O contato do português com as línguas indígenas brasileiras: Considerações sobre o desenvolvimento de L2
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Linguística Antropológica (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/ling/article/view/29723 |
Resumo: | Our aim in this article is to tell a part of the history of Brazilian Portuguese from the contact with national indigenous languages. In order to achieve this objective, we seek works that deal with the real presence of grammatical and sound characteristics of indigenous peoples' languages in the Portuguese spoken by the countries of these peoples. The interference of native grammars of indigenous peoples is discussed based on consonant and vocal sound properties of Portuguese Ticuna (BONIFÁCIO, 2019); consonant properties Kamaiurá (SILVA E SILVA, 1985); grammatical properties of the subsystems of the number inflection of the name and the inflection of the first and third person plural in the verb of the Xinguano Portuguese (EMMERICH, 1987); and grammatical characteristics of the gender expression in Portuguese Huni Kuin (CHRISTINO, 2015). We argue that understanding linguistic knowledge responsible for producing characteristics of Portuguese contact with Brazilian indigenous languages can clarify the effects caused in the multilingualism / multilingualism process of indigenous peoples, and help to deal with the challenges of indigenous school education. To explain linguistic behavior and show how it supports the resources of the Faculty of Language we seek the concept of interlanguage (SELINKER, 1972). Based on this concept, the beginning of the L2 knowledge process would be marked by the presence of native grammar and data from the second language. This entire process would be restricted by the general and abstract properties of human language (WHITE, 2003). Thus, we will seek to demonstrate how native grammars structures contact Portuguese.We intend with recognition of this structuring to rescue of the participation of the language and culture of the native peoples of Brazilian society, and a promotion of their decolonization process. |
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O contato do português com as línguas indígenas brasileiras: Considerações sobre o desenvolvimento de L2Contato linguístico, línguas indígenas, português do Brasil, educação indígena, segunda língua.Our aim in this article is to tell a part of the history of Brazilian Portuguese from the contact with national indigenous languages. In order to achieve this objective, we seek works that deal with the real presence of grammatical and sound characteristics of indigenous peoples' languages in the Portuguese spoken by the countries of these peoples. The interference of native grammars of indigenous peoples is discussed based on consonant and vocal sound properties of Portuguese Ticuna (BONIFÁCIO, 2019); consonant properties Kamaiurá (SILVA E SILVA, 1985); grammatical properties of the subsystems of the number inflection of the name and the inflection of the first and third person plural in the verb of the Xinguano Portuguese (EMMERICH, 1987); and grammatical characteristics of the gender expression in Portuguese Huni Kuin (CHRISTINO, 2015). We argue that understanding linguistic knowledge responsible for producing characteristics of Portuguese contact with Brazilian indigenous languages can clarify the effects caused in the multilingualism / multilingualism process of indigenous peoples, and help to deal with the challenges of indigenous school education. To explain linguistic behavior and show how it supports the resources of the Faculty of Language we seek the concept of interlanguage (SELINKER, 1972). Based on this concept, the beginning of the L2 knowledge process would be marked by the presence of native grammar and data from the second language. This entire process would be restricted by the general and abstract properties of human language (WHITE, 2003). Thus, we will seek to demonstrate how native grammars structures contact Portuguese.We intend with recognition of this structuring to rescue of the participation of the language and culture of the native peoples of Brazilian society, and a promotion of their decolonization process.Nosso objetivo neste artigo é contar uma parte da história do português do Brasil a partir do contato com as línguas indígenas nacionais. Para realizar esse objetivo, buscamos trabalhos que versam sobre a presença real de características gramaticais e sonoras das línguas dos povos indígenas no português falado pelos membros desses povos. A interferência das gramáticas nativas dos povos indígenas é discutida a partir de propriedades sonoras consonantais e vocálicas do Português Ticuna (BONIFÁCIO, 2019); de propriedades consonantais do Português Kamaiurá (SILVA E SILVA, 1985); de propriedades gramaticais dos subsistemas da flexão de número no nome e da flexão de primeira e terceira pessoa do plural no verbo do Português Xinguano (EMMERICH, 1987); e de características gramaticais da expressão do gênero no português Huni Kuin (CHRISTINO, 2015). Defendemos que compreender o conhecimento linguístico responsável por produzir as características do português de contato com as línguas indígenas brasileiras possa esclarecer fenômenos envolvidos no processo de bilinguismo/multilinguismo dos povos indígenas, e ajudar a lidar com os desafios da educação escolar indígena. Para explicar o comportamento linguístico e mostrar como ele se apoia nas propriedades da Faculdade da Linguagem recorremos ao conceito de interlíngua (SELINKER, 1972). Partindo desse conceito, o início do processo de conhecimento de L2 seria marcado pela presença da gramática nativa e pelos dados da segunda língua. Todo esse processo seria restringido pelas propriedades gerais e abstratas da linguagem humana (WHITE, 2003). Assim, demonstramos como gramáticas nativas estruturam o português de contato. Pretendemos com reconhecimento dessa estruturação um resgate da participação da língua e cultura dos povos nativos na sociedade brasileira, e uma promoção do seu processo de descolonização.Laboratório de Línguas e Literaturas Indígenas2020-05-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/ling/article/view/2972310.26512/rbla.v12i1.29723Revista Brasileira de Linguística Antropológica; Vol. 12 (2020); 37-64Revista Brasileira de Linguística Antropológica; Vol. 12 (2020); 37-64Revista Brasileira de Linguística Antropológica; Vol. 12 (2020); 37-64Revista Brasileira de Linguística Antropológica; v. 12 (2020); 37-642317-13752176-834X10.26512/rbla.v12i1reponame:Revista Brasileira de Linguística Antropológica (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/ling/article/view/29723/26028Copyright (c) 2020 Revista Brasileira de Linguística Antropológicahttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessdos Santos Peixoto, Jaqueline2021-05-11T14:55:32Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/29723Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/lingPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/ling/oairbla.unb@gmail.com||asacczoe@gmail.com2317-13752176-834Xopendoar:2021-05-11T14:55:32Revista Brasileira de Linguística Antropológica (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false |
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