“FALOU POR QUÊ?”: REFLEXÕES QUANTO AO GERENCIAMENTO E USO DE MOUTHINGS NA INTERPRETAÇÃO SIMULTÂNEA INTERMODAL AUDIOVISUAL INDIRETA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Eduardo Andrade
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Translatio (Porto Alegre. Online)
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/translatio/article/view/88840
Resumo: Os estudos processuais da interpretação simultânea interlinguística e intermodal têm contribuído para compreender as impressões, angústias e escolhas que os profissionais traçam/vivem durante o ato interpretativo. Tais apontamentos são importantes para que se conheça, cada vez mais, as nuances linguísticas, operacionais, emocionais e cognitivas dessa atividade. Um dos fenômenos peculiares à interpretação da Língua Portuguesa para a Libras é o uso de mouthings, em virtude da sobreposição de línguas, na qual os movimentos da boca e a pronúncia oral de palavras são efetuados concomitantemente à produção em sinais. Qualificando esta ocorrência como natural e conflitante, a fim de evitar interferências e/ou submissões de uma língua a outra, e estratégica, se usada para amplificar o entendimento em língua alvo para os surdos, solicitou-se, individualmente, que dois intérpretes realizassem a interpretação simultânea para a Libras de um discurso oral em vídeo de uma vereadora e, em seguida, o produto foi transcrito e agendado um momento para refletir a respeito, junto aos sujeitos, por meio dos TAP’s. Percebeu-se que o uso de mouthings foi recorrente em ambos, principalmente para demarcar e especificar determinados sinais e as datilologias, sendo, portanto, uma estratégia interessante para materiais audiovisuais por se ter um público surdo altamente variado. A maior dificuldade dos intérpretes é monitorar o uso dos movimentos da boca para que não incorra em estruturas agramaticais influenciadas por articulação de palavras completas e/ou parciais da Língua Portuguesa.
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