Trilha interpretativa e educação ambiental : uma caminhada pela caatinga rumo à Pedra do Reino

• Autor(a) principal: COSTA, Paula Maria Alves Pereira Marques da
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39690
• topic: Biologia – estudo e ensino; Educação não formal; Educação ambiental

O sertão pernambucano possui diversas áreas de riquezas ambientais e culturais disponíveis para realização do ensino de biologia em espaços não formais, onde os professores podem trabalhar os conteúdos curriculares da disciplina de forma interdisciplinar. Assim, os objetivos desta pesquisa foram abordar experiências histórico-culturais e ambientais a partir da construção e vivência de uma trilha interpretativa, em área de caatinga, no Sítio Histórico da Pedra do Reino (São José do Belmonte-PE), e construir um recurso didático para orientar os professores na implantação da sequência. A sequência didática foi aplicada aos estudantes do 2º ano do ensino médio em uma escola pública do sertão de Pernambuco. Inicialmente, ocorreu a construção da trilha interpretativa na caminhada à Pedra do Reino e do aplicativo para smartphone. Posteriormente, foi realizada uma sondagem dos conhecimentos acerca do domínio Caatinga e sobre o Movimento Sebastianista que ocorreu no local de estudo, seguida de uma aula temática. No terceiro momento, foi vivenciada a trilha interpretativa com os alunos. No quarto momento, ocorreu a socialização dos conhecimentos científico e cultural numa exposição. A trilha interpretativa foi construída e os conceitos de Biologia a serem trabalhados nela foram determinados e estruturado num roteiro dividido em nove pontos de interpretação ao longo do percurso linear e autoguiado de 2.312 metros. Contemplando os conteúdos de diferentes disciplinas, como sebastianismo (História), arte armorial (Artes) e formações rochosas (Geografia). A vivência das etapas estimulou a observação, a reflexão e a interação sobre a temática de forma contextualizada. Constataram-se mudanças na percepção ambiental apresentada pelos alunos em decorrência dos novos conhecimentos ambientais adquiridos a partir da interação aluno-professor e aluno-aluno na exposição dialogada, na interpretação dos relatos dos diários de bordo da trilha vivenciada e nas resenhas fotográficas elaboradas pelos estudantes. Conclui-se que as aulas em espaços não formais, quando planejadas e executadas com criatividade, atendem com êxito às expectativas de exercitar valores cognitivos. Além disso, possibilita que conteúdos de diferentes disciplinas sejam abordados em uma única visita, já que a apresentação dos temas ocorre de forma naturalmente correlacionada. Destaca-se,ainda, o produto direcionado aos docentes interessados em desenvolver aulas de campo a partir da construção e vivência de trilhas interpretativas.