A relação entre compreensão leitora e prosódia em crianças
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
dARK ID: | ark:/64986/0013000007h68 |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29503 |
Resumo: | A compreensão leitora consiste na construção de significados, por meio de geração de inferências, ao articular informações explícitas no texto com o conhecimento de mundo do leitor. A prosódia, faceta da fluência em leitura ao lado da precisão e automatismo, se caracteriza pelo uso apropriado do fraseado e da expressividade para transmitir um significado ao longo de um texto. A relação entre compreensão leitora e prosódia ainda é tema controverso nas pesquisas. Sobre isso, foram identificados quatro grupos de pesquisas: 1) a prosódia é um indicador da compreensão leitora; 2) a prosódia tem efeito facilitador sobre a compreensão leitora; 3) há uma relação de reciprocidade entre esses dois construtos; e 4) há pouca relação evidente entre esses dois construtos. A presente pesquisa buscou esclarecer essa discussão por meio de dois estudos: Estudo 1) examinou a relação entre prosódia e compreensão leitora em crianças no 3º e no 5º ano, e Estudo 2) examinou essa relação de maneira mais específica, explorando o papel da prosódia na situação de leitura (oral vs. silenciosa), bem como na leitura de textos marcados por diferentes tipos de discurso (discurso direto vs. discurso indireto). A prosódia foi avaliada por meio da leitura de texto em voz alta, sendo em seguida utilizada a Escala Multidimensional da Fluência. A compreensão leitora foi avaliada com enfoque em perguntas inferenciais, realizadas após a leitura dos textos. Após a análise dos dados, por meio da avalição de juízes independentes, foi utilizado o SPSS para tratamento estatístico dos resultados. Os resultados do Estudo 1 apontam que a relação entre prosódia e compreensão leitora muda ao longo da escolaridade. No 3º ano, observou-se esta relação, sendo que o fraseado se sobressaiu em relação às outras dimensões da prosódia. Por sua vez, no 5º ano, essa a relação se mostrou ainda mais forte, mas não houve uma dimensão da prosódia que se destacou em relação às outras. Os resultados do Estudo 2 corroboram com o grupo de pesquisas que defende a prosódia como facilitadora da compreensão, pois crianças com escores mais altos em prosódia também apresentaram respostas de compreensão mais sofisticadas. Além disso, a leitura oral e o texto marcado pelo discurso direto também propiciaram respostas de compreensão mais sofisticadas, em crianças com escores baixos ou altos em prosódia. São apontadas perspectivas para pesquisas futuras e implicações educacionais. |
id |
UFPE_1b4b42c290bc2b8ba63125849a70aa74 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/29503 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
BARROS, Maria Tarciana de Almeidahttp://lattes.cnpq.br/3240256266376510http://lattes.cnpq.br/9699640984791832SPINILLO, Alina Galvão2019-02-26T22:16:37Z2019-02-26T22:16:37Z2017-12-06https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29503ark:/64986/0013000007h68A compreensão leitora consiste na construção de significados, por meio de geração de inferências, ao articular informações explícitas no texto com o conhecimento de mundo do leitor. A prosódia, faceta da fluência em leitura ao lado da precisão e automatismo, se caracteriza pelo uso apropriado do fraseado e da expressividade para transmitir um significado ao longo de um texto. A relação entre compreensão leitora e prosódia ainda é tema controverso nas pesquisas. Sobre isso, foram identificados quatro grupos de pesquisas: 1) a prosódia é um indicador da compreensão leitora; 2) a prosódia tem efeito facilitador sobre a compreensão leitora; 3) há uma relação de reciprocidade entre esses dois construtos; e 4) há pouca relação evidente entre esses dois construtos. A presente pesquisa buscou esclarecer essa discussão por meio de dois estudos: Estudo 1) examinou a relação entre prosódia e compreensão leitora em crianças no 3º e no 5º ano, e Estudo 2) examinou essa relação de maneira mais específica, explorando o papel da prosódia na situação de leitura (oral vs. silenciosa), bem como na leitura de textos marcados por diferentes tipos de discurso (discurso direto vs. discurso indireto). A prosódia foi avaliada por meio da leitura de texto em voz alta, sendo em seguida utilizada a Escala Multidimensional da Fluência. A compreensão leitora foi avaliada com enfoque em perguntas inferenciais, realizadas após a leitura dos textos. Após a análise dos dados, por meio da avalição de juízes independentes, foi utilizado o SPSS para tratamento estatístico dos resultados. Os resultados do Estudo 1 apontam que a relação entre prosódia e compreensão leitora muda ao longo da escolaridade. No 3º ano, observou-se esta relação, sendo que o fraseado se sobressaiu em relação às outras dimensões da prosódia. Por sua vez, no 5º ano, essa a relação se mostrou ainda mais forte, mas não houve uma dimensão da prosódia que se destacou em relação às outras. Os resultados do Estudo 2 corroboram com o grupo de pesquisas que defende a prosódia como facilitadora da compreensão, pois crianças com escores mais altos em prosódia também apresentaram respostas de compreensão mais sofisticadas. Além disso, a leitura oral e o texto marcado pelo discurso direto também propiciaram respostas de compreensão mais sofisticadas, em crianças com escores baixos ou altos em prosódia. São apontadas perspectivas para pesquisas futuras e implicações educacionais.The reading comprehension consists in the construction of meanings, through the generation of inferences, by articulating explicit information in the text with the reader's world knowledge. The prosody, facet of fluency in reading along with precision and automatism, is characterized by the proper use of phrasing and expressiveness to convey meaning throughout a text. The relationship between reading comprehension and prosody is still a controversial theme in the researches. About this, four research groups were identified: 1) the prosody is an indicator of reading comprehension; 2) the prosody has a facilitating effect on reading comprehension; 3) there is a reciprocal relationship between these two constructs; and 4) there is low evident relationship between these two constructs. The present research sought to clarify this discussion through two studies: Study 1) examined the relationship between prosody and comprehension of texts in children in the 3rd and 5th grades, and Study 2) examined this relationship more specifically, exploring the role of prosody in the situation of reading (oral vs. silent), as well as in the reading of texts marked by different types of discourse (direct discourse vs. indirect discourse). The prosody was evaluated by reading texts aloud, and then using the Multidimensional Fluency Scale. The reading comprehension was evaluated with a focus on inferential questions, performed after reading the texts. After the analysis of the data, through the evaluation of independent judges, the SPSS was used for statistical treatment of the results. The results of Study 1 indicate that the relationship between prosody and reading comprehension changes throughout schooling. In the 3rd grade, this relation was observed, being that the phrasing was outstanding when compared to the other dimensions of prosody. In turn, in the 5th grade, this relationship was even stronger, but there was not a dimension of prosody that stood out in relation to the others. The results of Study 2 corroborate with the research group that advocates prosody as a facilitator of comprehension, since children with higher prosody scores also presented more sophisticated comprehension responses. In addition, oral reading and text marked by direct speech also provided more sophisticated comprehension responses, in children with low or high scores in prosody. The facilitating role of prosody in understanding is discussed as an important educational implication. Prospects are pointed out for future research and educational implications.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Psicologia CognitivaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPsicologia cognitivaCrianças - Livros e leituraCompreensão na leituraProsódiaA relação entre compreensão leitora e prosódia em criançasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Maria Tarciana de Almeida Barros.pdf.jpgTESE Maria Tarciana de Almeida Barros.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1216https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29503/5/TESE%20Maria%20Tarciana%20de%20Almeida%20Barros.pdf.jpg1d8d4ae2044bef235ed2f3f86a31009fMD55ORIGINALTESE Maria Tarciana de Almeida Barros.pdfTESE Maria Tarciana de Almeida Barros.pdfapplication/pdf892652https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29503/1/TESE%20Maria%20Tarciana%20de%20Almeida%20Barros.pdfdc0735e756e7efb4187e0c15da3655e5MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29503/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29503/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE Maria Tarciana de Almeida Barros.pdf.txtTESE Maria Tarciana de Almeida Barros.pdf.txtExtracted texttext/plain196290https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29503/4/TESE%20Maria%20Tarciana%20de%20Almeida%20Barros.pdf.txtd6676ad96a9781660bcd6bd5ac7edec6MD54123456789/295032019-10-25 08:03:55.759oai:repositorio.ufpe.br:123456789/29503TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T11:03:55Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A relação entre compreensão leitora e prosódia em crianças |
title |
A relação entre compreensão leitora e prosódia em crianças |
spellingShingle |
A relação entre compreensão leitora e prosódia em crianças BARROS, Maria Tarciana de Almeida Psicologia cognitiva Crianças - Livros e leitura Compreensão na leitura Prosódia |
title_short |
A relação entre compreensão leitora e prosódia em crianças |
title_full |
A relação entre compreensão leitora e prosódia em crianças |
title_fullStr |
A relação entre compreensão leitora e prosódia em crianças |
title_full_unstemmed |
A relação entre compreensão leitora e prosódia em crianças |
title_sort |
A relação entre compreensão leitora e prosódia em crianças |
author |
BARROS, Maria Tarciana de Almeida |
author_facet |
BARROS, Maria Tarciana de Almeida |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3240256266376510 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9699640984791832 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
BARROS, Maria Tarciana de Almeida |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
SPINILLO, Alina Galvão |
contributor_str_mv |
SPINILLO, Alina Galvão |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Psicologia cognitiva Crianças - Livros e leitura Compreensão na leitura Prosódia |
topic |
Psicologia cognitiva Crianças - Livros e leitura Compreensão na leitura Prosódia |
description |
A compreensão leitora consiste na construção de significados, por meio de geração de inferências, ao articular informações explícitas no texto com o conhecimento de mundo do leitor. A prosódia, faceta da fluência em leitura ao lado da precisão e automatismo, se caracteriza pelo uso apropriado do fraseado e da expressividade para transmitir um significado ao longo de um texto. A relação entre compreensão leitora e prosódia ainda é tema controverso nas pesquisas. Sobre isso, foram identificados quatro grupos de pesquisas: 1) a prosódia é um indicador da compreensão leitora; 2) a prosódia tem efeito facilitador sobre a compreensão leitora; 3) há uma relação de reciprocidade entre esses dois construtos; e 4) há pouca relação evidente entre esses dois construtos. A presente pesquisa buscou esclarecer essa discussão por meio de dois estudos: Estudo 1) examinou a relação entre prosódia e compreensão leitora em crianças no 3º e no 5º ano, e Estudo 2) examinou essa relação de maneira mais específica, explorando o papel da prosódia na situação de leitura (oral vs. silenciosa), bem como na leitura de textos marcados por diferentes tipos de discurso (discurso direto vs. discurso indireto). A prosódia foi avaliada por meio da leitura de texto em voz alta, sendo em seguida utilizada a Escala Multidimensional da Fluência. A compreensão leitora foi avaliada com enfoque em perguntas inferenciais, realizadas após a leitura dos textos. Após a análise dos dados, por meio da avalição de juízes independentes, foi utilizado o SPSS para tratamento estatístico dos resultados. Os resultados do Estudo 1 apontam que a relação entre prosódia e compreensão leitora muda ao longo da escolaridade. No 3º ano, observou-se esta relação, sendo que o fraseado se sobressaiu em relação às outras dimensões da prosódia. Por sua vez, no 5º ano, essa a relação se mostrou ainda mais forte, mas não houve uma dimensão da prosódia que se destacou em relação às outras. Os resultados do Estudo 2 corroboram com o grupo de pesquisas que defende a prosódia como facilitadora da compreensão, pois crianças com escores mais altos em prosódia também apresentaram respostas de compreensão mais sofisticadas. Além disso, a leitura oral e o texto marcado pelo discurso direto também propiciaram respostas de compreensão mais sofisticadas, em crianças com escores baixos ou altos em prosódia. São apontadas perspectivas para pesquisas futuras e implicações educacionais. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-12-06 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-02-26T22:16:37Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-02-26T22:16:37Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29503 |
dc.identifier.dark.fl_str_mv |
ark:/64986/0013000007h68 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29503 |
identifier_str_mv |
ark:/64986/0013000007h68 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29503/5/TESE%20Maria%20Tarciana%20de%20Almeida%20Barros.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29503/1/TESE%20Maria%20Tarciana%20de%20Almeida%20Barros.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29503/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29503/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29503/4/TESE%20Maria%20Tarciana%20de%20Almeida%20Barros.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
1d8d4ae2044bef235ed2f3f86a31009f dc0735e756e7efb4187e0c15da3655e5 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 d6676ad96a9781660bcd6bd5ac7edec6 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1815172749900906496 |