Por que uma zona de investigações poéticas?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Luciano Bedin da
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Costa, Cristiano Bedin da, Oliveira, Marcos da Rocha, Amorim, Alexandre Sobral Loureiro, Pacheco, Eduardo Guedes, Raniere, Édio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/220857
Resumo: Neste ensaio procuramos responder à pergunta “Por que uma Zona de Investigações Poéticas (ZIP)?”, situando-a no contexto político-educacional de nosso país. Trazemos a noção de Zona Autônoma Temporáriaanunciada por Hakim Bey, compreendendo a poética como um modo de fazer e a política uma forma de viver-junto. Apresentamos a figura da amizade pelo viés pré-individual, não limitando-a à relação entre sujeitos ou às imagens unitárias de Ego e Grupo. Com Agamben e Ortega pensamos a amizade enquanto experiência poética e política, em que os sujeitos são vaporizados de seus lugares de intimidade, forjados e forçados a outras configurações na relação com o mundo e sob circuitos de afetos diversos. Com Dardot e Laval trazemos a noção de cosmocapitalismo como força colonizadora do inconsciente acadêmico, através do que Bordieu chama de homo academicus. Para além de um Grupo de Pesquisa, a ZIP é defendida como território a ser cartografado e como fantasia de convivência.
id UFRGS-2_33e14f287c22362155cbea8566da513b
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/220857
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Costa, Luciano Bedin daCosta, Cristiano Bedin daOliveira, Marcos da RochaAmorim, Alexandre Sobral LoureiroPacheco, Eduardo GuedesRaniere, Édio2021-05-13T04:27:01Z20212177-5796http://hdl.handle.net/10183/220857001125291Neste ensaio procuramos responder à pergunta “Por que uma Zona de Investigações Poéticas (ZIP)?”, situando-a no contexto político-educacional de nosso país. Trazemos a noção de Zona Autônoma Temporáriaanunciada por Hakim Bey, compreendendo a poética como um modo de fazer e a política uma forma de viver-junto. Apresentamos a figura da amizade pelo viés pré-individual, não limitando-a à relação entre sujeitos ou às imagens unitárias de Ego e Grupo. Com Agamben e Ortega pensamos a amizade enquanto experiência poética e política, em que os sujeitos são vaporizados de seus lugares de intimidade, forjados e forçados a outras configurações na relação com o mundo e sob circuitos de afetos diversos. Com Dardot e Laval trazemos a noção de cosmocapitalismo como força colonizadora do inconsciente acadêmico, através do que Bordieu chama de homo academicus. Para além de um Grupo de Pesquisa, a ZIP é defendida como território a ser cartografado e como fantasia de convivência.In this essay we attempt to answer the question “Why a Poetic Investigation Zone (PIZ)?”, situating it in the political-educational context of our country. We introduce the notion of Temporary Autonomous Zone propounded by Hakim Bey, understanding poetics as a way of accomplishment and politics as a manner of living together. We defend the friendship form through the pre-individual tendency, not limiting it to the relationship between subjects or to the unitary images of Ego and Group. With Agamben and Ortega we consider friendship as a poetical and political experience, in which the subjects are vaporized from their places of intimacy, then forged and pushed into other relationship configurations with the world, under circuits of different affects. With Dardot and Laval, we take the notion of cosmocapitalism as a colonizing force of the academic unconscious, by what Bordieu denominated like "homo academicus". Further than a Research Group, the PIZ is claimed as a territory to be mapped also as a fantasy of living together.En este ensayo intentamos dar respuesta a la pregunta “¿Por qué una Zona de Investigaciones Poéticas (ZIP)?”, ubicándola en el contexto político-educativo de nuestro país. Traemos la noción de Zona Autónoma Temporalanunciada porHakim Bey, entendiendo la poética como una forma de hacer y la política como una forma de vivir junto. Presentamos la figura de la amistad a través del sesgo pre individual, no limitándola a la relación entre sujetos ni a las imágenes unitarias de Ego y Grupo. Con Agamben y Ortega pensamos en la amistad como una experiencia poética y política, en la que los sujetos son vaporizados de sus lugares de intimidad, forjados y forzados a otras configuraciones en la relación con el mundo y bajo circuitos de diferentes afectos. Con Dardot & Laval traemos la noción de cosmocapitalismo como fuerza colonizadora del inconsciente académico, a través de lo que Bordieu llama homo academicus. Además de un Grupo de Investigación, la ZIP es definida como territorio que será cartografiado y como fantasía de convivencia institucional.application/pdfporQuaestio : revista de estudos de educação. Vol. 23 n.3 (2021), p. 35-54Pesquisa educacionalAmizadeResearchPoeticFriendshipHomo academicusInvestigaciónPoéticaAmistadHomo academicusPor que uma zona de investigações poéticas?Why a ooetic investigation zone? ¿Por qué una zona de investigaciones poéticas? info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001125291.pdf.txt001125291.pdf.txtExtracted Texttext/plain55262http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220857/2/001125291.pdf.txtb1f6a634a8b7650ffeb2964f1e2349c1MD52ORIGINAL001125291.pdfTexto completoapplication/pdf368587http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220857/1/001125291.pdfac185397157cb7c892e0dcc85645622aMD5110183/2208572024-05-25 06:49:21.805257oai:www.lume.ufrgs.br:10183/220857Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-05-25T09:49:21Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Por que uma zona de investigações poéticas?
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Why a ooetic investigation zone?
dc.title.alternative.es.fl_str_mv ¿Por qué una zona de investigaciones poéticas?
title Por que uma zona de investigações poéticas?
spellingShingle Por que uma zona de investigações poéticas?
Costa, Luciano Bedin da
Pesquisa educacional
Amizade
Research
Poetic
Friendship
Homo academicus
Investigación
Poética
Amistad
Homo academicus
title_short Por que uma zona de investigações poéticas?
title_full Por que uma zona de investigações poéticas?
title_fullStr Por que uma zona de investigações poéticas?
title_full_unstemmed Por que uma zona de investigações poéticas?
title_sort Por que uma zona de investigações poéticas?
author Costa, Luciano Bedin da
author_facet Costa, Luciano Bedin da
Costa, Cristiano Bedin da
Oliveira, Marcos da Rocha
Amorim, Alexandre Sobral Loureiro
Pacheco, Eduardo Guedes
Raniere, Édio
author_role author
author2 Costa, Cristiano Bedin da
Oliveira, Marcos da Rocha
Amorim, Alexandre Sobral Loureiro
Pacheco, Eduardo Guedes
Raniere, Édio
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Costa, Luciano Bedin da
Costa, Cristiano Bedin da
Oliveira, Marcos da Rocha
Amorim, Alexandre Sobral Loureiro
Pacheco, Eduardo Guedes
Raniere, Édio
dc.subject.por.fl_str_mv Pesquisa educacional
Amizade
topic Pesquisa educacional
Amizade
Research
Poetic
Friendship
Homo academicus
Investigación
Poética
Amistad
Homo academicus
dc.subject.eng.fl_str_mv Research
Poetic
Friendship
Homo academicus
Investigación
Poética
Amistad
Homo academicus
description Neste ensaio procuramos responder à pergunta “Por que uma Zona de Investigações Poéticas (ZIP)?”, situando-a no contexto político-educacional de nosso país. Trazemos a noção de Zona Autônoma Temporáriaanunciada por Hakim Bey, compreendendo a poética como um modo de fazer e a política uma forma de viver-junto. Apresentamos a figura da amizade pelo viés pré-individual, não limitando-a à relação entre sujeitos ou às imagens unitárias de Ego e Grupo. Com Agamben e Ortega pensamos a amizade enquanto experiência poética e política, em que os sujeitos são vaporizados de seus lugares de intimidade, forjados e forçados a outras configurações na relação com o mundo e sob circuitos de afetos diversos. Com Dardot e Laval trazemos a noção de cosmocapitalismo como força colonizadora do inconsciente acadêmico, através do que Bordieu chama de homo academicus. Para além de um Grupo de Pesquisa, a ZIP é defendida como território a ser cartografado e como fantasia de convivência.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-05-13T04:27:01Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/220857
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 2177-5796
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001125291
identifier_str_mv 2177-5796
001125291
url http://hdl.handle.net/10183/220857
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Quaestio : revista de estudos de educação. Vol. 23 n.3 (2021), p. 35-54
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220857/2/001125291.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220857/1/001125291.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv b1f6a634a8b7650ffeb2964f1e2349c1
ac185397157cb7c892e0dcc85645622a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801225016750112769