Marcação no contato linguístico: o português falado pelos Latundê

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: AMORIM, Gustavo da Silveira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27675
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spelling AMORIM, Gustavo da Silveirahttp://lattes.cnpq.br/5869849326245449http://lattes.cnpq.br/9868929094681867LIMA, Stella Virginia Telles de Araujo Pereira2018-11-22T17:38:45Z2018-11-22T17:38:45Z2015-03-10https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27675ark:/64986/001300000t8jrLIMA, Stella Virginia Telles de Araujo Pereira, também é conhecida em citações bibliográficas por: TELLES, StellaO presente trabalho é o resultado de um estudo sobre a Marcação no Contato Linguístico entre o Latundê e o Português. Trata-se de uma investigação com base na abordagem tipológica da linguística visando à elucidação das unidades mais e as menos marcadas que são, ou não, transferidas no processo de acomodação dos inventários fonéticos de ambas as línguas. Utilizamos como base os pressupostos teóricos defendidos por CROFT (1990), JAKOBSON, (1953), BATTISTELLA (1996), MATRAS & ELSIK (2006) e LACY (2006) para a descrição dos universais linguísticos e da marcação. No que tange ao contato linguístico, nos respaldamos nas reflexões de ROMAINE (2000) THOMASON (2001), AIKHENVALD (2007) e HYMES (1971). Para descrição linguística e histórica dos Latundê, nos baseamos em TELLES (2002), ANOMBY (2009) e PRICE (1977). No que tange ao aporte fonético para descrição do contato entre ambas as línguas, nos valemos dos escritos de WEINREICH (1953), BISOL (1996), VAN COETSEM (1988) e MATRAS (2009). Quanto às análises, nos fundamentamos nas observações de SPENCER (1996) LASS (2000) e RICE (2007). O nosso corpus é formado de trinta horas de fala, transcritas foneticamente de acordo com IPA, de vinte informantes da comunidade Latundê. Os dados fazem parte do acervo do NEI (Núcleo de Estudos Indigenistas) da UFPE. A partir da nossa pesquisa chegamos à conclusão que: os mais jovens tendem a não transferir os padrões mais marcados da sua língua para a língua adquirida, enquanto os mais velhos reproduzem com menor frequência, os padrões mais marcados do Português; alguns contextos licenciam, enquanto outros bloqueiam a marcação, gerando um caráter variável que demonstra o quão conflitante é a situação do contato; embora não haja uma padronização, no que tange à estrutura silábica, o padrão CV é o mais recorrente, e menos marcado, corroborando o que apregoa os pressupostos da tipologia linguística, os processos que envolvem perda e permuta de segmentos são mais numerosos e mais marcados, dos que os que envolvem ganho de segmento; os fonemas não presentes no inventário fonológico do Latundê tendem a ser apagados ou reinterpretados pelo segmento mais próximo do Português; quanto à manutenção ou perda, o comportamento dos traços mais marcados do Latundê depende, não categoricamente, da fonologia do Português, a marcação não está condicionada apenas aos universais linguísticos, mas às especificidades da língua.The present work describes phenomena of phonological transference of Latundê, a Brazilian indigenous language, in Portuguese, in language contact situation. The observed phenomena were examined under the light of the assumptions of Linguistic Marking in its typological approach. As basis, we used CROFT (1990), JAKOBSON, (1953), BATTISTELLA (1996), MATRAS ELSIK (2006) and LACY (2006) studies, for the description of linguistic universals and marking. About language contact, we were supported by the reflections of ROMAINE (2000) THOMASON (2001), AIKHENVALD (2007) and HYMES (1971). For the linguistic and historical description of Latundê, we were based on TELLES (2002), ANOMBY (2009) and PRICE (1977). About the phonology of Portuguese, we were supported by BISOL (1996). For description of the contact between both languages we used the writings of WEINREICH (1953), VAN COETSEM (1988) and MATRAS (2009). The one of phonological phenomena observed was backed in SPENCER (1996) LASS (2000) and RICE (2007). Our corpus is formed of thirty hours of talk, phonetically transcribed according to IPA. In the survey, we used the speech production of 20 individuals from the Ladundê people, among these, 8 belonging to the pre-contact generation with the non- indigenous society and 12 belonging to the post-contact generation. The data are part of the acquis of NEI (Núcleo de Estudos Indígenas) of UFPE. With our research, we came to the following results: post-contact generation tends not to transfer most marked patterns of their language to the acquired language, while the native of pre-contact generation do, in a lower frequency, the more marked standards of Portuguese. The processes that involve loss and exchange of segments are more numerous than those involving segment gain. The phonemes of Portuguese that do not exist in Latundê tend to be erased or reinterpreted by the closest segment to Portuguese, resulting in the loss of contrast and in the emergence of the unmarked through the phonological neutralisation. There are phenomena that show a tendency towards the universal, as the deletion of the coda in favor of CV standard syllabic, and others that are arising out of restrictions of Latundê, as the monophthongization of nasal diphthong and the change of vowel quality in word- final position. In the set of phenomena, we noticed that the interference is variable and not always motivated by phonological or natural marking.El presente estudio describe los fenómenos de la transferencia fonológica del Latundé, una lengua indígena Brasilera, en el portugués, en una situación de contacto lingüístico. Los fenómenos observados fueron examinados a la luz de los presupuestos de marcación lingüística, en su abordaje tipológico. Como modelo de fundamentación, se han utilizado los estudios de CROFT (1990), JAKOBSON (1953), BATTISTELLA (1996), MATRAS & ELSIK (2006) y LACY (2006), para las descripción de los universales lingüísticos y de la marcación. Sobre el contacto lingüístico, fueron tomados como soporte científico las reflexiones de ROMAINE (2000), THOMASON (2001), AIKHENVALD (2007) y HYMES (1971). Para la descripción lingüística de los Lantundé, esta investigación se basó en TELLES (2002), ANOMBY (2009)y PRICE (1977). Sobre la fonología del portugués, se tuvieron en cuenta los estudios de BISOL (1996). Para la descripción del contacto entre ambas lenguas fueron necesarios los escritos de WEINREICH (1053), VAN COETSEM(1988) y MATRAS (2009). Finalmente, el estudio de los fenómenos fonológicos observados fueron abordados en las investigaciones de SPENCER (1996), LASS (2000) y RICE (2007). El corpus de este trabajo académico está compuesto por treinta horas de diálogos transcritos fonéticamente de acuerdo con el IPA. En la investigación se ha utilizado la producción del diálogo de 20 individuos del pueblo Latundé, dentro de ellos, 8 pertenecientes a la generación del pre contacto con la sociedad no indígena y 12 pertenecientes a la generación del post contacto. Los datos hacen parte del acervo del Núcleo de Estudios Indigenistas (NEI) de la UFPE. Con esta investigación se ha llegado a la siguiente conclusión: La generación post contacto tiende a no transferir los patrones más acentuados de su lengua hacia la lengua adquirida, mientras que los indígenas de la generación del pre contacto realizan con menor frecuencia los patrones más marcados del portugués. Los procesos que envuelven la pérdida y permuta de los segmentos son más numerosos de aquellos que involucran la ganancia del segmento. Los fonemas del portugués que no existen en el Latundé tienden a ser borrados o reinterpretados por el segmento más próximo al portugués, resultando en una pérdida de contraste y en la emergencia del no marcado a través de la neutralización fonológica. Hay fenómenos que revelan una tendencia a lo universal, como desvanecimiento de la coda en a favor de patrón silábico CV, y otros que son consecuencia de las restricciones del Latundé, como la monoptongación de diptongo nasal y la mudanza de la cualidad vocálica en posición final de la palabra. El en conjunto de fenómenos, verificamos que la interferencia es variable y no siempre está motivada por la acentuación fonológica o natural.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFonologiaLínguas em contatoMarcação e línguas indígenasMarcação no contato linguístico: o português falado pelos Latundêinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Gustavo da Silveira Amorim.pdf.jpgTESE Gustavo da Silveira Amorim.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1136https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/27675/5/TESE%20Gustavo%20da%20Silveira%20Amorim.pdf.jpg000ac41ae3311a88f53f7fe7eec521c6MD55ORIGINALTESE Gustavo da Silveira Amorim.pdfTESE Gustavo da Silveira Amorim.pdfapplication/pdf2867627https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/27675/1/TESE%20Gustavo%20da%20Silveira%20Amorim.pdf5638f16055e2fc330cb0a988bdef641aMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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