Aprender a classificar nos anos iniciais do Ensino Fundamental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CABRAL, Paula Cristina Moreira
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000009gcw
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22284
Resumo: A aprendizagem da Estatística vem sendo proposta desde o Ensino Fundamental como reflexo da sociedade atual que passa a lidar cada vez mais com uma grande quantidade de dados. Assim, é fundamental compreender essas informações sistematizadas e, principalmente, saber realizar pesquisas e sistematizar as informações a partir de seus interesses. Para tal, é importante inserir a criança no universo da pesquisa. Na realização de uma pesquisa é preciso compreender a importância de cada uma de suas fases e suas interpelações, considerando todas as etapas de um ciclo investigativo. Nesse estudo estamos interessados em uma dessas etapas: a classificação dos dados. Para organizar as informações, sejam elas em tabelas ou gráficos, é necessário saber classificar. Dessa forma, é de extrema importância levar aos alunos a criarem ou descobrirem critérios de classificação e não somente que eles conheçam determinadas classificações prontas. Nesse sentido, essa pesquisa teve como objetivo investigar a aprendizagem de alunos do 4º ano do Ensino Fundamental sobre a habilidade de classificar, considerando diferentes tipos de habilidades relacionadas à classificação. Participaram do estudo 103 alunos de três escolas públicas da Região Metropolitana do Recife organizados em três grupos: G1 – participava de uma sequência de atividades que envolvia a compreensão do descritor/critério; G2 – participava de uma sequência de atividades que envolvia a reflexão sobre elemento, classe e descritor/critério; G3 – não participava de sequencias de atividades, se constituindo como grupo controle. Foi realizado um pré-teste, uma sequência de atividades de ensino (grupos G1 e G2) e dois pós-testes com cada grupo. A sequência de atividades realizada em cada turma ocorreu em três dias, com aproximadamente duas horas de duração cada uma. Os resultados revelaram que os alunos dos três grupos apresentaram um fraco desempenho no pré-teste, demonstrando dificuldades em criar critérios para classificar livremente. Entretanto, após as vivencias das crianças nas sequencias de atividades foram observados avanços significativos na aprendizagem dos grupos G1 e G2 e não no G3. Dessa forma, fica evidente a possibilidade de aprendizagem dos alunos em criar critérios de classificação, independente do tipo de intervenção. Assim, podemos afirmar que alunos dos anos iniciais quando levados a refletir sobre como classificar demonstram capacidade e facilidade para aprender e compreender que há uma diversidade de critérios que podem ser utilizados desde que atenda as propriedades de exclusividade e exaustividade.
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Para organizar as informações, sejam elas em tabelas ou gráficos, é necessário saber classificar. Dessa forma, é de extrema importância levar aos alunos a criarem ou descobrirem critérios de classificação e não somente que eles conheçam determinadas classificações prontas. Nesse sentido, essa pesquisa teve como objetivo investigar a aprendizagem de alunos do 4º ano do Ensino Fundamental sobre a habilidade de classificar, considerando diferentes tipos de habilidades relacionadas à classificação. Participaram do estudo 103 alunos de três escolas públicas da Região Metropolitana do Recife organizados em três grupos: G1 – participava de uma sequência de atividades que envolvia a compreensão do descritor/critério; G2 – participava de uma sequência de atividades que envolvia a reflexão sobre elemento, classe e descritor/critério; G3 – não participava de sequencias de atividades, se constituindo como grupo controle. Foi realizado um pré-teste, uma sequência de atividades de ensino (grupos G1 e G2) e dois pós-testes com cada grupo. A sequência de atividades realizada em cada turma ocorreu em três dias, com aproximadamente duas horas de duração cada uma. Os resultados revelaram que os alunos dos três grupos apresentaram um fraco desempenho no pré-teste, demonstrando dificuldades em criar critérios para classificar livremente. Entretanto, após as vivencias das crianças nas sequencias de atividades foram observados avanços significativos na aprendizagem dos grupos G1 e G2 e não no G3. Dessa forma, fica evidente a possibilidade de aprendizagem dos alunos em criar critérios de classificação, independente do tipo de intervenção. Assim, podemos afirmar que alunos dos anos iniciais quando levados a refletir sobre como classificar demonstram capacidade e facilidade para aprender e compreender que há uma diversidade de critérios que podem ser utilizados desde que atenda as propriedades de exclusividade e exaustividade.The fact that there are proposals to teach Statistics in Elementary school is a reflection of how modern society deals with ever-increasing amounts of information. Understanding these systematized data is fundamental, especially knowing how to research and systematize the information based on one’s interests. Therefore, it is important to introduce children to the world of research. When carrying out research, one needs to understand the importance of each phase and its interpellations, considering every step of an investigative cycle. In this study we are interested in one of these steps: the classification of data. To organize information, be it in tables or graphs, one needs to know how to classify it. Thus, it is extremely important to lead students to create or discover classification criteria; it is not sufficient that they know certain accepted classifications. To this end, the goal of this research was to investigate how students from the 4th grade of elementary school learned about the ability to classify, considering different types of abilities related to classification. 103 students from 3 public schools in the greater Recife area took part in the study. They were organized into three groups: G1 participated in a sequence of activities that involved understanding descriptor/criteria; G2 participated in a sequence of activities that involved reflection about element, class, and descriptor/criteria; and G3, who did not participate in any sequence of activities, acted as a control group. Students did a pre-test, a sequence of teaching activities (for the G1 and G2 groups), and two post-tests for each group. The sequence of activities with each group took place over three days, for about two hours each day. The results reveal that students from all three groups had low performance on the pre-test, demonstrating difficulties in creating criteria for free classification. However, after the children participated in the sequences of activities, we were able to observe significant advances in learning in groups G1 and G2, but not in G3. This provides evidence that it is possible to teach students to create classification criteria, independent of the type of intervention. Thus, we can deduce that students from the early years of elementary school, when led to reflect on how to classify, demonstrate the capacity and have no difficulty in learning and understanding that there is a range of criteria that can be used, as long as these respect the properties of exclusivity and completeness.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Educacao Matematica e TecnologicaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEstatísticaClassificaçãoEnsino aprendizagemAnos IniciaisAprender a classificar nos anos iniciais do Ensino Fundamentalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILCABRAL,2016 CLASSIFICAÇÃO- MÍDIA.pdf.jpgCABRAL,2016 CLASSIFICAÇÃO- MÍDIA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1448https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/22284/5/CABRAL%2c2016%20CLASSIFICA%c3%87%c3%83O-%20M%c3%8dDIA.pdf.jpgd48bd6b9675e4c070aa081cc89630297MD55ORIGINALCABRAL,2016 CLASSIFICAÇÃO- MÍDIA.pdfCABRAL,2016 CLASSIFICAÇÃO- MÍDIA.pdfapplication/pdf6786673https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/22284/1/CABRAL%2c2016%20CLASSIFICA%c3%87%c3%83O-%20M%c3%8dDIA.pdff08a9006039a32ba05a18c6706ec435fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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