Destino da aflatoxina B1 durante a produção de cerveja artesanal a partir de malte de trigo contaminado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aquino, Karine Peixoto de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26381
Resumo: Grãos de trigo podem ser contaminados por fungos toxigenicos, que em condições favoráveis produzem micotoxinas. Dentre as micotoxinas, a aflatoxina B1 (AFB1) se destaca devido aos efeitos carcinogênicos ao homem e aos animais. Embora grãos de trigo sejam maltados para utilização na produção de cerveja artesanal em condições que favorecem a produção de AFB1, pouco é sabido sobre o destino desta micotoxina durante a produção da cerveja. Esta pesquisa aborda a quantificação dos teores de AFB1 nas diferentes etapas da produção da cerveja artesanal de trigo, bem como no produto final elaborado com malte de trigo contaminado. Ainda, foi realizada a contagem de células de levedura durante a fermentação, e a quantificação de açúcares, ácidos orgânicos, álcoois e compostos fenólicos durante as etapas da produção. Por fim, foram verificados os parâmetros de qualidade do produto final, incluindo pH, densidade, cor, extrato seco e acidez. Os açucares identificados em maior quantidade nas amostras analisadas durante a produção da cerveja foram maltose (57.95 ± 1.00 mg/L), no mosto doce, e glicose (14.76 ± 0.02 mg/L) no mosto (M), respectivamente. Os principais compostos fenólicos identificados no mosto o principal fenólico foi o ácido clorogênico (0.88 ± 0.02 mg/L) e no mosto doce o ácido siríngico (SW = 4.06 ± 0.03 mg/L). Na cerveja (produto final) os fenólicos majoritários foram a procianidina A2 (56.05 ± 0.03 mg/L), seguido por catequina (15.04 ± 0.02 mg/L), ácido caftárico (1.88 ± 0.02 mg/L). Os álcoois presentes nas amostras finais (mosto doce e cerveja) foram etanol e glicerol, sendo que o etanol foi detectado em quantidades adequadas (42.51± 0.02 mg/L) para uma cerveja artesanal, de acordo com dados da literatura para esse tipo de cerveja. Os valores de pH nas amostras contaminadas foram os mesmos das amostras não contaminadas, variando apenas na faixa de 0,03 - 0,20. A acidez teve um decréscimo de 0,16 ao comparar as amostras M e B. A cor L* variou de 4,8 nas amostras M e B assim como a* e b* variaram de 0,3 e 0,19 entre as mesmas amostras citadas. O TDE variou consideravelmente entre as amostras M e B, com um decréscimo de 10,97. O número total de células estava na faixa de 108 células/ml para cada lote de fermentação. A viabilidade das leveduras foi variável de acordo com a presença do contaminante na amostra selecionada. Em relação a determinação de AFB1, de acordo com os resultados, a AFB1 foi detectada em todas as amostras coletadas durante a fabricação de cerveja artesanal de trigo feita com malte de trigo contaminado. As concentrações variam de 1,23–0,71μg/kg para amostras sólidas e 0,34–0,11μg/L para amostras líquidas. A produção de AFB1 no malte de trigo (WM) e grão de malte (MG) foi de 1,23 μg/kg e 1,01 μg/kg, respectivamente. Estes resultados alertam para a necessidade do monitoramento e determinação de limites para (AFB1) em cerveja artesanal de trigo.
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spelling 2023-03-06T14:23:20Z2024-02-012023-03-06T14:23:20Z2022-09-28https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26381Grãos de trigo podem ser contaminados por fungos toxigenicos, que em condições favoráveis produzem micotoxinas. Dentre as micotoxinas, a aflatoxina B1 (AFB1) se destaca devido aos efeitos carcinogênicos ao homem e aos animais. Embora grãos de trigo sejam maltados para utilização na produção de cerveja artesanal em condições que favorecem a produção de AFB1, pouco é sabido sobre o destino desta micotoxina durante a produção da cerveja. Esta pesquisa aborda a quantificação dos teores de AFB1 nas diferentes etapas da produção da cerveja artesanal de trigo, bem como no produto final elaborado com malte de trigo contaminado. Ainda, foi realizada a contagem de células de levedura durante a fermentação, e a quantificação de açúcares, ácidos orgânicos, álcoois e compostos fenólicos durante as etapas da produção. Por fim, foram verificados os parâmetros de qualidade do produto final, incluindo pH, densidade, cor, extrato seco e acidez. Os açucares identificados em maior quantidade nas amostras analisadas durante a produção da cerveja foram maltose (57.95 ± 1.00 mg/L), no mosto doce, e glicose (14.76 ± 0.02 mg/L) no mosto (M), respectivamente. Os principais compostos fenólicos identificados no mosto o principal fenólico foi o ácido clorogênico (0.88 ± 0.02 mg/L) e no mosto doce o ácido siríngico (SW = 4.06 ± 0.03 mg/L). Na cerveja (produto final) os fenólicos majoritários foram a procianidina A2 (56.05 ± 0.03 mg/L), seguido por catequina (15.04 ± 0.02 mg/L), ácido caftárico (1.88 ± 0.02 mg/L). Os álcoois presentes nas amostras finais (mosto doce e cerveja) foram etanol e glicerol, sendo que o etanol foi detectado em quantidades adequadas (42.51± 0.02 mg/L) para uma cerveja artesanal, de acordo com dados da literatura para esse tipo de cerveja. Os valores de pH nas amostras contaminadas foram os mesmos das amostras não contaminadas, variando apenas na faixa de 0,03 - 0,20. A acidez teve um decréscimo de 0,16 ao comparar as amostras M e B. A cor L* variou de 4,8 nas amostras M e B assim como a* e b* variaram de 0,3 e 0,19 entre as mesmas amostras citadas. O TDE variou consideravelmente entre as amostras M e B, com um decréscimo de 10,97. O número total de células estava na faixa de 108 células/ml para cada lote de fermentação. A viabilidade das leveduras foi variável de acordo com a presença do contaminante na amostra selecionada. Em relação a determinação de AFB1, de acordo com os resultados, a AFB1 foi detectada em todas as amostras coletadas durante a fabricação de cerveja artesanal de trigo feita com malte de trigo contaminado. As concentrações variam de 1,23–0,71μg/kg para amostras sólidas e 0,34–0,11μg/L para amostras líquidas. A produção de AFB1 no malte de trigo (WM) e grão de malte (MG) foi de 1,23 μg/kg e 1,01 μg/kg, respectivamente. Estes resultados alertam para a necessidade do monitoramento e determinação de limites para (AFB1) em cerveja artesanal de trigo.Wheat grains can be contaminated by oxygen fungi, which under conditions can tolerate mycotoxins. Among the mycotoxins, aflatoxin B1 (AFB1) stands out due to its carcinogenic effects on humans and animals. Although wheat grains are malted for use in artisanal production under conditions that favor the production of AFB1, little is known about the fate of this mycotoxin during beer production. This research addresses the quantification of the different theories of AFB1 in the stages of production of wheat craft beer, as well as in the final product made with contaminated wheat malt. Furthermore, it was a count of fermentation cells during fermentation, and a quantification of sugars, organics, alcohols and phenolic compounds during the stages of organic production. Finally, the quality parameters of the final product were selected, including pH, density, dry density and description. Those identified during the highest amount in their maltose beers (5700 mg/L), in the wort ± 1 mg/L, in the sweet wort. The main phenolic compounds did not identify the wort, the main phenolic was chlorogenic acid (0.88 ± 0.02 mg/L) and not the sweet wort, the syringic acid (SW = 4.06 ± 0.03 mg/L). In beer (final product) the major phenolics were procyanidin A2 (56.05 ± 0.03 mg/L), followed by catechin (15.04 ± 0.02 mg/L), caftaric acid (1.88 ± 0 .02 mg/L). The craft beer alcohols accords to a craft beer to that of ethanol with data. The pH values in the contaminated samples were the same as in the uncontaminated samples, ranging from 0.03 - 0.20. A had a decrease of 0.16 when comparing samples M and B. The color L* varied from 4.8 in samples M and B as well as a* and b* varied from 0.3 and 0.19 between the same samples. cited. The TDE varied considerably between samples M and B, with a decrease of 10.97. The total number of cells in the range of 108 cells/ml for each fermentation batch. The possibility of yeasts was variable according to the presence of the selected contaminant. In wheat AFB1 determination was made, according to the results, AFB1 was elaborated in all samples collected during the brewing of beer with contaminated wheat malt. As –/ 0.23 g follow-up 1.23.7μgkg for continuous sequences4 and 0.3μL.1μL for liquid samples The production of AFB1 in wheat malt (WM) and malt grain (MG) was 1.23 μg /kg and 1.01 μg/kg, respectively. These results alert to the need for monitoring and determination of limits for (AFB1) in wheat craft beer.Submitted by Fernando Augusto Alves Vieira (fernandovieira@biblioteca.ufpb.br) on 2023-02-27T11:29:06Z No. of bitstreams: 3 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) KarinePeixotoDeAquino_Dissert.pdf: 1261283 bytes, checksum: b9c280788c23e347af27d3b6247a7c97 (MD5) KarinePeixotoDeAquino_Dissert_Ficha_SIGAA.pdf: 2101 bytes, checksum: d6b5cfe0a34d368f00ce3006ec9e7553 (MD5)Approved for entry into archive by Biblioteca Digital de Teses e Dissertações BDTD (bdtd@biblioteca.ufpb.br) on 2023-03-06T14:23:20Z (GMT) No. of bitstreams: 3 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) KarinePeixotoDeAquino_Dissert.pdf: 1261283 bytes, checksum: b9c280788c23e347af27d3b6247a7c97 (MD5) KarinePeixotoDeAquino_Dissert_Ficha_SIGAA.pdf: 2101 bytes, checksum: d6b5cfe0a34d368f00ce3006ec9e7553 (MD5)Made available in DSpace on 2023-03-06T14:23:20Z (GMT). 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description Grãos de trigo podem ser contaminados por fungos toxigenicos, que em condições favoráveis produzem micotoxinas. Dentre as micotoxinas, a aflatoxina B1 (AFB1) se destaca devido aos efeitos carcinogênicos ao homem e aos animais. Embora grãos de trigo sejam maltados para utilização na produção de cerveja artesanal em condições que favorecem a produção de AFB1, pouco é sabido sobre o destino desta micotoxina durante a produção da cerveja. Esta pesquisa aborda a quantificação dos teores de AFB1 nas diferentes etapas da produção da cerveja artesanal de trigo, bem como no produto final elaborado com malte de trigo contaminado. Ainda, foi realizada a contagem de células de levedura durante a fermentação, e a quantificação de açúcares, ácidos orgânicos, álcoois e compostos fenólicos durante as etapas da produção. Por fim, foram verificados os parâmetros de qualidade do produto final, incluindo pH, densidade, cor, extrato seco e acidez. Os açucares identificados em maior quantidade nas amostras analisadas durante a produção da cerveja foram maltose (57.95 ± 1.00 mg/L), no mosto doce, e glicose (14.76 ± 0.02 mg/L) no mosto (M), respectivamente. Os principais compostos fenólicos identificados no mosto o principal fenólico foi o ácido clorogênico (0.88 ± 0.02 mg/L) e no mosto doce o ácido siríngico (SW = 4.06 ± 0.03 mg/L). Na cerveja (produto final) os fenólicos majoritários foram a procianidina A2 (56.05 ± 0.03 mg/L), seguido por catequina (15.04 ± 0.02 mg/L), ácido caftárico (1.88 ± 0.02 mg/L). Os álcoois presentes nas amostras finais (mosto doce e cerveja) foram etanol e glicerol, sendo que o etanol foi detectado em quantidades adequadas (42.51± 0.02 mg/L) para uma cerveja artesanal, de acordo com dados da literatura para esse tipo de cerveja. Os valores de pH nas amostras contaminadas foram os mesmos das amostras não contaminadas, variando apenas na faixa de 0,03 - 0,20. A acidez teve um decréscimo de 0,16 ao comparar as amostras M e B. A cor L* variou de 4,8 nas amostras M e B assim como a* e b* variaram de 0,3 e 0,19 entre as mesmas amostras citadas. O TDE variou consideravelmente entre as amostras M e B, com um decréscimo de 10,97. O número total de células estava na faixa de 108 células/ml para cada lote de fermentação. A viabilidade das leveduras foi variável de acordo com a presença do contaminante na amostra selecionada. Em relação a determinação de AFB1, de acordo com os resultados, a AFB1 foi detectada em todas as amostras coletadas durante a fabricação de cerveja artesanal de trigo feita com malte de trigo contaminado. As concentrações variam de 1,23–0,71μg/kg para amostras sólidas e 0,34–0,11μg/L para amostras líquidas. A produção de AFB1 no malte de trigo (WM) e grão de malte (MG) foi de 1,23 μg/kg e 1,01 μg/kg, respectivamente. Estes resultados alertam para a necessidade do monitoramento e determinação de limites para (AFB1) em cerveja artesanal de trigo.
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