A Pessoa Cega e a Comunicação Humana: Um Estudos das Representações Sociais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Siebra, Isabela Rocha
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000006cp2
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16259
Resumo: A deficiência visual e a sua inclusão na sociedade têm se tornado algo mais comum no dia-a-dia das pessoas, mas, apesar dessa mudança, a verdadeira inclusão ainda não se instituiu plenamente. A comunicação apresenta uma das principais variáveis para a ocorrência de inclusão de pessoas com deficiência visual, pois quando se constrói um ambiente comunicacional favorável, elas passam a ter condições básicas de participação junto à sociedade. Dessa forma, o objetivo do presente estudo é conhecer as representações sociais de pessoas com cegueira e de pessoas videntes acerca da pessoa cega e a comunicação humana. A coleta foi realizada em duas etapas, inicialmente, através da técnica de associação livre como acesso às representações dos grupos, na qual os sujeitos eram solicitados a emitir evocações que se remetessem ao termo indutor “ser cego”, dando base ao Procedimento de Classificações Múltiplas (PCM). A amostra da pesquisa para esta etapa foi constituída por 50 pessoas cegas (Grupo A), 60 videntes que convivem com pessoas cegas (Grupo B) e 65 videntes que não convivem (Grupo C). No método PCM utilizou-se a classificação livre e classificação dirigida, a partir das palavras mais citadas na etapa de associação livre. Para esta etapa, a amostra foi constituída por 25 do Grupo A, 35 do Grupo B e 40 do Grupo C. Na classificação livre os sujeitos eram solicitados a agruparem os itens da primeira etapa, mais o termo indutor, de forma que encontrassem semelhanças entre si. Já na classificação dirigida, os participantes teriam que ordenar os itens de acordo com o grau de associação com o termo “ser cego”. Para melhor compreender a estrutura da Representação Social, a análise dos dados aconteceu por meio da Análise de Menores Espaços – SSA, que estabelecem a estruturação do campo das representações e foi utilizada a Teoria das Facetas que proporciona um apoio para a análise em questão. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos e a pesquisa foi realizada no município do Crato – Ce. O SSA apresenta áreas que mostra o posicionamento dos itens em cada grupo, diante disso, quatro regiões expressaram a representação dos sujeitos: Autonomia, Comunicação humana, Obstáculos à inclusão e Aspectos emocionais negativos. Verificou-se que o grupo A, que vivencia a cegueira, acredita em um bom desempenho comunicativo através do auxílio de outros sentidos e para este grupo, os fatores negativos foram os menos relacionados à deficiência. O grupo B, que conhece o dia-a-dia da pessoa cega, representou os fatores que abordam as dificuldades diárias como os mais relevantes, apesar de conhecer e acreditar nas potencialidades de cada um. Para o grupo C, que não tem convívio com pessoas cegas, os fatores negativos aparecem como os mais predominantes em relação à cegueira. Diante do exposto, conclui-se que os grupos representam de maneira distinta a relação ser cego e a comunicação humana e que, quanto mais se vive a realidade da pessoa cega, mais esta deficiência é relacionada a aspectos positivos, distante da representação de quem não convive e não conhece.
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spelling Siebra, Isabela Rochahttp://lattes.cnpq.br/6108730498633062Roazzi, AntônioLira, Zulina Souza de2016-04-01T15:24:26Z2016-04-01T15:24:26Z2015-10-05https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16259ark:/64986/0013000006cp2A deficiência visual e a sua inclusão na sociedade têm se tornado algo mais comum no dia-a-dia das pessoas, mas, apesar dessa mudança, a verdadeira inclusão ainda não se instituiu plenamente. A comunicação apresenta uma das principais variáveis para a ocorrência de inclusão de pessoas com deficiência visual, pois quando se constrói um ambiente comunicacional favorável, elas passam a ter condições básicas de participação junto à sociedade. Dessa forma, o objetivo do presente estudo é conhecer as representações sociais de pessoas com cegueira e de pessoas videntes acerca da pessoa cega e a comunicação humana. A coleta foi realizada em duas etapas, inicialmente, através da técnica de associação livre como acesso às representações dos grupos, na qual os sujeitos eram solicitados a emitir evocações que se remetessem ao termo indutor “ser cego”, dando base ao Procedimento de Classificações Múltiplas (PCM). A amostra da pesquisa para esta etapa foi constituída por 50 pessoas cegas (Grupo A), 60 videntes que convivem com pessoas cegas (Grupo B) e 65 videntes que não convivem (Grupo C). No método PCM utilizou-se a classificação livre e classificação dirigida, a partir das palavras mais citadas na etapa de associação livre. Para esta etapa, a amostra foi constituída por 25 do Grupo A, 35 do Grupo B e 40 do Grupo C. Na classificação livre os sujeitos eram solicitados a agruparem os itens da primeira etapa, mais o termo indutor, de forma que encontrassem semelhanças entre si. Já na classificação dirigida, os participantes teriam que ordenar os itens de acordo com o grau de associação com o termo “ser cego”. Para melhor compreender a estrutura da Representação Social, a análise dos dados aconteceu por meio da Análise de Menores Espaços – SSA, que estabelecem a estruturação do campo das representações e foi utilizada a Teoria das Facetas que proporciona um apoio para a análise em questão. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos e a pesquisa foi realizada no município do Crato – Ce. O SSA apresenta áreas que mostra o posicionamento dos itens em cada grupo, diante disso, quatro regiões expressaram a representação dos sujeitos: Autonomia, Comunicação humana, Obstáculos à inclusão e Aspectos emocionais negativos. Verificou-se que o grupo A, que vivencia a cegueira, acredita em um bom desempenho comunicativo através do auxílio de outros sentidos e para este grupo, os fatores negativos foram os menos relacionados à deficiência. O grupo B, que conhece o dia-a-dia da pessoa cega, representou os fatores que abordam as dificuldades diárias como os mais relevantes, apesar de conhecer e acreditar nas potencialidades de cada um. Para o grupo C, que não tem convívio com pessoas cegas, os fatores negativos aparecem como os mais predominantes em relação à cegueira. Diante do exposto, conclui-se que os grupos representam de maneira distinta a relação ser cego e a comunicação humana e que, quanto mais se vive a realidade da pessoa cega, mais esta deficiência é relacionada a aspectos positivos, distante da representação de quem não convive e não conhece.The visually impaired and their inclusion in society have become something more common in day-to-day lives, but in spite of this change, the real inclusion is not yet fully established. The communication presents one of the main variables for the occurrence of inclusion of people with visual impairment, as when building a favorable communication environment, they now have the basic conditions of participation in society. Thus, the aim of this study is to understand the social representations of people with blindness and sighted people about the blind person and human communication. Data collection was conducted in two stages, initially, through the technique of free association as access to representations of the groups, in which subjects were asked to issue evocations that refers the inducing term "be blind", giving basis to Multiple Classifications Procedure (MCP). The survey sample for this stage consisted of 50 blind people (Group A), 60 seers who live with blind people (Group B) and 65 seers who do not live (Group C). In the MCP method used to free classification and directed classification, from the words most frequently mentioned in free association step. For this step, the sample consisted of 25 in Group A, 35 in Group B and 40 in Group C. In free classification the subjects were asked to group together items from the first step, plus the inductor term, so they found similarities between itself. In the run classification, participants would have to sort the items according to the degree of association with the term "be blind". To better understand the structure of Social Representation, the analysis of the data happened through the Smallest Space Analysis - SSA that establish the structure of the field of representations and we used the Theory of Facets which provides support for the analysis in question. The project was submitted to the Research Ethics Committee in Human Beings and the survey was conducted in the municipality of Crato - Ce. The SSA has areas showing the placement of items in each group, before that, four regions expressed the representation of subjects: Autonomy, Human Communication, Barriers to inclusion and negative emotional aspects. It was found that the group A, who experience blindness, believe in a good communicative performance through the help of other senses and for this group, the negative factors were the least related to disability. Group B, who knows the day-to-day blind person, represented the factors that address the daily difficulties as the most relevant, although know and believe in the potential of each. For group C, which has no contact with blind people, the negative factors emerge as being the most prevalent in relation to blindness. Given the above, it is concluded that the groups represent differently the relationship be blind and human communication and that the more one lives the reality of the blind person, the more this deficiency is related to positive aspects, apart from the representation of those who do not lives and do not know.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Saude da Comunicacao HumanaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCegueiraComunicaçãoRepresentações SociaisInclusãoBlindnessCommunicationSocial RepresentationsInclusionA Pessoa Cega e a Comunicação Humana: Um Estudos das Representações Sociaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILPESSOA CEGA E COMUNICAÇÃO HUMANA.pdf.jpgPESSOA CEGA E COMUNICAÇÃO HUMANA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1272https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16259/5/PESSOA%20CEGA%20E%20COMUNICA%c3%87%c3%83O%20HUMANA.pdf.jpg819f7bd075585538763b2355664fae65MD55ORIGINALPESSOA CEGA E COMUNICAÇÃO HUMANA.pdfPESSOA CEGA E COMUNICAÇÃO HUMANA.pdfapplication/pdf3265799https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16259/1/PESSOA%20CEGA%20E%20COMUNICA%c3%87%c3%83O%20HUMANA.pdfa15b2b1c85ebe00f0d733cdb586477e3MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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