Quem tem medo da ciência? o terror na sétima arte como estratégia pedagógica e interdisciplinar na popularização da ciência e ensino de microbiologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Luana Oliveira Godoy da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/237388
Resumo: Em tempos sombrios onde a ciência passa por difamação, onde há cortes nos investimentos em educação, saúde e cultura, bem como desincentivo à pesquisa e à arte, faz-se necessário a reflexão e intervenção acerca do futuro intelectual que semearemos em nosso país. Uma crescente “onda” de terraplanistas, movimentos anti-vacinação e inúmeras refutações às pesquisas científicas, deixam boa parte da população constantemente sem sono e imersos em um filme de terror constante, que não tem nada de ficcional e que nunca chega ao fim. Em resposta ao contexto de “balbúrdia científicacultural” presente, este trabalho objetivou estimular a reflexão e criticidade, utilizando uma metodologia de ensino inspirada em uma experiência de incitação pessoal por títulos e contos de terror, uma paixão pela sétima arte para o despertar de interesse nas temáticas relacionadas à ciência, em particular à biologia e microbiologia. A utilização de filmes em ambientes de ensino, se bem manipulada pela educadora, pode ser um grande atrativo e facilitador didático no ensino de microbiologia. Essa prática pode proporcionar um primeiro contato, e quem sabe o aprendizado de um conteúdo um tanto abstrato e deveras não muito simples de ser abordado, como é a área da microbiologia. Então, com o intuito de estimular a criação de metodologias de ensino, situar ruptura e conflitos, interseccionou-se nessa pesquisa a popularização da ciência, ensino de microbiologia, a sétima arte e o terror. A pesquisa utilizou 4 filmes de terror/ficção para serem assistidos e debatidos em conjunto com oficinas sobre história do cinema, ciência, saúde e práticas de microbiologia. Essa pesquisa foi aplicada com 15 educandos de 12 a 16 anos em uma instituição filantrópica de Ação Social na cidade de Porto Alegre (RS) entre os meses setembro e outubro de 2019. As referidas oficinas e cine debates revelaram-se como uma ótima alternativa didática na abordagem da temática da microbiologia no espaço não formal de ensino escolhido. A partir das apresentações, aulas práticas e cine debates, os alunos puderam vivenciar o conteúdo e segundo os resultados nos questionários e relatos, ampliar a perspectiva em relação a ciência e a microbiologia.
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