O eu e os outros: uma análise da heterogeneidade enunciativa do sujeito na produção acadêmica
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17291 |
Resumo: | Esta dissertação analisa o fenômeno da heterogeneidade enunciativa na produção acadêmica. O trabalho se situa no campo da Linguística da Enunciação. Partimos da defesa de que a língua não deve ser vista somente como um sistema de combinação de signos, mas, sobretudo como linguagem engendrada por um sujeito. Diante disso, o objetivo geral da pesquisa consiste em analisar como o sujeito faz uso das aspas de conotação autonímica na produção discursiva acadêmica, ancorando-se na teoria discursiva de Authier-Revuz (2014a, 2014b, 2014c, 2004, 2001, 1998b, 1994, 1990 e 1982). Com a finalidade de preparar o leitor para a essência do trabalho, apresentamos as caracterizações do discurso acadêmico. Em seguida, iniciamos a fundamentação teórica da pesquisa, apresentando uma percepção do percurso evolutivo do campo da enunciação, o qual vai desde Saussure, passa por Benveniste e continua com Bakhtin. Ao finalizarmos os fundamentos teóricos da dissertação, visitamos os principais postulados de Lacan, por meio dos quais buscamos uma articulação entre a linguística e a psicanálise, para chegarmos à teoria de Authier-Revuz sobre a heterogeneidade enunciativa do sujeito no discurso, a qual se apresenta de dois tipos: a heterogeneidade mostrada, que pode ser marcada ou não marcada e a heterogeneidade constitutiva. Duas categorias de análise guiam a nossa investigação: (a): Características do discurso do eu e dos outros no emprego das aspas de conotação autonímica; e (b): Caracterizações a respeito dos tipos de aspas de conotação autonímica. O corpus de nossa dissertação é a tese de doutorado em linguística intitulada Gramáticas Brasileiras Contemporâneas do Português: Linhas de Continuidade e Movimentos de Ruptura com o Paradigma Tradicional de Gramatização, defendida em abril de 2015, de autoria de Francisco Eduardo Vieira da Silva, da qual analisamos a introdução e o capítulo 1. Investigamos excertos de enunciados da tese de Silva que contêm aspas de conotação autonímica, tais como as aspas de diferenciação, de condescendência, de proteção, de questionamento ofensivo e de ênfase. Os resultados atestam que as aspas não se propõem ao dizer explícito. Cada discurso aparece dialeticamente como unitário, de uma face, e como plural, se considerarmos a outra face do mesmo, sendo isso que o faz heterogêneo. Nos termos que são aspeados, o sentido que as aspas produzem no enunciado do sujeito é guardado à distância. Dessa maneira, percebemos que as aspas são uma espécie de sinal a ser decifrado no fio do discurso. Em suma, o leitor pode se aproximar, seja um pouco mais, seja um pouco menos da concepção do autor, o eu do discurso, desde que realize uma manobra metalinguística contextualizada e historicizada, recuperando o outro presente na cena discursiva. |
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MACEDO, Ezequiel Bezerra Izaias deRODRIGUES, Siane Gois Cavalcanti2016-07-08T16:30:53Z2016-07-08T16:30:53Z2016-02-18https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17291ark:/64986/001300000h06wEsta dissertação analisa o fenômeno da heterogeneidade enunciativa na produção acadêmica. O trabalho se situa no campo da Linguística da Enunciação. Partimos da defesa de que a língua não deve ser vista somente como um sistema de combinação de signos, mas, sobretudo como linguagem engendrada por um sujeito. Diante disso, o objetivo geral da pesquisa consiste em analisar como o sujeito faz uso das aspas de conotação autonímica na produção discursiva acadêmica, ancorando-se na teoria discursiva de Authier-Revuz (2014a, 2014b, 2014c, 2004, 2001, 1998b, 1994, 1990 e 1982). Com a finalidade de preparar o leitor para a essência do trabalho, apresentamos as caracterizações do discurso acadêmico. Em seguida, iniciamos a fundamentação teórica da pesquisa, apresentando uma percepção do percurso evolutivo do campo da enunciação, o qual vai desde Saussure, passa por Benveniste e continua com Bakhtin. Ao finalizarmos os fundamentos teóricos da dissertação, visitamos os principais postulados de Lacan, por meio dos quais buscamos uma articulação entre a linguística e a psicanálise, para chegarmos à teoria de Authier-Revuz sobre a heterogeneidade enunciativa do sujeito no discurso, a qual se apresenta de dois tipos: a heterogeneidade mostrada, que pode ser marcada ou não marcada e a heterogeneidade constitutiva. Duas categorias de análise guiam a nossa investigação: (a): Características do discurso do eu e dos outros no emprego das aspas de conotação autonímica; e (b): Caracterizações a respeito dos tipos de aspas de conotação autonímica. O corpus de nossa dissertação é a tese de doutorado em linguística intitulada Gramáticas Brasileiras Contemporâneas do Português: Linhas de Continuidade e Movimentos de Ruptura com o Paradigma Tradicional de Gramatização, defendida em abril de 2015, de autoria de Francisco Eduardo Vieira da Silva, da qual analisamos a introdução e o capítulo 1. Investigamos excertos de enunciados da tese de Silva que contêm aspas de conotação autonímica, tais como as aspas de diferenciação, de condescendência, de proteção, de questionamento ofensivo e de ênfase. Os resultados atestam que as aspas não se propõem ao dizer explícito. Cada discurso aparece dialeticamente como unitário, de uma face, e como plural, se considerarmos a outra face do mesmo, sendo isso que o faz heterogêneo. Nos termos que são aspeados, o sentido que as aspas produzem no enunciado do sujeito é guardado à distância. Dessa maneira, percebemos que as aspas são uma espécie de sinal a ser decifrado no fio do discurso. Em suma, o leitor pode se aproximar, seja um pouco mais, seja um pouco menos da concepção do autor, o eu do discurso, desde que realize uma manobra metalinguística contextualizada e historicizada, recuperando o outro presente na cena discursiva.Cette recherche analyse le phénomène de l’hétérogénéité énonciative dans la production académique. Le travail se situe dans le champ de la Linguistique de l’Enonciation. Nous soutenons que la langue ne doit être vue que comme un system de combinaison de signes mais surtout comme un langage joué par un sujet. De ce fait, l’objectif général de la recherche est d’analyser la façon avec laquelle le sujet utilise les guillemets de conotation autonimique dans la production discoursive, sur le soutien de la théorie d’Authier-Revuz (2014a, 2014b, 2014c, 2004, 2001, 1998b, 1994, 1990 e 1982). Avec le but de préparer le lecteur pour l’essentiel du travail, nous présentons les caractérisations du discours académique. Ensuite, nous commençons la fondamentation théorique en présentant une vue du parcours évolutif du domaine de l’énonciation, qui vient depuis Saussure, continue chez Benveniste et se poursuit par les axiomes de Bachtine. Puis nous finissons cette fondamentation, en visitant les principaux postulats de Lacan, pour trouver une articulation entre la linguistique et la psychanalyse, afin que nous puissions arriver à la théorie d’Authier-Revuz en ce qui concerne l’hétérogénéité énonciative du sujet dans le discours, sur laquelle nous pouvons observer deux types : l’hétérogénéité montrée, qui peut être marquée ou non marquée et l’hétérogénéité constitutive. Deux cathégories d’analyse guident notre recherche : (a) Caractéristiques du parcours du moi et des autres dans l’emploi des guillemets de conotation autonimique ; et (b) Caractérisations des types de guillemets de conotation autonimique. Le corpus de notre travail est la thèse de doctorat en linguistique qui s’appelle Grammaires Brésiliennes Contemporaines du Portugais : Lignes de Continuité et Mouvements de Rupture avec le Paradigme Traditionnel de Grammatisation, soutenue en avril 2015, dont l’auteur est Francisco Eduardo Vieira da Silva, de laquelle nous analysons l’introduction et le premier chapitre. Nous étudions des énoncés dans la thèse de Silva qui contient des guillemets de conotation autonimique comme, par exemple, les guillemets de diférenciation, de condescendence, de protection, de questionnement offensif et d’emphase. Les résultats montrent que les guillemets ne se proposent pas au dit explicite. Chaque discours apparaît dialetiquement comme unique, d’une côté, et comme pluriel, si l’on considère son autre face et c’est cela qui le fait hétérogène. Dans les termes qui ont des guillemets, le sens qu’ils produisent dans les enoncés sont gardés à distance. De cette façon, nous percevons que les guillemets sont comme une espèce de trace qui doit être déchiffrée au sein du discours. Bref, le lecteur peut se rapprocher, soit un peut plus, soit un peut moins de la conception de l’auteur, qui est le moi du discours, à partir du moment qu’il exécute une maneuvre métalinguistique contextualisée et historicisée, en récupérant l’autre, qui est présent à la scène discoursive.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLinguística.Análise do discursoComunicação escritaRedação acadêmicaEnsino superiorO eu e os outros: uma análise da heterogeneidade enunciativa do sujeito na produção acadêmicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissert_EzequielBezerra_BC.pdf.jpgDissert_EzequielBezerra_BC.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1276https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17291/5/Dissert_EzequielBezerra_BC.pdf.jpgf36d861f68a62f2f62f149d16602fdc4MD55ORIGINALDissert_EzequielBezerra_BC.pdfDissert_EzequielBezerra_BC.pdfapplication/pdf842806https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17291/1/Dissert_EzequielBezerra_BC.pdfc7966d70669361b373ffa861fb4e99eaMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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