EMPREGO (E NÃO EMPREGO) DE DETERMINANTES EM TEXTOS ESCRITOS POR SURDOS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Caderno de Letras (Pelotas. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/cadernodeletras/article/view/16893 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi investigar quais fatores linguísticos e extralinguísticos regem a variação entre o Emprego e o Não Emprego de Determinantes em contextos em que o Emprego seria obrigatório em Português. Observaram-se 40 redações de 40 indivíduos surdos que apresentam a Libras como L1 e o Português na modalidade escrita como L2. Seguiu-se o quadro teórico metodológico da Sociolinguística Variacionista, e partiu-se da premissa de que a produção textual em Português de grande parte dos surdos ainda está em estágio de "interlíngua". Formularam-se duas hipóteses: a primeira é a hipótese de que variante "gramatical" (Emprego de Determinante) seria própria do Português e a variante "não gramatical" (Não Emprego de Determinante) seria uma influência da Libras; a segunda é a hipótese de que a variação também é determinada pela influência de outros fatores, internos ao sistema linguístico, e não somente pela L1. Os resultados indicam que, quanto aos fatores extralinguísticos, o Não Emprego de Determinantes é desfavorecido quando os indivíduos adquiriram a Libras entre 6 e 12 anos de idade, e quando eles apresentam nível de Escolaridade Superior; quanto ao fatores linguísticos, os resultados nos mostram que o Não Emprego é favorecido quando o núcleo do sintagma apresentar o traço [- Humano] (e não o [+ Humano]) e quando estiver no Singular (e não no Plural). Os resultados indicam que a variação no Português de surdos é sistemática e motivada, e não simplesmente fruto do acaso ou de um erro resultante intrinsecamente da condição da surdez, o que é um mito frequente entre os leitores da escrita de surdos.Palavras-chave: Bilinguismo de Surdos; variação sociolinguística; determinantes. |
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EMPREGO (E NÃO EMPREGO) DE DETERMINANTES EM TEXTOS ESCRITOS POR SURDOSO objetivo deste trabalho foi investigar quais fatores linguísticos e extralinguísticos regem a variação entre o Emprego e o Não Emprego de Determinantes em contextos em que o Emprego seria obrigatório em Português. Observaram-se 40 redações de 40 indivíduos surdos que apresentam a Libras como L1 e o Português na modalidade escrita como L2. Seguiu-se o quadro teórico metodológico da Sociolinguística Variacionista, e partiu-se da premissa de que a produção textual em Português de grande parte dos surdos ainda está em estágio de "interlíngua". Formularam-se duas hipóteses: a primeira é a hipótese de que variante "gramatical" (Emprego de Determinante) seria própria do Português e a variante "não gramatical" (Não Emprego de Determinante) seria uma influência da Libras; a segunda é a hipótese de que a variação também é determinada pela influência de outros fatores, internos ao sistema linguístico, e não somente pela L1. Os resultados indicam que, quanto aos fatores extralinguísticos, o Não Emprego de Determinantes é desfavorecido quando os indivíduos adquiriram a Libras entre 6 e 12 anos de idade, e quando eles apresentam nível de Escolaridade Superior; quanto ao fatores linguísticos, os resultados nos mostram que o Não Emprego é favorecido quando o núcleo do sintagma apresentar o traço [- Humano] (e não o [+ Humano]) e quando estiver no Singular (e não no Plural). Os resultados indicam que a variação no Português de surdos é sistemática e motivada, e não simplesmente fruto do acaso ou de um erro resultante intrinsecamente da condição da surdez, o que é um mito frequente entre os leitores da escrita de surdos.Palavras-chave: Bilinguismo de Surdos; variação sociolinguística; determinantes.Universidade Federal de Pelotas2020-01-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/cadernodeletras/article/view/1689310.15210/cdl.v0i35.16893Caderno de Letras; n. 35 (2019): Bilinguismo e multilinguismo; 167-1782358-14090102-957610.15210/cdl.v0i35reponame:Caderno de Letras (Pelotas. Online)instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELporhttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/cadernodeletras/article/view/16893/10996Copyright (c) 2020 Caderno de Letrasinfo:eu-repo/semantics/openAccessAlmeida, Dayane Celestino deAraújo, Deisieli Mirela Libralão de2021-07-02T14:30:59Zoai:ojs.ufpel:article/16893Revistahttps://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/indexPUBhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/oaicadernodeletras@ufpel.edu.br||cadernodeletras@ufpel.edu.br|| hjcribeiro@gmail.com|| fonseca.claudialorena@gmail.com2358-14090102-9576opendoar:2021-07-02T14:30:59Caderno de Letras (Pelotas. Online) - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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O objetivo deste trabalho foi investigar quais fatores linguísticos e extralinguísticos regem a variação entre o Emprego e o Não Emprego de Determinantes em contextos em que o Emprego seria obrigatório em Português. Observaram-se 40 redações de 40 indivíduos surdos que apresentam a Libras como L1 e o Português na modalidade escrita como L2. Seguiu-se o quadro teórico metodológico da Sociolinguística Variacionista, e partiu-se da premissa de que a produção textual em Português de grande parte dos surdos ainda está em estágio de "interlíngua". Formularam-se duas hipóteses: a primeira é a hipótese de que variante "gramatical" (Emprego de Determinante) seria própria do Português e a variante "não gramatical" (Não Emprego de Determinante) seria uma influência da Libras; a segunda é a hipótese de que a variação também é determinada pela influência de outros fatores, internos ao sistema linguístico, e não somente pela L1. Os resultados indicam que, quanto aos fatores extralinguísticos, o Não Emprego de Determinantes é desfavorecido quando os indivíduos adquiriram a Libras entre 6 e 12 anos de idade, e quando eles apresentam nível de Escolaridade Superior; quanto ao fatores linguísticos, os resultados nos mostram que o Não Emprego é favorecido quando o núcleo do sintagma apresentar o traço [- Humano] (e não o [+ Humano]) e quando estiver no Singular (e não no Plural). Os resultados indicam que a variação no Português de surdos é sistemática e motivada, e não simplesmente fruto do acaso ou de um erro resultante intrinsecamente da condição da surdez, o que é um mito frequente entre os leitores da escrita de surdos.Palavras-chave: Bilinguismo de Surdos; variação sociolinguística; determinantes. |
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