Leitura e escrita na sala de aula também é tarefa do professor de ciências
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/35271 |
Resumo: | As habilidades da leitura e da escrita são consideradas indispensáveis para a realização de inúmeras atividades e para a construção de novos conhecimentos. Entretanto, a aprendizagem do sistema de escrita, denominada de alfabetização, não é suficiente para desenvolver as aptidões necessárias às práticas sociais de leitura e de escrita, ou seja, as de letramento. Ao longo da escolarização, grande parte das dificuldades e das resistências encontradas entre os alunos estão relacionadas ao desenvolvimento insuficiente das práticas de letramento. Nas aulas de Ciências do Ensino Fundamental, o aprimoramento das habilidades de leitura e de escrita dos alunos torna-se necessário, devido à recorrente utilização de textos como fonte de informações e como ferramenta de ensino. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo analisar o modo como os alunos reagem às atividades de leitura e de escrita propostas pelos professores de Ciências, bem como investigar quais tipos de textos estão sendo utilizados nas aulas dessa disciplina. Para isso, foram analisados relatórios de Estágio de Docência em Ciências, escritos por alunos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UFRGS, os quais descrevem a forma de utilização de textos com turmas de Ensino Fundamental de escolas da rede pública estadual do município de Porto Alegre, RS. A metodologia utilizada, baseada em uma abordagem qualitativa, foi a Análise de Conteúdo de forma categorial, mediante a seleção de trechos que descrevessem atividades de leitura e escrita em sala de aula e a categorização das reações dos alunos frente a essas propostas, de acordo com o tipo e a recorrência das ações descritas. Além disso, os textos utilizados nas aulas de Ciências também foram analisados e classificados quanto a sua estrutura e caráter. A partir desta análise, foram categorizados três grupos de reações dos alunos - resistência, participação heterônoma e participação autônoma –, os quais foram divididos em subcategorias a fim de detalhar os variados tipos de resposta dos alunos às atividades. O estudo revelou um maior número de ocorrências de resistência, seguidos de participação autônoma e de participação heterônoma. No entanto, ao somarmos as duas formas de participação dos estudantes verificou-se que houve mais casos de participação do que de resistência dos alunos às atividades. Tais resultados sugerem a importância das mediações dos professores para criar um contexto que favoreça o envolvimento dos alunos com a interpretação, a discussão e a produção de textos. |
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