As enunciações da Resolução N°5/12 e da BNCC nas disputas pelo campo discursivo da educação escolar indígena
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Data de Publicação: | 2023 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52183 |
Resumo: | Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada para o território nacional no ano de 2017 (Ensino Fundamenta) e 2018 (Ensino Médio), é exigido que os currículos, em todos os níveis, sejam regulados ou normatizados pelos critérios de uma aprendizagem comum especificada na base – limitando o desenvolvimento de currículos nas suas dimensões locais. Posteriormente, no ano de 2019, é debatido o Plano de Educação Escolar Indígena (PNEEI), sendo um dos pontos a execução da BNCC em todas as escolas indígenas do país. A base também apaga os sentidos curriculares instituídos pela Resolução N°5/12, como se essa não existisse. Tomamos essa premissa para estabelecer o objetivo geral desta pesquisa, que é compreender as enunciações da Resolução N°5/12 e da BNCC nas disputas pelo campo discursivo da Educação Escolar Indígena. Em um panorama geral, partimos da seguinte questão: a Resolução N°5/12 e a BNCC, como enunciações, entram em disputas pelo campo discursivo da EEI, as duas normativas com suas visões distintas: a Resolução N°5/12 como um discurso que efetiva a educação intercultural através de lutas e demandas indígenas e a BNCC que constitui uma prática discursiva que despolitiza e concebe os povos indígenas como um conteúdo curricular celebrativo/folclorizado do multiculturalismo em perspectiva neoliberal. Como metodologia, utilizaremos a perspectiva arqueológica da análise do discurso de Michel Foucault (1987). Esta busca compreender como determinados enunciados são organizados em uma regularidade para produzir determinado discurso enquanto poder-saber para um efeito de verdade – discurso único. |
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Posteriormente, no ano de 2019, é debatido o Plano de Educação Escolar Indígena (PNEEI), sendo um dos pontos a execução da BNCC em todas as escolas indígenas do país. A base também apaga os sentidos curriculares instituídos pela Resolução N°5/12, como se essa não existisse. Tomamos essa premissa para estabelecer o objetivo geral desta pesquisa, que é compreender as enunciações da Resolução N°5/12 e da BNCC nas disputas pelo campo discursivo da Educação Escolar Indígena. Em um panorama geral, partimos da seguinte questão: a Resolução N°5/12 e a BNCC, como enunciações, entram em disputas pelo campo discursivo da EEI, as duas normativas com suas visões distintas: a Resolução N°5/12 como um discurso que efetiva a educação intercultural através de lutas e demandas indígenas e a BNCC que constitui uma prática discursiva que despolitiza e concebe os povos indígenas como um conteúdo curricular celebrativo/folclorizado do multiculturalismo em perspectiva neoliberal. Como metodologia, utilizaremos a perspectiva arqueológica da análise do discurso de Michel Foucault (1987). Esta busca compreender como determinados enunciados são organizados em uma regularidade para produzir determinado discurso enquanto poder-saber para um efeito de verdade – discurso único.CAPESWith the National Common Curricular Base (BNCC), approved for the national territory in 2017 (Fundamental Education) and 2018 (Secondary Education), it is required that curricula, at all levels, be regulated or standardized by the criteria of a common learning process specified in the basis – limiting or developing curricula in their local dimensions. Later, in 2019, the Indigenous School Education Plan (PNEEI) was debated, with two points implemented by the BNCC in all indigenous schools in the country. With good reason, it also disconnects the curricular meanings established by Resolution n.o 5/12, as they do not exist. We start from this premise to establish the general objective of this research, which is to understand the statements of Resolution no 5/12 and of the BNCC in the disputes for the discursive field of Indigenous School Education. In an overview, we start from the following question: Resolution no 5/12 and the BNCC, as statements, enter into dispute in the discursive field of the EEI, the two regulations with their different views: Resolution no 5/12 as a discourse that effectively intercultural education through indigenous struggles and demands, and the BNCC, which constitutes a discursive practice that depoliticizes and conceives indigenous peoples as a celebratory/folklorized curriculum content of multiculturalism in a neoliberal perspective. As a methodology, we will use the archaeological perspective of Michel Foucault's discourse analysis (1987). It seeks to understand how certain statements are organized in a regularity to produce a certain discourse as power-knowledge for an effect of truth – the unique discourse.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAAUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessIndígenas - EducaçãoEnsino - LegislaçãoBNCC (Base Nacional Comum Curricular)Análise do discursoNeoliberalismoEducação interculturalAs enunciações da Resolução N°5/12 e da BNCC nas disputas pelo campo discursivo da educação escolar indígenainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Adrião da Silva Mendes.pdfDISSERTAÇÃO Adrião da Silva Mendes.pdfapplication/pdf2077887https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52183/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Adri%c3%a3o%20da%20Silva%20Mendes.pdf34e035839b8916ce5e9aef82c1f71676MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada para o território nacional no ano de 2017 (Ensino Fundamenta) e 2018 (Ensino Médio), é exigido que os currículos, em todos os níveis, sejam regulados ou normatizados pelos critérios de uma aprendizagem comum especificada na base – limitando o desenvolvimento de currículos nas suas dimensões locais. Posteriormente, no ano de 2019, é debatido o Plano de Educação Escolar Indígena (PNEEI), sendo um dos pontos a execução da BNCC em todas as escolas indígenas do país. A base também apaga os sentidos curriculares instituídos pela Resolução N°5/12, como se essa não existisse. Tomamos essa premissa para estabelecer o objetivo geral desta pesquisa, que é compreender as enunciações da Resolução N°5/12 e da BNCC nas disputas pelo campo discursivo da Educação Escolar Indígena. Em um panorama geral, partimos da seguinte questão: a Resolução N°5/12 e a BNCC, como enunciações, entram em disputas pelo campo discursivo da EEI, as duas normativas com suas visões distintas: a Resolução N°5/12 como um discurso que efetiva a educação intercultural através de lutas e demandas indígenas e a BNCC que constitui uma prática discursiva que despolitiza e concebe os povos indígenas como um conteúdo curricular celebrativo/folclorizado do multiculturalismo em perspectiva neoliberal. Como metodologia, utilizaremos a perspectiva arqueológica da análise do discurso de Michel Foucault (1987). Esta busca compreender como determinados enunciados são organizados em uma regularidade para produzir determinado discurso enquanto poder-saber para um efeito de verdade – discurso único. |
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