A mediação de conflitos em meio hospitalar e o direito fundamental à saúde
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
Texto Completo: | https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/76120 |
Resumo: | A concepção atual de saúde passou a ser reconhecida, principalmente, a partir da elaboração da Declaração Universal dos Direitos do Homem e da criação da Organização Mundial da Saúde, apresentando-se bem mais abrangente do que a definição que caracterizava saúde como ausência de doença. A OMS promulgou sua Constituição em 1946 e proclamou que o direito à saúde é direito de todo indivíduo, dispondo que ?a posse do melhor estado de saúde que o indivíduo pode atingir constitui um dos direitos fundamentais de todo ser humano?. A partir daí, o caminho trilhado pelos Estados, em sua maioria, encontrou sempre semelhança com o preconizado por esta Constituição. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 alçou o direito à saúde à condição de direito fundamental expressamente disposto no texto constitucional. A efetivação do direito à saúde transcende a cura da moléstia e funda-se eminentemente na prestação de um serviço de qualidade que priorize a dignidade da pessoa humana e o acompanhamento integral do paciente. A mediação se apresenta como um instrumento de auxílio nesta prática da saúde, vez que prioriza o bem-estar do indivíduo e a qualidade das relações, estimulando e desenvolvendo a participação ativa, a ponderação das dificuldades do outro e o respeito pelas diferenças. É neste sentido que se afirma e se defende que o direito à saúde deixou de ser a mera prestação de assistência médica e de prescrição de medicamentos, exigindo-se dos envolvidos nas relações hospitalares posturas ativas, solidárias, colaborativas e independentes, apresentando-se a mediação como instrumento de adequação destas práticas de saúde. |
id |
UFOR_cc005997907dead6643fe6a16b576f7d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai::76120 |
network_acronym_str |
UFOR |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
repository_id_str |
|
spelling |
A mediação de conflitos em meio hospitalar e o direito fundamental à saúdeDireitos fundamentaisMediação e conciliaçãoA concepção atual de saúde passou a ser reconhecida, principalmente, a partir da elaboração da Declaração Universal dos Direitos do Homem e da criação da Organização Mundial da Saúde, apresentando-se bem mais abrangente do que a definição que caracterizava saúde como ausência de doença. A OMS promulgou sua Constituição em 1946 e proclamou que o direito à saúde é direito de todo indivíduo, dispondo que ?a posse do melhor estado de saúde que o indivíduo pode atingir constitui um dos direitos fundamentais de todo ser humano?. A partir daí, o caminho trilhado pelos Estados, em sua maioria, encontrou sempre semelhança com o preconizado por esta Constituição. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 alçou o direito à saúde à condição de direito fundamental expressamente disposto no texto constitucional. A efetivação do direito à saúde transcende a cura da moléstia e funda-se eminentemente na prestação de um serviço de qualidade que priorize a dignidade da pessoa humana e o acompanhamento integral do paciente. A mediação se apresenta como um instrumento de auxílio nesta prática da saúde, vez que prioriza o bem-estar do indivíduo e a qualidade das relações, estimulando e desenvolvendo a participação ativa, a ponderação das dificuldades do outro e o respeito pelas diferenças. É neste sentido que se afirma e se defende que o direito à saúde deixou de ser a mera prestação de assistência médica e de prescrição de medicamentos, exigindo-se dos envolvidos nas relações hospitalares posturas ativas, solidárias, colaborativas e independentes, apresentando-se a mediação como instrumento de adequação destas práticas de saúde.The current conception of health was first acknowledged mainly from the elaboration of Human Rights Universal Declaration and the creation of the World Health Organization, after the two world wars, thus much broader than the definition that once characterized health as the absence of diseases. The World Health Organization ? WHO - promulgated its Constitution in 1946 and proclaimed that the right to health shall be extended to any individual, by stressing out that ?the best state of health that the individual can reach constitutes one of the basic rights of all human being?. From that day on, the way followed by most States, with respect to an agreed concept of health, has always been much the same as that established by this Constitution. In Brazil, the Federal Constitution of 1988 elevated the right to health to the condition of a primary right laid out in the constitutional text. The effectiveness of the right to health exceeds the cure of a disease; it is essentially based on the rendering of a high standard service that prioritizes the dignity of a human being and a thorough health care. Mediation then presents itself as a powerful tool aiming at the practice of health, in that it prioritizes the welfare of the individual and the quality of the relations, thus stimulating and developing active participation, awareness, consideration of the difficulties of a third party and respect for the peculiarities. The concern about the best practice for the conflicts related to the health system is a proof that the rendering of these services must be bound to the perspective that the health of the patient is not dependent only on his physical state of health. In this way, it is claimed that the right to health is no longer a question of medical care and medication, it rather requires, from those directly involved in medical treatment, positive attitudes, solidarity, cooperation and independence, in order to present mediation as the adequate tool for these practices of healthSales, Lília Maia de MoraisSales, Lília Maia de MoraisUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Direito ConstitucionalAndrade, Denise Almeida de2007info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/76120https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/2286Disponibilidade forma física: Existe obra em CD-Rom de código : 74796porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::76120Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A mediação de conflitos em meio hospitalar e o direito fundamental à saúde |
title |
A mediação de conflitos em meio hospitalar e o direito fundamental à saúde |
spellingShingle |
A mediação de conflitos em meio hospitalar e o direito fundamental à saúde Andrade, Denise Almeida de Direitos fundamentais Mediação e conciliação |
title_short |
A mediação de conflitos em meio hospitalar e o direito fundamental à saúde |
title_full |
A mediação de conflitos em meio hospitalar e o direito fundamental à saúde |
title_fullStr |
A mediação de conflitos em meio hospitalar e o direito fundamental à saúde |
title_full_unstemmed |
A mediação de conflitos em meio hospitalar e o direito fundamental à saúde |
title_sort |
A mediação de conflitos em meio hospitalar e o direito fundamental à saúde |
author |
Andrade, Denise Almeida de |
author_facet |
Andrade, Denise Almeida de |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Sales, Lília Maia de Morais Sales, Lília Maia de Morais Universidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Direito Constitucional |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Andrade, Denise Almeida de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Direitos fundamentais Mediação e conciliação |
topic |
Direitos fundamentais Mediação e conciliação |
description |
A concepção atual de saúde passou a ser reconhecida, principalmente, a partir da elaboração da Declaração Universal dos Direitos do Homem e da criação da Organização Mundial da Saúde, apresentando-se bem mais abrangente do que a definição que caracterizava saúde como ausência de doença. A OMS promulgou sua Constituição em 1946 e proclamou que o direito à saúde é direito de todo indivíduo, dispondo que ?a posse do melhor estado de saúde que o indivíduo pode atingir constitui um dos direitos fundamentais de todo ser humano?. A partir daí, o caminho trilhado pelos Estados, em sua maioria, encontrou sempre semelhança com o preconizado por esta Constituição. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 alçou o direito à saúde à condição de direito fundamental expressamente disposto no texto constitucional. A efetivação do direito à saúde transcende a cura da moléstia e funda-se eminentemente na prestação de um serviço de qualidade que priorize a dignidade da pessoa humana e o acompanhamento integral do paciente. A mediação se apresenta como um instrumento de auxílio nesta prática da saúde, vez que prioriza o bem-estar do indivíduo e a qualidade das relações, estimulando e desenvolvendo a participação ativa, a ponderação das dificuldades do outro e o respeito pelas diferenças. É neste sentido que se afirma e se defende que o direito à saúde deixou de ser a mera prestação de assistência médica e de prescrição de medicamentos, exigindo-se dos envolvidos nas relações hospitalares posturas ativas, solidárias, colaborativas e independentes, apresentando-se a mediação como instrumento de adequação destas práticas de saúde. |
publishDate |
2007 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2007 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/76120 |
url |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/76120 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/2286 Disponibilidade forma física: Existe obra em CD-Rom de código : 74796 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR instname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR) instacron:UNIFOR |
instname_str |
Universidade de Fortaleza (UNIFOR) |
instacron_str |
UNIFOR |
institution |
UNIFOR |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR) |
repository.mail.fl_str_mv |
bib@unifor.br||bib@unifor.br |
_version_ |
1800408694431678464 |