2lyYzsgREVDTEFSQSBURVIgQ1VNUFJJRE8gVE9ET1MgT1MgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVMmQXRpbGRlO08gRSBRVUFJU1FVRVIgT1VUUkFTIE9CUklHQSZDY2VkaWw7Jk90aWxkZTtFUwogIDxicj4KICBSRVFVRVJJREFTIFBFTE8gQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLiAKICA8YnI+CiAgPGJyPgogIE8gcmVwb3NpdCZvYWN1dGU7cmlvIGlkZW50aWZpY2FyJmFhY3V0ZTsgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gYXV0b3IoZXMpIG91IHRpdHVsYXIoZXMpIGRvIGRpcmVpdG8gZGUgYXV0b3IoZXMpIGRvIGRvY3VtZW50bwogIDxicj4KICBzdWJtZXRpZG8gZSBkZWNsYXJhIHF1ZSBuJmF0aWxkZTtvIGZhciZhYWN1dGU7IHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYSZjY2VkaWw7JmF0aWxkZTtvIGFsJmVhY3V0ZTttIGRhcyBwZXJtaXRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2VuJmNjZWRpbDthLjwvcD4KPC9kaXY+CjwvYm9keT4KPC9odG1sPgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-04-23T16:02:13Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
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Toxicidade
Substâncias ativas
description As Lychnophoras(Asteraceae) são espécies nativas do Brasil, popularmente conhecidas como “arnica” e utilizadas na medicina popular em tratamentos de inflamação, dor, contusões, reumatismos e picadas de inseto. A espécie Lychnophora trichocarphafoi escolhida para um estudo fitoquímico biomonitorado e avaliação da atividade antiinflamatória in vivoe in vitropor ter se mostrado ativa em estudos prévios (FERRAZ FILHA et al., 2006, GUZZO et al., 2008) . A avaliação da toxicidadeaguda do extrato etanólico bruto também foi realizada. No estudo fitoquímico foram analisadas as partes aéreas de L. trichocarphacoletadas nos meses de agosto e outubro. Os extratos etanólicos (LT1 e LT2) foram submetidos à coluna cromatográfica de filtração originando asfrações hexânica (LTH1), acetato de etila (LTA1 e 2) e metanólica (LTM1 e 2). Das frações LTA1 e LTA2 foram isoladas as lactonas sesquiterpênicas, licnofolida e ermantolida C, o esteróide β-sitosterol, e a mistura de triterpenos pentacíclicos, lupeol, αe β-amirinas. Com o objetivo de determinar o mecanismo de ação da atividade antiinflamatória foram utilizadas metodologias in vitro.Através da metodologia do DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazila) foram observadas atividades antioxidantes de 94% para os extratos etanólicos brutos de ambas as coletas e de 69% para LTA1 na concentração de 100 µg/mL. As substâncias isoladas não apresentaram atividade antioxidante significativa pelo método avaliado. Os extratos LT1 e LT2 inibiram a xantina oxidase em 64 e 58% e as frações LTA1 e LTA2 de 77 e 41%, respectivamente, na concentração de 100 µg/mL. As substâncias isoladas não apresentaram atividade relevante quando avaliadas separadamente, sugerindo a existência de um sinergismo entre elas. Os extratos LT1 e LT2 e as frações apresentaram inibiçãoda ciclooxigenase-1 de até 100% na concentração de 200 µg/mL. Entre as substâncias isoladas, β-sitosterol e licnofolida apresentaram inibição de 69% e 56%, respectivamente, ambos na concentração de 100µg/mL. Eremantolida C, lupeol e a mistura de lupeol, αe β-amirinas não inibiram significativamente a COX-1. No método do edema de pata induzido pelacarragenina em camundongos, os extratos e frações (10%) e substâncias isoladas (1%)apresentaram atividades comparáveis ao Diclofenaco gel e à Arnica montanagel. A variação do edema no grupo controle foi de 22,4 ± 1,5 % (média ± e.p.m). Nos grupos em que foram aplicadas pomadas com as substâncias isoladas, as variações foram significativamente menores: lupeol, αe β-amirinas (6,9 ± 2,6 %), β-sitosterol (9,6 ± 4,3 %), licnofolida (5,3 ± 2,5) e eremantolida C (7,2 ± 1,7 %) e comparáveis ao Diclofenaco (5,30 ± 1,56 %) e à A. montana(5,73 ± 2,10 %). Para avaliação da toxicidade aguda, o extrato etanólico (LT2) foi administrado a camundongos albinos, machos e fêmeas. Foram observados óbitos até o décimo primeiro dia entre os animais que receberam a dose de 0,750 g/kg e até e o sétimo e oitavo dia entre os animais que receberam as doses de 1,125 e 1,500 g/kg respectivamente. Foram detectadas alterações na atividade locomotora e na capacidade exploratória dos animais que receberam a dose de 0,750 g/kg, 1 e 4 horas após a administração do extrato e alteração na força muscular 1 hora após a administração do extrato. A capacidade exploratória também foi reduzida significativamente no grupoque recebeu a dose de 0,50 g/kg 1 e 4 horas após a administração do extrato. Os animais que receberam as doses de0,25; 0,50 e 0,75 g/kg não apresentaram alterações nas dosagens bioquímicas em relação ao grupo controle e apresentaram modificações histopatológicas sutis, como congestão e inflamação renal e hepática A dose de 1,5 g/kg causou sinais de toxicidade mais graves, sendo observadas alterações histopatológicas como hemorragia em 62,5% e congestão pulmonar em 100% dos animais. No cérebro e fígado foi verificada congestão em 62,5% dos animais. O trabalho realizado mostrou que as partes aéreas de L. trichocarphacoletadas nos meses de agosto e outubro e suas frações possuematividades antiinflamatórias equivalentes e, assim como as substâncias isoladas possuem atividades comparáveis ao Diclofenaco gel e à Arnica Montanagel. A espécie mostrou possuir mais de um mecanismo de ação para a atividade antiinflamatória e as análises de toxicidade mostraram que a via oral não é indicada para o uso, sendo a via tópica adequadapara garantir tal atividade.
publishDate 2008
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